Rufus Weaver foi um anatomista do final do século XIX. Sua especialidade era preparar amostras anatômicas, ou seja, preservar partes e órgãos do corpo humano para as aulas de medicina da
Hahnemann Medical College.
O projeto mais famoso de Weaver foi a recuperação, preservação e exibição de todo um sistema nervoso humano, o que nunca havia sido feito antes. Em 1888, Weaver dissecou um corpo e separou o sistema nervoso - nervos, cérebro e globos oculares, e o preservou como você vê aqui. O espécime é enervante para quem o vê, e você deve estar se perguntando quem foi essa pessoa. Não foi até 1915 que ela foi identificada como "Harriet Cole", uma mulher negra que trabalhava na faculdade, a qual teria deixado seu corpo para a ciência.
Visitantes tiram fotos de "Harriet Cole"
Essa história é difícil de acreditar, considerando que alguém doar o corpo para a ciência não era uma atitude frequente em 1888. Os cadáveres de espécimes médicos da época vinham de roubos de túmulos e reclamação de corpos que de outra forma seriam enterrados pelo estado. Alaina McNaughton, Matt Herbison e Brandon Zimmerman têm tentado rastrear o mistério de Harriet Cole. Ela era uma pessoa real e a dona desse sistema nervoso? Weaver deixou poucas pistas sobre como preparou a amostra, e a identidade do doador não estava em seus registros.
Fonte:
The Mystery of "Harriet Cole", por Jessica L. Heister. Atlas Obscura
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