Tradução: PGCS
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
571 - A iconoclasta Polly
Polly Matzinger, nascida em 1947, é uma cientista estadunidense que propôs uma nova explicação de como o sistema imunológico funciona. É o chamado Modelo de Perigo (Danger Model).
Esse trabalho, publicado no Journal of Experimental Medicine, em 1978, e tendo Galadriel Mirkwood como coautor, pode ser lido em arquivo PDF. Aqui.
Antes de ser cientista, Polly Matzinger teve uma carreira incomum. Foi coelhinha da Playboy, garçonete, música de jazz, carpinteira e treinadora de cães.
Como cientista, entretanto, ela passou a ter sérios problemas com o editor da revista científica. Ele, fazendo restrições preconceituosas ao nome de Galadriel Mirkwood no primeiro trabalho, não consentiu mais a publicação de outros artigos dela no Journal.
A cientista tinha porém "n" justificativas: Não gostava de escrever na primeira pessoa. Nem na voz passiva. Além disso, Galadriel era tão envolvido em suas pesquisas como outros coautores por aí. Etc.
Depois da questão levantada, Polly Matzinger só retornaria às páginas da revista em 1995. Quando o editor do J. Exp. Med já era. Até então, ela vinha publicando seus trabalhos na Science, Ann NY Acad Sci, J Immunol, Proc Transplant, Med Nature e Nature Immunology.
Esse trabalho, publicado no Journal of Experimental Medicine, em 1978, e tendo Galadriel Mirkwood como coautor, pode ser lido em arquivo PDF. Aqui.
Antes de ser cientista, Polly Matzinger teve uma carreira incomum. Foi coelhinha da Playboy, garçonete, música de jazz, carpinteira e treinadora de cães.
Como cientista, entretanto, ela passou a ter sérios problemas com o editor da revista científica. Ele, fazendo restrições preconceituosas ao nome de Galadriel Mirkwood no primeiro trabalho, não consentiu mais a publicação de outros artigos dela no Journal.
A cientista tinha porém "n" justificativas: Não gostava de escrever na primeira pessoa. Nem na voz passiva. Além disso, Galadriel era tão envolvido em suas pesquisas como outros coautores por aí. Etc.
Depois da questão levantada, Polly Matzinger só retornaria às páginas da revista em 1995. Quando o editor do J. Exp. Med já era. Até então, ela vinha publicando seus trabalhos na Science, Ann NY Acad Sci, J Immunol, Proc Transplant, Med Nature e Nature Immunology.
Polly e seu cão Galadriel, um galgo afegão |
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
570 - O alfabeto do cérebro
Cada letra (26) deste alfabeto é um close-up de giros e sulcos encontrados na superfície do cérebro humano. Alguns dos padrões foram mudados de posição ou alargados.
Este projeto foi inspirado no alfabeto da borboleta criado por Kjell B. Sandved.
Este projeto foi inspirado no alfabeto da borboleta criado por Kjell B. Sandved.
Depois de mais de 25 anos de fotografias, vasculhando coleções em museus de insetos, Kjell Sandved conseguiu encontrar todos as letras do alfabeto ocidental nos belíssimos e variados padrões de desenhos de asas de borboletas e mariposas.
sábado, 21 de dezembro de 2013
569 - Picadas de insetos
Use uma colher quente para aliviar instantaneamente o prurido das picadas de insetos
Começa o verão, a estação das picadas irritantes dos insetos. Mas... existe uma solução surpreendentemente simples que pode eliminar o prurido dessas picadas em questão de minutos.
Tudo que você tem a fazer é aquecer uma colher de metal sob a água quente de uma torneira e, em seguida, pressioná-la diretamente sobre o local da picada. Mantendo-se a pele apertada pela colher aquecida por algum tempo, ao retirá-la a coceira deve ter desaparecido.
Quando os mosquitos picam, eles injetam proteínas para manter o sangue localmente não coagulado. São essas proteínas que fazem você se coçar, porém elas não resistem a temperaturas moderadamente aumentadas oriundas de uma colher quente. O inchaço de uma picada pode durar, mas a coceira desconfortável associada a ela desaparece logo.
136 - Vacinadores voadores e 426 - O poder curativo das formigas
Começa o verão, a estação das picadas irritantes dos insetos. Mas... existe uma solução surpreendentemente simples que pode eliminar o prurido dessas picadas em questão de minutos.
Tudo que você tem a fazer é aquecer uma colher de metal sob a água quente de uma torneira e, em seguida, pressioná-la diretamente sobre o local da picada. Mantendo-se a pele apertada pela colher aquecida por algum tempo, ao retirá-la a coceira deve ter desaparecido.
Quando os mosquitos picam, eles injetam proteínas para manter o sangue localmente não coagulado. São essas proteínas que fazem você se coçar, porém elas não resistem a temperaturas moderadamente aumentadas oriundas de uma colher quente. O inchaço de uma picada pode durar, mas a coceira desconfortável associada a ela desaparece logo.
136 - Vacinadores voadores e 426 - O poder curativo das formigas
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
568 - Com açúcar
Uma pesquisa acaba de mostrar que as moléculas de um açúcar, conhecidas por SLex, que tornam o revestimento exterior do óvulo pegajoso, é que são a chave para entender por que o esperma e o óvulo se unem no processo da fecundação.
Diz a professora Anne Dell, do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College London, que liderou a equipe que fez a descoberta dos açúcares SLex na superfície do óvulo:
"Esta pesquisa está fornecendo os primeiros insights sobre os eventos moleculares que ocorrem no início da vida humana. Os detalhes que aqui descobrimos preenchem uma enorme lacuna em nosso conhecimento sobre a fertilidade e esperamos que, finalmente, ajudem muitas dessas pessoas que não podem conceber."
A Organização Mundial de Saúde estima que a infertilidade afete até 15 por cento dos casais em idade reprodutiva em todo o mundo.
Diz a professora Anne Dell, do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College London, que liderou a equipe que fez a descoberta dos açúcares SLex na superfície do óvulo:
"Esta pesquisa está fornecendo os primeiros insights sobre os eventos moleculares que ocorrem no início da vida humana. Os detalhes que aqui descobrimos preenchem uma enorme lacuna em nosso conhecimento sobre a fertilidade e esperamos que, finalmente, ajudem muitas dessas pessoas que não podem conceber."
A Organização Mundial de Saúde estima que a infertilidade afete até 15 por cento dos casais em idade reprodutiva em todo o mundo.
sábado, 14 de dezembro de 2013
567 - Desafio de imagem
Que estrutura sofreu ruptura?
(a) Diafragma
(b) Esôfago
(c) Músculo intercostal
(d) Músculo cardíaco
(e) Pericárdio
Resposta
(passe o mouse da esquerda para a direita com o primeiro botão pressionado no espaço abaixo)
(c) A imagem mostra enfisema subcutâneo e defeito focal em músculo intercostal no nono espaço intercostal com herniação de pleura e pulmão. O paciente se recuperou após o reparo da hérnia intercostal.
Lung Herniation after Cough-Induced Rupture of Intercostal Muscle, NEJM
(a) Diafragma
(b) Esôfago
(c) Músculo intercostal
(d) Músculo cardíaco
(e) Pericárdio
Resposta
(passe o mouse da esquerda para a direita com o primeiro botão pressionado no espaço abaixo)
(c) A imagem mostra enfisema subcutâneo e defeito focal em músculo intercostal no nono espaço intercostal com herniação de pleura e pulmão. O paciente se recuperou após o reparo da hérnia intercostal.
Lung Herniation after Cough-Induced Rupture of Intercostal Muscle, NEJM
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
566 - Companheiros de espírito
Em 1966, instado a descrever a pessoa com menos probabilidade de desenvolver aterosclerose, Alan N. Howard, pesquisador da Cambridge respondeu: "Uma mulher anã, na pré-menopausa, ciclista, não fumante, desempregada, hipotensa, hipo-beta-lipoproteínica, hiper-alfa-lipoproteínica, vivendo na ilha de Creta antes de 1925 e sobrevivendo com com uma dieta de cereais não revestidos, óleo de cártamo e água."
E o médico Alan Norton, de Oxford, acrescentou a contrapartida masculina: "Um Bantu ectomórfico que trabalhava como motorista de ônibus em Londres, tinha passado a guerra em um campo de prisioneiros na Noruega, nunca comeu açúcar refinado, nunca bebeu café, sempre comeu cinco ou mais pequenas refeições por dia, e estava tomando grandes doses de estrogênio para deter o crescimento de um câncer de próstata."
"Todas essas características resultam de correlações estabelecidas, nos últimos anos, no campo das pesquisas médicas que, pelo menos em quantidade, mostra-se insuperável", observou Richard Mould, em Mould’s Medical Anecdotes. "O conflito de evidências é inigualável também."
E o médico Alan Norton, de Oxford, acrescentou a contrapartida masculina: "Um Bantu ectomórfico que trabalhava como motorista de ônibus em Londres, tinha passado a guerra em um campo de prisioneiros na Noruega, nunca comeu açúcar refinado, nunca bebeu café, sempre comeu cinco ou mais pequenas refeições por dia, e estava tomando grandes doses de estrogênio para deter o crescimento de um câncer de próstata."
"Todas essas características resultam de correlações estabelecidas, nos últimos anos, no campo das pesquisas médicas que, pelo menos em quantidade, mostra-se insuperável", observou Richard Mould, em Mould’s Medical Anecdotes. "O conflito de evidências é inigualável também."
Soulmates, Futility Closet
domingo, 8 de dezembro de 2013
565 - CUMPRIMENTOS. Aperto de mãos x choque de punhos
Sumário
Reduzindo a transmissão de patógeno em um ambiente hospitalar. Aperto de mãos x choque de punhos: um estudo piloto, PA Ghareeb, T. Bourlai, W. Dutton, WT McClellan, Journal of Hospital Infection, epub 19 set 2013Os autores, da West Virginia University, explicam:
"O aperto de mãos é uma forma conhecida de transmissão bacteriana entre as pessoas. Lavar as mãos tornou-se uma importante iniciativa em todos os sistemas de saúde para reduzir as taxas de transmissão. No entanto, algo como 80% dos indivíduos retêm bactérias causadoras de doenças mesmo após a lavagem das mãos. O cumprimento de punhos é uma alternativa ao aperto de mãos que está se tornando popular. Nós determinamos que a implementação do choque de punhos no ambiente de saúde pode reduzir ainda mais a transmissão bacteriana entre os indivíduos, por reduzir o tempo de contato e a área de superfície total exposta, quando comparado com o aperto de mãos padrão."Este vídeo com Usain Bolt documenta o desempenho de um cumprimento de punhos em um ambiente não-hospitalar:
Por vezes, pequenas coisas ajudam a diminuir os problemas causados por coisas pequenas.
Poderá também gostar de verO cumprimento saudável: 1 e 2 – 15 de outubro: O Dia Estadual de Lavar as Mãos
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
564 - Implante magnético contra o ronco
Para evitar o ronco e apneia obstrutiva em geral, uma nova patente (20 de agosto de 2013) foi concedida a Gillis et al., da California, EUA.
"A presente invenção engloba dispositivos, sistemas, e métodos para resistir ao movimento posterior da língua, durante o sono, mantendo desse modo uma passagem de ar aberta."
O desenho mostra:
"... Interação magnética de uma estrutura ferromagnética implantada na região da língua com uma estrutura magnética colocada fora da via aérea (por exemplo, em um queixo e / ou mandíbula)."
Veja: EUA 8.511.315 B2 – Dispositivos, sistemas e métodos que utilizam sistemas de força magnética nas vias aéreas superiores. Arquivo PDF
"A presente invenção engloba dispositivos, sistemas, e métodos para resistir ao movimento posterior da língua, durante o sono, mantendo desse modo uma passagem de ar aberta."
O desenho mostra:
"... Interação magnética de uma estrutura ferromagnética implantada na região da língua com uma estrutura magnética colocada fora da via aérea (por exemplo, em um queixo e / ou mandíbula)."
Veja: EUA 8.511.315 B2 – Dispositivos, sistemas e métodos que utilizam sistemas de força magnética nas vias aéreas superiores. Arquivo PDF
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
563 - ESPIROMETRIA. Que exame é esse?
Três slideshows e um informe técnico de minha autoria fazem parte da seção Que exame é esse?, do site da Sociedade Beneficente Clemente Ferreira. São eles:
– Que é espirometria? LINK
– Critérios para a espirometria de boa qualidade LINK
– Higiene e prevenção de infecção em espirometria LINK
– Indicações para espirometria LINK
A Sociedade Beneficente Clemente Ferreira é uma organização civil fundada em 31 de julho de 1956. Sem finalidades econômicas ou lucrativas, suas ações são de natureza beneficente, filantrópica e educacional, dando ênfase às doenças do aparelho respiratório. O combate à tuberculose, que esteve em sua origem, pela ameaça que esta doença ainda representa para a sociedade, permanece como um de seus principais focos de atuação, sob a forma de apoio às atividades do Instituto Clemente Ferreira.
