As hepatites virais agudas e crônicas são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com
tropismo primário pelo tecido hepático, apresentando características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais
semelhantes, porém com importantes particularidades.
As hepatites virais são causadas por cinco vírus: o vírus da hepatite A (HAV, do inglês hepatitis A virus), o
vírus da hepatite B (HBV, do inglês hepatitis B virus), o vírus da hepatite C (HCV, do inglês hepatitis C virus), o vírus da hepatite D (HDV, do inglês hepatitis D virus) e o vírus da hepatite E (HEV, do inglês hepatitis E virus) (LEMON, 1997). A doença tem um amplo espectro clínico, que varia desde formas assintomáticas, anictéricas e ictéricas típicas, até a insuficiência hepática aguda grave (fulminante). A maioria das hepatites virais agudas é assintomática, independentemente do tipo de vírus. Quando apresentam sintomatologia, são caracterizadas por fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, anorexia e icterícia. A hepatite crônica, em geral, cursa de forma assintomática. As manifestações clínicas aparecem quando a doença está em estágio avançado, com relato de fadiga, ou, ainda, cirrose. O diagnóstico inclui a realização de exames em ambiente laboratorial e testes rápidos, a fim de caracterizar a doença e sua gravidade (BRASIL, 2009a).
A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude dos diferentes tipos varia de região
para região. No Brasil, também há grande variação regional na prevalência de cada hepatite (PEREIRA; XIMENES;
MOREIRA, 2010).
Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais
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