Os riscos para a saúde pública decorrentes da má qualidade do ar são considerados semelhantes aos da obesidade no Reino Unido, mas aumentar a conscientização pública sobre esse problema invisível tem sido difícil. Ninguém tem "morte por poluição do ar" registrada na declaração de óbito, dificultando a previsão do número de mortes por ano atribuíveis ao NO2 (dióxido de nitrogênio). Um relatório do Royal College of Physicians sugere que poderia ser em torno de 40 mil óbitos, uma estimativa sujeita a grandes margens de erro (discutidas com mais detalhes pelo estatístico Sir David Spiegelhalter, do WinstonCentre). O cálculo de um número exato não é essencial, pois esses casos extremos provavelmente serão a ponta do iceberg em termos de impactos na saúde e grupos vulneráveis, como crianças ou asmáticos, estão em maior risco.
Os efeitos da exposição a longo prazo a uma má qualidade do ar são notoriamente difíceis de provar e os impactos da exposição cumulativa ou a co-exposição a poluentes múltiplos do ar são amplamente desconhecidos. Os danos de quantificação com base em medidas de exposição podem ser problemáticos, com complicações adicionais decorrentes de diferentes exposições entre regiões, e até mesmo entre indivíduos na mesma rua. No entanto, um workshop realizado na Royal Society reuniu especialistas no campo da qualidade do ar, onde o consenso apoiou que, apesar da incerteza, a evidência existente era suficiente para tomar medidas para reduzir os efeitos negativos da má qualidade do ar.
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