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quinta-feira, 22 de abril de 2021

1199 - Um espécime enervante

Rufus Weaver foi um anatomista do final do século XIX. Sua especialidade era preparar amostras anatômicas, ou seja, preservar partes e órgãos do corpo humano para as aulas de medicina da Hahnemann Medical College. O projeto mais famoso de Weaver foi a recuperação, preservação e exibição de todo um sistema nervoso humano, o que nunca havia sido feito antes. Em 1888, Weaver dissecou um corpo e separou o sistema nervoso - nervos, cérebro e globos oculares, e o preservou como você vê aqui. O espécime é enervante para quem o vê, e você deve estar se perguntando quem foi essa pessoa. Não foi até 1915 que ela foi identificada como "Harriet Cole", uma mulher negra que trabalhava na faculdade, a qual teria deixado seu corpo para a ciência.
Visitantes tiram fotos de "Harriet Cole"
Essa história é difícil de acreditar, considerando que alguém doar o corpo para a ciência não era uma atitude frequente em 1888. Os cadáveres de espécimes médicos da época vinham de roubos de túmulos e reclamação de corpos que de outra forma seriam enterrados pelo estado. Alaina McNaughton, Matt Herbison e Brandon Zimmerman têm tentado rastrear o mistério de Harriet Cole. Ela era uma pessoa real e a dona desse sistema nervoso? Weaver deixou poucas pistas sobre como preparou a amostra, e a identidade do doador não estava em seus registros.
Fonte: The Mystery of "Harriet Cole", por Jessica L. Heister. Atlas Obscura

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

1166 - Fatos imprecisos

Em "A origem do homem", Charles Darwin escreveu uma frase que deveria ser gravada em bronze na entrada de todas as faculdades de ciências:
Fatos imprecisos são altamente prejudiciais para o progresso da ciência, pois levam muito tempo para desaparecer; mas opiniões imprecisas, se baseadas em evidências, não causam grandes perturbações, pois todos sentem prazer especial em provar sua falsidade [...].
Ilustração do livro de Vesalius




A velha raposa escreveu sabiamente: substitua "fatos imprecisos" por "fatos falsos" e você saberá que ele estava se referindo a uma má influência que afeta a ciência desde o início: a mitologia religiosa.
Não deveria surpreender a importância que um único osso tem na genealogia humana da perspectiva das três religiões abraâmicas. Segundo Gênesis (23/2), Eva surgiu da costela de Adão. Esse relato deu origem a um dogma absurdo imposto por séculos: como Eva fora criada ao extrair uma costela de Adão, todos os homens tinham 23 costelas, uma a menos que as mulheres.
O impulso de explicar cientificamente a natureza das coisas foi o que levou Andreas Vesalius a desafiar a Inquisição. Desde o tempo do Galeno grego, a dissecção anatômica era realizada com animais, mas a Igreja Católica permitiu que Vesalius dissecasse os corpos dos executados porque, segundo os teólogos, não havia risco de que suas almas retornassem do inferno. Vesalius contou as costelas e desfez o mito em seu De Humani Corporis Fabrica (1543). Sua alta posição social como médico pessoal de Carlos V e Felipe II o livrou de terminar nas masmorras.
Manuel Peinado Lorca
Extraído de: ¿Por qué el parto humano es tan doloroso? GRANDES MEDIOS

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

1021 - O dedo de Morton

Muitas pessoas acham que têm pés estranhos: ou que seu dedão é muito pequeno ou que os outros dedos são muito grandes. Essas pessoas podem ter o chamado dedo de Morton.
Mais corretamente chamado de pé de Morton, a anomalia refere-se a um segundo dedo do pé que parece mais longo que o primeiro dedo (foto), porque o primeiro osso metatarsiano é curto em relação ao segundo. Foi descrito pela primeira vez pelo cirurgião ortopedista americano Dudley Joy Morton (1884-1960). É também chamado de pé grego porque os gregos antigos o achavam esteticamente atraente, incorporando-o em pinturas e esculturas. O David de Michelangelo é um dos exemplos.
O dedo de Morton acontece em cerca de 20% das pessoas no mundo e, segundo uma pesquisa no Brasil, em 33% dos brasileiros.
Por ser simplesmente uma variação na forma do pé, não requer nenhum tratamento a menos que o portador apresente sintomas. Este tipo de pé pode estar relacionado com o surgimento de algumas patologias, como: metatarsalgia, neuroma de Morton, fascite plantar, calosidades etc.
Tampouco existe prevenção para o dedo de Morton, pois esta é uma condição anatômica hereditária e que está ligada a alguns tipos de pé, como o grego e o céltico, de uma classificação baseada em etnias:
Fontes:
http://www.pessemdor.com.br/blog
www.news-medical.net/health
Curiosidade:
Você sabia que a Estátua da Liberdade em Nova Iorque tem os pés de Morton?
Ver também:
Nomenclatura para os dedos do pé e Quem fratura um dedo fatura um amigo.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

