A campanha nacional de combate ao HPV começa hoje (10)
A partir deste ano, a vacina que previne o câncer de colo de útero passa a fazer parte do calendário de vacinação para meninas de 11 a 13 anos. Esta vacina estará disponível nos 36 mil postos da rede pública de saúde, durante todo o ano, mas o Ministério da Saúde está incentivando secretarias estaduais e municipais de saúde a promover, em parceria com as secretarias de educação, a vacinação em escolas públicas e privadas.
A vacina contra HPV (a sigla em inglês para o papilomavírus humano) que será distribuída no SUS é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama.
O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. A cada ano, 270 mil mulheres morrem no mundo por conta do câncer de colo de útero. No Brasil, 685 mil mulheres são infectadas anualmente por algum tipo de HPV. Em 2011, 5.160 mulheres morreram no país em decorrência do câncer de colo de útero. Para 2013, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 17.540 novos casos desta doença.
Em 2015, a vacina será ofertada também para meninas de 9 e 10 anos. Cada menina deve receber três doses da vacina para estar imunizada contra o HPV. Após a primeira dose, a segunda deverá ocorrer em dois meses e a terceira, em seis. Será feito um cadastro com nome, endereço e telefone das meninas imunizadas para que o Ministério da Saúde tenha o controle de que todas as doses serão aplicadas.
A vacina deve ser aplicada com autorização dos pais ou responsáveis. Ela tem eficácia comprovada para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. "Vacina contra o HPV é medida preventiva, não substitui a realização de exames periódicos e o uso de preservativo nas relações", alerta a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues.
O Ministério da Saúde investiu R$ 465 milhões na compra de 15 milhões de doses da vacina para este ano, quantidade suficiente para que 5,2 milhões de pré-adolescentes sejam imunizadas. É a primeira vez que a população terá acesso gratuito, em nível nacional, à vacina contra o HPV.
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