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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

1339 - Medicina baseada em raça

RESUMO
Os grandes modelos de linguagem (Large Language Models - LLMs) estão a ser integrados nos sistemas de saúde; mas estes modelos podem recapitular a medicina prejudicial baseada na raça. O objetivo deste estudo é avaliar se quatro grandes modelos de linguagem (LLMs) disponíveis comercialmente propagam conteúdo prejudicial, impreciso e baseado em raça ao responder a oito cenários diferentes que verificam a existência de medicina baseada em raça ou equívocos generalizados em torno de raça. As perguntas foram derivadas de discussões entre quatro médicos especialistas e de trabalhos anteriores sobre equívocos médicos baseados em raça, acreditados por estagiários de medicina. Avaliamos quatro grandes modelos de linguagem com nove questões diferentes que foram interrogadas cinco vezes cada uma, com um total de 45 respostas por modelo. Todos os modelos tiveram exemplos de perpetuação da medicina baseada na raça em suas respostas. Os modelos nem sempre foram consistentes em suas respostas quando a mesma pergunta foi feita repetidamente. Os LLMs estão sendo propostos para uso no ambiente de saúde, com alguns modelos já conectados a sistemas de registros eletrônicos de saúde. No entanto, este estudo mostra que, com base nas nossas descobertas, estes LLMs podem potencialmente causar danos ao perpetuar ideias racistas e desmascaradas.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

371 - O "paradoxo hispânico"

Os pesquisadores chamam de "paradoxo hispânico".
Quando se trata de câncer de mama, câncer de próstata e doença cardíaca, os pacientes latinos nos EUA sobrevivem, após o diagnóstico da doença, por mais tempo do que os pacientes não-latinos brancos e negros, embora outros estudos mostrem que aqueles tendem a ter menos recursos e menos acesso a cuidados médicos do que estes.
O mesmo também acontece com o câncer de pulmão, afirmam cientistas da Escola Miller de Medicina da Universidade de Miami, num artigo publicado on-line na revista Cancer.
Os pesquisadores analisaram um vasto banco de dados de casos de câncer nos EUA, referente a 172.398 pacientes diagnosticados com câncer de não-pequenas células do pulmão, um subtipo do câncer pulmonar, no período de 1988-2007. Em geral, os pacientes latinos (n = 18.206) apresentaram, durante o estudo, um risco 15% menor de morrer do que os pacientes não-latinos brancos. E os pacientes negros eram ligeiramente mais propensos a morrer do que os não-latinos brancos.
Não houve diferenças significativas na mortalidade dos pacientes latinos que nasceram nos EUA com relação à mortalidade dos pacientes latinos que nasceram no estrangeiro, segundo o estudo. Pesquisadores da Universidade de Miami não sabem por que os pacientes latinos tendem a viver mais tempo, mas sugerem que seja porque eles fumam menos ou porque se beneficiam de algum fator genético.

Leitura recomendada
The 'hispanic paradox': latinos and lung cancer, Los Angeles Times
Lung Cancer, CDC