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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

787 - Por que as mulheres vivem mais do que os homens?

"Esta vantagem notavelmente consistente da sobrevivência das mulheres em relação aos homens, no início da vida, no fim da vida e na vida total, é observada em cada país e em cada ano onde há registros de nascimentos e de mortes confiáveis. Não pode haver nenhum padrão mais robusto na biologia humana."
Em artigo publicado no "BBC - Future", David Robson faz uma abordagem sobre as respostas disponíveis para a pergunta acima. No entanto, todas elas estão no terreno das hipóteses e sofrem contestações.
Highlights
  • Uma ideia inicial era a de que os homens trabalhavam numa "sepultura adiantada".  Assim, morejando nas minas ou arando a terra, os homens colocariam uma pressão adicional sobre seus corpos e acumulariam lesões arcando com isso consequências mais tarde na vida. 
  • Os homens são mais abusivos com seus corpos. Fatores tais como fumar, beber e comer demais podem explicar parcialmente o tamanho do "hiato dos gêneros", que varia entre os países. Homens russos, por exemplo, são propensos a morrer 13 anos mais cedo do que as mulheres russas, em parte porque eles bebem e fumam mais fortemente.
  • Existem mecanismos potenciais relacionados com o DNA cromossomial presente nas células. Cromossomos vêm em pares, sendo que as mulheres têm dois cromossomos X, e os homens têm um cromossoma X e um Y. Essa diferença poderia alterar o modo como as células enfrentam a idade. Tendo dois cromossomos X, as mulheres conservam cópias de cada gene, o que significa que elas têm um gene sobressalente se outro, por acaso, estiver com defeito. Os homens não têm esse back-up. O resultado é que mais células podem avariar com o tempo, deixando os homens em maior risco de doenças.
  • Outra hipótese está ligada a ideia da frequência cardíaca. Por estar aumentada na mulher, durante a segunda metade do ciclo menstrual, ofereceria os mesmos benefícios do exercício moderado. O resultado disso seria adiar o risco de doença cardiovascular para mais tarde na vida.
  • Poderia também ser uma simples questão de tamanho. Pessoas mais altas têm mais células em seus corpos, o que significa que eles são mais propensas a desenvolver mutações prejudiciais. Corpos maiores também queimam mais energia, adicionando um maior desgaste aos tecidos. Desde que os homens tendem a ser mais altos do que as mulheres, eles devem, portanto, sofrer mais danos em longo prazo.
  • Talvez, a verdadeira razão resida na testosterona que influencia  a maioria das características masculinas, A testosterona pode tornar nossos corpos mais fortes em curto prazo, mas essas mesmas mudanças, mais tarde na vida, também nos deixam propensos para as doenças cardiovasculares, as infecções e o câncer.
  • As mulheres não só escapam dos riscos da testosterona como também podem se beneficiar de seu próprio "elixir da juventude" para reparar alguns dos estragos do tempo. O hormônio sexual feminino, o estrogênio, é um "antioxidante" natural, o que significa que limpa as células dos produtos químicos venenosos do estresse oxidativo.
  • Além de tudo, há uma espécie de pay-off evolutiva que dá a homens e mulheres as melhores chances de passar seus genes. Durante o acasalamento, as mulheres seriam mais receptivas aos machos alfas, "bombados" de testosterona. "Mas, uma vez que as crianças nascem, os homens são mais descartáveis", diz Kirkwood. "O bem-estar da prole está intimamente ligado ao bem-estar do corpo materno. A questão de fundo é que, para as crianças, é mais importante que o corpo da mãe esteja em boa forma, e não o corpo do pai".

sexta-feira, 18 de julho de 2014

638 - Drogas psicotrópicas afetam homens e mulheres de forma diferente

As diferenças de gênero na resposta do corpo à medicação têm sido negligenciadas. De fato, até a década de 1990, as mulheres foram proibidas de participar de ensaios clínicos nos EUA. No entanto, estas são quase duas vezes mais propensas a receber prescrição de medicação psicotrópica do que os homens, e as pesquisas sugerem que as diferenças em hormônios, composição corporal e metabolismo podem torná-las mais sensíveis a certas drogas. Além disso, as mulheres são entre 50 e 75 por cento mais propensas a experimentar efeitos colaterais. No ano passado, a Food and Drug Administration anunciou as primeiras diretrizes de dosagem específica por sexo para um psicofármaco. Utilizado no tratamento da insônia, o Zolpidem foi comprovado ser duplamente potente para as mulheres.
Aqui estão alguns dos medicamentos que são conhecidos por agir de forma diferente em homens e mulheres, porém as pesquisas estão apenas começando.
Psychotropic Drugs Affect Men and Women Differently por Roni Jacobson. In: Scientific American

sexta-feira, 4 de junho de 2010

123 - Dimorfismo sexual

Considera-se haver dimorfismo sexual quando os indivíduos do sexo masculino e feminino de uma espécie se apresentam com características físicas não sexuais marcadamente diferentes. Essas diferenças, em muitos casos, estão relacionadas com a reprodução, já que os indivíduos das espécies dimórficas usam essas características físicas para disputarem parceiros ou mesmo para impressioná-los.
Exemplos claros de dimorfismo sexual podem ser observados em leões (cujo macho possui uma juba, ausente na fêmea), mandris (cujo macho possui a face intensamente colorida), cervos (cujo macho possui uma galhada, ausente na fêmea) e em muitas espécies de aves.
Na Natureza, em questão de dimorfismo sexual, nenhuma espécie foi tão radical quanto a Bonnelia viridis. Neste tipo de verme marinho (no desenho ao lado), a fêmea apresenta um corpo pigmentado que, na fase adulta, mede cerca de 15 centímetros (não computado o tamanho de uma longa tromba que ela usa para se alimentar de detritos orgânicos no fundo do mar), enquanto o macho é não pigmentado e plano, mede de 1 a 3 milímetros e vive sobre ou dentro do corpo da fêmea.
O dimorfismo sexual na Bonellia não é de natureza genética. Quando a larva eclode do ovo, se este ainda está no corpo materno, dá origem a um verme macho; se este, porém, já se encontra no ambiente origina outra fêmea.

Publicado em EntreMentes