É uma versão "mineira" (criada em Goiás) para o sucesso internacional "We are the world". Este vídeo relaciona, de uma forma divertida, doenças e incômodos que o fumo provoca nas pessoas - com ênfase para as irritações oculares.
Com o objetivo de abrir os olhos dos fumantes, peço ao oftalmologista mineiro Nelson Cunha (o vídeo é especialmente para ele) que insira na caixa de comentários um apanhado das afecções oculares causadas ou agravadas pelo hábito de fumar.
"Me arde o "oi"
Me arde o ouvido
"Ocê" vai pitando
E o mundo vai ficando
Bem mais poluído."
Publicado em EntreMentes
Um comentário:
Nelson Cunha enviou este comentário que será transformado em postagem.
"Não há forma mais efetiva de divulgação científica do que fazer analogias. Aqui farei uma.
Compare o seu corpo a uma cidade com infinidade de ruas que nos levam a lojas, escolas, oficinas, restaurantes, hospitais, quartéis etc. Imagine um estreitamento delas por veículos estacionados em fila dupla. De repente, uma quadrilha se apossa de um edifício e começa o assaltá-lo.
É o caos, mas pode ser uma invasão bacteriana.
O quartel é avisado, mas a polícia não chega a tempo. Feridos graves ficam sem atendimento porque a ambulância não comparece. A quadrilha sente-se estimulada a praticar assaltos repetidos e o ataque se espalha incontrolavelmente.
É o caos, mas pode ser uma infecção num corpo indefeso.
Vejam agora o restaurante. Cheio de clientes famintos, mas as cozinheiras não chegaram ainda. O supermercado não entregou os cereais, os canos estouraram, falta água e a energia elétrica é claudicante. O esgoto está entupido e o lixo se acumula.
É o caos, mas pode ser o olho de um diabético.
Chegam a essa “cidade” dez mil caminhões carregados de cigarros, doces, lingüiças e picanhas que vêm atender ao “stress” da população angustiada com tantos problemas. Os caminhões entopem de vez as ruas restantes.
É o caos, mas pode ser o corpo de um fumante.
A população aflita começa a queimar os cigarros, a fumaça polui ainda mais o ambiente, o oxigênio vai rareando e as janelas das casas vão se abrindo, mas é pouco. Tudo é muito sufocante. As paredes enfraquecidas são arrombadas por falta de manutenção. As casas e apartamentos vão ficando irreconhecíveis tal o número de buracos. É a ruína total.
É o caos, mas pode ser o pulmão de um fumante.
As estações de TV vão parando de transmitir porque a fumaça toma conta de tudo, as lentes ficam embaçadas, a eletricidade é insuficiente, os estúdios são inundados por canos enferrujados que vazam sem parar. A população vai ficando sem um meio importante de informação.
É o caos, mas pode ser um olho diabético agravado pela hipertensão e tabagismo.
As pessoas vão ficando sem ânimo para enfrentar essa enorme quantidade de problemas produzida pela falta de circulação de mercadorias e serviços e a cidade começa a parar. Ninguém sai de casa, os amigos e parentes não se visitam, desaparece a alegria e a vida vai se esfarelando.
É o fim, mas pode ser a velhice numa cadeira de rodas e um cérebro tomado por placas amiloides: o Alzheimer
O olho é particularmente sensível a todos os males produzidos por dificuldades na circulação. Seus vasos são extremamente delicados e miniaturizados e por isso mesmo são os primeiros a sentirem os efeitos da má circulação de nutrientes e eliminação dos seus resíduos. Isso é muito típico no paciente diabético. Nos fumantes, o que preocupa não é o olho vermelho pela irritação da fumaça, mas os efeitos dos venenos inalados. As grandes causas de cegueira no mundo são agravadas pelo pernicioso e anti-social hábito de fumar. São elas: A Retinopatia Diabética, a Degeneração Macular Relacionada à Idade ( DMRI ), o Glaucoma e a Neuropatia Óptica Isquêmica. Todas INCURÁVEIS. O fundamento dessas doenças tem um parente comum: O congestionamento das “ruas” do nosso corpo. E se posso dar um conselho:
Tire os caminhões da Souza Cruz e da Sadia das suas ruas. A Secretaria de Saúde agradece.
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