Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
quinta-feira, 31 de março de 2016
844 - Amostras Artes
Ben Geada, um artista da Austrália, adicionou imagens de personagens de desenhos animados a embalagens para medicamentos que, de alguma forma, correspondem perfeitamente a eles.
Um deles é Peter Griffin, da Família Guy, em um pacote de pílulas para alívio de gases.
Você pode ver mais imagens da série em The Khool.
segunda-feira, 28 de março de 2016
843 - A invenção do estetoscópio
René Laennec é o autor do clássico "De l'Auscultation Médiate", publicado em agosto de 1819. Este refere-se à sua ideia de utilizar um instrumento, ou mediador, para ouvir os sons espontâneos do interior do corpo humano.
Prefácio de "De l'Auscultation Médiate"
153 - Ouçam esta!
774 - "Sine cera"
Prefácio de "De l'Auscultation Médiate"
"Em 1816, eu fui consultado por uma jovem mulher com sintomas de uma doença cardíaca, e nesse caso a percussão, bem como a apalpação, eram de pouca serventia, em virtude do grande grau de adiposidade da paciente. E o método da escuta direta era inadmissível, tendo em vista a idade e o sexo dela. De repente, me lembrei de um simples e bem conhecido fato da acústica: a grande nitidez com que se ouve o arranhar de um pino em uma extremidade de uma peça de madeira ao se aplicar o ouvido no outro lado. Então, eu transformei uma folha de papel em uma espécie de cilindro, apliquei uma das extremidades na região do coração da paciente e a outra, em meu ouvido. E fiquei surpreso e satisfeito ao descobrir que eu podia, assim, perceber os batimentos do coração de uma maneira mais clara e distinta do que, em alguma vez, eu tivesse sido capaz de perceber pela aplicação imediata do meu ouvido."De cilindro de papel, o estetoscópio tornou-se de madeira e, em seguida, na segunda metade do século XIX, passou a ser flexível e com dois auriculares.
153 - Ouçam esta!
774 - "Sine cera"
sexta-feira, 25 de março de 2016
842 - Saúde do idoso
Veja os principais direitos da pessoa idosa quando o assunto é saúde.
Acompanhamento
A pessoa maior de 60 anos tem direito a um acompanhante durante todo o tempo em que estiver internado ou em observação, exceto se a internação for em UTI ou por decisão justificada do médico.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, Artigo 16.
- Portaria MS/GM nº 280, de 07 de abril de 1999, Artigo 2º.
Escolha do tratamento
À pessoa idosa consciente sobre seu estado de saúde é assegurado o direito de optar pelo tratamento ao qual irá ser submetido.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Artigo 17.
Reabilitação
Os idosos têm direito a receber medicamentos do Poder Público, especialmente os de uso continuado, assim como próteses e outros recursos relativos ao tratamento para reabilitação e recuperação de sua saúde.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Artigo 15, Parágrafo 1º, Inciso V e Artigo 15, Parágrafo 2º.
Outros direitos
Legislação específica:
- Lei nº 9.656, de 03/06/1998
- Lei nº 10.048, de 08/11/2000
- Lei nº 10.741, de 01/10/2003
- Decreto nº 1.948, de 03/07/1996
Acompanhamento
A pessoa maior de 60 anos tem direito a um acompanhante durante todo o tempo em que estiver internado ou em observação, exceto se a internação for em UTI ou por decisão justificada do médico.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, Artigo 16.
- Portaria MS/GM nº 280, de 07 de abril de 1999, Artigo 2º.
Escolha do tratamento
À pessoa idosa consciente sobre seu estado de saúde é assegurado o direito de optar pelo tratamento ao qual irá ser submetido.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Artigo 17.
Reabilitação
Os idosos têm direito a receber medicamentos do Poder Público, especialmente os de uso continuado, assim como próteses e outros recursos relativos ao tratamento para reabilitação e recuperação de sua saúde.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Artigo 15, Parágrafo 1º, Inciso V e Artigo 15, Parágrafo 2º.