– Que é espirometria? LINK
– Critérios para a espirometria de boa qualidade LINK
– Higiene e prevenção de infecção em espirometria LINK
– Indicações para espirometria LINK
A Sociedade Beneficente Clemente Ferreira é uma organização civil fundada em 31 de julho de 1956. Sem finalidades econômicas ou lucrativas, suas ações são de natureza beneficente, filantrópica e educacional, dando ênfase às doenças do aparelho respiratório. O combate à tuberculose, que esteve em sua origem, pela ameaça que esta doença ainda representa para a sociedade, permanece como um de seus principais focos de atuação, sob a forma de apoio às atividades do Instituto Clemente Ferreira.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
562 - VI Jornada Multidisciplinar do Hospital de Messejana
Dando prosseguimento à comemoração dos 80 anos do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, aconteceu na semana passada a "VI Jornada Multidisciplinar do Hospital de Messejana". Este evento científico teve início em 21 de novembro, às 9 horas, com a conferência magna “Perfil da Medicina de Emergência no Brasil”, apresentada pelo Dr. Luís Alegrette Borges, vice-presidente da ABRAMED.
A seguir, nos dias 21 e 22, foram realizados todos os demais módulos da Jornada, a qual contou com um grande número de participantes.
Destaque para a palestra "História e Missão da UTI Respiratória Prof. Mario Rigatto", a cargo da médica pneumologista Dra. Simone Castelo Branco Fortaleza, que, entre as fontes de consulta para a sua exposição, incluiu o "PORTAL DE MEMÓRIAS: Paulo Gurgel, um médico de letras", livro organizado por Marcelo Gurgel. Neste módulo, antigos e atuais colaboradores da instituição receberam placas de reconhecimento pelas contribuições prestadas à UTI Respiratória Prof. Mário Rigatto, que já completou 17 anos de funcionamento.
Meus sinceros agradecimentos à direção do Hospital de Messejana, especialmente ao Dr. Ernani Ximenes Rodrigues, por me haver incluído entre os homenageados.
A seguir, nos dias 21 e 22, foram realizados todos os demais módulos da Jornada, a qual contou com um grande número de participantes.
Destaque para a palestra "História e Missão da UTI Respiratória Prof. Mario Rigatto", a cargo da médica pneumologista Dra. Simone Castelo Branco Fortaleza, que, entre as fontes de consulta para a sua exposição, incluiu o "PORTAL DE MEMÓRIAS: Paulo Gurgel, um médico de letras", livro organizado por Marcelo Gurgel. Neste módulo, antigos e atuais colaboradores da instituição receberam placas de reconhecimento pelas contribuições prestadas à UTI Respiratória Prof. Mário Rigatto, que já completou 17 anos de funcionamento.
Meus sinceros agradecimentos à direção do Hospital de Messejana, especialmente ao Dr. Ernani Ximenes Rodrigues, por me haver incluído entre os homenageados.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
561 - O uso de mercúrio contra a pediculose na Renascença
Provável retrato de Fernando II de Aragão, rei de Nápoles, por Vittore Carpaccio (Lugan, Thyssen Collection). |
Mesmo nos bons e velhos tempos, a frase "inquieta está a cabeça que usa uma coroa" podia simplesmente significar que o rei tinha piolhos.
Um relatório de caso conta em detalhes as desgraças capilares de Fernando II de Aragão. Fernando, que pisou na Terra de 1467 a 1496, tornando-se rei de Nápoles, tinha piolhos que pisaram em seu couro cabeludo, ainda por algum tempo depois. Os restos mumificados de toda a comunidade de Fernando e seus piolhos viveram, por assim dizer, em Nápoles, na sacristia da Basílica de San Domenico Maggiore.
Anos atrás, uma equipe de cientistas, da Universidade de Pisa e da Universidade de Roma, trabalhando na múmia real com um microscópio eletrônico de varredura e diversos instrumentos de análises químicas, encontrou uma antiga infestação maciça de piolhos em Fernando, além de um alto teor de mercúrio (887 ppm) em seus cabelos e pelos pubianos.
Este caso representa um importante achado para a história da medicina porque demonstra que, à época do Renascimento, o mercúrio era aplicado localmente tanto para tratar a sífilis quanto para evitar ou eliminar a infestação de piolhos.
GINO Fornaciari , SILVIA MARINOZZI , VALENTINA Gazzaniga , VALENTINA Giuffra , MALAYKA SAMANTHA PICCHI , MARIO GIUSIANI ,e MASSIMO MASETTI
Europe PubMed Central
Ver também...
305 - Um ano com Mercúrio!
sábado, 23 de novembro de 2013
560 - O último ponto
Quando os navios tinham necrotérios refrigerados era comum enterrar os mortos em viagens marítimas no próprio mar. O corpo – com pesos (balas de canhão, por exemplo) – de um marinheiro falecido era posto dentro de uma rede. E seus companheiros terminavam a indispensável tarefa de costurar o "pacote", dando o último ponto através do nariz do homem morto – para ter a certeza de que ele estava realmente morto.
Aqui está uma descrição fornecida por um marinheiro de suas experiências na década de 1960.
Como havia a possibilidade de o marinheiro ou o passageiro haver sido erroneamente declarado morto era este ponto o teste final.
Os pinguins quando morrem e "Não morri para você bailar"
Aqui está uma descrição fornecida por um marinheiro de suas experiências na década de 1960.
Como havia a possibilidade de o marinheiro ou o passageiro haver sido erroneamente declarado morto era este ponto o teste final.
Os pinguins quando morrem e "Não morri para você bailar"
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
559 - Nomenclatura para os dedos do pé
Uma carta de John Phillips, da Escola de Medicina da Universidade de Yale, para o New England Journal of Medicine, que foi publicada a 14 de fevereiro de 1991:
Referindo-se à mão, os nomes digitus pollicis, indicis, medius, annularis e minimus especificam os cinco dedos. Em situações de relevância clínica, o uso de tais nomes podem impedir ambiguidades anatômicas. São termos consagrados que honram os dedos da mão, o que não acontece aos dedos do pé, que são identificados apenas por números. Exceto, claro, o dedo grande do pé, o hálux. Não é hora de a comunidade médica, com relação aos dedos dos pé, contar não apenas com números? Submeto à consideração a seguinte nomenclatura para se referir aos dedos do pé: para o hálux, porcellus fori; para o segundo dedo, p. domi; para o terceiro dedo, p. carnivorus; para o quarto dedo, p. non voratus; e para o quinto dedo, p. plorans domum.
Usando porcellus como a forma diminutiva de porcus , ou leitão, pode-se traduzir a terminologia sugerida como se segue: leitão na feira, leitão em casa, leitão carnívoro, leitão sem comer, e leitão chorando para voltar para casa, respectivamente.
N. do T.
No Brasil, os dedos da mão são honrados da seguinte maneira: polegar – cata piolho, indicador – fura bolo, médio – pai de todos, anular – seu vizinho e mínimo – dedo mindinho.
Referindo-se à mão, os nomes digitus pollicis, indicis, medius, annularis e minimus especificam os cinco dedos. Em situações de relevância clínica, o uso de tais nomes podem impedir ambiguidades anatômicas. São termos consagrados que honram os dedos da mão, o que não acontece aos dedos do pé, que são identificados apenas por números. Exceto, claro, o dedo grande do pé, o hálux. Não é hora de a comunidade médica, com relação aos dedos dos pé, contar não apenas com números? Submeto à consideração a seguinte nomenclatura para se referir aos dedos do pé: para o hálux, porcellus fori; para o segundo dedo, p. domi; para o terceiro dedo, p. carnivorus; para o quarto dedo, p. non voratus; e para o quinto dedo, p. plorans domum.
Usando porcellus como a forma diminutiva de porcus , ou leitão, pode-se traduzir a terminologia sugerida como se segue: leitão na feira, leitão em casa, leitão carnívoro, leitão sem comer, e leitão chorando para voltar para casa, respectivamente.
N. do T.
No Brasil, os dedos da mão são honrados da seguinte maneira: polegar – cata piolho, indicador – fura bolo, médio – pai de todos, anular – seu vizinho e mínimo – dedo mindinho.
domingo, 17 de novembro de 2013
558 - Redução de sal nos alimentos industrializados no Brasil
Yara Aquino, Agência Brasil
Laticínios, embutidos e sopas prontas entraram na lista de alimentos que devem sofrer redução de sódio, porque o consumo elevado é um dos causadores de hipertensão arterial. A medida está no quarto acordo destinado a diminuir a quantidade do produto em alimentos industrializados. O documento foi assinado no dia 5 pelo Ministério da Saúde e pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).Com o compromisso, chega a 16 o número de grupos alimentares incluídos. A meta nacional é retirar 28 mil toneladas de sódio de alimentos até 2020. O sódio está presente no sal de cozinha e em alimentos industrializados. É usado não só para dar sabor. Exerce outras funções, incluindo a de conservante.
“Muitos produtos têm muito sal e as pessoas nem sabem. São produtos que, cada vez mais, entram na alimentação das pessoas, estão no refeitório do trabalho e na merenda escolar. Por isso, a importância estratégica da parceria com a indústria”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Desde a assinatura do primeiro acordo, em 2011, a estimativa é que 11,3 mil toneladas de sódio tenham sido retiradas de alimentos. “Encontramos caminhos e estamos procurando soluções para conseguir bater a meta antes de 2020. Uma parte disso vai depender de educação. Precisamos informar às crianças sobre educação alimentar, e também ajudar o governo a comunicar os hábitos saudáveis”, disse o presidente da Associação, Edmundo Klotz.
A Pesquisa do Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que o brasileiro consome, em média, 12 gramas de sódio por dia, considerando o sal de mesa e o sódio dos alimentos. O consumo é mais que o dobro das cinco gramas diárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
557 - O "eye-phone"
Um kit de exame oftalmológico portátil, criado por cientistas britânicos, está sendo atualmente testado em 5 mil pacientes no Quênia como uma ferramenta que poderá revolucionar a prevenção da cegueira em países de baixa renda.
Também conhecido como Peek (Portable Eye Examination Kit), o kit é composto de um aplicativo móvel e de um clip-on harware que transformam um smartphone em uma ferramenta que possibilita a prescrição de óculos, o diagnóstico da catarata e até mesmo o exame de fundo de olho.
Neste vídeo da BBC (em inglês), recomendado pelo oftalmologista Nelson José Cunha, o Dr Andrew Bastawrous, do London School of Hygiene and Tropical Medicine, aparece testando este, digamos, "eye-phone".
Arquivos 20/20
Óculos autoajustáveis, GOOGLE. Projeto óculos, Kevin, Exames de vista pelo celular e Aviões de guerra e lentes intraoculares
Também conhecido como Peek (Portable Eye Examination Kit), o kit é composto de um aplicativo móvel e de um clip-on harware que transformam um smartphone em uma ferramenta que possibilita a prescrição de óculos, o diagnóstico da catarata e até mesmo o exame de fundo de olho.
Neste vídeo da BBC (em inglês), recomendado pelo oftalmologista Nelson José Cunha, o Dr Andrew Bastawrous, do London School of Hygiene and Tropical Medicine, aparece testando este, digamos, "eye-phone".
Óculos autoajustáveis, GOOGLE. Projeto óculos, Kevin, Exames de vista pelo celular e Aviões de guerra e lentes intraoculares
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
556 - A face da sonolência
Os pacientes tratados de apneia do sono podem ficar com uma aparência melhor, de acordo com uma pesquisa da Universidade do Michigan, publicada no "Journal of Clinical Sleep Medicine".
Vinte adultos com apneia obstrutiva do sono pela polissonografia e sonolência excessiva pela escala de Epworth participaram do estudo. Fotogrametrias foram realizada antes e ≥ 2 meses após o uso noturno do CPAP para tratar a doença. Vinte e dois colaboradores avaliaram as imagens faciais pré- e pós-tratamento, emparelhados lado a lado e em ordem aleatória.
Em dois terços das vezes, os avaliadores identificaram corretamente as fotos pós-tratamento e disseram que os pacientes tinham uma aparência melhor depois de tratados. As medidas objetivas de aparência facial revelaram que a fronte dos pacientes estava menos edemaciada e que a face estava menos vermelha.
No entanto, os avaliadores não notaram grandes mudanças nas características faciais tipicamente associadas à sonolência, como o edema ao redor dos olhos e as olheiras.
The Face of Sleepiness: Improvement in Appearance after Treatment of Sleep Apnea http://dx.doi.org/10.5664/jcsm.2976
13/01/2019 - Atualizando ...
