Segundo o Dr. Ken Murray, os médicos não morrem como as demais pessoas.
Não é um tema frequente de discussão, mas os médicos também morrem. E, não poucas vezes, morrem após receberem tratamentos a menos dos que são aplicados nas demais pessoas.
Pela experiência adquirida em acompanhar as mortes dos outros, os médicos tendem a ser bastante serenos quando confrontados com a ideia da morte em si próprios. Eles sabem exatamente o que vai acontecer, eles sabem as escolhas possíveis, e eles geralmente têm acesso a qualquer tipo de cuidado médico que desejem. Mas eles se vão serenamente.
É claro que os médicos não querem morrer, querem viver. Mas eles sabem o suficiente sobre a medicina moderna para conhecer os seus limites. E eles sabem o suficiente sobre a morte para não ignorarem o que todas as pessoas mais temem: morrer com dor e morrer sozinho. Eles já conversaram sobre isso com suas famílias. Eles querem ter a certeza de que, quando chegar a hora, nenhuma medida que eles não queiram lhes aconteça em seus últimos momentos na Terra. Como, por exemplo, submeterem-se a manobras de uma ressuscitação cardiorrespiratória que lhes quebre as costelas (o que comumente acontece quando a manobra é feita para valer).
Os avanços da tecnologia e da medicina nos levam a acreditar que podemos consertar tudo o que há de errado com o corpo humano. O sofrimento e as despesas que se danem. Todavia, "se podemos" não é igual a "quando faremos".
Extraído de How doctors die, Public Square
Um comentário:
A morte é o principal momento de nossas vidas. Devemos encará-la com serenidade.
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