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quinta-feira, 17 de março de 2022

1247 - Como as pontas amputadas dos dedos se regeneram

dedo de mamífero
Há muito tempo os cientistas tentam desvendar o mecanismo do processo de regeneração da ponta dos dedos amputados, intuindo que aí estaria a chave para a regeneração completa dos membros lesados como acontece com as salamandras.
Esses anfíbios, ao perderem uma perna ou a ponta da cauda, formam um blastema, um conjunto de células indiferenciadas capaz de recriar todos os tecidos perdidos e criar um membro igual ao que tinham.
Nada parecido jamais foi observado em mamíferos.
Em artigo http://www.nature.com/articles/s41598-019-45521-4 na revista *Scientific Reports*, cientistas brasileiros vinculados à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) questionam as expectativas otimistas.
Ao invés da chamada regeneração epimórfica, como a das salamandras, em que até as articulações e a função do membro amputado são restauradas, na ponta dos dedos dos mamíferos ocorre basicamente o crescimento de três tecidos que desempenham essa função naturalmente quando são danificados: unhas, pele e ossos.
Assim, os cientistas mostraram que o processo observável em dedos de mamíferos é muito mais simples do que o esperado.
Por esse motivo, não é um modelo para regeneração de membros.
Vimos que a ponta do dedo é muito mais simples do que o dedo inteiro ou um braço, por exemplo. Não tem músculos, glândulas ou articulações e basicamente tem unha, pele e osso.
Esses três tecidos têm uma capacidade natural de regeneração. Portanto, o crescimento da ponta de um dedo não constitui uma regeneração no sentido estrito da palavra, mas uma sucessão de fenômenos bem conhecidos.
Como qualquer lesão na pele, uma lesão de amputação cura devido à migração dos queratinócitos, as células da pele que produzem a queratina.
A unha parcialmente cortada retoma o seu crescimento por ser dotada de um grande número de células-tronco que induzem esse fenômeno ao longo da vida do organismo.
Porém, o crescimento mais importante nesse processo é o do tecido ósseo, que ocorre naturalmente quando se sofre uma fratura, por exemplo. Esse crescimento ocorre graças às chamadas células osteoprogenitoras.
Cientistas já haviam demonstrado que a unha é essencial para o crescimento ósseo após a amputação dos dedos do rato, por induzir o chamado crescimento distal na forma pontiaguda característica das falanges distais, as pontas dos dedos.

domingo, 7 de agosto de 2016

887 - Informação incompleta: o caso do pênis mordido pelo burro

Alguns relatórios médicos publicados dão informações incompletas, induzindo a frustração nos leitores intelectualmente curiosos.
Este estudo recém-publicado exemplifica o problema:
Total phallic reconstruction using the radial artery based forearm free flap after traumatic penile amputation (Reconstrução fálica total usando a artéria radial  em amputação peniana).Marco Falcone, MD, Giulio Garaffa, MD, PhD, FRCS(Eng), Amr Raheem, MD, Nim A. Christopher, MPhil, FRCS(Urol), and David J. Ralph, FRCS(Urol), Journal of Sexual Medicine, vol. 13, 2016, pp. 1119-1124.
Os autores, radicados em Londres, Reino Unido, Turim, Itália, e Cairo, Egito, relacionam as causas de amputação de pênis:
acidentes de trânsito (n = 3),
lesão por explosão (n = 3)
auto-amputação devido a um episódio agudo de esquizofrenia (n = 2),
gangrena de Fournier (n = 1)
mordida de burro (n = 1)
O estudo não inclui nenhuma informação adicional sobre o burro.
(http://www.improbable.com/2016/06/21/incomplete-info-the-case-of-the-donkey-bitten-member/)

domingo, 13 de janeiro de 2013

457 - Comida para pato

"É melhor eu ir para a casa ou os patos terão algo para comer."
Este chiste é incompreensível para quem não é da Tailândia.
Faz alusão a uma "epidemia" de pênis amputados que, na década de 1970, aconteceu no país asiático. A cargo das mulheres tailandesas que, com uma faca de cozinha, cortaram os pênis de seus maridos mulherengos enquanto eles dormiam.
O número de setembro de 1983 do American Journal of Surgery saiu com este artigo: Surgical Management of an Epidemic of Penile Amputations in Siam (Tratamento Cirúrgico de uma Epidemia de Amputações Penianas no Sião), escrito por Kasian Bhanganada e quatro colegas médicos do Hospital Siriraj, em BangKok (Banguecoque) .
Uma tradicional casa tailandesa é construída sobre estacas e suas janelas permanecem abertas para permitir a ventilação. Enquanto a área sob a casa é o lar das famílias de porcos, galinhas e patos. Assim, era factível que um pênis, amputado e lançado para fora pela janela, pudesse perfeitamente ser capturado por um pato, e daí a origem do chiste.
Slideshow
Comentário
Um costume interessante... Se fosse aqui, os patos estariam gordos!!! Só que as esposas daqui não têm coragem para conviver com a invalidez... (rsrsrsrs)
Abraço.
Celina Côrte