Danças. Entre julho e setembro de 1518, a cidade de Estrasburgo, Alsácia (hoje parte da França) testemunhou um dos fenômenos de massa mais bizarros da história. Tudo começou com uma mulher chamada Frau Troffea dançando incontrolavelmente na rua por vários dias. Em uma semana, outras 34 se juntaram a ela e, em um mês, o número havia crescido para 400 pessoas.
Muitos dançarinos continuaram seus movimentos frenéticos por dias sem descanso, alguns supostamente dançando até desmaiar de exaustão ou até morrer. Médicos locais diagnosticaram como "sangue quente" e recomendaram mais dança como tratamento, até mesmo construindo um palco de madeira e contratando músicos para encorajar os aflitos. Teorias modernas sobre a causa variam de doença psicogênica em massa a envenenamento por fungo ergot de grãos contaminados. O evento continua sendo um dos casos mais bem documentados de histeria em massa da história e continua a confundir especialistas médicos e historiadores.
Risos. Em 1962, um fenômeno realmente bizarro atingiu a vila de Kashasha, perto do Lago Vitória, no que hoje é a Tanzânia. Começando em uma escola para meninas, um surto de riso incontrolável se espalhou como um incêndio pela comunidade. O riso não era breve ou comum — as vítimas tinham crises de riso que duravam horas ou até dias, geralmente acompanhadas de choro, desmaios e dor.
A epidemia forçou a escola a fechar quando aproximadamente 95 dos 159 alunos foram afetados. Conforme os alunos afetados voltavam para suas casas, a condição se espalhava para as vilas vizinhas. Nos 18 meses seguintes, a "doença do riso" afetou entre 1.000 e 4.000 pessoas em várias comunidades. Nenhuma causa física foi identificada, levando os especialistas a classificá-la como doença psicogênica em massa — uma resposta coletiva ao estresse que se manifesta como sintomas físicos. A epidemia finalmente diminuiu em 1964, deixando para trás um dos estudos de caso mais intrigantes da medicina.
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