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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

1230 - O Estudo de Tuskegee, um exemplo de má conduta científica

O Estudo da Sífilis Não Tratada de Tuskegee foi um experimento médico realizado pelo Serviço Público de Saúde dos Estados Unidos em Tuskegee, Alabama, entre 1932 e 1972. O experimento é usado como exemplo de má conduta científica.
Foram usadas 600 homens negros como cobaias em um experimento científico: 399 sifilíticos para observar a progressão natural da sífilis sem o uso de medicamentos e outros 201 indivíduos saudáveis, que serviram como base de comparação em relação aos infectados.
Os doentes envolvidos não foram informados sobre seu diagnóstico e jamais deram seu consentimento de modo a participar da experiência. Eles receberam a informação que eram portadores de "sangue ruim", e que se participassem do programa receberiam tratamento médico gratuito, transporte para a clínica, refeições gratuitas e a cobertura das despesas de funeral. Em 1943, a penicilina passou a ser usada no tratamento da doença, com resultados efetivos e sem os riscos de tratamentos anteriores. Mas os pacientes nunca foram informados.
A partir da década de 50 já havia terapêutica estabelecida para o tratamento de sífilis, mesmo assim todos os indivíduos incluídos no estudo foram mantidos sem tratamento. Todas as instituições de saúde dos EEUU receberam uma lista com o nome dos participantes com o objetivo de evitar que qualquer um deles, mesmo em outra localidade recebesse tratamento. A inadequação do estudo foi seguindo o padrão conhecido como "slippery slope", isto é, uma inadequação leva a outra e o problema vai se agravando de forma crescente. Da omissão do diagnóstico se evoluiu para o não tratamento, e deste para o impedimento de qualquer possibilidade de ajuda aos participantes.
Ao final do experimento Tuskegee, apenas 74 pacientes ainda estavam vivos; outros 25 tinham morrido diretamente de sífilis; 100 morreram de complicações relacionadas com a doença. Adicionalmente, 40 das esposas das cobaias humanas haviam sido infectadas pela doença, e 19 de suas crianças haviam nascido com sífilis congénita.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

916 - Alerta contra a sífilis

Todos os tipos de sífilis – adulto, em gestantes e congênita (em bebês) – são de notificação
obrigatória no país há cinco anos.
No Brasil, de 2014 para 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a sífilis em gestantes, de 20,9%, e a congênita, de 19%.
A penicilina benzatina é o medicamento seguro e eficaz no combate à sífilis.
Este antibiótico (com problema de desabastecimento no mundo) é essencial para o controle da transmissão vertical da sífilis (para o bebê), como reconhece a Assembleia Mundial da Saúde.
Neste ano, a campanha de combate à doença no Brasil tem como foco as gestantes, sensibilizando-as para que, no início da gestação, realizem o teste diagnóstico para a sífilis (VDRL) e sejam imediatamente tratadas se a doença for confirmada.
Para evitar a reinfecção da mulher pelo parceiro sexual, este também deverá ser tratado.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

754 - O primeiro país a eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho

Cerca de 1,4 milhão de mulheres portadoras de HIV engravidam anualmente no mundo. Elas geram 230 mil crianças contaminadas pelo vírus.
A chance de uma mulher transmitir o vírus para seus filhos durante a gravidez, o parto ou a amamentação varia de 15 a 45 por cento, dependendo do caso. Mas, com assistência e os remédios adequados, o risco diminui para 1 por cento.
Agora, nenhuma delas transmite mais o vírus da imunodeficiência humana em Cuba.
Cuba se tornou a primeira nação do mundo, validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a eliminar por completo a transmissão de mãe para filho do vírus da AIDS (HIV) e da bactéria da sífilis. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde Pública de Cuba, Roberto Morales Ojeda, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) em Washington.
Por trás dos resultados estão anos de esforços para garantir o acesso ágil a cuidados pré-natais, testes e medicamentos às mulheres grávidas, capazes de impedir que estas doenças sejam transmitidas de mãe para filho. A OMS reconheceu o fato como um marco histórico.
"Eliminar a transmissão de um vírus é uma das maiores conquistas possíveis de saúde pública", disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan. "Esta é uma grande vitória em nossa longa luta contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, e um passo importante no sentido de ter uma geração livre da AIDS".
O diretor executivo da Unaids, Michel Sidibé, acrescentou que "esta notícia merece ser comemorada em todo o mundo".
Fonte: O GLOBO