A sanguessuga (anelídeo da classe Hirudinea) pode sugar várias vezes o seu próprio peso em sangue e seu uso em sangrias é muito mais seguro do que cortar uma veia. Durante a primeira metade do século 19, esta técnica de sangria se tornou tão popular que deu origem a uma "mania sanguessuga". Em toda Inglaterra, coletoras de sanguessugas (eram mulheres na maioria) entravam em lagoas infestadas de sanguessugas com as pernas nuas, a fim de atrair esses hematófagos. Uma vez que as sanguessugas se fartavam, elas se desprendiam dos corpos das coletoras que, em seguida, as vendiam para os médicos.
As coletoras de sanguessugas comumente sofriam de sintomas relacionados com as perdas de sangue e, às vezes, de doenças contraídas pelo contato com as sanguessugas.
Mas por que a sangria permaneceu tão popular por tanto tempo?
Apesar dos avanços em anatomia e diagnóstico durante os séculos 18 e 19, a terapêutica não evoluiu com suficiente rapidez para acompanhar as novas compreensões a respeito do corpo humano. Muitos profissionais acreditavam que era melhor fazer algo do que não fazer nada. E foi apenas por meados do século 19 que as sangrias caíram de moda, principalmente porque novas técnicas terapêuticas começaram a ser desenvolvidas.
Extraído de: Bloodletting Practices in Early Modern England, The Chirurgeon' Apprentice
Bônus
Como me tornei isca de sanguessugas
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