Sinais silenciosos da apneia do sono
14/06/2020 - Atualizando ...
Apneia do sono: por que parar de respirar enquanto dorme é tão perigoso
Vinte adultos com apneia obstrutiva do sono pela polissonografia e sonolência excessiva pela escala de Epworth participaram do estudo. Fotogrametrias foram realizada antes e ≥ 2 meses após o uso noturno do CPAP para tratar a doença. Vinte e dois colaboradores avaliaram as imagens faciais pré- e pós-tratamento, emparelhados lado a lado e em ordem aleatória.
Em dois terços das vezes, os avaliadores identificaram corretamente as fotos pós-tratamento e disseram que os pacientes tinham uma aparência melhor depois de tratados. As medidas objetivas de aparência facial revelaram que a fronte dos pacientes estava menos edemaciada e que a face estava menos vermelha.
No entanto, os avaliadores não notaram grandes mudanças nas características faciais tipicamente associadas à sonolência, como o edema ao redor dos olhos e as olheiras.
The Face of Sleepiness: Improvement in Appearance after Treatment of Sleep Apnea http://dx.doi.org/10.5664/jcsm.2976
13/01/2019 - Atualizando ...
Sinais silenciosos da apneia do sono
14/06/2020 - Atualizando ...
Apneia do sono: por que parar de respirar enquanto dorme é tão perigoso
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
555 - Escolha Sabiamente
Cinco testes e tratamentos comumente realizados em pneumologia nem sempre são necessários
A lista destes procedimentos foi elaborada por uma força-tarefa colaborativa montado entre a American Thoracic Society (ATS) e a American College of Chest Physicians. Destina-se a promover o diálogo médico-paciente sobre os testes e tratamentos que são mais adequados para ambos, a fim de evitar aqueles cujos danos potenciais podem superam os seus benefícios.
"A campanha Choosing Wisely (Escolha Sabiamente) pode ajudar os médicos a tomar o terreno moral de frear os custos de suas práticas, ao invés de deixar essas decisões para os formuladores das políticas de saúde. Há uma série de testes de diagnóstico e de terapias para os quais as evidências disponíveis sugerem falta de eficácia, e os médicos estão em melhor posição para determinar exatamente o que, em sendo praticado nas respectivas especialidades, encaixa-se nessa situação", diz Scott Halpern, professor assistente da Universidade da Pensilvânia e co-presidente da força-tarefa que produziu a lista.
As cinco recomendações em pneumologia são:
A lista destes procedimentos foi elaborada por uma força-tarefa colaborativa montado entre a American Thoracic Society (ATS) e a American College of Chest Physicians. Destina-se a promover o diálogo médico-paciente sobre os testes e tratamentos que são mais adequados para ambos, a fim de evitar aqueles cujos danos potenciais podem superam os seus benefícios.
"A campanha Choosing Wisely (Escolha Sabiamente) pode ajudar os médicos a tomar o terreno moral de frear os custos de suas práticas, ao invés de deixar essas decisões para os formuladores das políticas de saúde. Há uma série de testes de diagnóstico e de terapias para os quais as evidências disponíveis sugerem falta de eficácia, e os médicos estão em melhor posição para determinar exatamente o que, em sendo praticado nas respectivas especialidades, encaixa-se nessa situação", diz Scott Halpern, professor assistente da Universidade da Pensilvânia e co-presidente da força-tarefa que produziu a lista.
As cinco recomendações em pneumologia são:
- Não executar acompanhamento por tomografias para a avaliação de nódulos pulmonares indeterminados em intervalos mais frequentes ou por um período de tempo mais longo do que o recomendado pelas diretrizes estabelecidas.
- Não oferecer como rotina tratamento farmacológico com drogas vasoativas avançadas que foram aprovadas apenas para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar em pacientes com a hipertensão pulmonar resultante de doença do coração esquerdo ou de doenças pulmonares com hipoxemia (Grupos II ou III da hipertensão pulmonar).
- Para os pacientes que receberam alta recentemente com indicação de oxigênio suplementar em casa após hospitalização por doença aguda, não renovar a prescrição sem avaliar o paciente para a hipoxemia em curso.
- Não realizar angio-TC para avaliar a possibilidade de embolia pulmonar em pacientes com baixa probabilidade clínica e com resultados negativos em ensaio de dímero-D altamente sensível.
- Não realizar triagem por tomografia para câncer de pulmão entre pacientes com baixo risco de câncer de pulmão.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
554 - Pôsteres com nomes de cientistas
Para comemorar o Dia da Ciência (5 de novembro) em 2012, o designer gráfico Kapil Bhagat, de Mumbai, Índia, criou uma série de cartazes tipográficos minimalistas com nomes de cientistas famosos. Os cartazes lembram quem fez o quê. Por exemplo, Newton deixa cair o "O" para ilustrar a sua teoria da gravidade. Um enorme "C" em Copérnico nos lembra que ele substituiu a Terra pelo Sol no centro do sistema solar. E o "E" de Einstein foi trocado pelo "mc2" da famosa equação do cientista. Assim por diante.
BORED PANDA
BORED PANDA
sábado, 2 de novembro de 2013
553 - Que é diatritário?
sm (diatrita+ário) Médico que antigamente submetia seus doentes a uma dieta rigorosa nos três primeiros dias do tratamento ou que dava a eles alimentos de três em três dias.
Trovita
A dieta diatrita
Expulsa algum parasita?
Vai torná-la mais bonita?
Não vá nessa, senhorita!
Trovita
A dieta diatrita
Expulsa algum parasita?
Vai torná-la mais bonita?
Não vá nessa, senhorita!
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
552 - A síndrome de Peter Pan
A Síndrome de Peter Pan teve a possibilidade da existência levantada pelo Dr. Dan Kiley em seu livro "The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up", de 1983. Para designar a síndrome, o autor inspirou-se em Peter Pan, personagem de uma peça de teatro e livro homônimo, que vivia na Terra do Nunca onde os garotos nunca envelhecem.
O portador desta síndrome, segundo Kiley, tende a apresentar rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo, dependência e negação ao envelhecimento.
No entanto, não há consenso de que esta síndrome seja uma doença psicológica real e, por isso, não está referenciada nos manuais de transtornos mentais. Não consta, por exemplo, no DSM IV.
A propósito
Como se parecem atualmente (no plano físico) Lucy, Linus e Charles Brown?
O portador desta síndrome, segundo Kiley, tende a apresentar rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo, dependência e negação ao envelhecimento.
No entanto, não há consenso de que esta síndrome seja uma doença psicológica real e, por isso, não está referenciada nos manuais de transtornos mentais. Não consta, por exemplo, no DSM IV.
A propósito
Como se parecem atualmente (no plano físico) Lucy, Linus e Charles Brown?
domingo, 27 de outubro de 2013
551 - Não é a queda...
"É, naturalmente, óbvio que a velocidade ou a altura de uma queda não é em si mesma prejudicial. Nem uma alteração moderada da velocidade, tal como ocorre depois de uma queda de 10 andares dentro de uma rede ou sobre um toldo, cujo desfecho não deve necessariamente resultar em ferimentos. Mas, uma elevada taxa de mudança de velocidade, tal como ocorre depois de uma queda de 10 andares em uma superfície de concreto, é outra questão."
Haven H. Mechanical analysis of survival in falls from heights of fifty to one hundred and fifty feet Inj Prev 2000; 6:62-68
Trata-se de uma versão prolixa para o velho ditado: "Não é a queda que mata, é a parada brusca no final."
Slideshow EM QUEDA LIVRE
Haven H. Mechanical analysis of survival in falls from heights of fifty to one hundred and fifty feet Inj Prev 2000; 6:62-68
Trata-se de uma versão prolixa para o velho ditado: "Não é a queda que mata, é a parada brusca no final."
Slideshow EM QUEDA LIVRE
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
550 - Testes de sobriedade
Muito mais comuns nos EUA, os testes de sobriedade podem parecer uma grande piada, mas produzem resultados que podem indicar (antes do bafômetro e de outros exames) que a pessoa andou bebendo mais do que deveria.
Confira alguns dos principais testes de sobriedade. Todos são homologados pela NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration, a Administração Nacional de Segurança e Tráfego nas Autoestradas).
1. Nistagmo horizontal dos olhos Para quem não sabe, o nistagmo é um movimento involuntário que os olhos fazem por diversas razões, incluindo-se o excesso de álcool no sangue. Segundo dados da NHTSA, em 88 por cento dos casos de nistagmo, a quantidade de álcool está acima da legalmente permitida.
3. Parar em uma perna
4. Teste de equilíbrio de Rhomberg
5. Pôr o dedo no nariz
Leia mais em: www.tecmundo.com.br/mega-curioso
Confira alguns dos principais testes de sobriedade. Todos são homologados pela NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration, a Administração Nacional de Segurança e Tráfego nas Autoestradas).
1. Nistagmo horizontal dos olhos Para quem não sabe, o nistagmo é um movimento involuntário que os olhos fazem por diversas razões, incluindo-se o excesso de álcool no sangue. Segundo dados da NHTSA, em 88 por cento dos casos de nistagmo, a quantidade de álcool está acima da legalmente permitida.
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2. Andar e girar3. Parar em uma perna
4. Teste de equilíbrio de Rhomberg
5. Pôr o dedo no nariz
Leia mais em: www.tecmundo.com.br/mega-curioso
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
549 - Organização Mundial da Saúde classifica poluição do ar como cancerígena
Genebra – A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a poluição do ar como cancerígena para os seres humanos, anunciou hoje (17) o Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc, da sigla em inglês), uma agência especializada da organização.
“O ar que respiramos se tornou poluído com uma mistura de substâncias causadoras de câncer. Sabemos hoje que a poluição é, não só um risco importante para a saúde em geral, como também uma das principais causas das mortes por câncer”, afirmou Kurt Straif, da Iarc, em uma conferência de imprensa em Genebra.
Os pesquisadores da Iarc concluíram que “há provas suficientes” de que “a exposição à poluição do ar provoca câncer de pulmão” e aumenta “o risco de câncer da bexiga”, depois de analisarem estudos envolvendo milhares de pessoas acompanhadas durante várias décadas.
Embora a composição da poluição e os níveis de exposição variem acentuadamente entre diferentes locais, a agência afirma que esta classificação se aplica “a todas as regiões do mundo”. A poluição do ar já era cientificamente considerada como causa de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Em comunicado, a agência afirma que os níveis de exposição à poluição aumentaram significativamente em algumas zonas do mundo, principalmente aquelas que se estão se industrializando rapidamente e são muito populosas.
Segundo a Iarc, dados de 2010 indicam que 223.000 mortes por câncer de pulmão foram causadas pela poluição do ar. A agência mediu a presença de poluentes específicos e misturas de químicos no ar e as conclusões apresentadas hoje se baseiam na qualidade do ar em geral.
“A nossa tarefa era avaliar o ar que todas as pessoas respiram e não focarmos em poluentes específicos”, explicou Dana Loomis, da agência. “Os resultados dos estudos apontam na mesma direção: o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta significativamente para as pessoas expostas à poluição do ar”, acrescentou.
A Iarc vai publicar as conclusões do estudo, de forma pormenorizada, na semana que vem, na revista médica britânica The Lancet.
“O ar que respiramos se tornou poluído com uma mistura de substâncias causadoras de câncer. Sabemos hoje que a poluição é, não só um risco importante para a saúde em geral, como também uma das principais causas das mortes por câncer”, afirmou Kurt Straif, da Iarc, em uma conferência de imprensa em Genebra.
Os pesquisadores da Iarc concluíram que “há provas suficientes” de que “a exposição à poluição do ar provoca câncer de pulmão” e aumenta “o risco de câncer da bexiga”, depois de analisarem estudos envolvendo milhares de pessoas acompanhadas durante várias décadas.
Embora a composição da poluição e os níveis de exposição variem acentuadamente entre diferentes locais, a agência afirma que esta classificação se aplica “a todas as regiões do mundo”. A poluição do ar já era cientificamente considerada como causa de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Em comunicado, a agência afirma que os níveis de exposição à poluição aumentaram significativamente em algumas zonas do mundo, principalmente aquelas que se estão se industrializando rapidamente e são muito populosas.
Segundo a Iarc, dados de 2010 indicam que 223.000 mortes por câncer de pulmão foram causadas pela poluição do ar. A agência mediu a presença de poluentes específicos e misturas de químicos no ar e as conclusões apresentadas hoje se baseiam na qualidade do ar em geral.
“A nossa tarefa era avaliar o ar que todas as pessoas respiram e não focarmos em poluentes específicos”, explicou Dana Loomis, da agência. “Os resultados dos estudos apontam na mesma direção: o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta significativamente para as pessoas expostas à poluição do ar”, acrescentou.
