Na noite de quinta-feira (27), médicos pneumologistas de Fortaleza estiveram no Colosso Lake Lounge para assistir a uma videoconferência sobre o Controle da asma no Brasil.
O conferencista, Dr. Roberto Stirbulov, é médico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Pneumologia, e atuação principalmente nos seguintes temas: testes de função respiratória, asma e asma de difícil controle.
► A asma é uma inflamação crônica dos brônquios, que provoca um bloqueio no fluxo do ar e dificuldade do paciente em respirar. Algumas pessoas desenvolvem a asma na infância, outras ao longo da vida. O diagnóstico é muito importante para o tratamento correto. Apenas 9 por cento dos asmáticos no Brasil têm a doença realmente controlada.
O webmeeting (patrocinado pelo Laboratório Aché) incluiu a apresentação do estudo "Avaliação das tendências prescritivas dos pneumologistas no Brasil" pelo Dr. Stirbulov.
Para ler:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132012000400004
[Avaliação da eficácia e segurança da associação de budesonida e formoterol em dose fixa e cápsula única no tratamento de asma não controlada: ensaio clínico randomizado, duplo-cego, multicêntrico e controlado. Autores: Roberto Stirbulov e outros. In: J Bras Pneumol.2012;38(4):431-437]
https://blog.fcmsantacasasp.edu.br/tag/dr-roberto-stirbulov/
http://docslide.com.br/documents/dispositivos-inalatorios-analisando-as-diferencas-roberto-stirbulov-fcm-da-santa-casa-de-sp.html
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/07/pequenas-atitudes-podem-ajudar-evitar-problemas-respiratorios.html
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
sábado, 29 de abril de 2017
quarta-feira, 26 de abril de 2017
974 - Brasileiro ganha prêmio internacional por estudos sobre amamentação
por Silvano Mendes, RFI CONVIDA (*)
O epidemiologista Cesar Victora, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, foi recompensado com o prêmio canadense Gairdner, uma das honrarias mais respeitadas na área de saúde no mundo.Victora foi selecionado para o Gairdner por causa de um trabalho sobre a importância da amamentação realizado na década de 1980 nas cidades de Porto Alegre e Pelotas. “O prêmio é concedido muitos anos após a realização da pesquisa porque os organizadores esperam para ver qual o impacto do estudo sobre a saúde global”, explica o professor.
“Nós comprovamos que a criança que é amamentada exclusivamente até os seis meses de vida, sem receber nenhum outro tipo de alimento durante esse período, tem o risco muito menor de morrer devido a uma série de doenças, particularmente a diarreia e as infecções gastrointestinais”, conta o epidemiologista. Os resultados transformaram o Brasil numa referência sobre o tema e, “a partir dos anos 1990, a Unicef e a Organização Mundial de Saúde passaram a recomendar o aleitamento exclusivo no primeiro semestre de vida e isso foi adotado pela maioria dos países do mundo”, celebra o brasileiro.
Crianças amamentadas têm chance de ganhar mais ao se tornarem adultos
As pesquisas de Victora também ajudaram a comprovar que o leite materno estimula o cérebro. “Nós fizemos um estudo, publicado no ano passado, mostrando que as crianças amamentadas têm mais inteligência, mais escolaridade e inclusive uma renda maior aos 30 anos do que crianças dos mesmos grupos sociais, mas que não foram amamentadas”, revela.
O professor espera que o prêmio, que é concedido pela primeira vez a um pesquisador do Brasil, incentive o investimento dos projetos científicos. “A pesquisa da área de saúde teve um grande aporte do Governo Federal nos últimos 15 anos, 20 anos. Mas atualmente, com o país em crise econômica e um governo que está preferindo investir em outras áreas, o financiamento da pesquisa está seriamente comprometido. Eu espero que, mostrando que a pesquisa brasileira é competitiva em nível mundial, nós consigamos sensibilizar as autoridades para que continuem e aumentem os investimentos na pesquisa científica”, conclui o epidemiologista.
(*) Grato a Queile Cabral Soares, do Twitter, por haver direcionado nossa atenção para o assunto.
A Fundação Gairdner foi criada em 1957 com o objetivo de reconhecer e recompensar a excelência internacional em pesquisa fundamental que gere impacto na saúde humana. Sete prêmios são concedidos a cada ano: cinco Canada Gairdner International Awards para a pesquisa biomédica, um prêmio John Dirks Canada Gairdner Global Health Award, por impacto em questões de saúde global, e um Canada Gairdner Wightman Award, para um líder científico canadense. O prazo para a indicação para o Prêmio Gairdner do Canadá de 2018 é até 1º de outubro de 2017.
