quinta-feira, 23 de julho de 2020

1159 - Infodemia, a epidemia de informações

No contexto da pandemia do COVID-19, o fenômeno de uma "infodemia" subiu para um nível que requer uma resposta coordenada. Um infodêmico é uma superabundância de informações - algumas precisas e outras que não ocorrem durante uma epidemia. Torna difícil para as pessoas encontrar fontes confiáveis ​​e orientações confiáveis ​​quando precisam. Mesmo quando as pessoas têm acesso a informações de alta qualidade, ainda existem barreiras que devem ser superadas para tomar as medidas recomendadas. Como patógenos em epidemias, a desinformação se espalha mais e mais rapidamente e adiciona complexidade à resposta a emergências de saúde. Um infodêmico não pode ser eliminado, mas pode ser gerenciado. Para responder efetivamente às infodêmicas, a OMS pede adaptação, desenvolvimento, validação e avaliação de novas medidas e práticas baseadas em evidências para prevenir, detectar e responder a desinformação e desinformação. No contexto desta reunião - 1st WHO Infodemiology Conference -, "infodemiologia" é definida como a ciência do gerenciamento de infodemias.
Conferência científica debate a chamada epidemia de informações
Terminou, nesta terça-feira (21), a primeira conferência científica sobre a chamada epidemia de informações. Na pandemia, as fake news estão custando vidas.
Durante três semanas, a Organização Mundial da Saúde reuniu 110 especialistas de 14 áreas diferentes para debater a infodemia. É a superpropagação de informações, muitas vezes falsas, e capazes de se multiplicar de forma exponencial - como o próprio coronavírus.
Em uma crise como essa, a desinformação pode ter sérios impactos na saúde e até matar.
Não à toa, a OMS já tinha criado uma página na internet para desmentir rumores. Por exemplo, uma teoria da conspiração que apontava a tecnologia 5g como responsável pela propagação do novo coronavírus. No Reino Unido, pessoas que acreditaram nessa informação falsa incendiaram quase 100 torres de sinal e atacaram funcionários de operadoras de celular.
Outro rumor que a OMS desmentiu foi sobre o metanol. Mais de 700 pessoas morreram, no Irã, por ingerir esse tipo de álcool na esperança de matar o vírus.
Preocupada com a propagação das chamadas fake news, a OMS resolveu ir além. Os especialistas convocados concluíram que uma epidemia de desinformação precisa de uma resposta coordenada e multidisciplinar.
A organização prometeu trabalhar com a comunidade científica para ajudar países a diagnosticar e a combater esse mal.
Segundo a OMS, em um mundo com mais e mais celulares conectados à internet, mensagens falsas se alastram muito rapidamente pelas redes sociais, como um vírus. Por isso, mandou um recado: "não compartilhem informações antes de confirmá-las".

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