870 - O túmulo seguro


Os estudantes de medicina no Reino Unido do século XIX, enfrentavam um dilema. Eles estavam acostumados a usar os corpos de criminosos executados para estudar anatomia. A utilização dos cadáveres dos condenados para descobrir os segredos da anatomia humana remonta ao século 4 a.C, quando Herophilos e Erasístrato de Alexandria receberam permissão para apresentar vivissecções ao vivo.
Os tempos, porém, haviam mudado, e os criminosos só podiam ser dissecados após a execução. E havia outro problema relacionado com o abrandamento das punições pelos crimes. Devido a isso, apenas cerca de 50 pessoas por ano estavam sendo executadas no Reino Unido. enquanto a demanda anual de corpos para a dissecação pela crescente classe médica ultrapassava esse número dez vezes.
Um infame comércio de cadáveres passou então a prosperar. No entanto, aqueles que tinham perdido algum ente querido logo desenvolveram uma arma contra isso: o mortsafe.
O primeiro mortsafe foi feito por volta de 1816. Eles baseavam-se em diferentes desenhos e a única coisa que tinham em comum era o fato de que eram pesados, o que tornava muito difícil a exumação de um recém-falecido. O mortsafe era engenhoso: um complexo de barras de ferro e placas fincadas no chão e que se elevavam acima dele a fim de dar sustentação a uma pesada pedra.
The Mortsafe: Or How to Protect Your Loved Ones from the Bodysnatchers, Kuriositas

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

767 - O queixo exclusivo da espécie humana

Por que os seres humanos modernos somos a única espécie que têm queixo? Os pesquisadores dizem que não é devido a forças mecânicas, tais como mastigação, mas que essa exclusividade se deve a uma adaptação evolucionária. Como nossos rostos ficaram menores. em nossa evolução de humanos arcaicos para a espécie a que hoje pertencemos, isso exigiu uma "reformulação do crânio", a qual, com a progressão, expôs a proeminência óssea que existe na parte mais baixa de nossas cabeças.
Leia-se: queixo.
Na figura abaixo, observe-se: um crânio do Homo sapiens (à esquerda) e um crânio do Homem de Neandertal (à direita). Só o crânio do Homo sapiens, cujo rosto é cerca de 15% menor, é que apresenta o queixo.
Crédito: Tim Schoon, Universidade de Iowa
O "crescimento" do queixo, portanto, teria a ver com a forma como o rosto se adaptou às mudanças nas dimensões do crânio. Meio parecido ao que precisaríamos fazer para encaixar as peças em um quebra-cabeças tridimensional.
Referências
N. E. Holton, L. L. Bonner, J. E. Scott, S. D. Marshall, R. G. Franciscus, T. E. Southard. The ontogeny of the chin: an analysis of allometric and biomechanical scaling. Journal of Anatomy, 2015; DOI: 10.1111/joa.12307
University of Iowa. Why we have chins: Our chin comes from evolution, not mechanical forces. ScienceDaily. ScienceDaily, 13 April 2015.

13/10/2016 - Atualizando ...
The enduring puzzle of the human chin, Wiley Online Library