Postagens relacionadas no Acta
72 - O aleitamento materno
573 - Brasil, referência mundial em doação de leite materno
574 - A pneumonia como causa de mortalidade em crianças
754 - O primeiro país a eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho
788 - Uma resposta à altura do insulto
798 - O protesto das mães lactantes
833 - Crianças. Convivendo com a alergia
sábado, 22 de abril de 2017
quinta-feira, 20 de abril de 2017
972 - Vacinação contra a gripe em 2017
A campanha nacional de vacinação contra a gripe, com início a partir de 17 de abril, apresenta a seguinte população-alvo em 2017:
- adultos de 60 anos de idade ou mais
- crianças de seis meses a cinco anos de idade
- trabalhadores da saúde
- gestantes e puérperas até 45 dias após o parto
- indígenas
- presos e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas
- funcionários do sistema prisional
- portadores de doenças crônicas (diabetes, cardiopatias, pneumopatias etc.) com prescrição médica
- professores da rede pública e privada (incluídos a partir deste ano)
segunda-feira, 17 de abril de 2017
971 - O charlatão
Charlatanismo é a prática do charlatão, palavra que deriva do italiano ciarlatano, por sua vez derivada de ciarla, ciarlare (de "falar", "conversar"), Neste caso seria equivalente, em português, a "parlapatão" – pois denota o uso da palavra para ludibriar outrem.
Em outros idiomas o charlatanismo adquire a acepção de exercício ilegal da medicina, ao passo que em português tem significado comum de vendedor de substâncias pretensamente medicinais, curativas, que apregoa com vantagens, daí a nome curandeirismo.
Em sentido geral e vulgar, portanto, os termos "charlatanismo" e "curandeirismo" fundem-se e podem ser definidos como toda prática pseudocientífica, apregoada por alguém com vantagens fraudulentas, pecuniárias ou não, ludibriando a outros – isso é, oferecendo algo vantajoso sem realmente ser. O termo inglês quack poderia então ser traduzido como curandeiro.
O charlatão é, para o Direito, um tipo de fraudador. Segundo Magalhães Noronha "É o estelionatário da Medicina; sabe que não cura; é o primeiro a não acreditar nas virtudes do que proclama, mas continua em seu mister, ilaqueando, mistificando, fraudando etc."
No Brasil o charlatanismo é um tipo penal, tipificado no artigo 283 do Código Penal Brasileiro.
Em outros idiomas o charlatanismo adquire a acepção de exercício ilegal da medicina, ao passo que em português tem significado comum de vendedor de substâncias pretensamente medicinais, curativas, que apregoa com vantagens, daí a nome curandeirismo.
Em sentido geral e vulgar, portanto, os termos "charlatanismo" e "curandeirismo" fundem-se e podem ser definidos como toda prática pseudocientífica, apregoada por alguém com vantagens fraudulentas, pecuniárias ou não, ludibriando a outros – isso é, oferecendo algo vantajoso sem realmente ser. O termo inglês quack poderia então ser traduzido como curandeiro.
O charlatão é, para o Direito, um tipo de fraudador. Segundo Magalhães Noronha "É o estelionatário da Medicina; sabe que não cura; é o primeiro a não acreditar nas virtudes do que proclama, mas continua em seu mister, ilaqueando, mistificando, fraudando etc."
No Brasil o charlatanismo é um tipo penal, tipificado no artigo 283 do Código Penal Brasileiro.
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Note-se que o efeito "cura" não importa: quer a vítima tenha ou não se curado, o charlatão continua incurso no tipo penal.
Imagem: El charlatán (1942), óleo sobre tela de José Chávez Morado, pintor mexicano (Philadelphia Museum of Art).
sexta-feira, 14 de abril de 2017
970 - Boa noite com luzes
Seis anos atrás, o restaurante Hot Club, em Providence, Rhode Island, iniciou o costume de piscar as luzes todas as noites às 8:30, como uma maneira de dizer boa noite para as crianças internadas no Hospital Infantil Hasbro, um hospital de seis andares em frente ao rio Providence.
Começando a piscar a grande placa de néon do restaurante, os clientes que estão no deck do Hot Club também passam a piscar seus telefones celulares e lanternas.
