O Center for Disease Control and Prevention, o CDC, em colaboração com pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil, investigou a primeira série de recém-nascidos com evidência laboratorial de infecção congênita pelo vírus Zika em que foi documentada o início da microcefalia após o nascimento.
Um relatório, publicado na semana passada (dia 22), no Morbidity and Mortality Weekly Report, do CDC, descreve 13 lactentes no Brasil com a infecção congênita pelo vírus Zika, que não tinham microcefalia ao nascimento e que, posteriormente, experimentaram um retardo no crescimento da cabeça. Entre essas crianças, 11 mais tarde desenvolveram microcefalias que foram acompanhadas por complicações neurológicas significativas. Embora a microcefalia não estivesse presente no momento do nascimento, as crianças tinham outras lesões consistentes com a síndrome de Zika, congênita.
O estudo revelou que, entre os filhos de mães expostas ao vírus Zika durante a gravidez, a ausência de microcefalia ao nascimento não descarta a infecção congênita pelo vírus Zika nem a presença de anormalidades cerebrais relacionadas ao vírus.
Os resultados do estudo também destacaram a importância das recentes orientações do CDC sobre as avaliações médicas- iniciais e continuadas - das crianças com possível infecção congênita pelo vírus Zika congênita e o uso da neuroimagem precoce para recém-nascidos que foram expostos ao vírus Zika no período pré-natal.
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