terça-feira, 27 de maio de 2014

621 - As covinhas da garupa: o romboide de Michaelis



Vocês devem certamente ter notado que certas mulheres (e alguns homens) têm duas covinhas na parte traseira do corpo. E muitos de vocês consideram-nas pontos sensuais. Um forte apelo para usá-las como um descanso para seus polegares. No entanto, prestam-se também para identificar quem poderia ser uma boa mãe.
Pelo menos, no que diz respeito ao momento do parto.
Essas "covinhas de Vênus", como às vezes são chamadas, são dois dos vértices do losango de Michaelis (A e B no diagrama ao lado). Esse epônimo, por sua vez, deve-se ao obstetra que as descreveu no século XIX, o alemão Gustav Adolph Michaelis, e, anatomicamente, correspondem às articulações sacroilíacas. Curiosamente, a distância entre as covinhas (que seria a diagonal transversal do romboide sacral) é uma indicação indireta do tamanho da pelve e, portanto, do "canal do parto" e do grau de facilidade para o parto, como são a altura da mãe ou a largura de seus quadris (você entende agora por que os homens preferem as mulheres com uma silhueta de violão?).
Agora que vocês sabem isso, já têm uma desculpa para olhar para as ancas femininas que crescem (e como crescem) quando a temperatura aumenta.
A precisão do diagnóstico de pelvimetria externa e altura materna para prever distocia em mulheres nulíparas: um estudo nos Camarões.
Rozenholc AT , Ako SN , Leke RJ , Boulvain M .
Unité de Développement en obstétrique, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário, Genebra, Suíça. alexrozenholc@yahoo.com
RESUMO
OBJETIVO:
Em muitos países em desenvolvimento, a maioria das mulheres dão à luz em casa ou em instalações sem capacidade operacional. A identificação antes do trabalho de parto das mulheres com risco de distocia para o encaminhamento a um hospital distrital é uma estratégia que reduz as mortalidades e as morbidades materna e perinatal. Nosso objetivo foi avaliar a previsão de distocia pela combinação da altura materna com a pelvimetria externa, e com comprimento do pé e a altura sínfise-fundus.
DESENHO DO ESTUDO:
Um estudo de coorte prospectivo.
LOCAL:
Três maternidades em Yaoundé, nos Camarões.
POPULAÇÃO:
Um total de 807 nulíparas que completaram o trabalho de parto de um feto único em apresentação cefálica.
MÉTODOS:
Medidas antropométricas foram registradas na consulta pré-natal por uma pesquisadora e mantidas trabalho pessoal de gestão. Após o parto, foi analisada a precisão das medições individuais na predição das distocias.
PRINCIPAIS MEDIDAS DE DESFECHO:
Distocia, definida como a cesariana por distocia, vácuo ou fórceps, após um trabalho de parto prolongado (12 horas ou mais); ou parto espontâneo, após um trabalho de parto prolongado, associado com morte durante o parto.
RESULTADOS:
Noventa e oito mulheres (12,1%) tiveram distocia. A combinação de uma altura materna menor ou igual ao percentil 5 ou uma diagonal transversal do romboide sacral de Michaelis menor ou igual ao percentil 10 resultou em uma sensibilidade de 53,1% (95% CI 42,7-63,2), especificidade de 92,0% (95% CI 89,7-93,9), um valor preditivo positivo de 47,7% (IC 95% 38,0-57,5) e uma razão de verossimilhança positiva de 6,6 (95% CI 4,8-9,0), com 13,5% de todas as mulheres presumida estar em risco. Outras combinações resultaram em previsão inferior.
CONCLUSÃO:
A combinação da altura materna com a diagonal transversal do romboide sacral de Michaelis poderia identificar, antes do parto, mais da metade dos casos de distocia em mulheres nulíparas.
PMID: 17439570 [PubMed - indexado para o MEDLINE]

domingo, 16 de fevereiro de 2014

588 - Lição de "emotomia"

Outra paródia de "Lição de anatomia do Dr. Nicolas Tulp", quadro do pintor holandês Rembrandt. Desta vez, os personagens do famoso quadro tem os rostos substituídos por emoticons.
Emojinal Art Gallery
114 - Lições de paródia

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

531 - Uma mesa de dissecação virtual

Esta é uma interessante palestra do TED para apresentar os inúmeros recursos de uma mesa de dissecação virtual. Assista a um corpo humano virtual ser dividido de várias maneiras de modo a conhecer sua anatomia interna.
A mesa foi desenvolvida para as escolas que não dispõem de um fornecimento regular de cadáveres humanos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

440 - Sem utilidade


Contabilizam-se 20 estruturas no corpo humano que, ao longo da evolução de nossa espécie, foram perdendo suas utilidades. Dessa lista fazem parte o dente do siso, os músculos extrínsecos das orelhas, a terceira pálpebra, a costela cervical, o cóccix e o apêndice.
Devido a patologias que ocorrem neste último, mais de 300 mil norte-americanos, anualmente, se submetem à apendicectomia.
Elaborada originalmente por Jocelyn Selim, a lista completa dessas estruturas "dispensáveis" saiu no Daily Cognition com o título de 20 Useless Body Parts.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

