A identificação de todas as sequências de nucleotídeos e genes que formam o DNA da cepa de Mycobacterium bovis atenuada, utilizada na fabricação da vacina brasileira contra a tuberculose, representa um passo fundamental na luta contra a doença no país. "Foram necessários anos de trabalho minucioso e detalhado, quase artesanal, em que foi preciso estudar e descrever cada pequena e complexa região do genoma, além de comparar nossos resultados com a literatura, para predizer com exatidão os genes e as diferenças em relação a genomas de referência", descreve Leila. "A partir de agora, temos uma grande quantidade de informação sobre a cepa vacinal brasileira, com um alto grau de detalhamento, que poderá ser utilizada para fortalecer e diversificar as linhas de pesquisa desenvolvidas no Brasil e no mundo sobre a doença", comemora. O projeto, financiado pela Fundação Ataulpho de Paiva e pela Fiocruz, através do programa PDTIS, resultou também em ferramentas para a rastreabilidade da cepa vacinal.
Os resultados obtidos no IOC abrem caminho para o aprimoramento da própria vacina, a sua identificação clínica e microbiológica, e o desenvolvimento de novos imunizantes. "Podemos usar estas informações para estudos que visem melhorar a imunoproteção, reduzir os possíveis efeitos colaterais e melhorar o controle de qualidade da vacina brasileira, por exemplo", enumera a pesquisadora. "Também será possível pensar em vacinas recombinantes de DNA que imunizem contra tuberculose e outros agentes causadores de doenças, como protozoários, vírus e bactérias, promovendo alterações no DNA da BCG Moreau", cogita.
Leia a íntegra deste artigo de Marcelo Garcia em Comunicação - Instituto Oswaldo Cruz.
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Metrópoles, 10/09/2020 - Conhecida por oferecer uma resposta imunológica robusta, a vacina BCG – contra tuberculose – será testada no Brasil e em outros três países para avaliar o potencial na prevenção contra a Covid-19. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) conduzirá um estudo clínico em território brasileiro com o recrutamento de 3 mil voluntários saudáveis, todos profissionais de saúde que atuam no enfrentamento ao novo coronavírus, no Rio de Janeiro e em Mato Grosso do Sul. Os pesquisadores acreditam que a vacina estimula a resposta inata do sistema imunológico contra a infecção por diversos patógenos. Outros estudos mostram que países com cobertura da BCG têm índices mais baixos de mortes pela Covid-19 por milhão de habitantes. Agora, eles querem verificar se a vacina tem potencial para proteger contra a infecção do novo coronavírus ou se pode atenuar a doença nos pacientes da Covid-19. A pesquisa, em parceria com o instituto australiano Murdoch Children’s Research Institute, está na fase 3 e acontece também na Austrália, Espanha e Reino Unido. Ela é financiada pela Fundação Gates e conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Metrópoles, 10/09/2020 - Conhecida por oferecer uma resposta imunológica robusta, a vacina BCG – contra tuberculose – será testada no Brasil e em outros três países para avaliar o potencial na prevenção contra a Covid-19. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) conduzirá um estudo clínico em território brasileiro com o recrutamento de 3 mil voluntários saudáveis, todos profissionais de saúde que atuam no enfrentamento ao novo coronavírus, no Rio de Janeiro e em Mato Grosso do Sul. Os pesquisadores acreditam que a vacina estimula a resposta inata do sistema imunológico contra a infecção por diversos patógenos. Outros estudos mostram que países com cobertura da BCG têm índices mais baixos de mortes pela Covid-19 por milhão de habitantes. Agora, eles querem verificar se a vacina tem potencial para proteger contra a infecção do novo coronavírus ou se pode atenuar a doença nos pacientes da Covid-19. A pesquisa, em parceria com o instituto australiano Murdoch Children’s Research Institute, está na fase 3 e acontece também na Austrália, Espanha e Reino Unido. Ela é financiada pela Fundação Gates e conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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