Agora, os hotéis, os arranha-céus, o iate clube, os barcos que trafegam no rio e as viaturas policiais já participam desse ritual noturno. Além de cerca de duas dúzias de crianças que, em qualquer noite, respondem do hospital com as suas próprias luzes.
Começando a piscar a grande placa de néon do restaurante, os clientes que estão no deck do Hot Club também passam a piscar seus telefones celulares e lanternas.
Agora, os hotéis, os arranha-céus, o iate clube, os barcos que trafegam no rio e as viaturas policiais já participam desse ritual noturno. Além de cerca de duas dúzias de crianças que, em qualquer noite, respondem do hospital com as suas próprias luzes.
terça-feira, 11 de abril de 2017
969 - A terapia fotodinâmica, uma abordagem promissora no tratamento da pneumonia
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, descobriram que a luz infravermelha pode ajudar no tratamento da pneumonia, dispensando o uso de antibióticos.
Durante três anos, membros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), fizeram testes em animais doentes.
Os camundongos inalaram uma substância usada em exames de contraste (indocianina verde, ICG em inglês). Depois, foram expostos à luz infravermelha (laser na região infravermelha) por meia hora. O laser reagiu com a substância na região dos pulmões e matou as bactérias responsáveis pela pneumonia.
"As bactérias morreram e eles não tiveram dano algum no tecido dos pulmões. Já nos animais que não receberam tratamento essa infecção progrediu, levando a uma pneumonia que provavelmente não teria mais cura" (houve morte em 60% dos animais do grupo-controle), contou a pesquisadora Mariana Carreira Geralde.
Com os resultados, o grupo se prepara agora para a nova fase. "Nos próximos cinco meses nós vamos iniciar os estudos clínicos, então a gente vai começar o tratamento, de fato, de pacientes humanos portadores de pneumonia", afirmou a pesquisadora Natália Inada.
Mais de 70 mil brasileiros morrem com pneumonia todos os anos, segundo o Ministério da Saúde. A pneumonia está entre as doenças que mais causam internações: são mais de 620 mil por ano.
A descoberta foi publicada na revista científica da Sociedade Americana de Fisiologia (Physiological Reports) e representa uma nova forma de lidar com a pneumonia, já que, com os medicamentos convencionais, há o aumento da resistência das bactérias com o passar do tempo e com a luz isso não acontece.
"As bactérias não desenvolveram resistência a esse tipo de tratamento. É uma técnica simples de ser aplicada, com inalação e iluminação, e finalmente é uma técnica dentro da realidade econômica. A ciência tem esse dever de desenvolver coisas que são acessíveis à realidade econômica", comentou o pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato.
Para o pneumologista Lennon Tiossi, a descoberta é uma esperança no sentido de evitar o uso exagerado de medicamentos. "Até os antibióticos que hoje são considerados 'top de linha' para tratamento de certo tipo de pneumonia estão fazendo efeito muito inferior e até perdendo o seu efeito devido ao uso indiscriminado", avaliou.
Os grifos entre parênteses são nossos.
Fontes (acessadas em 10/04/2017):
http://physreports.physiology.org
http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos
http://www.ifsc.usp.br/terapia-fotodinamica
Durante três anos, membros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), fizeram testes em animais doentes.
Os camundongos inalaram uma substância usada em exames de contraste (indocianina verde, ICG em inglês). Depois, foram expostos à luz infravermelha (laser na região infravermelha) por meia hora. O laser reagiu com a substância na região dos pulmões e matou as bactérias responsáveis pela pneumonia.
"As bactérias morreram e eles não tiveram dano algum no tecido dos pulmões. Já nos animais que não receberam tratamento essa infecção progrediu, levando a uma pneumonia que provavelmente não teria mais cura" (houve morte em 60% dos animais do grupo-controle), contou a pesquisadora Mariana Carreira Geralde.
Com os resultados, o grupo se prepara agora para a nova fase. "Nos próximos cinco meses nós vamos iniciar os estudos clínicos, então a gente vai começar o tratamento, de fato, de pacientes humanos portadores de pneumonia", afirmou a pesquisadora Natália Inada.
Mais de 70 mil brasileiros morrem com pneumonia todos os anos, segundo o Ministério da Saúde. A pneumonia está entre as doenças que mais causam internações: são mais de 620 mil por ano.
A descoberta foi publicada na revista científica da Sociedade Americana de Fisiologia (Physiological Reports) e representa uma nova forma de lidar com a pneumonia, já que, com os medicamentos convencionais, há o aumento da resistência das bactérias com o passar do tempo e com a luz isso não acontece.
