Kathryn Rudy, da Universidade de St. Andrews, na Escócia, imaginou que as manchas de dedos deixadas pelos leitores nos manuscritos poderiam ser um bom indicador.
Usando um dispositivo que mede a densidade óptica de uma superfície refletora, ele analisou um exemplar holandês do Livro de Horas, um livro de textos devocionais do século XV, sob a hipótese de que as sujeiras acumuladas nos cantos inferiores das páginas representariam o tempo gasto com leituras.
O que ele encontrou:
As passagens mais populares deste livro tendiam a ser as orações relacionadas com as indulgências (tempo de dispensa do purgatório pelos pecados perdoados) e com as preocupações com a saúde como a proteção da Peste ou do Fogo de Santo Antônio (intoxicação pela ingestão de produtos contaminados pelo fungo esporão-do-centeio).
Em um manuscrito que tinha iluminuras personalizadas, o proprietário principalmente olhou para aquelas que retratavam a si próprio. "Ele realmente amava aquela imagem", disse Rudy.
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