Outros direitos
Legislação específica:
- Lei nº 9.656, de 03/06/1998
- Lei nº 10.048, de 08/11/2000
- Lei nº 10.741, de 01/10/2003
- Decreto nº 1.948, de 03/07/1996
- Lei nº 13466, de 12/07/2017
Publicações:
- Estatuto do idoso, 3ª ed.. 2013.
- Idoso: cidadão brasileiro: informações sobre serviços e direitos.
Publicações:
- Estatuto do idoso, 3ª ed.. 2013.
- Idoso: cidadão brasileiro: informações sobre serviços e direitos.
Fonte: Legislação Federal da Saúde
terça-feira, 22 de março de 2016
841 - Conversa ao pé do ouvido (2)
Que orelha capta melhor um sarcasmo?
Estudos recentes com voluntários, realizados em duas universidades americanas e uma canadense, revelaram que as frases sarcásticas, ao serem ditas na orelha esquerda, obtêm tempos de resposta mais rápidos do que quando elas são faladas na orelha direita.
Acham os autores do trabalho que o hemisfério cerebral direito (relacionado com o ouvido esquerdo) é o que tem maior aptidão para a resolução das mensagens conflitantes, o que inclui os casos em que há sarcasmo.
Detection of sarcastic speech: The role of the right hemisphere in ambiguity resolution, Laterality
No Acta
121 - Conversa ao pé do ouvido (1)
N. do E.
Cuidado com o sarcasmo: se você não é fluente pode machucar alguém.
Estudos recentes com voluntários, realizados em duas universidades americanas e uma canadense, revelaram que as frases sarcásticas, ao serem ditas na orelha esquerda, obtêm tempos de resposta mais rápidos do que quando elas são faladas na orelha direita.
Acham os autores do trabalho que o hemisfério cerebral direito (relacionado com o ouvido esquerdo) é o que tem maior aptidão para a resolução das mensagens conflitantes, o que inclui os casos em que há sarcasmo.
Detection of sarcastic speech: The role of the right hemisphere in ambiguity resolution, Laterality
No Acta
121 - Conversa ao pé do ouvido (1)
N. do E.
Cuidado com o sarcasmo: se você não é fluente pode machucar alguém.
sábado, 19 de março de 2016
840 - Testes sorológicos para HIV, sífilis e hepatites B e C
Sobre a conveniência e a oportunidade de os médicos oferecerem aos pacientes, em consulta médica, a solicitação de testes sorológicos para HIV, sífilis, hepatites B e C, bem como orientá-los sobre a prevenção destas infecções, o Conselho Federal de Medicina (CFM) RECOMENDA AOS MÉDICOS:
O médico verificará nas consultas se seus pacientes realizaram testes sorológicos para sífilis, HIV, hepatites B e C, e vacinação, no caso da hepatite B.
Caso os testes, ou a vacinação, não tenham sido realizados, o médico orientará o paciente, conforme o caso, sobre a necessidade, a oportunidade ou a conveniência de sua execução.
Quanto aos testes sorológicos para sífilis, HIV, hepatites B e C, deve o médico, especificamente:
I – Sugerir a realização dos testes sorológicos, incluindo esclarecimento e aconselhamento pré-teste, em ambiente adequado, respeitando e garantindo, sempre, a privacidade, o sigilo e a confidencialidade.
II – Solicitar os testes somente se o paciente e/ou seu representante/assistente legal concordar livremente com sua realização, após adequado esclarecimento.
Em nenhuma circunstância os exames serão compulsórios.
O médico, diante dos resultados, aconselhará sobre prevenção e encaminhará para tratamento, quando indicado.
O médico verificará nas consultas se seus pacientes realizaram testes sorológicos para sífilis, HIV, hepatites B e C, e vacinação, no caso da hepatite B.
Caso os testes, ou a vacinação, não tenham sido realizados, o médico orientará o paciente, conforme o caso, sobre a necessidade, a oportunidade ou a conveniência de sua execução.