"As bactérias não desenvolveram resistência a esse tipo de tratamento. É uma técnica simples de ser aplicada, com inalação e iluminação, e finalmente é uma técnica dentro da realidade econômica. A ciência tem esse dever de desenvolver coisas que são acessíveis à realidade econômica", comentou o pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato.
Para o pneumologista Lennon Tiossi, a descoberta é uma esperança no sentido de evitar o uso exagerado de medicamentos. "Até os antibióticos que hoje são considerados 'top de linha' para tratamento de certo tipo de pneumonia estão fazendo efeito muito inferior e até perdendo o seu efeito devido ao uso indiscriminado", avaliou.
Os grifos entre parênteses são nossos.
Fontes (acessadas em 10/04/2017):
http://physreports.physiology.org
http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos
http://www.ifsc.usp.br/terapia-fotodinamica
sábado, 8 de abril de 2017
968 - O braço quebrado de Lawrence
Alan Archibald Campbell Swinton tirou as primeiras imagens de raios-X na Grã-Bretanha em janeiro de 1896 e, um ano depois, os médicos lhe traziam casos cirúrgicos para serem analisados. Em 1908, ele previu exatamente como outra caixa mágica funcionaria. Era sobre a "visão elétrica a distância", que conhecemos hoje como televisão.
Em 1915, o físico australiano William Lawrence Bragg (1890-1971) recebeu, juntamente com seu pai William Henry Bragg, o Nobel de Física, por trabalhos na análise da estrutura cristalina através da difração de raios-X. Ele tinha apenas 25 anos de idade e, até outubro de 2014, foi a pessoa mais jovem a ser contemplada por um prêmio Nobel.
É dele a seguinte citação:
Em 1915, o físico australiano William Lawrence Bragg (1890-1971) recebeu, juntamente com seu pai William Henry Bragg, o Nobel de Física, por trabalhos na análise da estrutura cristalina através da difração de raios-X. Ele tinha apenas 25 anos de idade e, até outubro de 2014, foi a pessoa mais jovem a ser contemplada por um prêmio Nobel.
É dele a seguinte citação:
"Deus executa o eletromagnetismo pela teoria das ondas na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, e o demônio, pela teoria quântica na terça-feira, quinta-feira e sábado."Aos 5 anos de idade, Lawrence Bragg caiu de seu velocípede e quebrou o braço. Seu pai, que tinha lido sobre os experimentos de Röntgen na Europa e estava realizando seus próprios experimentos, utilizou-se dos recém-descobertos raios-X do seu equipamento experimental para examinar o braço quebrado de Lawrence. Este foi o primeiro exame radiológico realizado na Austrália.
quarta-feira, 5 de abril de 2017
967 - Receita para disseminar a peste
"No século XIV, os fanáticos guardiães da fé católica declararam guerra contra os gatos nas cidades europeias. Os gatos, animais diabólicos, instrumentos de Satã, foram crucificados, empalados, desossados vivos ou jogados nas chamas. Então os ratos, liberados de seus piores inimigos, se fizeram donos das cidades. E a peste negra, transmitida pelos ratos, matou trinta milhões de europeus." In: "Os filhos dos dias", de Eduardo Galeano
As condições sanitárias da Europa Medieval provocaram a maior e a mais trágica das epidemias na história: a Peste Bubônica, mais conhecida por Peste Negra. Ela foi a responsável pela morte de milhões de pessoas no século 14. Historiadores estimam que um terço da população do continente não resistiu ao poder letal da bactéria Yersinia pestis.
Becos cobertos de lama, sujeira, lixo, animais mortos - as condições eram subumanas na Europa Medieval. Tanta falta de higiene e saneamento dava origem a ratos e pulgas, os grandes transmissores da bactéria da Peste Negra. E a medicina daquela época era um misto de crença popular, magia e astrologia.
Leitura complementar: Lenda do vinagre dos quatro ladrões
As condições sanitárias da Europa Medieval provocaram a maior e a mais trágica das epidemias na história: a Peste Bubônica, mais conhecida por Peste Negra. Ela foi a responsável pela morte de milhões de pessoas no século 14. Historiadores estimam que um terço da população do continente não resistiu ao poder letal da bactéria Yersinia pestis.
Becos cobertos de lama, sujeira, lixo, animais mortos - as condições eram subumanas na Europa Medieval. Tanta falta de higiene e saneamento dava origem a ratos e pulgas, os grandes transmissores da bactéria da Peste Negra. E a medicina daquela época era um misto de crença popular, magia e astrologia.
