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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

1078 - Unidades do Sistema Internacional

As unidades de base do Sistema Internacional (SI) são seis: metro (comprimento), quilograma (massa), segundo (tempo), ampere (corrente elétrica), Kelvin (temperatura), mole (quantidade de substância) e candela (intensidade luminosa).
No SI há também as unidades derivadas, que são formadas por potências, produtos ou quocientes das unidades de base. Exemplos: hertz, Newton, pascal, joule, watt, coulomb, volt, ohm, graus Celsius e lúmen, entre outras.
E há ainda as unidades não SI que nunca foram sancionadas pela Conferência Geral sobre Pesos e Medidas, a CGPM, mas que continuam sendo usadas em todo o mundo. O caso do milímetro de mercúrio (mmHg) na medicina, por exemplo. (*)
Esfigmomanômetro ou tensiômetro - o dispositivo tradicional que mede a pressão arterial usando mercúrio em um manômetro. As pressões são nele registradas em "milímetros de mercúrio" - uma unidade não-SI.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/International_System_of_Units
(*) O número indicado na embalagem das meias Kendall® ao lado desta sigla (mmHg) significa o quanto as meias têm de "pressão" ao nível do tornozelo. As meias de compressão Kendall® possuem compressão graduada, que garante uma maior compressão no tornozelo e um decréscimo gradual até a altura da coxa, facilitando a circulação sanguínea. | O manovacuômetro, que é utilizado para medir as pressões respiratórias máximas, fornece os resultados em milímetros de mercúrio.
Arquivo
321 - Velcro
437 - A termometria clínica
882 - Anvisa propõe proibir termômetros (e tensiômetros) com mercúrio no país

sábado, 23 de julho de 2016

882 - Anvisa propõe proibir termômetros com mercúrio no país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, abriu consulta pública para discutir a proibição da fabricação, da importação e a venda de termômetros e tensiômetros com coluna de mercúrio no país.
Esses aparelhos têm uma coluna transparente, contendo mercúrio no interior, com a finalidade de aferir os valores de temperatura corporal (no caso do termômetro) e pressão arterial (no caso do tensiômetro).
De acordo com a Anvisa, a proposta de proibir o uso desses equipamentos no país faz parte do compromisso do Brasil em banir produtos com mercúrio até 2020. "A Anvisa, assim como outros órgãos da administração pública, está comprometida com a Convenção de Minamata, onde 140 países, incluído o Brasil, firmaram compromisso para o controle do uso e redução de emissões e liberações do mercúrio para a natureza. Um dos compromissos é o banimento de produtos que contém mercúrio até 2020. A proibição da substância é uma tendência mundial".
A agência destaca que no mercado já existem os termômetros e tensiômetros digitais, alternativos aos com a coluna de mercúrio. "Esses dispositivos [digitais] também possuem a sua precisão avaliada compulsoriamente pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e são ambientalmente mais sustentáveis". A proposta propõe ainda o fim do uso dos equipamentos nos serviços de saúde do país.
Os comentários e sugestões para a consulta pública podem ser enviados em até 60 dias pela internet ou por carta para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde, SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050. As contribuições internacionais deverão ser direcionadas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Assessoria de Assuntos Internacionais (Aint), no mesmo endereço.
Minamata
É uma cidade japonesa que sofreu graves conseqüências devido à contaminação por mercúrio. Centenas de pessoas morreram e milhares tiveram anomalias que acabaram passando para as novas gerações.
Na década de 30, uma empresa se instalou na região, a Chisso. A empresa, que fabricava acetaldeído (usado na produção de material plástico), jogava seus resíduos com mercúrio na baía da cidade, contaminando os peixes. Como a doença leva anos para se desenvolver, somente em 1956 começaram a surgir os primeiros casos da doença.
Os hospitais recebiam pessoas com os mesmos sintomas: problemas no sistema nervoso e no cérebro, causando dormência nos membros, fraquezas musculares, deficiências visuais, dificuldades de fala, paralisia, deformidades levando até mesmo à morte.
No princípio, as autoridades acreditavam que se tratava de uma epidemia, mas os gatos começaram apresentar doenças com as mesmas semelhanças. Somente de dez anos depois os médicos descobriram a causa: o consumo de peixe contaminado por mercúrio, a base da alimentação daquela população. Fonte:Cetem

sábado, 4 de outubro de 2014

664 - A doença do chapeleiro maluco

A expressão "louco como um chapeleiro" é provavelmente uma referência ao envenenamento por mercúrio.
E a chamada "doença do chapeleiro maluco" já foi também comum entre os modistas. É que, nos séculos 18 e 19, estes profissionais inalavam fumos de compostos à base de mercúrio, durante a fabricação de chapéus de feltro, e adoeciam devido à toxicidade mercurial.
The Mad Hatter, personagem de "Alice no País das Maravilhas", foi, presume-se, inspirado em um excêntrico comerciante de móveis chamado Theophilus Carter. Mas Carter não foi vítima da "doença do chapeleiro maluco".
Embora Lewis Carroll, o consagrado autor de "Alice...", ao que tudo indica, estivesse familiarizado com a alta prevalência da demência entre os chapeleiros.
Lewis Carrol no Acta
267 - O uso do narguilé
Mercúrio no Acta
305 - Um ano com Mercúrio! | 561 - O uso do mercúrio contra a pediculose na Renascença | 569 - A guerra dos químicos
28/11/2014 - Atualizando...
Esta nota (664) foi publicada no LN Online, em 26/11/14, acrescida por 5 comentários.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

561 - O uso de mercúrio contra a pediculose na Renascença

Provável retrato de Fernando II de Aragão, 
rei de Nápoles, por Vittore Carpaccio 
(Lugan, Thyssen Collection).
O caso de Fernando II de Aragão, rei de Nápoles, 1467-1496 (resumo)
Mesmo nos bons e velhos tempos, a frase "inquieta está a cabeça que usa uma coroa" podia simplesmente significar que o rei tinha piolhos.
Um relatório de caso conta em detalhes as desgraças capilares de Fernando II de Aragão. Fernando, que pisou na Terra de 1467 a 1496, tornando-se rei de Nápoles, tinha piolhos que pisaram em seu couro cabeludo, ainda por algum tempo depois. Os restos mumificados de toda a comunidade de Fernando e seus piolhos viveram, por assim dizer, em Nápoles, na sacristia da Basílica de San Domenico Maggiore.
Anos atrás, uma equipe de cientistas, da Universidade de Pisa e da Universidade de Roma, trabalhando na múmia real com um microscópio eletrônico de varredura e diversos instrumentos de análises químicas, encontrou uma antiga infestação maciça de piolhos em Fernando, além de um alto teor de mercúrio (887 ppm) em seus cabelos e pelos pubianos.
Este caso representa um importante achado para a história da medicina porque demonstra que, à época do Renascimento, o mercúrio era aplicado localmente tanto para tratar a sífilis quanto para evitar ou eliminar a infestação de piolhos.
GINO Fornaciari , SILVIA MARINOZZI , VALENTINA Gazzaniga , VALENTINA Giuffra , MALAYKA SAMANTHA PICCHI , MARIO GIUSIANI ,e MASSIMO MASETTI
Europe PubMed Central
Ver também...
305 - Um ano com Mercúrio!