Quanto aos testes sorológicos para sífilis, HIV, hepatites B e C, deve o médico, especificamente:
I – Sugerir a realização dos testes sorológicos, incluindo esclarecimento e aconselhamento pré-teste, em ambiente adequado, respeitando e garantindo, sempre, a privacidade, o sigilo e a confidencialidade.
II – Solicitar os testes somente se o paciente e/ou seu representante/assistente legal concordar livremente com sua realização, após adequado esclarecimento.
Em nenhuma circunstância os exames serão compulsórios.
O médico, diante dos resultados, aconselhará sobre prevenção e encaminhará para tratamento, quando indicado.
Brasília-DF, 21 de janeiro de 2016, RECOMENDAÇÃO CFM Nº 2/2016
quarta-feira, 16 de março de 2016
839 - Frase em desuso
Por alguma razão desconhecida, muitos médicos sentem que eles devem saber toda a medicina. Assim, muitos médicos temem a frase, "eu não sei", tão obstinadamente, que ela saiu do seu léxico devido à atrofia pelo desuso.
Ervin Epstein, California Medicine, vol. 82, no. 2 (1955) p. 116-117.
domingo, 13 de março de 2016
838 - Comparando o mal
Vídeo Vine (de 6 segundos) em que a capacidade inspiratória de pulmões saudáveis é comparada com a de pulmões afetados pelo fumo.
quinta-feira, 10 de março de 2016
837 - Células terroristas
Não há cura para a biologia distópica
Por volta da virada do milênio, algumas conclusões perturbadoras surgiram na literatura biomédica. Macrófagos – células do sistema imunológico, cuja função é atacar e matar micróbios e outras ameaças para o corpo - não se reúnem em locais do tumor para destruir células cancerosas, como tem sido otimisticamente imaginado. Em vez disso, eles encorajam as células cancerosas a continuar a sua louca fúria reprodutiva. Frances Balkwill, a biólogo celular britânica que realizou alguns dos principais estudos de comportamento das células imunes "traíras", descreveu-se para seus colegas de campo como estando "horrorizada".
De um modo geral, a ciência médica continua a apresentar um rosto feliz para o público. Livros de auto-ajuda e websites aconselham pacientes com câncer a estimular o seu sistema imunitário para combater a doença.
... Mas as evidências do conluio de células imunitárias com o câncer continuam se acumulando. Macrófagos fornecem a células cancerosas fatores químicos de crescimento e ajudam a construir os vasos sanguíneos necessários a um tumor em crescimento. Então, eles estão intimamente envolvidos com o progresso mortal de câncer e podem ser responsáveis por até 50 por cento da massa de um tumor. Os macrófagos também parecem ser necessários ao câncer que avança para a sua fase mais terrível, a das metástases. Quando ratos cancerosos foram tratados para eliminar todos os seus macrófagos, os seus tumores metastáticos pararam de crescer.
Por volta da virada do milênio, algumas conclusões perturbadoras surgiram na literatura biomédica. Macrófagos – células do sistema imunológico, cuja função é atacar e matar micróbios e outras ameaças para o corpo - não se reúnem em locais do tumor para destruir células cancerosas, como tem sido otimisticamente imaginado. Em vez disso, eles encorajam as células cancerosas a continuar a sua louca fúria reprodutiva. Frances Balkwill, a biólogo celular britânica que realizou alguns dos principais estudos de comportamento das células imunes "traíras", descreveu-se para seus colegas de campo como estando "horrorizada".
De um modo geral, a ciência médica continua a apresentar um rosto feliz para o público. Livros de auto-ajuda e websites aconselham pacientes com câncer a estimular o seu sistema imunitário para combater a doença.
