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sábado, 21 de março de 2015

720 - À prosaica aspirina

O poeta João Cabral de Melo Neto, falecido em 1999, transcorreu parte de sua vida sob a tortura de uma terrível enxaqueca. Não foi para menos, portanto, que o pernambucano dedicou uma verdadeira ode àquilo a que ele sempre recorria para aliviar sua cefaléia e, com a cabeça mais leve, então arquitetar intrincados poemas. O seu poema "Num monumento à aspirina" produz, já pelo título, um certo estranhamento no leitor, dada a combinação, meio estrondosa, dos substantivos "monumento" e "aspirina". Pois, em geral, fazemos monumentos às coisas grandes, aos acontecimentos e personagens históricos de relevo. Mas, a um prosaico comprimido de aspirina...

Cinquenta e sete anos atrás, Joe Farris publicou seu primeiro desenho em The New YorkerAo longo dos anos, ele publicaria 269 mais. Este, ao lado, foi um deles.
Joe faleceu neste mês, aos 90 anos.

258 - Plantas que se comunicam

terça-feira, 6 de julho de 2010

155 - Órgãos

Quer seja curto ou comprido,
Quer seja fino ou mais grosso,
É órgão muito querido
Não tem espinha nem osso.

De incalculável valor,
Ninguém possui um a mais,
E desempenha no amor
Um dos papéis principais.

Quando uma dama o toca,
Ei-lo a pular com fervor,
Se for rapaz, estremece,
Se velho, com menos vigor.

Seu nome não é tão feio.
Tem sete letrinhas só,
Tem um "R", um "A" no meio,
Começa em "C" e acaba em "O".

Nunca se encontra sozinho,
Vive sempre acompanhado,
Por outros dois orgãozinhos,
Juntos de si, lado a lado.

O nome destes, porém,
Não vá gerar confusões,
Tem sete letras também,
Tem "L" e finda em "ÕES".

Para acabar com esse embalo
E com as más impressões:
Os órgãos de que eu falo
São... o coração e os pulmões!!!

(Winston Graça enviou por e-mail)

Publicado em EntreMentes