Em 4 versões:
- cão
- queda
- esporte
- luta.
Com elas não terás de explicar o que aconteceu contigo.
@InventosRaros
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
segunda-feira, 31 de março de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
601 - A síndrome de Tourette
O esquilo Nutkin, herói de um livro de Beatrix Potter, "comporta-se patologicamente", disse Gareth Williams. "Enquanto os outros esquilos armazenam comida e mostram-se cuidadosos com a coruja, Nutkin proporciona todo um espetáculo de atividades solitárias, como o de brincar repetitivamente com agulhas de pinheiro e bolinhas de gude", escreveu ele no "British Medical Journal".
Sua conclusão para o esquilo: a síndrome de Tourette.
"Comecei a ver isso depois que eu li a história para o meu filho de 6 anos de idade e ele ficava perguntando se estava tudo bem com Nutkin", acrescentou Gareth.
(Que tipo de doença existe em um médico que diagnostica problemas em personagens fictícios?)
(*) disponível em This is true: Book Collection Vol.. 2
Do site do Dr. Drauzio:
"A síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância. Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC) e ao distúrbio de atenção e hiperatividade (TDAH). É possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições. A causa do transtorno ainda é desconhecida."
Bônus:
Beatrix Potters Characters, Pinterest
terça-feira, 25 de março de 2014
600 - Crédito extra
Ao estudar o protozoário Plasmodium ovale em 1954, um dos quatro agentes etiológicos da malária, o parasitologista inglês William Cooper deixou-se picar por cerca de mil mosquitos e, nove dias depois, submeteu-se a uma laparotomia em que um pedaço de seu fígado foi removido.
Na fase de recuperação da cirurgia, ele mesmo preparou as lâminas histológicas de seu tecido hepático biopsiado, nas quais observou o parasito da malária em seus diversos estágios. Em seguida, ele pintou as imagens vistas ao microscópio em aquarelas que acompanhariam o artigo resultante.
O protozoologista Cyril Garnham, da Universidade de Londres e coautor do trabalho, escreveu que "Cooper alcançou a fama eterna por esse episódio."
(P.C.C. Garnham et al., The Pre-Erythrocytic Stage of Plasmodium Ovale, Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 49:2 [March 1955], 158-167)
Na fase de recuperação da cirurgia, ele mesmo preparou as lâminas histológicas de seu tecido hepático biopsiado, nas quais observou o parasito da malária em seus diversos estágios. Em seguida, ele pintou as imagens vistas ao microscópio em aquarelas que acompanhariam o artigo resultante.
O protozoologista Cyril Garnham, da Universidade de Londres e coautor do trabalho, escreveu que "Cooper alcançou a fama eterna por esse episódio."
(P.C.C. Garnham et al., The Pre-Erythrocytic Stage of Plasmodium Ovale, Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 49:2 [March 1955], 158-167)
sábado, 22 de março de 2014
599 - Gente é para brilhar
Se você estiver com os olhos vendados em uma sala escura e, ao mesmo tempo, começar a pensar sobre uma luz brilhante o que vai suceder?
Sua cabeça vai emitir mais fótons.
Foi a conclusão a que chegaram três pesquisadores da Laurentian University, em Ontário, Canadá.
Esse aumento na emissão de fótons está relacionado a reações químicas que acontecem no cérebro e que são detectadas também em seu eletroencefalograma.
Desatualizando...
Gente é para aquecer
Sua cabeça vai emitir mais fótons.
Foi a conclusão a que chegaram três pesquisadores da Laurentian University, em Ontário, Canadá.
Esse aumento na emissão de fótons está relacionado a reações químicas que acontecem no cérebro e que são detectadas também em seu eletroencefalograma.
Desatualizando...
Gente é para aquecer
quarta-feira, 19 de março de 2014
598 - As coletoras de sanguessugas
A sanguessuga (anelídeo da classe Hirudinea) pode sugar várias vezes o seu próprio peso em sangue e seu uso em sangrias é muito mais seguro do que cortar uma veia. Durante a primeira metade do século 19, esta técnica de sangria se tornou tão popular que deu origem a uma "mania sanguessuga". Em toda Inglaterra, coletoras de sanguessugas (eram mulheres na maioria) entravam em lagoas infestadas de sanguessugas com as pernas nuas, a fim de atrair esses hematófagos. Uma vez que as sanguessugas se fartavam, elas se desprendiam dos corpos das coletoras que, em seguida, as vendiam para os médicos.
As coletoras de sanguessugas comumente sofriam de sintomas relacionados com as perdas de sangue e, às vezes, de doenças contraídas pelo contato com as sanguessugas.
