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quinta-feira, 8 de maio de 2025

1412 - O comércio de sanguessugas entre a Espanha e a França no século 19 e suas consequências

Este artigo na Medical History estuda o impacto causado pelo sucesso e disseminação das teorias de Broussais sobre o uso de sanguessugas (hirudoterapia) como um suprimento médico nas relações comerciais hispano-francesas, bem como suas consequências para o mercado espanhol no século 19. Analisar os documentos produzidos pelas diferentes administrações públicas, juntamente com fontes de jornais e arquivos na Espanha e na França e a literatura e legislação daquele período, nos permite entender a evolução deste comércio e o forte impacto que teve na população autóctone deste recurso animal. O artigo revela como, no início da década de 1820, as sanguessugas se tornaram um importante suprimento médico e como a demanda por elas aumentou significativamente. Isso deu origem a uma relação comercial entre Espanha e França que levou à superexploração do recurso, à emissão de regulamentações sobre o assunto e à busca de soluções tecnológicas para aumentar a produção de sanguessugas.
doi.org/10.1017/mdh.2024.5
Relacionadas:

domingo, 19 de fevereiro de 2017

952 - Depósito de bichas (1877)

Venda e aluguel de bichas, diretamente de 1877. Um raro achado publicitário que revela a história da medicina. Segundo nossas fontes:
Bicha ou sanguessuga é um verme anelídeo e hematófago provido de duas ventosas, muito utilizada como terapêutica médica no Brasil oitocentista, quando a medicina ainda dava os seus primeiros passos.
"As bichas ou sanguessugas eram conservadas em um grande vaso de vidro, com água, e não eram alimentadas senão de vez em quando, com açúcar ou leite, a fim de que permanecessem sempre esfomeadas, prontas para sugarem o sangue quando fossem aplicadas sobre a pele do paciente previamente besuntada com açúcar." - H. de Friburgo
Anúncio veiculado no jornal "O Estado de São Paulo" no dia 12 de outubro de 1877:
(matéria enviada por Jaime Nogueira)
239 - T-rex na Amazônia
532 - O barbeiro-cirurgião
597 - Métodos de sangria
598 - As coletoras de sanguessugas

quarta-feira, 19 de março de 2014

598 - As coletoras de sanguessugas

A sanguessuga (anelídeo da classe Hirudinea) pode sugar várias vezes o seu próprio peso em sangue e seu uso em sangrias é muito mais seguro do que cortar uma veia. Durante a primeira metade do século 19, esta técnica de sangria se tornou tão popular que deu origem a uma "mania sanguessuga". Em toda Inglaterra, coletoras de sanguessugas (eram mulheres na maioria) entravam em lagoas infestadas de sanguessugas com as pernas nuas, a fim de atrair esses hematófagos. Uma vez que as sanguessugas se fartavam, elas se desprendiam dos corpos das coletoras que, em seguida, as vendiam para os médicos. As coletoras de sanguessugas comumente sofriam de sintomas relacionados com as perdas de sangue e, às vezes, de doenças contraídas pelo contato com as sanguessugas.
Mas por que a sangria permaneceu tão popular por tanto tempo?
Apesar dos avanços em anatomia e diagnóstico durante os séculos 18 e 19, a terapêutica não evoluiu com suficiente rapidez para acompanhar as novas compreensões a respeito do corpo humano. Muitos profissionais acreditavam que era melhor fazer algo do que não fazer nada. E foi apenas por meados do século 19 que as sangrias caíram de moda, principalmente porque novas técnicas terapêuticas começaram a ser desenvolvidas.
Extraído de: Bloodletting Practices in Early Modern England, The Chirurgeon' Apprentice
Bônus
Como me tornei isca de sanguessugas

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

239 - T-rex na Amazônia

Há T-rex vivendo atualmente na Amazônia peruana.
O T-rex aqui é o nome simplificado da Tyrannobdella rex, uma sanguessuga gigante recém-descoberta. Ela recebeu este nome por lembrar, quanto ao gigantismo da espécie, o Tyrannosaurus rex. Além disso, possui dentes proporcionalmente grandes (outro ponto em comum com o Tyrannosaurus), e suas partes pudendas, segundo os zoólogos que a examinaram, são extremamente pequenas.
Evitando prosseguir com as comparações, devo aqui anunciar que o invertebrado entrou para a lista dos 10 novos animais mais  estranhos de 2010.