420 - Doença

Link para um curta-metragem de animação de Couse Candace.
O corpo humano é uma máquina maravilhosa. Mas, às vezes, agentes subversivos perturbam sua harmonia interior. Usando a técnica de quadro a quadro, o cineasta dá vida a estruturas corporais sob a ameaça de um agente agressor - tudo em tricô.
Malade, Titam
Pensamento
"... as doenças, nos grandes homens, servem muitas vezes de dínamos criadores, enquanto nos homens comuns não passam de decadência sem glória."

quinta-feira, 5 de julho de 2012

393 - Alguns livros de medicina curiosos

Mostrados em vídeo alguns destes livros que apresentam a anatomia humana, o estado gestacional e instrumentos médicos através de pop-ups. Fazem parte do acervo da Duke University Libraries.


Uma curiosidade do tempo em que não havia o Visible Human Project.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

385 - Por partes

Robert Bennett Bean (foto) dedicou grande parte de sua vida a medir e a pesar as vísceras das pessoas, correlacionando os resultados obtidos com as raças a que pertenciam. Publicou trabalhos sobre as características raciais do baço, do fígado, do coração, dos rins, do cérebro...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

348 - Sobre o nervo laríngeo

Este nervo é uma das ramificações de um nervo craniano que provém diretamente do cérebro, o vago. Em ambos os lados do pescoço, um dos ramos do nervo laríngeo dirige-se à laringe, seguindo um percurso direto tal como seria escolhido por um projetista. O outro, no entanto, dirige-se à laringe, mas realiza um desvio surpreendente. Mergulha no tórax, circunda uma das principais artérias que sai do coração (1) e depois regressa ao pescoço para terminar a viagem. (2)
Como resultado de um projeto este nervo (recorrente) seria um disparate. Do ponto de vista de evolutivo faz todo o sentido. Para compreender isto temos de recuar ao tempo em que os nossos antepassados eram peixes. Os embriões humanos com cinco semanas assemelham-se a peixes com brânquias.
Num embrião humano com vinte e seis dias veremos que o abastecimento sanguíneo às "brânquias" se assemelha fortemente ao abastecimento sanguíneo às brânquias de um peixe. Estas ramificações procuram os seus órgãos-alvo, as brânquias, pelo caminho mais direto e lógico. Durante a evolução dos mamíferos, contudo, o pescoço cresceu (os peixes não o têm) e as brânquias desapareceram, transformando-se em tiróide, paratiróide e laringe. Estes órgãos herdaram o abastecimento que outrora servia às brânquias.
Durante a evolução dos mamíferos os nervos e vasos sanguíneos foram puxados e esticados em direções diversas. No tubarão, esse nervo laríngeo não apresenta desvio, já na girafa (que melhor exemplo se poderia arranjar para esta situação?!), este nervo tem um desvio de 4,5 metros. (3) Em sua jornada descendente, o nervo passa perto da laringe, que é o seu destino final. Todavia continua para baixo, percorrendo todo o pescoço antes de inverter o sentido e fazer o caminho de volta até esta. Isto exemplifica à perfeição como os seres vivos estão longe de terem sido bem projetados e refuta consistentemente a ideia de um "projeto inteligente".

Fonte: "O espectáculo da vida", Richard Dawkins. Via Biogeonorte
Notas do Editor
(1) O laríngeo esquerdo passa por baixo da crossa da aorta; o direito circunda a subclávia direita.
(2) A lesão deste nervo por uma patologia endotorácica (tumor, aneurisma etc.) no ser humano, ou por uma cirurgia para removê-la, causa a paralisia da corda vocal correspondente. Se for bilateral, causa asfixia.
(3) Mais de quatro metros para chegar a um local a poucos centímetros da origem do nervo. Um engenheiro que projetasse algo assim seria despedido por justa causa!