Mas por que a sangria permaneceu tão popular por tanto tempo?
Apesar dos avanços em anatomia e diagnóstico durante os séculos 18 e 19, a terapêutica não evoluiu com suficiente rapidez para acompanhar as novas compreensões a respeito do corpo humano. Muitos profissionais acreditavam que era melhor fazer algo do que não fazer nada. E foi apenas por meados do século 19 que as sangrias caíram de moda, principalmente porque novas técnicas terapêuticas começaram a ser desenvolvidas.
Extraído de: Bloodletting Practices in Early Modern England, The Chirurgeon' Apprentice
Bônus
Como me tornei isca de sanguessugas
Mas por que a sangria permaneceu tão popular por tanto tempo?
Apesar dos avanços em anatomia e diagnóstico durante os séculos 18 e 19, a terapêutica não evoluiu com suficiente rapidez para acompanhar as novas compreensões a respeito do corpo humano. Muitos profissionais acreditavam que era melhor fazer algo do que não fazer nada. E foi apenas por meados do século 19 que as sangrias caíram de moda, principalmente porque novas técnicas terapêuticas começaram a ser desenvolvidas.
Extraído de: Bloodletting Practices in Early Modern England, The Chirurgeon' Apprentice
Bônus
Como me tornei isca de sanguessugas
domingo, 16 de março de 2014
597 - Métodos de sangria
Um cirurgião ou barbeiro também podia utilizar copos aquecidos (ventosas) e um instrumento conhecido como escarificador para sangrar um paciente. Sobre os cortes produzidos na pele pelo escarificador, um aparelho multilâmina, o profissional aplicava as ventosas para que fizessem a sucção de sangue nos ferimentos infligidos. Apesar de dolorosa esta abordagem, como os cortes eram mais superficiais, este procedimento levava menos risco do que venossecção.
Um terceiro método comum de sangria envolvia o uso de sanguessugas.
Extraído de: Bloodletting Practices in Early Modern England, The Chirurgeon' Apprentice
No início da década de 1970, quando trabalhava como médico do Hospital Central do Exército, eu conheci estes instrumentos: o escarificador (imagem 2) e as ventosas. O tenente-coronel médico Antônio Marques, à época chefe do Pavilhão de Isolamento do HCEx, fez questão de me mostrá-los. No passado, eles chegaram a ser usados no tratamento de pneumonias. Mas estavam, desde há muito tempo, apenas guardados em um armário do pavilhão com outros antigos instrumentos médicos – como se estivessem esperando um museu para eles. O escarificador, ao ser disparado, provocava múltiplos cortes na pele, enquanto as ventosas, em consequência de um processo de combustão de álcool que originavam pressões negativas sobre a pele, faziam sangrar os cortes. Foi o que eu entendi. PGCS
(a continuar em: As coletoras de sanguessugas)
quinta-feira, 13 de março de 2014
596 - As bases galênicas das sangrias
As práticas de sangrias eram onipresentes na Inglaterra dos séculos 18 e 19. As pessoas saudáveis e doentes deixavam-se sangrar por indicações medicinais e outras motivações. Para muitos médicos, era o tratamento preferido para inúmeras doenças.
Um médico declarou sobre a sangria
A prática em si baseava-se na visão de Galeno sobre o corpo humoral. Galeno postulava que o sangue contendo os quatro humores era produto dos alimentos. Quando consumida, a comida era liquefeita no estômago e ia para o fígado, onde era subsequentemente transformada em sangue. Ocasionalmente, o corpo produzia um excesso de sangue, o que, de acordo com os praticantes galênicos, provocava febres, dores de cabeça e até mesmo apoplexia. Alternativamente, humores nocivos no sangue podiam levar a distúrbios localizados como tumores e inflamações. (1)
Em muitos casos, a sangria era usada para "livrar o corpo do paciente do sangue corrupto". Os médicos, muitas vezes, chamavam os cirurgiões e cirurgiões-barbeiros (2) para fazer sangrias em seus pacientes, pois consideravam a "arte do cortador" como inferior à prática da medicina.
O polo ou rolo de barbeiro, com os trapos ensanguentados amarrados em torno dele, era uma espécie de anúncio de que ali existia um expertise em procedimentos de sangue.
Extraído de: Bloodletting Practices in Early Modern England, The Chirurgeon's Apprentice
Ler também: A History of Barber's Pole, The Chirurgeon's Apprentice
Um médico declarou sobre a sangria
"Limpa a mente, fortalece a memória, limpa o estômago, aquece a medula, aguça a audição, seca as lágrimas, incentiva o raciocínio, desenvolve os sentidos, promove a digestão, produz uma voz musical, dissipa o torpor, afasta a ansiedade, alimenta o sangue e livra-o da matéria venenosa, e traz vida longa ".
