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quinta-feira, 6 de abril de 2023

1302 - O oxigênio que respiramos

Simplesmente ter átomos de oxigênio nos pulmões não é suficiente para respirar. Precisamos especificamente de O2 - oxigênio gasoso e molecular, que representa 21% da atmosfera.

Em massa, a H2O é 88,8% de oxigênio. Mas não podemos respirar água, que é a "cinza" da queima do hidrogênio. 

Se qualquer outra forma de oxigênio estiver presente, pode ser inútil ou pior que inútil.

Por exemplo, o CO2 é dióxido de carbono - um gás levemente tóxico que produzimos como subproduto do consumo de oxigênio e que exalamos a cada respiração. Mas se tentarmos respirar CO2 (sem O2 adequado disponível), sufocaremos.

O CO é monóxido de carbono - um gás consideravelmente mais tóxico que na verdade desloca O2 em nossa corrente sanguínea, causando novamente asfixia.

N2O é o óxido nitroso - "gás do riso". É um anestésico geral comum e o deixará tonto, mas em grandes quantidades, isso também o matará.

H2SO4 é ácido sulfúrico... não tente respirar isso (mesmo ou especialmente na forma gasosa), a menos que você goste de seus pulmões derretendo.

Até o O- (um único átomo de oxigênio não ligado) é chamado de "radical livre" e é realmente incrivelmente destrutivo para as células. É disso que estamos tentando nos livrar quando comemos ou bebemos "antioxidantes" para a saúde.

Anthony Zarrela, Quora

sábado, 25 de fevereiro de 2017

954 - A descoberta do oxigênio

"A sensação de que (o oxigênio puro) para os pulmões não foi sensivelmente diferente da do ar comum; Mas eu achava que meu peito se sentia particularmente leve e fácil por algum tempo depois. Quem pode dizer, mas que, com o tempo, este ar puro pode tornar-se um artigo de moda de luxo. Até agora, apenas dois ratos e eu tivemos o privilégio de respirar." ~ Joseph Priestley (1733-1804)
O laboratório no qual Priestley descobriu o oxigênio em Bowood House.
Em março de 1774, Joseph Priestley escreveu para várias pessoas o que diz respeito ao novo "ar" que tinha descoberto. Uma dessas cartas foi lida em voz alta para a Royal Society em um documento descrevendo o descobrimento, intitulado "An Account of Further Discoveries in Air" ("Uma Conta de Novos Descobrimentos no Ar", em português), que foi publicado na revista Philosophical Transactions of the Royal Society. Priestley chamou a nova substância de "ar deflogisticado", em que ele fez sua famosa experiência de focalizar os raios do sol sobre uma amostra de óxido de mercúrio. Ele foi o primeiro que testou em ratos, que surpreenderam-no sobrevivendo pelo bastante tempo numa armadilha cheia com o "ar", e depois sobre si mesmo, escrevendo que era "cinco ou seis vezes melhor do que ar comum para efeitos de respiração, inflamação e, creio, qualquer um outro uso para o ar atmosférico normal". Em 1778, o gás foi renomeado oxigênio (O2) por Lavoisier.
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30/09/2018 - Atualização ...
Em 1774, Carl Wilhelm Scheele enviou uma carta a Antoine Lavoisier anunciando a descoberta do oxigênio (O). Infelizmente a carta do químico sueco nunca foi reconhecida e Joseph Priestly publicou a descoberta primeiro. Scheele foi derrotado no anúncio de outras descobertas também, ele identificou o molibdênio, o tungstênio, o bário, o hidrogênio e o cloro antes de Humphry Davy, entre outros. Scheele também descobriu os ácidos orgânicos tartárico, oxálico, úrico, láctico e cítrico, bem como os ácidos fluorídrico, cianídrico e arsênico. Nada mal para um químico de que você nunca ouviu falar. Por esta razão, Isaac Asimov apelidou-o de "scheele de má sorte".
http://pballew.blogspot.com/2018/09/on-this-day-in-math-september-30.html#links

terça-feira, 9 de outubro de 2012

425 - Hipóxia

Este vídeo mostra uma experiência com os efeitos da hipóxia (diminuição de oxigênio) sobre o ser humano. Numa cabine, em que se reduz a concentração interna de oxigênio, um voluntário é solicitado a resolver problemas aritméticos básicos e a encaixar peças de um quebra-cabeças de criança. A hipóxia retira-lhe a capacidade de executar estas tarefas.
Em seguida, vem o teste final:
Explicar que, se ele não pressionar o botão que injeta oxigênio na cabine, morrerá. Mas... o voluntário, entre eufórico e confiante (devido à hipóxia), não compreende a gravidade da situação. E não executa esta ação simples que salvaria a própria vida.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

