Deixem-me citar o titulo de um artigo publicado na Collier's em 1952: "Você pode saber agora QUANTO SEU FILHO CRESCERÁ". No artigo aparecem claramente duas tabelas: uma para meninos, outra para meninas, mostrando qual a percentagem do que virá a ser a altura final que uma criança irá atingindo em cada ano de vida. "Para determinar a altura de seu filho na maturidade", diz a legenda, "verifique a medida atual contra a tabela acima".
O engraçado é que o próprio artigo - se você continuar a ler - dirá qual a fraqueza fatal da tabela. Nem todas as crianças crescem do mesmo modo. Umas começam aos poucos e depois disparam; outras disparam antes e vão freando depois; outras, ainda, seguem um processo muito regular.
A tabela (você adivinhou!) baseia-se em médias, tiradas de um grande númerode medidas. Para as alturas totais - ou médias de 100 jovens, tiradas ao acaso, sem dúvida será bastante acurada, mas um pai está interessado apenas numa única altura, uma só vez, e essa é uma finalidade para a qual a tabela não tem o mínimo valor.
Se você quiser saber a futura altura de seu garoto, sua adivinhação será provavelmente melhor, verificando a altura dos avós. O método não e cientifico nem preciso, mas tem a mesma exatidão (inexistente) das tais médias.
Extraido de: COMO MENTIR COM ESTATÍSTICAS (HOW TO LIE WITH STATISTICS) por Darrel Huff
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