A Iarc vai publicar as conclusões do estudo, de forma pormenorizada, na semana que vem, na revista médica britânica The Lancet.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
548 - Hipócrates de Cós, o pai da medicina
Ele é ainda lembrado, 2500 anos depois, por causa do juramento hipocrático (uma forma alterada desse juramento ainda é repetida, em alguns lugares, pelos estudantes de medicina no momento de sua formatura). Mas ele é celebrado sobretudo por seus esforços para arrancar a medicina do terreno da superstição e trazê-la à luz da ciência.
Em uma passagem típica, Hipócrates escreveu:
Em uma passagem típica, Hipócrates escreveu:
"Os homens acham a epilepsia divina, simplesmente porque não a compreendem. Mas se chamassem de divino tudo o que não compreendem, ora, as coisas divinas não teriam fim."
Hipócrates introduziu elementos do método científico no diagnóstico da doença. Ele recomendava com insistência a observação cuidadosa e meticulosa:
"Não deixem nada ao acaso. Não percam nenhum detalhe. Combinem as observações contraditórias. Não tenham pressa."
Carl Sagan. In: "O Mundo Assombrado pelos Demônios"
terça-feira, 15 de outubro de 2013
547 - O tumor mais antigo do mundo
Resumo
Nós descrevemos o primeiro caso de uma neoplasia (displasia fibrosa) em uma costela do homem de Neandertal. A costela, recuperada de um sítio em Krapina, Croácia, indica que ele, apesar de viver em um ambiente diverso do atual, era suscetível a pelo menos um tipo de tumor frequente no homem moderno.
Os efeitos dessa neoplasia (benigna) nos seres humanos consistem de um largo espectro de sintomas, indo de assintomática a debilitante.
Dada a natureza incompleta da costela e a falta de elementos esqueléticos associados, evitamos comentar sobre os efeitos do tumor na saúde do indivíduo.
No entanto, a ocorrência desta neoplasia indica que os neandertais podiam sofrer de um tumor ósseo comum em seres humanos modernos.
Fibrous Dysplasia in a 120,000+ Year Old Neandertal from Krapina, Croatia Um fragmento de osso de neandertal mostra um tumor. Imagem: J. Monge, Kricun M., Radovcic J., Radovcic D., Mann A., et al, PLoS ONE
Displasia fibrosa, OrthoInfo
Nós descrevemos o primeiro caso de uma neoplasia (displasia fibrosa) em uma costela do homem de Neandertal. A costela, recuperada de um sítio em Krapina, Croácia, indica que ele, apesar de viver em um ambiente diverso do atual, era suscetível a pelo menos um tipo de tumor frequente no homem moderno.
Os efeitos dessa neoplasia (benigna) nos seres humanos consistem de um largo espectro de sintomas, indo de assintomática a debilitante.
Dada a natureza incompleta da costela e a falta de elementos esqueléticos associados, evitamos comentar sobre os efeitos do tumor na saúde do indivíduo.
No entanto, a ocorrência desta neoplasia indica que os neandertais podiam sofrer de um tumor ósseo comum em seres humanos modernos.
Fibrous Dysplasia in a 120,000+ Year Old Neandertal from Krapina, Croatia Um fragmento de osso de neandertal mostra um tumor. Imagem: J. Monge, Kricun M., Radovcic J., Radovcic D., Mann A., et al, PLoS ONE
Displasia fibrosa, OrthoInfo
sábado, 12 de outubro de 2013
546 - Anemia por deficiência de ferro
A anemia por deficiência de ferro representa um problema nutricional importante em termos de saúde coletiva, afetando, principalmente, crianças e mulheres no ciclo reprodutivo. A deficiência de ferro é progressiva e pode levar à redução do estoque de
ferro a ponto de a quantidade de hemoglobina presente no sangue ficar anormalmente baixa. Existem três causas que provocam a anemia: fatores fisiológicos (gravidez, lactação); fatores nutricionais; e fatores patológicos (vermes e outras doenças que alteram a absorção de ferro).
Tratamento
Após detecção da doença por avaliação médica e exames de sangue, o tratamento da anemia consiste em orientação nutricional e administração por via oral (pela boca) ou parenteral (injetável) de compostos com ferro e, eventualmente, transfusão de hemácias. A melhor via para a reposição de ferro é a oral, sendo a maneira mais eficaz no tratamento da maioria dos pacientes com anemia por deficiência de ferro. Para essa classe, de acordo com a literatura científica, não há superioridade em termos de eficácia para normalização das taxas de hemoglobina, havendo, no entanto, grandes diferenças nos custos de tratamento. Essa diferença, segundo o Boletim Saúde e Economia n.º 9, pode chegar até a 1329%.
Foram estudados pela Anvisa 26 medicamentos disponíveis no mercado com três diferentes princípios ativos: Sulfato Ferroso, Ferripolimaltose e Ferro Aminoácido Quelato. Para a realização dos cálculos do custo de tratamento, foi considerado o custo de uma dose de 120 mg/dia de ferro elementar, durante três meses de tratamento, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde. O Boletim também se baseou nos Preços Máximos de Venda ao Consumidor determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos .
O tratamento da anemia deve ser sempre orientado e acompanhado por um médico, que deve discutir com o paciente as alternativas de medicamentos disponíveis para suprir a carência de ferro.
Tratamento
Após detecção da doença por avaliação médica e exames de sangue, o tratamento da anemia consiste em orientação nutricional e administração por via oral (pela boca) ou parenteral (injetável) de compostos com ferro e, eventualmente, transfusão de hemácias. A melhor via para a reposição de ferro é a oral, sendo a maneira mais eficaz no tratamento da maioria dos pacientes com anemia por deficiência de ferro. Para essa classe, de acordo com a literatura científica, não há superioridade em termos de eficácia para normalização das taxas de hemoglobina, havendo, no entanto, grandes diferenças nos custos de tratamento. Essa diferença, segundo o Boletim Saúde e Economia n.º 9, pode chegar até a 1329%.
Foram estudados pela Anvisa 26 medicamentos disponíveis no mercado com três diferentes princípios ativos: Sulfato Ferroso, Ferripolimaltose e Ferro Aminoácido Quelato. Para a realização dos cálculos do custo de tratamento, foi considerado o custo de uma dose de 120 mg/dia de ferro elementar, durante três meses de tratamento, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde. O Boletim também se baseou nos Preços Máximos de Venda ao Consumidor determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos .
O tratamento da anemia deve ser sempre orientado e acompanhado por um médico, que deve discutir com o paciente as alternativas de medicamentos disponíveis para suprir a carência de ferro.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
545 - Os vencedores do Nobel de Medicina e Fisiologia em 2013
A Real Academia de Ciências da Suécia anunciou, nesta semana (dia 7), os nomes dos vencedores do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2013.
Foram os americanos James E. Rothman, Randy W. Schekman e o alemão Thomas C. Südhof, por suas descobertas sobre a regulação do transporte de moléculas pelas vesículas, um importante subsistema celular.
Distúrbios neste subsistema podem causar doenças neurológicas, distúrbios imunológicas e diabetes.
Lista dos ganhadores do Prêmio nos anos anteriores
2012: John B. Gurdon (Inglaterra) e Shinya Yamanaka (Japão)
2011: Bruce A. Beutler (Estados Unidos), Jules A. Hoffmann (Luxemburgo) e Ralph M. Steinman (Canadá)
2010: Robert Edwards (Grã-Bretanha)
2009: Elizabeth Blackburn (Austrália-Estados Unidos), Carol Greider e Jack Szostak (Estados Unidos)
2008: Harald zur Hausen (Alemanha), Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier (França)
2007: Mario Capecchi (Estados Unidos), Oliver Smithies (Estados Unidos) e Martin Evans (Grã-Bretanha)
2006: Andrew Z. Fire (Estados Unidos) e Craig C. Mello (Estados Unidos)
2005: Barry J. Marshall (Austrália) e J. Robin Warren (Austrália)
2004: Richard Axel (Estados Unidos) e Linda B. Buck (Estados Unidos)
2003: Paul C. Lauterbur (Estados Unidos) e Peter Mansfield (Grã-Bretanha)
2002: Sydney Brenner (Grã-Bretanha), John E. Sulston (Grã-Bretanha) e Robert Horvitz (Estados Unidos)
2001: Leland H. Hartwell (Estados Unidos), R. Timothy Hunt (Grã-Bretanha) e Paul M. Nurse (Grã-Bretanha).
Foram os americanos James E. Rothman, Randy W. Schekman e o alemão Thomas C. Südhof, por suas descobertas sobre a regulação do transporte de moléculas pelas vesículas, um importante subsistema celular.
Distúrbios neste subsistema podem causar doenças neurológicas, distúrbios imunológicas e diabetes.
Lista dos ganhadores do Prêmio nos anos anteriores
2012: John B. Gurdon (Inglaterra) e Shinya Yamanaka (Japão)
2011: Bruce A. Beutler (Estados Unidos), Jules A. Hoffmann (Luxemburgo) e Ralph M. Steinman (Canadá)
2010: Robert Edwards (Grã-Bretanha)
2009: Elizabeth Blackburn (Austrália-Estados Unidos), Carol Greider e Jack Szostak (Estados Unidos)
2008: Harald zur Hausen (Alemanha), Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier (França)
2007: Mario Capecchi (Estados Unidos), Oliver Smithies (Estados Unidos) e Martin Evans (Grã-Bretanha)
2006: Andrew Z. Fire (Estados Unidos) e Craig C. Mello (Estados Unidos)
2005: Barry J. Marshall (Austrália) e J. Robin Warren (Austrália)
2004: Richard Axel (Estados Unidos) e Linda B. Buck (Estados Unidos)
2003: Paul C. Lauterbur (Estados Unidos) e Peter Mansfield (Grã-Bretanha)
2002: Sydney Brenner (Grã-Bretanha), John E. Sulston (Grã-Bretanha) e Robert Horvitz (Estados Unidos)
2001: Leland H. Hartwell (Estados Unidos), R. Timothy Hunt (Grã-Bretanha) e Paul M. Nurse (Grã-Bretanha).
domingo, 6 de outubro de 2013
544 - Avaliação de atopia em portadores de DPOC
RESUMO DE ARTIGO
OBJETIVO:
Determinar a prevalência de atopia e avaliar o perfil clínico, laboratorial e radiológico de pacientes com DPOC.MÉTODOS: Estudo de corte transversal com pacientes ambulatoriais portadores de DPOC estável (definida pela história clínica e relação VEF1/CVF inferior a 70% do previsto após broncodilatador). Os pacientes responderam um questionário clínico e de atopia e foram submetidos a citologia de lavado nasal, teste cutâneo de alergia, radiografia de tórax, hemogasometria arterial e dosagem de IgE total.
RESULTADOS: Dos 149 indivíduos avaliados, 53 (35,6%), 49 (32,8%) e 88 (59,1%), respectivamente, apresentavam eosinofilia no lavado nasal, teste cutâneo positivo e sintomas de rinite alérgica. A análise de correspondência confirmou esses achados, evidenciando dois perfis distintos de doença: a presença de atopia em pacientes com estágios mais leves de DPOC, e a ausência de características de atopia em pacientes com aspectos de doença mais grave (VEF1 reduzido e hiperinsuflação). Houve uma associação estatisticamente significante entre eosinofilia no lavado nasal e prova farmacodinâmica positiva.
CONCLUSÕES: Este estudo identificou uma alta frequência de atopia em pacientes com DPOC, utilizando ferramentas simples e reprodutíveis. A monitorização inflamatória de vias aéreas parece ser uma ferramenta útil para avaliar as doenças respiratórias em idosos, assim como em pacientes com sobreposição de asma e DPOC, entidade clínica ainda pouco compreendida.
REFERÊNCIA: Neves, Margarida Celia Lima Costa et al. Avaliação de atopia em portadores de DPOC. J. bras. pneumol. vol.39 no.3 São Paulo maio/jun. 2013
Trabalho realizado no Serviço de Pneumologia, Complexo Hospital Professor Edgard Santos, e no Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde Publica, Faculdade de Medicina, Universidade Federal da Bahia – UFBA – Salvador (BA) Brasil.
Siglas utilizadas neste resumo: DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica); VEF1 (volume expiratório forçado do primeiro segundo); CVF (capacidade vital forçada); IgE (imunoglobulina E).
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
543 - Seus antepassados não dormiam como você
Seus avós provavelmente dormiam como você. E talvez seus bisavós. Mas uma vez que você volte a antes de 1800, o sono começa a ser descrito de uma forma diferente. Seus antepassados dormiam de uma maneira que você acharia bizarro: dormiam à noite em dois períodos.
A existência desse tipo de sono foi descoberta por Roger Ekirch, professor de História da Universidade de Virginia. Sua pesquisa mostrou que não se dormia ao longo de oito horas corridas, como estamos habituados a dormir. Dormia-se em cerca de doze horas: iniciando-se com um sono de três a quatro horas, a seguir, uma vigília de duas a três horas, e, finalmente, voltando-se a dormir até a manhã seguinte.
