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quinta-feira, 19 de abril de 2018

1041 - Febre amarela

Áreas de risco na América do Sul, CDC
O vírus da febre amarela, flavivírus, é transmitido ao ser humano pela picada de mosquitos infectados. O nome "febre amarela" vem da insuficiência hepática que causa icterícia, nome dado à cor amarelada da pele e do branco dos olhos.
A doença é diagnosticada com base nos sintomas, achados físicos, exames laboratoriais, e a possibilidade de exposição a mosquitos infectados. Muitos dos casos de febre amarela são leves, porém a doença pode ser grave e representar ameaça à vida.
Os sintomas de infecção grave são febre alta, calafrios, dor de cabeça, dores musculares, vômito e dor nas costas. Após um curto período de recuperação, a infecção pode levar a choque, sangramento e insuficiência renal e hepática. Infecções graves por febre amarela podem ser fatais. Os índices caso-fatalidade da doença grave variam de 15% a mais de 50%.
Existem dois tipos de febre amarela causados por dois ciclos diferentes de infecção:
- A febre amarela silvestre: é disseminada por mosquitos infectados em matas tropicais (por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). A transmissão ocorre quando o indivíduo é picado por mosquitos que se infectaram após alimentarem-se do sangue de macacos portadores do vírus. A febre amarela silvestre é rara e ocorre principalmente entre os indivíduos que habitam ou trabalham nas matas tropicais.
- A febre amarela urbana: é disseminada por mosquitos que foram infectados a partir de outras pessoas. O Aedes aegypti é a espécie de mosquito que geralmente transmite a febre amarela de um ser humano para outro. Esses mosquitos se adaptaram à vida urbana e sua larva cresce em pneus abandonados, vasos de flores, tambores e recipientes de armazenamento de água localizados perto das moradias humanas. A febre amarela urbana é a causa da maioria dos surtos e epidemias de febre amarela.
Não há tratamento específico para a febre amarela e os cuidados estão baseados nos sintomas. As etapas para prevenção da febre amarela incluem o uso de repelentes, roupa de proteção e vacinação.
Fontes
1.Center for Disease Control and Prevention. [Internet] Disponível em: https://www.cdc.gov/yellowfever/
2. Sanofi Pasteur.  [Internet] Disponível em: http://www.sanofipasteur.com.br/node/16902
3. Bio-Manguinhos. [Internet] Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao
4. Nova Acta. [Internet] Disponível em: 441 e 969
Vídeo
Dr. Drauzio tira as principais dúvidas sobre o assunto e relata como pegou a doença no Amazonas (ele escreveu depois o livro "O médico doente").

domingo, 4 de janeiro de 2015

695 - O uso dos calçados na prevenção das doenças tropicais negligenciadas


REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE 
Resumo
O uso consistente de calçados pode ajudar a prevenir ou retardar a progressão de muitas doenças tropicais negligenciadas (DTN).
Foi realizada uma revisão sistemática e metanálise para avaliar a associação entre o uso de calçados e o risco de adoecimento para aquelas DTN em que a via de transmissão ou de ocorrência se dão através dos pés.
Nós descobrimos que o uso de calçados reduz o risco de úlcera de Buruli, tungíase, ancilostomíase, estrongiloidíase, e leptospirose. Nenhuma associação significativa entre o uso de calçados e podoconiose foi encontrada e não havia dados disponíveis para micetoma, miíase ou picada de cobra.
Recomendamos que, ao lado das intervenções já existentes (água adequada, saneamento e higiene pessoal), o acesso aos calçados deve ser priorizado para acelerar o controle e a eliminação de várias DTN, e assim garantir uma redução das mesmas.
Referência
Association between Footwear Use and Neglected Tropical Diseases: A Systematic Review and Meta-Analysis
Autores: Sara Tomczyk, Kebede Deribel, Simon J. Brooker, Hannah Clark, Khizar Rafique, Stefanie Knopp, Jürg Utzinger, Gail Davey  | Publicação: 13/11/2014 | DOI: 10.1371/journal.pntd.0003285
Ilustração: Jeca Tatuzinho, por Belmonte
folheto do Biotônico Fontoura
Site recomendado
http://www.literaturaeshow.com.br/2010/08/jeca-tatuzinho-e-o-biotonico-fontoura.html

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

680 - O que pode estar ampliando o alcance das doenças tropicais?

Você acha que as doenças tropicais só ocorrem nos países em desenvolvimento?
Mude de ideia.
Diante do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem divulgando sobre estas doenças:
Malária
Dengue
Encefalites
Peste bubônica
Cólera.
Segundo a OMS, devido ao aquecimento global, elas estão se espalhando para as regiões temperadas do planeta.
É que os concomitantes aumentos da temperatura e da umidade em nosso planeta, fenômenos associados ao aquecimento global, estão fazendo proliferar os insetos e os roedores que espalham estas doenças.
N. do E.
Há outros fatores que auxiliam na propagação global dessas doenças, tais como o crescimento populacional, a urbanização descontrolada, as limitações dos sistemas de saúde e os grandes fluxos migratórios.