Se você consegue digerir leite confortavelmente após a infância, isso se deve a um acaso genético. Para muitas pessoas, a capacidade de produzir lactase - enzima que permite o corpo quebrar a lactose, o açúcar do leite - desaparece após a infância, quando elas já não precisam mais do leite materno para sobreviver.
A persistência da lactase - por conta do gene que permite que cerca de um terço dos adultos bebam leite sem transtornos digestivos - tende a distribuir-se geograficamente, como você pode ver neste infográfico da Nature sobre a história de tolerância ao leite. É em grande parte um fenômeno europeu, evoluído de uma única mutação genética que ocorreu há menos de 10 mil anos.
Como a Nature explica:
Durante a última era glacial, o leite era essencialmente uma toxina para os adultos, porque - ao contrário de crianças - os adultos não produziam lactase, a enzima necessária para quebrar a lactose, o principal açúcar do leite. Mas, quando a agropecuária começou a substituir a caça e a coleta, no Oriente Médio, em torno de 11 mil anos atrás, os criadores de gado aprenderam a reduzir a lactose em produtos lácteos, a níveis toleráveis, pela fermentação do leite para fazer queijo e iogurte. Vários milhares de anos mais tarde, uma mutação genética se espalhou pela Europa, dando às pessoas a capacidade de produzir lactase - e beber leite - ao longo de suas vidas. Esta adaptação abriu uma nova e rica fonte de nutrição que fez surgir comunidades sustentáveis quando as colheitas falhavam.
Existem correntes de pesquisadores em Nutrição que divulgam que o leite de vaca deve ser dado aos seus bezerros, pois além de mucogênicos, retiram cálcio do corpo humano, intensificam a acidificação do corpo e geram muitas alergias.
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