As referências estão espalhadas por toda a literatura, documentos judiciais, papéis pessoais, e outras fontes antigas. O que é surpreendente não é que as pessoas dormissem em duas sessões, mas que o conceito fosse tão incrivelmente aceito.
"Não é apenas o número de referências - é a forma como eles se referem a ele, como se fosse de aceitação comum", diz Ekirch.
Um médico inglês escreveu, por exemplo, que o tempo ideal para o estudo e a contemplação situava-se entre "o primeiro sono" e "o segundo sono". Em "Contos de Canterbury", Chaucer fala de um personagem que vai deitar-se para o seu primeiro sono.
O livro de Ekirch, At Day’s Close: Night in Times Past, está repleto de exemplos.
Mas o que as pessoas faziam durante essas horas intermediárias?
A maioria delas ficava em suas camas e quartos, às vezes, lendo, e, outras vezes, usando o tempo para orar. Manuais religiosos incluíam orações especiais para serem rezadas nessas horas. Também fumavam, conversavam ou tinham relações sexuais. Um médico do século 16 relatou que essas relações sexuais após o primeiro sono era a explicação por que a classe operária tinha muitos filhos.
Como sabemos, essa forma de dormir praticamente desapareceu. Ekirch atribui o desaparecimento à iluminação nas ruas e no interior das casas com o advento da eletricidade, bem como à popularidade das casas de café. A partir dessas mudanças, gastar o tempo dormindo em duas sessões passou a ser considerada uma forma de desperdício.
Your Ancestors Didn't Sleep Like You, Slumber Wise
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
542 - Número de mortes por poluição é superior ao de mortes por acidentes no Estado de São Paulo
Foi a conclusão de uma pesquisa intitulada “Avaliação do impacto da poluição atmosférica sob a visão da saúde no Estado de São Paulo”, realizada com informações de 2006 a 2011, tendo como base a análise dos níveis do poluente PM 2,5 (material particulado), comparados aos níveis considerados seguros pela OMS, para levantar dados de adoecimento, mortalidade e gastos públicos atribuídos à poluição.
“São números atualizados e de extrema importância para a sociedade”, explica a responsável pelo estudo, Evangelina Vormittage, presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade. “No corpo humano, essa partícula tem efeitos causadoras de doenças respiratórias, doenças isquêmicas cardiovasculares e cerebrovasculares e câncer de pulmão”, ressalta Evangelina.
A análise avalia a situação ambiental da poluição no Estado de São Paulo e de seus efeitos sobre a saúde de duas maneiras: pela mortalidade atribuível e pelo DALY (Disability Adjusted Life Years, que possui dois componentes: o número de anos perdidos por morte precoce e o número de anos de vida vividos com incapacidade), um parâmetro criado pela OMS para indicar a carga de dano de doenças no mundo. Essa medida não mostra apenas a mortalidade, mas também a perda de qualidade de vida por doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer de pulmão, atribuíveis à poluição atmosférica – especificamente o poluente material particulado, objeto do estudo. A pesquisa ainda contempla a valoração do DALY e os gastos públicos em saúde.
O estudo teve apoio dos pesquisadores Prof. Dr. Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP e sua equipe, e da Dra. Cristina Guimarães Rodrigues, pesquisadora da Faculdade de Economia e Administração da USP.
“São números atualizados e de extrema importância para a sociedade”, explica a responsável pelo estudo, Evangelina Vormittage, presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade. “No corpo humano, essa partícula tem efeitos causadoras de doenças respiratórias, doenças isquêmicas cardiovasculares e cerebrovasculares e câncer de pulmão”, ressalta Evangelina.
A análise avalia a situação ambiental da poluição no Estado de São Paulo e de seus efeitos sobre a saúde de duas maneiras: pela mortalidade atribuível e pelo DALY (Disability Adjusted Life Years, que possui dois componentes: o número de anos perdidos por morte precoce e o número de anos de vida vividos com incapacidade), um parâmetro criado pela OMS para indicar a carga de dano de doenças no mundo. Essa medida não mostra apenas a mortalidade, mas também a perda de qualidade de vida por doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer de pulmão, atribuíveis à poluição atmosférica – especificamente o poluente material particulado, objeto do estudo. A pesquisa ainda contempla a valoração do DALY e os gastos públicos em saúde.
O estudo teve apoio dos pesquisadores Prof. Dr. Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP e sua equipe, e da Dra. Cristina Guimarães Rodrigues, pesquisadora da Faculdade de Economia e Administração da USP.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
541 - Campanha Nacional de Combate ao Escalpelamento
O Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com os governos dos Estados do Amapá e do Pará, lançaram no fim de agosto uma Campanha Nacional de Combate ao Escalpelamento. O objetivo é orientar os moradores ribeirinhos e os donos de embarcações que cruzam a região a adotarem medidas preventivas para evitar acidentes.
208 - Escalpelamentos na Amazônia
terça-feira, 24 de setembro de 2013
540 - O caso Benveniste
Em 30 de junho de 1988, foi publicado na revista científica Nature um artigo assinado pela equipe de Jacques Benveniste, expondo uma série de experimentos com a degranulação de basófilos desencadeada por anticorpos muito diluídos.
O caso ainda é hoje citado na literatura médica como uma tentativa de justificar teoricamente a homeopatia. Seus argumentos, porém, não foram aceitos pela maioria dos membros da comunidade científica, e a oferta de um milhão de francos feita pela revista Science et Vie, para a reprodução controlada dos experimentos não foi aceita pela equipe de Benveniste.
El caso Benveniste. In: www.escepticos.es
O caso ainda é hoje citado na literatura médica como uma tentativa de justificar teoricamente a homeopatia. Seus argumentos, porém, não foram aceitos pela maioria dos membros da comunidade científica, e a oferta de um milhão de francos feita pela revista Science et Vie, para a reprodução controlada dos experimentos não foi aceita pela equipe de Benveniste.
El caso Benveniste. In: www.escepticos.es
sábado, 21 de setembro de 2013
539 - Letra de médico
"Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo, de coisa indecifrável." - Moacir Scliar
Impagáveis do PG
Se você consegue ler isto, agradeça a um médico calígrafo.
Impagáveis do PG
Se você consegue ler isto, agradeça a um médico calígrafo.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
538 - A revolução do leite
O momento mais estranho sucedeu ao homem que descobriu o leite. Quando ele teve que explicar a vaca o que estava fazendo. PGCS
Se você consegue digerir leite confortavelmente após a infância, isso se deve a um acaso genético. Para muitas pessoas, a capacidade de produzir lactase - enzima que permite o corpo quebrar a lactose, o açúcar do leite - desaparece após a infância, quando elas já não precisam mais do leite materno para sobreviver.
A persistência da lactase - por conta do gene que permite que cerca de um terço dos adultos bebam leite sem transtornos digestivos - tende a distribuir-se geograficamente, como você pode ver neste infográfico da Nature sobre a história de tolerância ao leite. É em grande parte um fenômeno europeu, evoluído de uma única mutação genética que ocorreu há menos de 10 mil anos.
Como a Nature explica:
Se você consegue digerir leite confortavelmente após a infância, isso se deve a um acaso genético. Para muitas pessoas, a capacidade de produzir lactase - enzima que permite o corpo quebrar a lactose, o açúcar do leite - desaparece após a infância, quando elas já não precisam mais do leite materno para sobreviver.
A persistência da lactase - por conta do gene que permite que cerca de um terço dos adultos bebam leite sem transtornos digestivos - tende a distribuir-se geograficamente, como você pode ver neste infográfico da Nature sobre a história de tolerância ao leite. É em grande parte um fenômeno europeu, evoluído de uma única mutação genética que ocorreu há menos de 10 mil anos.
Como a Nature explica:
Durante a última era glacial, o leite era essencialmente uma toxina para os adultos, porque - ao contrário de crianças - os adultos não produziam lactase, a enzima necessária para quebrar a lactose, o principal açúcar do leite. Mas, quando a agropecuária começou a substituir a caça e a coleta, no Oriente Médio, em torno de 11 mil anos atrás, os criadores de gado aprenderam a reduzir a lactose em produtos lácteos, a níveis toleráveis, pela fermentação do leite para fazer queijo e iogurte. Vários milhares de anos mais tarde, uma mutação genética se espalhou pela Europa, dando às pessoas a capacidade de produzir lactase - e beber leite - ao longo de suas vidas. Esta adaptação abriu uma nova e rica fonte de nutrição que fez surgir comunidades sustentáveis quando as colheitas falhavam.
sábado, 14 de setembro de 2013
537 - Seguindo os passos de Penfield
Você provavelmente já viu mapas sensoriais (homúnculos) que mostram o quanto o cérebro se dedica aos sentidos nas diferentes partes do corpo humano. Foram desenhados de forma pioneira pelo neurocirurgião Wilder Penfield, a partir dos resultados de experimentos que ele realizou nos cérebros de seus pacientes.
A imagem ao lado (►) mostra uma espécie de mapa sensorial de um rato em que as partes do corpo são redimensionadas de acordo com seus tamanhos no cérebro do animal. Os grandes pontos no rosto, por exemplo, representam os bigodes.
Parece a versão de um rato dos desenhos animados para crianças, não é? Mas é o mouseunculus (que traduzo como "ratúnculo") de O'Leary.
Leia mais sobre o assunto neste artigo de Carl Zimmer, publicado na National Geographic.
A imagem ao lado (►) mostra uma espécie de mapa sensorial de um rato em que as partes do corpo são redimensionadas de acordo com seus tamanhos no cérebro do animal. Os grandes pontos no rosto, por exemplo, representam os bigodes.
Parece a versão de um rato dos desenhos animados para crianças, não é? Mas é o mouseunculus (que traduzo como "ratúnculo") de O'Leary.
Leia mais sobre o assunto neste artigo de Carl Zimmer, publicado na National Geographic.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
535 - Sugestões do Google para "pulmão"
Quando você faz uma pesquisa no Google, após digitar algumas letras, aparecem sugestões de pesquisa, com o intuito de agilizar as buscas. Estas sugestões são geradas por um algoritmo do Google, o qual é influenciado por pesquisas anteriores feitas por visitantes do site. E são muito curiosas.
Digitando (21/07/2013, 7:05) no Google Brasil a palavra “pulmão”, as sugestões que apareceram foram estas:
Pergunta - O Google é um rapaz ou uma moça?
Resposta - Obviamente, é uma moça. Porque não deixa você completar uma frase sem sugerir outras.
Digitando (21/07/2013, 7:05) no Google Brasil a palavra “pulmão”, as sugestões que apareceram foram estas:
pulmão de saraPor que não pulmão direito?
pulmão esquerdo
pulmão de aço
pulmão do mundo
Pergunta - O Google é um rapaz ou uma moça?
Resposta - Obviamente, é uma moça. Porque não deixa você completar uma frase sem sugerir outras.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
domingo, 1 de setembro de 2013
533 - O Paradoxo da Saúde Mental
para Nelson Cunha
Entre todas as condições de saúde no mundo, a saúde mental ocupa um lugar singular e paradoxal.
A revista PLoS Medicine publicou, em 28 de maio de 2013, este editorial:
"O Paradoxo da Saúde Mental: Supertratamento e Sub-reconhecimento".
Trecho:
"Por um lado, há o excesso de tratamento e de medicalização dos problemas de saúde mental, muitas vezes alimentado por uma indústria farmacêutica interessada na ampliação dos limites da doença e na criação de mais categorias diagnósticas e, assim, dos mercados de venda para as doenças. Por outro, existe um grande sub-reconhecimento do sofrimento e da dimensão dos problemas de saúde mental que afetam milhões de pessoas em todas os países, fazendo da questão um problema global."
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
532 - O barbeiro-cirurgião
Era uma profissão relativamente comum na Idade Média. O barbeiro-cirurgião costumava ser incumbido do tratamento dos soldados durante ou após as batalhas.
Naquela época, as cirurgias em geral não eram realizadas por médicos, mas por barbeiros, os quais, além das pequenas cirurgias nos ferimentos dos camponeses, faziam sangrias.
Comumente, os barbeiros-cirurgiões fixavam residência perto de castelos, onde também prestavam serviços para os senhores feudais.
Nas Ilhas Britânicas
O reconhecimento formal das habilidades do barbeiro-cirurgião (na Inglaterra, pelo menos) data de 1540, quando a Sociedade dos Cirurgiões se fundiu à Companhia dos Barbeiros para formar a Companhia dos Barbeiros-Cirurgiões. Note-se que, à época, tais profissionais não eram reconhecidos como médicos. Assim, sob pressão crescente da classe médica, em 1745, os cirurgiões se separaram dos barbeiros para formar a Companhia dos Cirurgiões. Em 1800, por intermédio de um Decreto Real, foi criada a Escola Real de Cirurgiões da Inglaterra.