Leitura complementar: Lenda do vinagre dos quatro ladrões
domingo, 2 de abril de 2017
966 - Fosfoetanolamina sintética. Um resultado preliminar dos testes clínicos pelo Icesp
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) anunciou nesta sexta-feira (31) que decidiu suspender a inclusão de novos pacientes nos testes clínicos com a fosfoetanolamina, composto polêmico que ficou conhecido como "pílula do câncer", devido à ausência de "benefício clínico significativo" nas pesquisas realizadas até o momento.
Ao todo, 72 pacientes, de 10 diferentes grupos de tumores, foram tratados até o momento nesse estudo da fosfoetanolamina. Destes, 59 tiveram suas reavaliações, e 58 não apresentaram resposta considerada objetiva pelos médicos. Apenas um paciente, que tem melanoma, apresentou uma resposta ao tratamento - uma redução de mais de 30% do tamanho das lesões tumorais.
"Neste momento, o estudo tem se revelado muito aquém em termos de taxa de resposta. Conversamos com a comissão que acompanha o estudo a pedido do professor Gilberto Chierice. Fizemos reuniões internas sobre o que fazer com estes resultados e achamos mais prudente suspender a inclusão de novos pacientes no estudo", disse o diretor-geral do Icesp, Paulo Hoff, que supervisionou a pesquisa. [...]
O grupo de câncer colorretal foi o primeiro a completar a inclusão de todos os pacientes previstos nesta fase, e foi encerrado, pois nenhum paciente apresentou resposta objetiva ao tratamento.
"O estudo continua aberto, ele não é fechado. Como em toda boa prática de pesquisa, os pacientes que já foram incluídos continuam recebendo o produto e serão todos acompanhados. O que nós estamos apresentando é um resultado preliminar atendendo a ideia de transparência total", disse Hoff. "Todos os pacientes continuarão sendo acompanhados pelo Icesp", completou.
De acordo com Hoff, o estudo deverá receber sugestões para uma reestruturação. "Se houver continuação com [novos] pacientes, será com [portadores de] melanoma".
Fonte: G1
No Acta: 795 - Fosfoetanolamina
Como surgiu a pílula
A fosfoetanolamina sintética começou a ser estudada no Instituto de Química da USP, em São Carlos, pelo pesquisador Gilberto Chierice, hoje aposentado. Apesar de não ter sido testada cientificamente em seres humanos, as cápsulas foram entregues de graça a pacientes com câncer por mais de 20 anos.
Ao todo, 72 pacientes, de 10 diferentes grupos de tumores, foram tratados até o momento nesse estudo da fosfoetanolamina. Destes, 59 tiveram suas reavaliações, e 58 não apresentaram resposta considerada objetiva pelos médicos. Apenas um paciente, que tem melanoma, apresentou uma resposta ao tratamento - uma redução de mais de 30% do tamanho das lesões tumorais.
"Neste momento, o estudo tem se revelado muito aquém em termos de taxa de resposta. Conversamos com a comissão que acompanha o estudo a pedido do professor Gilberto Chierice. Fizemos reuniões internas sobre o que fazer com estes resultados e achamos mais prudente suspender a inclusão de novos pacientes no estudo", disse o diretor-geral do Icesp, Paulo Hoff, que supervisionou a pesquisa. [...]
O grupo de câncer colorretal foi o primeiro a completar a inclusão de todos os pacientes previstos nesta fase, e foi encerrado, pois nenhum paciente apresentou resposta objetiva ao tratamento.
"O estudo continua aberto, ele não é fechado. Como em toda boa prática de pesquisa, os pacientes que já foram incluídos continuam recebendo o produto e serão todos acompanhados. O que nós estamos apresentando é um resultado preliminar atendendo a ideia de transparência total", disse Hoff. "Todos os pacientes continuarão sendo acompanhados pelo Icesp", completou.
De acordo com Hoff, o estudo deverá receber sugestões para uma reestruturação. "Se houver continuação com [novos] pacientes, será com [portadores de] melanoma".
Fonte: G1
No Acta: 795 - Fosfoetanolamina
Como surgiu a pílula
A fosfoetanolamina sintética começou a ser estudada no Instituto de Química da USP, em São Carlos, pelo pesquisador Gilberto Chierice, hoje aposentado. Apesar de não ter sido testada cientificamente em seres humanos, as cápsulas foram entregues de graça a pacientes com câncer por mais de 20 anos.