395 - Oxigenoterapia intravenosa

Pacientes incapazes de oxigenar o sangue devido uma insuficiência respiratória aguda (uma grande via aérea obstruída, por exemplo) precisam de outra modo de obter oxigênio - e rápido - para evitar uma parada cardíaca e/ou uma lesão cerebral.
Um grupo de pesquisadores de um hospital de Boston desenvolveu um tipo de micropartículas que podem ser injetadas na corrente sanguínea, para oxigenar rapidamente o corpo, quando a respiração não é temporariamente possível. Um avanço extraordinário na ciência que poderá em breve ajudar a salvar milhões de vidas por ano.
De acordo com os pesquisadores, o desenvolvimento dessa técnica permitirá que as equipes médicas possam manter vivos, por 15 a 30 minutos, pacientes com grave insuficiência respiratória. Um tempo suficiente para o pessoal médico e paramédico poder atuar na recuperação, evitando que os pacientes sofram um ataque cardíaco ou uma lesão cerebral permanente.
Os primeiros testes em animais submetidos a uma insuficiência pulmonar crítica foram bem sucedidos. Os pesquisadores conseguiram, injetando este preparado na veia dos animais, restaurar os níveis de oxigênio no sangue para valores próximos da normalidade, dando aos animais minutos adicionais de vida necessários à adoção das medidas recuperadoras.
De que as micropartículas são compostas?
Consistem do gás oxigênio, encapsulado em lipídios, de modo a formar micropartículas com 2 a 4 micrômetros de diâmetro, que ficam dissolvidas em uma solução líquida, a qual pode ser facilmente transportada e utilizada por equipes médicas de emergência e de cuidados intensivos.
Esta "poção" apresenta de três a quatro vezes o teor de oxigênio dos nossos próprios glóbulos vermelhos. Está a  caminho de ser testada em seres humanos, com a expectativa de que lhes prolongue a vida  por minutos decisivos nas situações de emergência.

Referências
Diseñan micropartículas que nos permitirían vivir sin respiración de 15 a 30 minutos, ALT1040
Scientists Invent Particles That Will Let You Live Without Breathing, GIZMODO
Injecting Life-Saving Oxygen Into a Vein, Science Daily
Oxygen Gas–Filled Microparticles Provide Intravenous Oxygen Delivery (abstract), Science Translational Medicine

sexta-feira, 23 de abril de 2010

81 - Oxigênio é vida

Qual é o nível mais baixo de oxigênio no sangue que uma pessoa pode suportar?
Uma pessoa jovem e saudável, estando ao nível do mar, apresenta cerca de 100 mmHg (1) de oxigênio em seu sangue arterial (2). Num paciente quando este nível se reduz para menos de 60 mmHg torna-se preocupante e a sua morte pode sobrevir se o nível cair para menos de 45 mmHg (3).
Imagine-se, portanto, a surpresa de quatro médicos pesquisadores quando, após chegarem ao topo do Monte Everest (imagem) e lá se submeterem a medições dos níveis de oxigênio em amostras de sangue, tomaram conhecimento dos resultados obtidos. Encontravam-se entre 30 e 18 mmHg, sendo este último número o mais baixo nível registrado em pessoa viva.
Comentários do editor
(1) Abreviatura para milímetros de mercúrio, uma unidade de medida da pressão parcial de um gás no sangue. No texto em inglês a unidade de medida foi o kilopascal. Realizei as conversões para milímetros de mercúrio.
(2) No sangue venoso os valores normais são mais baixos.
(3) Um paciente pulmonar crônico pode se adaptar a valores ainda mais baixos.
PGCS

Publicado em EntreMentes