O último vestígio da tradição de barbeiros-cirurgiões com atuação médica é, provavelmente, o tradicional cilindro de barbearia (ao lado), que sinalizava o local de atuação desses profissionais. As cores do cilindro, costumeiramente em listras de branco e vermelho, representam respectivamente os curativos e o sangue próprios da profissão.
No Brasil colonial
No Brasil dos séculos XVI e XVII, os barbeiros-cirurgiões eram portugueses e espanhóis, cristãos-novos e meio-cristãos-novos que praticavam pequenas cirurgias, além de sangrar, sarjar, lancetar, aplicar sanguessugas e ventosas, arrancar dentes e... cortar o cabelo e a barba. Negros e mestiços também começaram a atuar na profissão a partir da metade do século XVII. Enquanto os barbeiros escravos trabalhavam para os seus senhores, os livres amealhavam para sí próprios os rendimentos de suas atividades e, muitas vezes, mantinham em treinamento alguns escravos. Dentre seus instrumentos constavam navalha, pente, tesoura, lanceta, ventosa, sabão, pedra de amolar, bacia de cobre, escalpelo, boticão, escarificador, turquês e sanguessuga (Hirudo medicinalis). Os mais humildes praticavam suas atividades na própria rua, enquanto os mais preparados tinham suas lojas nas ruas principais. As atividades dos barbeiros-cirurgiões perduraram até o século XIX. WIKIPÉDIA (revisada)
Ilustração
O barbeiro-cirurgião. Do suíço Jost Amman (1533-1591), ilustrador de livros e um dos grandes artistas da xilogravura. Jost se propôs a criar um alfabeto de negócios, registrando com grande clareza, no pré-fotográfico século 16, "instantâneos" das maneiras como as pessoas conduziam seus negócios e meios de subsistência. Esta ilustração pertence a seu trabalho com Hans Sachs, Eygentliche Beschreibung Aller Staende Auff Erden, o qual foi publicado em Frankfurt, em 1568.
Naquela época, as cirurgias em geral não eram realizadas por médicos, mas por barbeiros, os quais, além das pequenas cirurgias nos ferimentos dos camponeses, faziam sangrias.
Comumente, os barbeiros-cirurgiões fixavam residência perto de castelos, onde também prestavam serviços para os senhores feudais.
Nas Ilhas Britânicas
O reconhecimento formal das habilidades do barbeiro-cirurgião (na Inglaterra, pelo menos) data de 1540, quando a Sociedade dos Cirurgiões se fundiu à Companhia dos Barbeiros para formar a Companhia dos Barbeiros-Cirurgiões. Note-se que, à época, tais profissionais não eram reconhecidos como médicos. Assim, sob pressão crescente da classe médica, em 1745, os cirurgiões se separaram dos barbeiros para formar a Companhia dos Cirurgiões. Em 1800, por intermédio de um Decreto Real, foi criada a Escola Real de Cirurgiões da Inglaterra.
O último vestígio da tradição de barbeiros-cirurgiões com atuação médica é, provavelmente, o tradicional cilindro de barbearia (ao lado), que sinalizava o local de atuação desses profissionais. As cores do cilindro, costumeiramente em listras de branco e vermelho, representam respectivamente os curativos e o sangue próprios da profissão.
No Brasil colonial
No Brasil dos séculos XVI e XVII, os barbeiros-cirurgiões eram portugueses e espanhóis, cristãos-novos e meio-cristãos-novos que praticavam pequenas cirurgias, além de sangrar, sarjar, lancetar, aplicar sanguessugas e ventosas, arrancar dentes e... cortar o cabelo e a barba. Negros e mestiços também começaram a atuar na profissão a partir da metade do século XVII. Enquanto os barbeiros escravos trabalhavam para os seus senhores, os livres amealhavam para sí próprios os rendimentos de suas atividades e, muitas vezes, mantinham em treinamento alguns escravos. Dentre seus instrumentos constavam navalha, pente, tesoura, lanceta, ventosa, sabão, pedra de amolar, bacia de cobre, escalpelo, boticão, escarificador, turquês e sanguessuga (Hirudo medicinalis). Os mais humildes praticavam suas atividades na própria rua, enquanto os mais preparados tinham suas lojas nas ruas principais. As atividades dos barbeiros-cirurgiões perduraram até o século XIX. WIKIPÉDIA (revisada)
Ilustração
O barbeiro-cirurgião. Do suíço Jost Amman (1533-1591), ilustrador de livros e um dos grandes artistas da xilogravura. Jost se propôs a criar um alfabeto de negócios, registrando com grande clareza, no pré-fotográfico século 16, "instantâneos" das maneiras como as pessoas conduziam seus negócios e meios de subsistência. Esta ilustração pertence a seu trabalho com Hans Sachs, Eygentliche Beschreibung Aller Staende Auff Erden, o qual foi publicado em Frankfurt, em 1568.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
531 - Uma mesa de dissecação virtual
Esta é uma interessante palestra do TED para apresentar os inúmeros recursos de uma mesa de dissecação virtual. Assista a um corpo humano virtual ser dividido de várias maneiras de modo a conhecer sua anatomia interna.
A mesa foi desenvolvida para as escolas que não dispõem de um fornecimento regular de cadáveres humanos.
A mesa foi desenvolvida para as escolas que não dispõem de um fornecimento regular de cadáveres humanos.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
530 - A caverna da tuberculose
Em 1839,o médico John Croghan abriu um tisiocômio (hospital para tuberculose) no interior da caverna Mamute de Kentucky, EUA.
Imaginando que a temperatura e a umidade constantes ajudariam a restaurar a saúde de seus pacientes, ele mandou fazer algumas pequenas construções na parte profunda da caverna (foto), e um certo número de pacientes foi morar lá por vários meses.
Mas o moral no ambiente mal iluminado era baixo, e o ar confinado tornava pior a situação dos tuberculosos.
Um de seus pacientes escreveu:
Outras entradas
19 - Algumas implicações literárias da tuberculose no Brasil
70 - Ao ar livre
219 - O sanatório voador
452 - T.B. Harlem
476 - Quando se tratava a tuberculose com a respiração das vacas
514 - A guerra ao escarro na luta contra a tuberculose
Imaginando que a temperatura e a umidade constantes ajudariam a restaurar a saúde de seus pacientes, ele mandou fazer algumas pequenas construções na parte profunda da caverna (foto), e um certo número de pacientes foi morar lá por vários meses.
Mas o moral no ambiente mal iluminado era baixo, e o ar confinado tornava pior a situação dos tuberculosos.
Um de seus pacientes escreveu:
"Saí da caverna ontem com a impressão de que eu estaria melhor fora do que dentro, no qual os meus pulmões estavam sempre irritados pela fumaça e o meu nariz incomodado por eflúvios desagradáveis, consequências inevitáveis de um local sem ventilação."Croghan encerrou o experimento depois de cinco meses e, seis anos após, ele morreu de tuberculose.
Outras entradas
19 - Algumas implicações literárias da tuberculose no Brasil
70 - Ao ar livre
219 - O sanatório voador
452 - T.B. Harlem
476 - Quando se tratava a tuberculose com a respiração das vacas
514 - A guerra ao escarro na luta contra a tuberculose
terça-feira, 20 de agosto de 2013
529 - O efeito Forer
É a observação de que indivíduos darão alta aprovação a descrições de personalidade que, supostamente, foram feitas especificamente para eles, mas que, em verdade, são gerais e vagas suficientes para corresponderem às de um amplo espectro de pessoas.
O nome vem do psicólogo Bertram R. Forer, que demonstrou o efeito em 1948, ao aplicar um teste de personalidade em seus alunos e lhes fornecer os resultados supostamente baseados na análise de cada teste, individualmente.
Em seguida, ele convidou os alunos para que avaliassem as análises em uma escala de zero (muito ruim) a cinco (muito bem sucedido). A média foi de 4,26.
Forer deu a todos os alunos exatamente a mesma análise:
O nome vem do psicólogo Bertram R. Forer, que demonstrou o efeito em 1948, ao aplicar um teste de personalidade em seus alunos e lhes fornecer os resultados supostamente baseados na análise de cada teste, individualmente.
Em seguida, ele convidou os alunos para que avaliassem as análises em uma escala de zero (muito ruim) a cinco (muito bem sucedido). A média foi de 4,26.
Forer deu a todos os alunos exatamente a mesma análise:
"Você tem a necessidade de que outras pessoas o apreciem e admirem e, ainda assim, é crítico sobre si mesmo. Mesmo que tenha alguns pontos fracos em sua personalidade, geralmente é capaz de compensá-los. Você tem uma considerável capacidade não utilizada e que não tem aproveitado. Disciplinado e controlado por fora, você tende a ser preocupado e inseguro por dentro. Às vezes, você tem sérias dúvidas sobre se tem agido bem ou tomado as decisões corretas. Prefere uma certa mudança e variedade e fica insatisfeito quando é cercado por restrições e limitações. Também é orgulhoso de ser um pensador independente e de não aceitar afirmações de outros sem provas satisfatórias. Mas acha pouco prudente ser sincero revelando-se para os outros. Às vezes, você é extrovertido, afável e sociável; outras vezes, mostra-se introvertido, cauteloso e reservado. Algumas de suas aspirações tendem a ser bastante irrealistas."
sábado, 17 de agosto de 2013
528 - As dez cidades mais poluídas do mundo
A organização não governamental (ONG) Instituto Blacksmith, em parceria com a revista Time e a rede australiana ABC Environment, divulgou sua segunda lista anual das dez cidades mais poluídas do mundo. Entre os dez municípios mais poluídos, dois se localizam na China, dois na Índia, dois na Rússia, um no Azerbaijão, um na Ucrânia, um no Zâmbia (única cidade na África) e um no Peru (único município latino-americano).
No total, cerca de 12 milhões de habitantes são afetados pelas más condições ambientais que possuem essas cidades, tais como poluição atmosférica, água contaminada, exposição a metais pesados etc.
“Essas cidades não estão no circuito turístico, então não há muita atividade global, mas precisamos fazer algo a respeito disso”, comentou Richard Fuller, presidente do Instituto Blacksmith, à Time.
Aqui, a classificação dos dez municípios, com os problemas que possuem e o número de habitantes afetados.
No total, cerca de 12 milhões de habitantes são afetados pelas más condições ambientais que possuem essas cidades, tais como poluição atmosférica, água contaminada, exposição a metais pesados etc.
“Essas cidades não estão no circuito turístico, então não há muita atividade global, mas precisamos fazer algo a respeito disso”, comentou Richard Fuller, presidente do Instituto Blacksmith, à Time.
Aqui, a classificação dos dez municípios, com os problemas que possuem e o número de habitantes afetados.
Fonte: Instituto Carbono Brasil
Linfen, China - 1ª cidade da lista |
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
526 - O odor de aspargos na urina
Relacionados a comer aspargos, foram observados os seguintes efeitos na urina:
"[Aspargos] causam um cheiro imundo e desagradável na urina, como todo mundo sabe." ("Tratado de todos os tipos de alimentos", Louis Lemery , 1702)
"Alimento ... afeta a urina com um cheiro fétido (especialmente se cortado quando eles são brancos) e, por isso, alguns médicos tenham suspeitado de que não são bons para os rins. Quando os aspargos são mais velhos, e começam a se ramificar, eles perdem essa qualidade, mas então eles não são mais agradáveis."("Ensaio sobre a natureza do alimentos", John Arbuthnot , 1735)
"Algumas hastes de aspargos comidas, devem dar a nossa urina um odor desagradável ..." ("Carta para a Academia Real de Bruxelas", Benjamin Franklin , c. 1.781)
"Aspargos "... transformam meu penico em um frasco de perfume." Marcel Proust (1871-1922)
Alguns compostos orgânicos voláteis são responsáveis por esse odor, a saber:
"[Aspargos] causam um cheiro imundo e desagradável na urina, como todo mundo sabe." ("Tratado de todos os tipos de alimentos", Louis Lemery , 1702)
"Alimento ... afeta a urina com um cheiro fétido (especialmente se cortado quando eles são brancos) e, por isso, alguns médicos tenham suspeitado de que não são bons para os rins. Quando os aspargos são mais velhos, e começam a se ramificar, eles perdem essa qualidade, mas então eles não são mais agradáveis."("Ensaio sobre a natureza do alimentos", John Arbuthnot , 1735)
"Algumas hastes de aspargos comidas, devem dar a nossa urina um odor desagradável ..." ("Carta para a Academia Real de Bruxelas", Benjamin Franklin , c. 1.781)
"Aspargos "... transformam meu penico em um frasco de perfume." Marcel Proust (1871-1922)
Alguns compostos orgânicos voláteis são responsáveis por esse odor, a saber:
methanethiolHá debates sobre: 1) se todas as pessoas ou apenas algumas produzem o cheiro e (2) se todas as pessoas ou apenas algumas identificam o cheiro.
sulfureto de dimetilo
dissulfureto de dimetilo
bis (metiltio) metano
dimetilsulfóxido
dimetil sulfona
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
525 - Diamantes e espermatozoides
Espermatozoides são bons nadadores em seu, hum, "habitat natural", mas tornam-se notoriamente lentos quando você lhes pede para fazer as mesmas coisas em uma placa de Petri. Esse "fraco desempenho" dos espermatozoides é considerado um problema comum na fertilização in vitro (FIV), mas um novo estudo sugere que isso pode não ser culpa dos pequeninos. Relaciona-se basicamente com a toxicidade celular do poliestireno das placas de Petri.
