A ANVISA está na fase final da elaboração de um relatório de análise do impacto regulatório sobre os cigarros eletrônicos. Mas, desde 2009, a comercialização, a importação e a propaganda desses dispositivos para fumar são proibidas no Brasil.
Com a perda de rendimento e a diminuição do número de fumantes nos últimos 10... 20 anos, em que saímos dos 30 milhões de fumantes para menos de 10 milhões no país, a indústria do tabaco passou a usar o recurso de investir no cigarro eletrônico, o qual contém nicotina, que é a mesma substância que vicia no cigarro convencional.
Para quê? Para que mais e mais pessoas, principalmente jovens, se tornem viciadas e assim a renda dessas empresas continuem intactas.
O cigarro convencional contém, entre outros componentes, o alcatrão, que concentra diversas substâncias cancerígenas. Mas há outros perigos no dispositivo eletrônico. Ele ainda é recente e não há uma quantidade suficiente de anos para o estudo. Para se ter uma ideia: o cigarro convencional levou 20 anos para se descubrir que era cancerígeno, que era viciante, e as indústrias do tabaco não deixavam que as pesquisas progredissem.
Quanto ao cigarro eletrônico já temos o conhecimento, desde 2019, de internações e mortes que lhe são relacionadas. O acetato de vitamina E, por exemplo, é uma substância muito perigosa, que causa uma pneumonite inflamatória. Há também substâncias gordurosas que, ao serem aquecidas e inaladas, causam uma pneumonia lipoídica. E, por conta de sua estrutura metálica, nós também sabemos da produção e do depósito de vapores de metais, sobre os quais ainda não temos o conhecimento de todos os malefícios para o pulmão.
O cigarro convencional tem 4.720 substâncias químicas por tragada. No cigarro eletrônico ainda não se conseguiu identificar a real quantidade das substâncias que são inaladas. É provável que não tenha o alcatrão, porém os vapores metálicos são tidos como substâncias cancerígenas. As pessoas que estão usando os vapers, podem estar apenas trocando o câncer por alcatrão pelo câncer por ligas metálicas.
O uso de cigarros eletrônicos aumentam em mais de 3 vezes a chance de alguém que nunca fumou experimentar o cigarro convencional. E pode elevar em 4 vezes a chance de desenvolver o vício de fumar. É uma falácia dizer que o uso do cigarro eletrônico pode reduzir o consumo do cigarro convencional, muito pelo contrário.
30/05/2022 - Dia Mundial sem Tabaco
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