Um grupo de pesquisadores do CNIO, o Centro Nacional de Pesquisa do Câncer, deu um passo promissor na luta contra o câncer do pulmão, o que causa mais mortes no mundo. Como foi anunciado, os cientistas do CNIO conseguiram remover a "imortalidade" do câncer.
Mas, atenção: esses resultados foram obtidos em animais e em condições de laboratório, e podem não ser aplicáveis no caso de seres humanos.
Cada vez que uma célula se divide as extremidades dos seus cromossomas, conhecidas pelo nome de telômeros, ficam ligeiramente encurtadas. Até o ponto em que, após um certo número de divisões, os telômeros tornam-se tão curtos que a célula não é mais viável, para de dividir-se e morre.
Simplificando as coisas: os telômeros são uma espécie de contador de vidas das células.
Nas células cancerosas, no entanto, os telômeros estão protegidos por uma espécie de capa ou bainha, constituída por seis proteínas chamadas "shelterinas" (do inglês shelter = proteção), e assim não sofrem esse encurtamento a cada reprodução celular. Por isso, é como se fossem imortais e reproduzem incontrolavelmente.
Mediante o bloqueio da "shelterina" TRF1 pelo ETP-47037 (nome de pesquisa da molécula), os pesquisadores do CNIO conseguiram quebrar essa capa protetora, deixando desprotegidos os telômeros das células cancerosas, Essa estratégia deteve o crescimento do câncer em ratos, sem causar, ao contrário do que se pensava, toxicidade grave nos tecidos normais.
Referências
http://www.cnio.es/es/news/docs/maria_blasco_13may15_es.pdf
http://es.wikipedia.org/wiki/Tel%C3%B3mero
http://www.fundacionbotin.org/noticia/cientificos-del-cnio-logran-evitar-la-inmortalidad-del-cancer-mediante-el-bloqueo-de-la-shelterina-trf1.html
http://www.microsiervos.com/index-2.html
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