A mudança dos espermatozoides das placas de Petri de poliestireno para as placas de Petri revestidas por uma nanocamada de diamante pode lhes dar o impulso que eles precisam para cumprir o seu destino. E, desse modo, elevar-lhes uma taxa de sucesso notoriamente baixa na FIV.
Tempo entre a ejaculação e a chegada dos espermatozoides na trompa de Falópio
(Em outras palavras, a quantidade de tempo que o espermatozoide leva para chegar aonde precisa ir em várias espécies animais.)
Vaca: 2-3 minutos
Cobaia: 15 minutos
Porco: 15 minutos
Rato: 15-30 minutos
Hamster: 2-60 minutos
Ovelha: 6-300 minutos
Mulher: 5-68 minutos
A mudança dos espermatozoides das placas de Petri de poliestireno para as placas de Petri revestidas por uma nanocamada de diamante pode lhes dar o impulso que eles precisam para cumprir o seu destino. E, desse modo, elevar-lhes uma taxa de sucesso notoriamente baixa na FIV.
Tempo entre a ejaculação e a chegada dos espermatozoides na trompa de Falópio
(Em outras palavras, a quantidade de tempo que o espermatozoide leva para chegar aonde precisa ir em várias espécies animais.)
Vaca: 2-3 minutos
Cobaia: 15 minutos
Porco: 15 minutos
Rato: 15-30 minutos
Hamster: 2-60 minutos
Ovelha: 6-300 minutos
Mulher: 5-68 minutos
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
524 - Associação entre rinite alérgica e enxaqueca
Enxaqueca e rinite alérgica (RA) são duas causas comuns de cefaleia e dor facial, em que mediadores inflamatórios, com função vasoativa, desempenham importantes papéis. Um trabalho, publicado recentemente no Journal of Research in Medical Sciences, teve por objetivo determinar a prevalência de enxaqueca em pacientes com RA.
Em um estudo transversal comparativo, realizado de junho a dezembro de 2010, em pacientes com sinais e sintomas de RA, encaminhados à Otorrinolaringologia (ORL) de um hospital universitário em Rasht, Irã, 46 pacientes com teste alérgico cutâneo positivo para RA foram comparados com 60 pessoas sem sinais e sintomas de RA e com teste cutâneo negativo. Em ambos os grupos, foi investigada uma história de enxaqueca segundo os critérios da IHS (Sociedade Internacional de Cefaleia). A análise dos dados foi realizada pelo teste do qui-quadrado e teste exato de Fisher usando SPSS16. Foram estimados odds ratio para determinar a probabilidade de enxaqueca na RA.
No grupo de casos (14 homens, 37 mulheres, com média de idade de 31,17 ± 8,31 anos) e no grupo controle (23 homens, 32 mulheres, com média de idade de 37,58 ± 12,63 anos), a prevalência de enxaqueca foi de 37% e 5%, respectivamente. As diferenças na prevalência de enxaqueca e enxaqueca sem aura entre os casos e controles foram significativas (P = 0,001). A probabilidade de enxaqueca na RA foi de 8,227 vezes (IC 95%: 2,38-28,42). Em indivíduos com mais de 40 anos, a diferença de prevalência de enxaqueca foi significativa, ao contrário de indivíduos com menos de 30 anos e entre 30 e 39 anos de idade.
Os autores concluíram que existe uma correlação entre enxaqueca, principalmente sem aura, e RA e esta correlação é mais forte com o aumento da idade.
Autores: Saberi A; Nemati S; Shakib RJ; Kazemnejad E; Maleki M.
Uma resenha de Association between allergic rhinitis and migraine - Journal of Research in Medical Sciences; 2012 Jun;17(6):508-12. Tradução: Medical services
Em um estudo transversal comparativo, realizado de junho a dezembro de 2010, em pacientes com sinais e sintomas de RA, encaminhados à Otorrinolaringologia (ORL) de um hospital universitário em Rasht, Irã, 46 pacientes com teste alérgico cutâneo positivo para RA foram comparados com 60 pessoas sem sinais e sintomas de RA e com teste cutâneo negativo. Em ambos os grupos, foi investigada uma história de enxaqueca segundo os critérios da IHS (Sociedade Internacional de Cefaleia). A análise dos dados foi realizada pelo teste do qui-quadrado e teste exato de Fisher usando SPSS16. Foram estimados odds ratio para determinar a probabilidade de enxaqueca na RA.
No grupo de casos (14 homens, 37 mulheres, com média de idade de 31,17 ± 8,31 anos) e no grupo controle (23 homens, 32 mulheres, com média de idade de 37,58 ± 12,63 anos), a prevalência de enxaqueca foi de 37% e 5%, respectivamente. As diferenças na prevalência de enxaqueca e enxaqueca sem aura entre os casos e controles foram significativas (P = 0,001). A probabilidade de enxaqueca na RA foi de 8,227 vezes (IC 95%: 2,38-28,42). Em indivíduos com mais de 40 anos, a diferença de prevalência de enxaqueca foi significativa, ao contrário de indivíduos com menos de 30 anos e entre 30 e 39 anos de idade.
Os autores concluíram que existe uma correlação entre enxaqueca, principalmente sem aura, e RA e esta correlação é mais forte com o aumento da idade.
Autores: Saberi A; Nemati S; Shakib RJ; Kazemnejad E; Maleki M.
Uma resenha de Association between allergic rhinitis and migraine - Journal of Research in Medical Sciences; 2012 Jun;17(6):508-12. Tradução: Medical services
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
523 - Vacinas na vida adulta
Manter a carteira de vacinação em dia não é apenas coisa de criança. Mesmo quem recebeu toda a série de imunizações que devem ser tomadas na primeira infância precisa repetir algumas doses na vida adulta.
A proteção proporcionada pelas vacinas, em alguns casos, não dura a vida toda. Além disso, novas vacinas surgiram nas últimas décadas e muita gente deixou de recebê-las justamente por acreditar que as doses devem ser tomadas apenas na infância.
"Foi com amplos programas de vacinação que o mundo se viu livre da varíola, está prestes a erradicar a poliomielite e eliminou o sarampo de nosso país, entre tantas outras enormes conquistas. Os calendários vacinais são feitos para que se obtenha o melhor resultado nas estratégias de prevenção e controle de doenças”, reforça o pediatra e neonatologista Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
O especialista explica que as vacinas são produzidas com componentes mortos (fragmentos) ou vivos atenuados (enfraquecidos). Ao serem injetados no organismo, são capazes de gerar proteção (produção de anticorpos) sem causar doença em quem foi vacinado. Os falsos conceitos de que as vacinas “injetam a doenças” na pessoa e de que são destinadas apenas a crianças ainda são obstáculos por vezes intransponíveis no caminho da imunização sistemática da população no País.
Recomenda Kfouri:
“Hoje dispomos de vacinas para adultos contra diversas enfermidades: hepatite A e B, tétano, coqueluche, difteria, sarampo, caxumba, rubéola, gripe, pneumonias, infecções pelo HPV, entre outras. As vacinações específicas para adultos são exemplos de oportunidades para reduzir o impacto de muitas doenças na população. Por conseguinte, adultos e idosos, além das vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e influenza, deveriam também receber as vacinas contra hepatite B, hepatite A, HPV, doença pneumocócica e coqueluche.”
73 - Vacinação em idosos
232 - Guia de Vacinas Complementares
256 - Vacinas intranasais
340 - Novas vacinas para crianças no Brasil
487 - Histórico da estratégia de vacinação contra a gripe no Brasil
A proteção proporcionada pelas vacinas, em alguns casos, não dura a vida toda. Além disso, novas vacinas surgiram nas últimas décadas e muita gente deixou de recebê-las justamente por acreditar que as doses devem ser tomadas apenas na infância.
"Foi com amplos programas de vacinação que o mundo se viu livre da varíola, está prestes a erradicar a poliomielite e eliminou o sarampo de nosso país, entre tantas outras enormes conquistas. Os calendários vacinais são feitos para que se obtenha o melhor resultado nas estratégias de prevenção e controle de doenças”, reforça o pediatra e neonatologista Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
O especialista explica que as vacinas são produzidas com componentes mortos (fragmentos) ou vivos atenuados (enfraquecidos). Ao serem injetados no organismo, são capazes de gerar proteção (produção de anticorpos) sem causar doença em quem foi vacinado. Os falsos conceitos de que as vacinas “injetam a doenças” na pessoa e de que são destinadas apenas a crianças ainda são obstáculos por vezes intransponíveis no caminho da imunização sistemática da população no País.
Recomenda Kfouri:
“Hoje dispomos de vacinas para adultos contra diversas enfermidades: hepatite A e B, tétano, coqueluche, difteria, sarampo, caxumba, rubéola, gripe, pneumonias, infecções pelo HPV, entre outras. As vacinações específicas para adultos são exemplos de oportunidades para reduzir o impacto de muitas doenças na população. Por conseguinte, adultos e idosos, além das vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e influenza, deveriam também receber as vacinas contra hepatite B, hepatite A, HPV, doença pneumocócica e coqueluche.”
73 - Vacinação em idosos
232 - Guia de Vacinas Complementares
256 - Vacinas intranasais
340 - Novas vacinas para crianças no Brasil
487 - Histórico da estratégia de vacinação contra a gripe no Brasil
terça-feira, 30 de julho de 2013
522 - Reação em cadeia da polimerase
Em ocasiões, as companhias utilizam-se de estratégias rebuscadas para promover seus produtos. O mesmo sucede com a ciência. Neste caso, Bio-Rad, uma conhecida empresa que vende, entre outras coisas, kits e ferramentas para exames usou a estratégia de uma paródia musical para divulgar um de seus produtos na rede:
DNA (em inglês) - Ácido desoxirribonucleico
GTCA - Acrônimo dos nucleotídios guanina, timina, citosina e adenina, as unidades do DNA
PCR (em inglês) - Reação em cadeia da polimerase, uma técnica de amplificação do DNA para a identificação de agentes infecciosos (como o bacilo da tuberculose)
Las mejores parodias sobre ciencia, ALT1040
SiglasDNA (em inglês) - Ácido desoxirribonucleico
GTCA - Acrônimo dos nucleotídios guanina, timina, citosina e adenina, as unidades do DNA
PCR (em inglês) - Reação em cadeia da polimerase, uma técnica de amplificação do DNA para a identificação de agentes infecciosos (como o bacilo da tuberculose)
sábado, 27 de julho de 2013
521 - Higiene da mãos. Espionagem hospitalar
No North Shore University Hospital, em Long Island, EUA, sensores de movimento, como aqueles que são usados em alarmes, detectam cada vez que alguém entra em uma sala de cuidados intensivos. O sensor dispara uma câmera de vídeo, que transmite as imagens para outro lado do mundo - para a Índia, onde funcionários verificam se os médicos e enfermeiros estão realizando um procedimento crítico: lavar as mãos.
Esta abordagem estilo Big Brother integra uma panóplia de esforços para promover um princípio básico de prevenção de infecção, a higiene das mãos. Com as superbactérias resistentes a drogas em ascensão, de acordo com um relatório recente do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, o CDC, e com as infecções hospitalares custando US$ 30 bilhões por ano e causando a morte de cerca de 100.000 pacientes por ano, os hospitais estão dispostos a tentar quase qualquer coisa para reduzir o risco de transmissão dessas infecções.
Vídeo: Clean Hands Save Lives
Esta abordagem estilo Big Brother integra uma panóplia de esforços para promover um princípio básico de prevenção de infecção, a higiene das mãos. Com as superbactérias resistentes a drogas em ascensão, de acordo com um relatório recente do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, o CDC, e com as infecções hospitalares custando US$ 30 bilhões por ano e causando a morte de cerca de 100.000 pacientes por ano, os hospitais estão dispostos a tentar quase qualquer coisa para reduzir o risco de transmissão dessas infecções.
