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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

1399 - Redução dos alimentos processados e ultraprocessados na merenda escolar

O governo federal vai reduzir o emprego de alimentos processados e ultraprocessados na merenda das escolas públicas.
O Brasil tem 40 milhões de crianças e adolescentes na educação básica em 150 mil escolas públicas. Segundo a resolução do governo, em 2025, prefeituras e estados poderão gastar no máximo 15% da verba para merenda com a compra de alimentos processados ou ultraprocessados. Antes, o percentual era de 20%. Em 2026, a participação desses itens será de, no máximo, 10% da alimentação servida nas escolas públicas.
A comida processada é fabricada a partir de comida in natura com adição de sal, açúcar ou alguma outra substância de uso culinário - como os legumes na salmoura, o extrato de tomate, a carne seca e os peixes enlatados.
Já os ultraprocessados precisam de mais etapas e mais ingredientes - além de sal, açúcar e gorduras. São, por exemplo: achocolatado, biscoitos, barras de cereal, macarrão instantâneo, salgadinhos e refrigerantes.
Em 2024, o governo repassou R$ 5,5 bilhões a estados e municípios para a merenda escolar. Pelo menos 30% do total tinham que ser direcionado para a compra de alimentos da agricultura familiar.
A mudança na merenda servida em cantinas vai ajudar a melhorar o cardápio e enfrentar uma situação preocupante: de acordo com o Ministério da Saúde, a cada sete crianças brasileiras, uma está com excesso de peso ou obesidade.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

1344 - Alimentos ultraprocessados

Os ultraprocessados representam quase 75% de todos os alimentos consumidos nos Estados Unidos e cerca de 60% da ingestão calórica diária dos estadunidenses. Um conjunto significativo de pesquisas vem associando o consumo desses alimentos — repletos de açúcar, sal, gordura, corantes artificiais ou conservantes — a problemas como câncer, diabetes e doenças cardíacas.
Mais recentemente, um número crescente de estudos também tem associado esse tipo de alimento a prejuízos na saúde cerebral, inclusive com um aumento do risco de demência, transtornos depressivos e de ansiedade. Além disso, alguns especialistas têm defendido a implementação de políticas de saúde pública destinadas a reduzir o consumo de ultraprocessados.
No entanto, quais os fundamentos científicos por trás da associação entre os ultraprocessados e a saúde cerebral e o que isso significa para médicos e pacientes?
Uma avaliação rigorosa
Por serem um dos pilares da alimentação em diversos países ao redor do mundo, os ultraprocessados têm sido avaliados rigorosamente devido à sua associação com doenças importantes. Os ingredientes usados na preparação desses alimentos têm pouco ou nenhum valor nutricional, já que a sua principal função é aumentar a vida útil e a palatabilidade dos produtos. Algumas evidências recentes sugerem que esses alimentos podem ser tão viciantes quanto o tabaco. Além disso, dois estudos de análise agrupada usando a Yale Food Addiction Scale mostraram que 14% dos adultos e 12% das crianças nos EUA podem ser dependentes de ultraprocessados.
A ferramenta mais utilizada para determinar se um alimento é ou não ultraprocessado foi desenvolvida em 2009 por pesquisadores brasileiros. A classificação NOVA é um sistema que divide os alimentos e bebidas em quatro grupos:
  • Alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, vegetais, leite e carne;
  • Ingredientes culinários processados, como açúcar refinado, manteiga e óleos derivados de sementes, nozes e frutas;
  • Alimentos processados, como extrato de tomate, bacon, atum enlatado e vinhos; e
  • Alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, sorvetes, cereais matinais e refeições pré-embaladas.
Kelli Whitlock Burton, Medscape