quinta-feira, 17 de julho de 2025

1422 - Medicamentos durante a gestação

Medicações podem ser necessárias para várias indicações durante a gestação. Os medicamentos mais comumente utilizados na gestação são antieméticos, antiácidos, anti-histamínicos, analgésicos, antimicrobianos, tranquilizantes, hipnóticos, diuréticos, antidepressivos e tranquilizantes. Uso abusivo de substâncias e uso indevido também são comuns. Apesar desta tendência, ainda faltam diretrizes sólidas baseadas em evidências para o uso seguro de medicamentos durante a gravidez.
Informações regulatórias sobre a segurança de medicamentos durante a gestação
Até a década de 2010, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA classificava os medicamentos vendidos sem receita (OTC) e prescritos em 5 categorias de segurança para uso durante a gravidez (A, B, C, D, X). Contudo, poucos estudos bem controlados dos fármacos terapêuticos foram realizados em gestantes. A maioria das informações sobre a segurança dos fármacos na gestação deriva de estudos com animais, estudos não controlados em seres humanos e vigilância pós-marketing. Consequentemente, o sistema de classificação da FDA levou a confusões e dificuldades para aplicar as informações disponíveis às decisões clínicas. Em Dezembro de 2014, a FDA respondeu exigindo que as categorias de gestação A, B, C, D, e X fossem removidas dos rótulos de todos os fármacos.
Em vez de categorias, a FDA agora exige que o rótulo forneça informações sobre o fármaco específico em um formato consistente [chamado the final rule (a regra final) ou Pregnancy and Lactation Labeling (Drugs) Final Rule.
As informações exigidas pela FDA têm 3 subseções:
  • Gestação: informações relevantes para o uso do fármaco em gestantes (p. ex., dosagem, riscos fetais) e informações sobre se a presença de um registro que coleta e mantém os dados sobre a maneira como as gestantes são afetadas pelo fármaco
  • Lactação: informações sobre como utilizar o fármaco durante a amamentação (p. ex., a quantidade de fármaco no leite materno, os efeitos potenciais sobre a criança amamentada)
  • Mulheres e homens com potencial reprodutivo: informações sobre testes de gravidez, contracepção e infertilidade no que se refere ao fármaco
Cada uma das subseções de gestação e aleitamento incluem 3 subtítulos (resumo do risco, considerações clínicas e dados) que fornecem mais detalhes. A “final rule" (regra final) não se aplica a fármacos de venda livre.
Fonte: Manual MSD. Ver tabela

Quando a FDA abandonou a lista de segurança para gestantes?
Deep Seek: A FDA (Food and Drug Administration) abandonou o sistema de classificação de risco de gravidez por letras (A, B, C, D e X) em 2015, substituindo-o por um novo formato chamado "Drug Pregnancy Labeling Rule" (Rótulo de Medicamentos na Gravidez). Essa mudança entrou em vigor a partir de 30 de junho de 2015, com um período de transição para as farmacêuticas se adaptarem. Principais mudanças:
1. Eliminação das categorias A, B, C, D e X – Essas classificações eram consideradas muito simplistas e podiam levar a interpretações equivocadas. 2. Informações mais detalhadas – Os novos rótulos passaram a incluir:
  • Riscos conhecidos durante a gravidez e amamentação.
  • Dados clínicos relevantes (estudos em humanos e animais).
  • Informações sobre o trabalho de parto e pós-parto, quando aplicável.
3. Maior clareza para profissionais e pacientes – O objetivo era fornecer informações mais úteis para decisões médicas, em vez de apenas uma classificação genérica.
Por que a mudança?
As categorias antigas não refletiam adequadamente os riscos e benefícios reais.
Muitos medicamentos na categoria C (risco não descartado) eram interpretados como "potencialmente perigosos", mesmo quando os dados eram limitados, mas não necessariamente negativos.
A nova regra busca maior transparência e informações baseadas em evidências. 
Se você está verificando a segurança de um medicamento na gravidez hoje, é importante consultar o rótulo atualizado ou fontes confiáveis como o FDA Labels ou bancos de dados especializados (como o LactMed para amamentação).

quinta-feira, 10 de julho de 2025

1421 - Entidades médicas do Ceará

Conselho Regional de Medicina do Ceará (CREMEC)
https://cremec.org.br/

Sindicato dos Médicos do Ceará (SIMEC)
http://sindicatodosmedicosdoceara.org.br/

Academia Cearense de Medicina (ACM)
http://acm.med.br/

Associação Médica Cearense (antigo Centro Médico Cearense)
http://amc.med.br/

Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, Regional do Ceará (SOBRAMES CEARÁ)
http://blogdasobramesceara.blogspot.com/

Academia Cearense de Médicos Escritores (ACEMES)
https://cnpj.biz/31593556000162

Centro Acadêmico XII de Maio
Rua Alexandre Baraúna, 949 – R. 60430-160 Fortaleza – CE . (85) 3366-8001 / (85) 3366-8003
http://www.medicina.ufc.br/centro-academico-xii-de-maio/

quinta-feira, 3 de julho de 2025

1420 - Herpes-zóster

O herpes-zóster é uma doença infecciosa causada pelo vírus varicela-zóster - o mesmo responsável pela catapora. Geralmente adquirido na infância - momento em que a maioria dos brasileiros manifesta as feridas clássicas e o prurido da catapora -, ele pode ficar dormente por anos no organismo humano e "acordar" a qualquer fase da vida. Quando desperta, o vírus faz surgir dolorosas vesículas no corpo.
"O vírus fica alojado em gânglios nas regiões do tórax ou do abdômen e um dia, por causa da queda da imunidade ou por que a pessoa está mais velha, ele aparece como herpes-zoster", explica Maisa Kairalla, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Embora tenham o mesmo nome, herpes e herpes-zóster são doenças totalmente distintas. A primeira é provocada pelo germe HSV-1, enquanto a segunda é resultado da ação do vírus da varicela/catapora.
A doença é mais comum após os 50 anos. O estresse, diz a médica, é um dos fatores que vem mudando o perfil daqueles afetados pela infecção, fazendo a doença aparecer mais cedo.
Tudo o que diminui a imunidade pode levar ao herpes-zoster. O estresse acorda o vírus."
Tratamento
O tratamento envolve medicamentos antivirais e analgésicos e, quanto mais cedo o paciente buscar o hospital, maiores as chances de sucesso. O princípio ativo utilizado para conter a herpes-zoster, o aciclovir, evita a expansão das lesões, mas só tem efeito se tomado até 72 horas após o aparecimento dos sintomas. Por isso, rapidez na busca de ajuda é essencial.
Prevenção
A única forma de prevenir o herpes-zóster é por meio da vacina em adultos (em geral administrada após os 50 anos). No Brasil, a mais usada é a Shingrix, produzida pela GlaxoSmithKline (GSK). Promete uma eficácia de 90% contra a doença, além de evitar a ocorrência da neuralgia pós-herpética. A vacina está disponível apenas na rede privada e custa, em média, 1 mil reais por dose. São administradas duas doses com o intervalo de 60 dias.

Vacina contra herpes zoster pode reduzir risco de Alzheimer e demência, apontam estudos com mais de 500 mil participantes. Marcelo Valadares, neurocirurgião da Unicamp comenta achados promissores para a prevenção das condições e reforça a importância da cautela diante de dados ainda preliminares. Via Press Manager (releases@releases.pressmanager.com.br)