Vídeo: Clean Hands Save Lives
quarta-feira, 24 de julho de 2013
520 - O surfactante pulmonar
É uma mistura de moléculas lipoproteicas, produzidas pelas células secretoras do epitélio alveolar denominadas pneumócitos II. Também conhecida como agente tensoativo, essa substância reduz a tensão superficial do líquido presente nos alvéolos. A produção do surfactante pulmonar (alveolar) começa na 30ª. semana de gestação e é essencial que esteja sendo produzido em quantidade suficiente ao nascimento do feto. Caso contrário, haverá o colabamento dos alvéolos quando o recém-nascido entrar em contato com o ar.
Três vídeos do Prof. Joaquim Procopio que explicam o mecanismo de ação do surfactante e a sua importância para a estabilidade alveolar.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Três vídeos do Prof. Joaquim Procopio que explicam o mecanismo de ação do surfactante e a sua importância para a estabilidade alveolar.
Parte 1
Parte 3
Microfotografia
Este padrão preto-e-branco retrata as surpreendentes formas de organização das moléculas do surfactante pulmonar.CRÉDITO: Prajna Dhar, Universidade de Kansas |
domingo, 21 de julho de 2013
519 - Vacina contra o VRS
por Ricardo Schinaider de Aguiar
Com Ciência, 03/07/2013
Vacina pretende utilizar nanopartículas de ouro para imunizaçãoCientistas da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, pretendem inovar o método de vacinação contra o Vírus Respiratório Sincicial (VRS). Em vez de utilizarem uma forma “enfraquecida” do vírus sem poder de infecção como forma de alerta ao sistema imune, os pesquisadores desenvolveram estruturas de ouro microscópicas. O método foi testado in vitro e obteve resultados expressivos.
O VRS é o principal vírus responsável por infecções do trato respiratório inferior no mundo, sendo responsável por 65 milhões de infecções e 1 milhão de mortes todos os anos. Apesar disso, não há atualmente nenhuma vacina licenciada contra ele. O alvo da pesquisa foi uma proteína específica, chamada proteína F, que reveste o vírus e é capaz de se ligar às células do corpo humano, permitindo sua entrada. A ideia dos cientistas, coordenados por James Crowe, foi revestir uma nanopartícula de ouro com a proteína F. Desse modo, o sistema imune é apresentado à proteína e, quando atacado pelo VRS, o reconheceria de modo mais eficiente, mesmo fenômeno observado após uma vacina tradicional.
“Uma vacina para o VRS é extremamente necessária”, afirma Crowe. “Nosso estudo mostrou que proteínas virais, ligadas a nanopartículas de ouro, induzem proliferação de células de defesa do organismo, evidência de estimulação do sistema imune”. Além de simularem com sucesso o vírus, essas estruturas também se mostraram não tóxicas ao organismo humano. Devido à sua versatilidade, as nanopartículas de ouro demonstraram que podem ser utilizadas não apenas para a criação de uma vacina contra o VRS, mas também contra outras doenças.
“Esse estudo pode servir como base para o desenvolvimento de vacinas experimentais para qualquer vírus e até mesmo para bactérias e fungos”, diz Crowe. “O próximo passo é testar a eficácia da vacina in vivo”.
N. do E.
Retificação no DOU nº. 90, de 13 de maio de 2013, da Portaria n°. 53, de 30 de novembro de 2012, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, publicada no DOU n°. 232, de 3 de dezembro de 2012:
"Art. 1º Fica incorporado no SUS o medicamento palivizumabe para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório em crianças do subgrupo de mais alto risco para internações ou complicações, ou seja, prematuros com Idade Gestacional menor ou igual a 28 semanas e crianças até 2 anos com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada, com as seguintes condições: elaboração de orientação de uso pelo Ministério da Saúde e redução significativa de preço do medicamento palivizumabe."
O palivizumabe é um anticorpo monoclonal IgG1 humanizado. V. Relatório 16 da CONITEC
quinta-feira, 18 de julho de 2013
518 - A riqueza fúngica do corpo humano
No primeiro estudo deste tipo, uma equipe dos EUA catalogou os diferentes grupos de fungos que vivem sobre o corpo humano.
Uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, em Bethesda, Maryland, sequenciou o DNA dos fungos que vivem sobre a pele em 14 diferentes áreas do corpo de 10 adultos saudáveis.
As amostras foram retiradas do canal auditivo, entre as sobrancelhas, da parte traseira da cabeça, de trás da orelha, do calcanhar, unhas, entre os dedos, do antebraço, costas, virilha, nariz, peito, palma, e da curva do cotovelo. (*)
Os resultados revelaram 200 tipos de fungos, com a riqueza fúngica variando ao longo do corpo. O habitat fúngico mais complexo foi o calcanhar, que abriga cerca de 80 tipos de fungos.
(*) excluíram o umbigo?!
Notas relacionadas
183 - A doença dos caçadores de tatus, 222 - Pinturas microbianas, 433 - Corpo humano. A temperatura ideal e 444 - Páginas populares em livros medievais
Uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, em Bethesda, Maryland, sequenciou o DNA dos fungos que vivem sobre a pele em 14 diferentes áreas do corpo de 10 adultos saudáveis.
As amostras foram retiradas do canal auditivo, entre as sobrancelhas, da parte traseira da cabeça, de trás da orelha, do calcanhar, unhas, entre os dedos, do antebraço, costas, virilha, nariz, peito, palma, e da curva do cotovelo. (*)
Os resultados revelaram 200 tipos de fungos, com a riqueza fúngica variando ao longo do corpo. O habitat fúngico mais complexo foi o calcanhar, que abriga cerca de 80 tipos de fungos.
Helen Briggs, BBC News
N. do E.(*) excluíram o umbigo?!
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segunda-feira, 15 de julho de 2013
517 - Um elemento químico de grande beleza
Até o século 18 foi muitas vezes confundido com estanho ou chumbo. No entanto, uma vez refinado em sua forma mais pura, torna-se algo de grande beleza. É cerca de duas vezes mais abundante do que o ouro.
Sim, há chance de você ter entrado em contato com ele - se você já teve distúrbios em seu aparelho digestivo! Sob a forma de óxido de bismuto e com íons de salicilato à superfície, você provavelmente o conhece pelo nome comercial de Pepto-Bismol.
Mas o que você vê aqui é o bismuto, elemento químico, em sua forma cristalina.
Kuriositas
Leitura complementar
Zaterka, Sclioma. Os sais de bismuto em gastroenterologia: uma medicação antiga, mas atual, LILACS
Sim, há chance de você ter entrado em contato com ele - se você já teve distúrbios em seu aparelho digestivo! Sob a forma de óxido de bismuto e com íons de salicilato à superfície, você provavelmente o conhece pelo nome comercial de Pepto-Bismol.
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Leitura complementar
Zaterka, Sclioma. Os sais de bismuto em gastroenterologia: uma medicação antiga, mas atual, LILACS
sexta-feira, 12 de julho de 2013
516 - Uma epidemia de risos e prantos
Uma epidemia pode ser definida como algo que "predomina em uma comunidade, em um momento especial, e que é produzida por causas especiais, geralmente não presentes na comunidade afetada (MacNaulty, 1961)".
Como as epidemias mais comuns são causadas pela disseminação de vírus, bactérias ou outros parasitas, há uma tendência a esquecer que o comportamento emocional anormal pode se espalhar de uma pessoa para outra e, assim, assumir uma forma de epidemia.
A exemplo, o que constou da conclusão deste relatório sobre uma epidemia de risos, prantos e inquietação, que perturbou por seis meses a vida normal das pessoas no distrito de Bukoba (mapa), ao Noroeste de Tanganica, em 1962.
A doença começou em uma escola para meninas, espalhando-se em seguida para outras escolas e aldeias da região. Adolescentes escolares constituíram a maioria dos casos, embora adultos (não alfabetizados) também tenham sido afetados pela doença. Não foram encontrados sinais físicos anormais significativos e todos os exames laboratoriais foram normais nas pessoas acometidas. Não houve mortes. Nenhum fator tóxico nos alimentos consumidos foi detectado. Sugeriu-se que o problema tenha sido uma epidemia de histeria em comunidades culturalmente suscetíveis.
Como as epidemias mais comuns são causadas pela disseminação de vírus, bactérias ou outros parasitas, há uma tendência a esquecer que o comportamento emocional anormal pode se espalhar de uma pessoa para outra e, assim, assumir uma forma de epidemia.
A exemplo, o que constou da conclusão deste relatório sobre uma epidemia de risos, prantos e inquietação, que perturbou por seis meses a vida normal das pessoas no distrito de Bukoba (mapa), ao Noroeste de Tanganica, em 1962.
A doença começou em uma escola para meninas, espalhando-se em seguida para outras escolas e aldeias da região. Adolescentes escolares constituíram a maioria dos casos, embora adultos (não alfabetizados) também tenham sido afetados pela doença. Não foram encontrados sinais físicos anormais significativos e todos os exames laboratoriais foram normais nas pessoas acometidas. Não houve mortes. Nenhum fator tóxico nos alimentos consumidos foi detectado. Sugeriu-se que o problema tenha sido uma epidemia de histeria em comunidades culturalmente suscetíveis.
terça-feira, 9 de julho de 2013
515 - Adeus, tosse?
O nome comercial deste xarope para tosse era... UMA NOITE.
O tempo de vida que restava a quem o consumisse, suponho eu.
46 - Rhuminando..., 270 - ♪Daisy Bell♪, 379 - Reunião com a Rainha Charlotte e 412 - Dr. Miles NERVINE
sábado, 6 de julho de 2013
514 - A guerra ao escarro na luta contra a tuberculose
Quando, em 1882, Robert Koch descobriu o bacilo da tuberculose, a doença era responsável por um sétimo da mortalidade no mundo e um só tuberculoso era capaz de expelir, por dia, sete milhões de bacilos.
O escarro, visto como o grande veículo do bacilo, passou a ser combatido. As pessoas expectoravam abundantemente atapetando o solo, as paredes, os móveis e impregnando os lenços e as roupas.
Era preciso conscientizar a população a mudar esse hábito. Leis foram criadas para combater o hábito de escarrar no chão e nas paredes. Surgiram grandes campanhas em diversos países do mundo em favor do uso das escarradeiras públicas (imagem) e de bolso contendo líquidos antissépticos.
Siga lendo este artigo da médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Rosemberg no BLOG DA SOBRAMES- CE.
O escarro, visto como o grande veículo do bacilo, passou a ser combatido. As pessoas expectoravam abundantemente atapetando o solo, as paredes, os móveis e impregnando os lenços e as roupas.
Era preciso conscientizar a população a mudar esse hábito. Leis foram criadas para combater o hábito de escarrar no chão e nas paredes. Surgiram grandes campanhas em diversos países do mundo em favor do uso das escarradeiras públicas (imagem) e de bolso contendo líquidos antissépticos.
Siga lendo este artigo da médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Rosemberg no BLOG DA SOBRAMES- CE.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
513 - Higienização das mãos
As recomendações da OMS para a higienização das mãos englobam cinco indicações, sendo justificadas pelos riscos de transmissão de microrganismos.
O cumprimento dessas cinco etapas pode prevenir as infecções hospitalares e também auxiliar na racionalização do tempo do profissional de saúde quanto a essa prática.
Veja os cinco momentos indicados para higienização das mãos, segundo as recomendações da OMS:
1- Antes de contato com o paciente.
2- Antes da realização de procedimento de assepsia.
3- Após risco de exposição a fluidos corporais.
4- Após contato com o paciente.
5- Após contato com àreas próximas ao paciente.
Informações importantes sobre as infecções hospitalares
• Em todo o mundo, 5% a 10% dos indivíduos hospitalizados adquiriram infecções hospitalares, com taxas de prevalência de 20% a 30% em unidade de terapia intensiva.
• No Brasil, cerca de 100.000 mortes por ano são relacionadas a infecções hospitalares.
• A Lei nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa de controle de infecção hospitalar nos hospitais de todo o Brasil.
O cumprimento dessas cinco etapas pode prevenir as infecções hospitalares e também auxiliar na racionalização do tempo do profissional de saúde quanto a essa prática.
Veja os cinco momentos indicados para higienização das mãos, segundo as recomendações da OMS:
1- Antes de contato com o paciente.
2- Antes da realização de procedimento de assepsia.
3- Após risco de exposição a fluidos corporais.
4- Após contato com o paciente.
5- Após contato com àreas próximas ao paciente.
Informações importantes sobre as infecções hospitalares
• Em todo o mundo, 5% a 10% dos indivíduos hospitalizados adquiriram infecções hospitalares, com taxas de prevalência de 20% a 30% em unidade de terapia intensiva.
• No Brasil, cerca de 100.000 mortes por ano são relacionadas a infecções hospitalares.
• A Lei nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa de controle de infecção hospitalar nos hospitais de todo o Brasil.
Fonte: MSD Brasil