... Mas as evidências do conluio de células imunitárias com o câncer continuam se acumulando. Macrófagos fornecem a células cancerosas fatores químicos de crescimento e ajudam a construir os vasos sanguíneos necessários a um tumor em crescimento. Então, eles estão intimamente envolvidos com o progresso mortal de câncer e podem ser responsáveis por até 50 por cento da massa de um tumor. Os macrófagos também parecem ser necessários ao câncer que avança para a sua fase mais terrível, a das metástases. Quando ratos cancerosos foram tratados para eliminar todos os seus macrófagos, os seus tumores metastáticos pararam de crescer.
Extraído de Terror Cells, por Barbara Ehrenreich. In: The Baffler
segunda-feira, 7 de março de 2016
836 - O controle do tabagismo na Alemanha nazista
O ditador Adolf Hitler era totalmente contra o tabaco: ninguém ousava acender um cigarro na presença do Führer!
E os nazistas promoveram um dos mais radicais e eficazes movimentos contra o tabagismo ao longo da história. Proibiram o fumo em restaurantes e nos sistemas de transportes públicos e também regulamentaram severamente a publicidade dos cigarros.
Entre outros críticas ao vício, as autoridades nazistas alegavam que fumar aumentava o risco de abortos nas mulheres, o que hoje é fato comprovado.
E os nazistas promoveram um dos mais radicais e eficazes movimentos contra o tabagismo ao longo da história. Proibiram o fumo em restaurantes e nos sistemas de transportes públicos e também regulamentaram severamente a publicidade dos cigarros.
Entre outros críticas ao vício, as autoridades nazistas alegavam que fumar aumentava o risco de abortos nas mulheres, o que hoje é fato comprovado.
Imagem: veio daqui
http://www.ultracurioso.com.br/7-coisas-que-devemos-ao-nazismo/
sexta-feira, 4 de março de 2016
835 - "Quando não há vegetação rasteira a árvore parece mais alta"
Este é o título de um artigo recentemente publicado na revista Sexualities. No qual, o seu autor Matthew Hall, da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, analisa como os homens respondem sobre a questão de raspar os pelos pubianos e quais são suas implicações para a imagem corporal.
‘When there’s no underbrush the tree looks taller’: A discourse analysis of men’s online groin shaving talk. In: Sexualities 2015, Vol. 18(8) 997–1017
‘When there’s no underbrush the tree looks taller’: A discourse analysis of men’s online groin shaving talk. In: Sexualities 2015, Vol. 18(8) 997–1017
terça-feira, 1 de março de 2016
834 - A Técnica do Inseto Estéril
Em resposta à epidemia do vírus Zika na América Latina, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realiza este mês uma reunião para tratar do uso de técnicas nucleares para o controle de mosquitos. O encontro deve acontecer nos dias 22 e 23 de fevereiro em Brasília, conforme anunciou o diretor-geral da entidade, Yukiya Amano.
Uma das medidas a serem discutidas é a adoção da chamada Técnica do Inseto Estéril, um tipo de controle de peste que utiliza radiação ionizante para esterilizar insetos machos. Segundo a AIEA, a estratégia tem sido utilizada com sucesso em todo o mundo há mais de 50 anos para o controle de diversos insetos que comprometem a agricultura.
Uma das medidas a serem discutidas é a adoção da chamada Técnica do Inseto Estéril, um tipo de controle de peste que utiliza radiação ionizante para esterilizar insetos machos. Segundo a AIEA, a estratégia tem sido utilizada com sucesso em todo o mundo há mais de 50 anos para o controle de diversos insetos que comprometem a agricultura.
Paula Laboissière - repórter da Agência Brasil, 09/02/2016
A técnica do inseto estéril é um método de controle biológico que consiste na libertação de grandes quantidades de insetos inférteis numa região. Os insetos libertados são geralmente machos, já que são as fêmeas que provocam danos, através da postura de ovos nas colheitas agrícolas ou, no caso dos mosquitos, da alimentação com sangue humano. Os machos tornados estéreis por radiação ionizante competem com os machos em estado selvagem pelas fêmeas. Se uma fêmea acasalar com um macho estéril, não terá descendência, reduzindo assim a população da próxima geração.