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segunda-feira, 27 de março de 2017

964 - Canadá x EUA. Pacientes com fibrose cística vivem 10 anos mais no Canadá

Pouco acima da fronteira norte dos Estados Unidos, pacientes com a mesma devastadora condição genética - fibrose cística - vivem em média 10 anos mais, concluíram os autores de um trabalho científico de base populacional que foi publicado na revista Annals of Internal Medicine. (DOI: 10.7326 / M16-0858)
Uma equipe de pesquisadores norte-americanos e canadenses descobriu que a idade mediana de sobrevida dos pacientes com fibrose cística é de 50,9 anos no Canadá e 40,6 anos nos Estados Unidos, após ajustar as diferenças entre a saúde geral, a gravidade da doença e os fatores clínicos. Embora o estudo não avalie completamente as causas para a diferença significativa na sobrevivência, os pesquisadores observaram que um melhor acesso aos transplantes de pulmão e cuidados universais de saúde parecem desempenhar papéis importantes.
De fato, ao comparar pacientes canadenses que têm seguro de saúde universal, fornecido pelo governo, com pacientes americanos que têm seguro privado, os pesquisadores não encontraram diferenças no risco de morte. Mas, os pacientes dos EUA com o Medicare ou Medicaid contínuo ou intermitente, ou sem seguro tinham o risco de morte 36 a 77 por cento maior do que o de seus homólogos canadenses.
Siga lendo este artigo em Ars Technica.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

787 - Por que as mulheres vivem mais do que os homens?

"Esta vantagem notavelmente consistente da sobrevivência das mulheres em relação aos homens, no início da vida, no fim da vida e na vida total, é observada em cada país e em cada ano onde há registros de nascimentos e de mortes confiáveis. Não pode haver nenhum padrão mais robusto na biologia humana."
Em artigo publicado no "BBC - Future", David Robson faz uma abordagem sobre as respostas disponíveis para a pergunta acima. No entanto, todas elas estão no terreno das hipóteses e sofrem contestações.
Highlights
  • Uma ideia inicial era a de que os homens trabalhavam numa "sepultura adiantada".  Assim, morejando nas minas ou arando a terra, os homens colocariam uma pressão adicional sobre seus corpos e acumulariam lesões arcando com isso consequências mais tarde na vida. 
  • Os homens são mais abusivos com seus corpos. Fatores tais como fumar, beber e comer demais podem explicar parcialmente o tamanho do "hiato dos gêneros", que varia entre os países. Homens russos, por exemplo, são propensos a morrer 13 anos mais cedo do que as mulheres russas, em parte porque eles bebem e fumam mais fortemente.
  • Existem mecanismos potenciais relacionados com o DNA cromossomial presente nas células. Cromossomos vêm em pares, sendo que as mulheres têm dois cromossomos X, e os homens têm um cromossoma X e um Y. Essa diferença poderia alterar o modo como as células enfrentam a idade. Tendo dois cromossomos X, as mulheres conservam cópias de cada gene, o que significa que elas têm um gene sobressalente se outro, por acaso, estiver com defeito. Os homens não têm esse back-up. O resultado é que mais células podem avariar com o tempo, deixando os homens em maior risco de doenças.
  • Outra hipótese está ligada a ideia da frequência cardíaca. Por estar aumentada na mulher, durante a segunda metade do ciclo menstrual, ofereceria os mesmos benefícios do exercício moderado. O resultado disso seria adiar o risco de doença cardiovascular para mais tarde na vida.
  • Poderia também ser uma simples questão de tamanho. Pessoas mais altas têm mais células em seus corpos, o que significa que eles são mais propensas a desenvolver mutações prejudiciais. Corpos maiores também queimam mais energia, adicionando um maior desgaste aos tecidos. Desde que os homens tendem a ser mais altos do que as mulheres, eles devem, portanto, sofrer mais danos em longo prazo.
  • Talvez, a verdadeira razão resida na testosterona que influencia  a maioria das características masculinas, A testosterona pode tornar nossos corpos mais fortes em curto prazo, mas essas mesmas mudanças, mais tarde na vida, também nos deixam propensos para as doenças cardiovasculares, as infecções e o câncer.
  • As mulheres não só escapam dos riscos da testosterona como também podem se beneficiar de seu próprio "elixir da juventude" para reparar alguns dos estragos do tempo. O hormônio sexual feminino, o estrogênio, é um "antioxidante" natural, o que significa que limpa as células dos produtos químicos venenosos do estresse oxidativo.
  • Além de tudo, há uma espécie de pay-off evolutiva que dá a homens e mulheres as melhores chances de passar seus genes. Durante o acasalamento, as mulheres seriam mais receptivas aos machos alfas, "bombados" de testosterona. "Mas, uma vez que as crianças nascem, os homens são mais descartáveis", diz Kirkwood. "O bem-estar da prole está intimamente ligado ao bem-estar do corpo materno. A questão de fundo é que, para as crianças, é mais importante que o corpo da mãe esteja em boa forma, e não o corpo do pai".

quarta-feira, 1 de maio de 2013

492 - Sem a roupa espacial

Os filmes de ficção científica costumam mostrar as coisas terríveis que acontecem a alguém que é defenestrado de uma nave sem o traje espacial. Mas é principalmente ficção. Haveria algum desconforto como a expansão do ar em seu corpo, mas nada de ocorrer uma explosão (como Hollywood adora mostrar). Apesar de líquidos ferverem no vácuo, o seu sangue será mantido sob pressão pelo sistema circulatório e se sairia muito bem. E, embora o espaço seja muito frio, você não iria perder calor tão rapidamente. Como as garrafas térmicas demonstram, um vácuo é um ótimo isolante. Na prática, a única coisa que, em curto tempo, poderia matá-lo no espaço é simplesmente a falta de ar.
Em 1965, durante um teste na Nasa, ocorreu o vazamento de uma roupa espacial numa câmara de vácuo. A vítima, que sobreviveu, permaneceu consciente durante cerca de 14 segundos. O limite exato de sobrevivência nessas situações não é conhecido, mas, provavelmente, deve ser de um a dois minutos.