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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

1187 - Elixires radioativos

O elemento químico rádio foi descoberto em 1898 por Marie e Pierre Curie. [1]
Naqueles dias, porém, as pessoas não tinham ideia de seus efeitos nocivos. De fato, as pessoas encaravam esse metal luminoso como uma cura médica - algo que, de alguma forma poderia melhorar quase tudo.
Não demorou muito para as pessoas começarem a usar o rádio em produtos domésticos como batom, chocolate (na Alemanha), tônicos e até em relógios. [2] No entanto, logo se descobriu que muitas pessoas que consumiam rádio para aumentar sua vitalidade ou beleza estavam desenvolvendo efeitos colaterais horríveis e permanentes e morrendo.
Isso, finalmente, fez o público perceber que colocar rádio em tudo não era uma resposta a seus problemas.
Uma história
O Radithor [3] foi fabricado de 1918 a 1928 pela Bailey Radium Laboratories, Inc., de East Orange, New Jersey. Dizia-se que o caro produto curava a impotência, entre outros males. Eben Byers , um rico socialite americano, atleta, industrial e graduado do Yale College, morreu de envenenamento pelo rádio do Radithor em 1932. Byers foi enterrado em um caixão forrado de chumbo; [4] quando exumado em 1965 para estudo, seus restos mortais ainda eram altamente radioativos. A morte de Byers levou ao fortalecimento dos poderes da Food and Drug Administration e ao fim da maioria dos medicamentos patenteados baseados em radiação . Um artigo do Wall Street Journal (1.º de agosto de 1990) descrevendo o incidente de Byers foi intitulado "A água do rádio funcionou bem até que sua mandíbula caiu". [5]
Em 1938, a Lei de Medicamentos, Cosméticos e Alimentos poibiu a fabricação e a comercialização desses elixires radioativos.
Referências
[1] http://blogdopg.blogspot.com/2016/07/uma-lareira-de-alto-risco.html
[2] http://blogdopg.blogspot.com/2020/12/radium-girls.html
[3] http://en.wikipedia.org/wiki/Radithor
[4] http://blogdopg.blogspot.com/2018/07/o-livro-de-receitas-em-caixa-de-chumbo.html
[5] http://www.multibriefs.com/briefs/cb-advanced/CB-ADVANCED111417.php

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

654 - Água de Juventa

Juventa, segundo a concepção do
pintor francês Gaston Bussière
(1862-1929)
Para a mitologia romana, Juventa foi uma ninfa que Júpiter (Zeus, na mitologia grega) transformou numa fonte que rejuvenescia as pessoas, daí a origem da palavra juventude.
"A metáfora da água de Juventa traz em si o simbolismo da água viva. Era à fonte de Juventa que os mortos desciam, nela eram banhados e dela subiam vivos. Juventa era a deusa da juventude, sobretudo da adolescência." (Machado de Assis, na nota 27 de seu romance "Memórias póstumas de Brás Cubas").
Num de seus livros (de contos), Coelho Neto usou o título "Água de Juventa".
O mito do elixir da longa vida
Antigos sábios viam propriedades regenerativas na pérola do orvalho e na seiva vegetal. Na Bíblia há referência a uma "água da vida". Entre os antigos romanos, a ambrósia desempenharia o papel do elixir. E os alquimistas acreditavam que ele seria o ouro potável, a "água dos filósofos".
O mito da fonte da juventude
Os espanhóis pensavam estar situada nas Ilhas das Baamas. No século XVI, o explorador espanhol Ponce de Léon a procurou em Bimini, depois de conseguir do rei espanhol armas e homens para essa busca que deu com os burros n'água.
Ao que parece esse elixir é um gene oculto que, influenciado pelo estilo de vida, promove a longevidade e melhora a qualidade de vida das pessoas.
Referências
Infopédia, CiênciaHoje