Vídeo. Richard Dawkins na necropsia de uma girafa


21/12/2012 - Atualizando...
Neuronas gigantescas, Antonio Orbe, ALT1040

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

329 - Visceroptose

Significado: queda das vísceras.
CID: K63.4

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

317 - Vias respiratórias robóticas

À direita, acha-se reproduzida uma das ilustrações de E. Benyaminson para o livro "Alô, Eu sou um Robô!", de Stanislav Zigunenko (Russia, 1989).
Vias respiratórias superiores são bastante complexas nos seres humanos. Ao recriá-las para um robô, Benyaminson exala uma simplicidade inocente, afinal essa gravura é para um livro destinado a crianças.

ajourneyroundmyskull

quinta-feira, 28 de julho de 2011

284 - O triângulo da morte

Nós o temos bem sob os nossos olhos. O "triângulo da morte", apelido que é dado a essa região do rosto que que vai do lábio superior até as sobrancelhas (ver imagem), a qual apresenta uma peculiaridade em sua drenagem venosa.
As veias, ao contrário das artérias, possuem válvulas que ajudam a direcionar o fluxo do sangue, impedindo-o de refluir. Só que as veias que drenam essa área são desprovidas de válvulas.
Onde está o problema, você pode perguntar. Imagine que você tenha um furúnculo nessa região do corpo e que o manipule. Ora, não vai existir nenhum obstáculo para que o sangue retorne com um trombo infectado para as veias intracranianas, especialmente o seio cavernoso ou um de suas tributárias como as veias oftálmicas.
Esses eventos de tromboflebite séptica, apesar de raros, podem custar a vida de 20 a 30 por cento dos pacientes. E, dentre aqueles que sobrevivem, muitos podem ficar com sequelas, devido ao comprometimento dos nervos oculomotores ou a uma meningite secundária.
Daí a recomendação de nunca manipular os focos infecciosos que apareçam no "triângulo da morte". Isso pode transportar bactérias a locais em que as patologias que elas causam são extremamente graves.

El triángulo de la muerte, Per Ardua ad Astra

Visitemos el Feneis (5ª Edición, pág. 278):
6. V. angularis (vena angular). Origen de la vena facial en el ángulo medial del ojo, por unión de las venas supratroclear y supraorbitaria. Se anastomosa con la vena oftálmica. Está relacionada con la vena oftálmica superior a través de la vena nasofrontal y, al igual que ellas, carece de válvulas. Posible vía de infección de la cara hacia la órbita y compartimento encefálico.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

151 - Mapas de metrô

Os mapas de metrô podem servir de modelo para muitas coisas. Inclusive para a criação de uma inusitada apresentação da anatomia do sistema digestivo humano.
Imagine-se o caso do usuário que precise consultá-lo para ir do Esôfago (Esophagus) até o Fígado (Liver). Eis o "percurso" que ele terá de fazer:
Estação Esôfago -> Linha Vermelha, passando pela Estação Estômago, até a Estação Intestino Delgado -> Linha Verde, passando pela Estação Vesícula, até a Estação Fígado.

Outros interessantes "mapas de metrô" estão disponíveis no Creative Metro Map themed Design.

Publicado em EntreMentes

domingo, 27 de junho de 2010

146 - Visceralmente vegetal


Esta peça publicitária foi produzida pela agência JWT Kuwait, em agosto deste ano, para ser divulgada pela International Vegetarian Union.
Na parte inferior do cartaz (ilegível na imagem ao lado) está escrito:

VEGETABLES ARE ALL YOU BODY NEEDS

Comentário
No lugar do tomate um pimentão vermelho representaria melhor o coração.

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

114 - Lições de paródia














À esquerda, uma reprodução da tela "Lição de Anatomia do Dr. Nicolas Tulp", pintada pelo holandês Rembrandt, em 1632.
Fonte: AS MAIS BELAS PINTURAS SOBRE TEMAS MÉDICOS, de Joffre M. de Rezende
À direita, a fotografia de uma das obras de Ju Duoqui, uma artista chinesa que recria com legumes e verduras as telas de artistas famosos.

Publicado em EntreMentes

domingo, 25 de abril de 2010

83 - Abre-te, Sésamo!

Esta exclamação era a fórmula usada pelo herói das "Mil e Umas Noites", na história intitulada "Ali Babá e os Quarenta Ladrões", para fazer abrir uma porta misteriosa de um caverna em que os salteadores escondiam seus tesouros. Convém notar que a palavra sésamo - em árabe semen - corresponde ao gergelim (na imagem ao lado), que designa uma planta cujas sementes pequeninas e amareladas acham-se contidas numa cápsula que se abre com facilidade.
De sésamo originou-se a palavra sesamóide. Utilizada na expressão ossos sesamóides, com a qual se designa os pequenos ossos inseridos em tendões e que estão presentes em número variável no corpo humano.
O maior dos ossos sesamóides do corpo humano é a patela (antiga rótula), a qual se localiza no joelho.

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