A prática em si baseava-se na visão de Galeno sobre o corpo humoral. Galeno postulava que o sangue contendo os quatro humores era produto dos alimentos. Quando consumida, a comida era liquefeita no estômago e ia para o fígado, onde era subsequentemente transformada em sangue. Ocasionalmente, o corpo produzia um excesso de sangue, o que, de acordo com os praticantes galênicos, provocava febres, dores de cabeça e até mesmo apoplexia. Alternativamente, humores nocivos no sangue podiam levar a distúrbios localizados como tumores e inflamações. (1)
Em muitos casos, a sangria era usada para "livrar o corpo do paciente do sangue corrupto". Os médicos, muitas vezes, chamavam os cirurgiões e cirurgiões-barbeiros (2) para fazer sangrias em seus pacientes, pois consideravam a "arte do cortador" como inferior à prática da medicina.
O polo ou rolo de barbeiro, com os trapos ensanguentados amarrados em torno dele, era uma espécie de anúncio de que ali existia um expertise em procedimentos de sangue.
Extraído de: Bloodletting Practices in Early Modern England, The Chirurgeon's Apprentice
Ler também: A History of Barber's Pole, The Chirurgeon's Apprentice
(a continuar em: Métodos de sangrias)
segunda-feira, 10 de março de 2014
595 - A vacina contra o HPV
A campanha nacional de combate ao HPV começa hoje (10)
A partir deste ano, a vacina que previne o câncer de colo de útero passa a fazer parte do calendário de vacinação para meninas de 11 a 13 anos. Esta vacina estará disponível nos 36 mil postos da rede pública de saúde, durante todo o ano, mas o Ministério da Saúde está incentivando secretarias estaduais e municipais de saúde a promover, em parceria com as secretarias de educação, a vacinação em escolas públicas e privadas.
A vacina contra HPV (a sigla em inglês para o papilomavírus humano) que será distribuída no SUS é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. A cada ano, 270 mil mulheres morrem no mundo por conta do câncer de colo de útero. No Brasil, 685 mil mulheres são infectadas anualmente por algum tipo de HPV. Em 2011, 5.160 mulheres morreram no país em decorrência do câncer de colo de útero. Para 2013, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 17.540 novos casos desta doença.
Em 2015, a vacina será ofertada também para meninas de 9 e 10 anos. Cada menina deve receber três doses da vacina para estar imunizada contra o HPV. Após a primeira dose, a segunda deverá ocorrer em dois meses e a terceira, em seis. Será feito um cadastro com nome, endereço e telefone das meninas imunizadas para que o Ministério da Saúde tenha o controle de que todas as doses serão aplicadas.
A vacina deve ser aplicada com autorização dos pais ou responsáveis. Ela tem eficácia comprovada para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. "Vacina contra o HPV é medida preventiva, não substitui a realização de exames periódicos e o uso de preservativo nas relações", alerta a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues.
O Ministério da Saúde investiu R$ 465 milhões na compra de 15 milhões de doses da vacina para este ano, quantidade suficiente para que 5,2 milhões de pré-adolescentes sejam imunizadas. É a primeira vez que a população terá acesso gratuito, em nível nacional, à vacina contra o HPV.
A partir deste ano, a vacina que previne o câncer de colo de útero passa a fazer parte do calendário de vacinação para meninas de 11 a 13 anos. Esta vacina estará disponível nos 36 mil postos da rede pública de saúde, durante todo o ano, mas o Ministério da Saúde está incentivando secretarias estaduais e municipais de saúde a promover, em parceria com as secretarias de educação, a vacinação em escolas públicas e privadas.
A vacina contra HPV (a sigla em inglês para o papilomavírus humano) que será distribuída no SUS é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. A cada ano, 270 mil mulheres morrem no mundo por conta do câncer de colo de útero. No Brasil, 685 mil mulheres são infectadas anualmente por algum tipo de HPV. Em 2011, 5.160 mulheres morreram no país em decorrência do câncer de colo de útero. Para 2013, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 17.540 novos casos desta doença.
Em 2015, a vacina será ofertada também para meninas de 9 e 10 anos. Cada menina deve receber três doses da vacina para estar imunizada contra o HPV. Após a primeira dose, a segunda deverá ocorrer em dois meses e a terceira, em seis. Será feito um cadastro com nome, endereço e telefone das meninas imunizadas para que o Ministério da Saúde tenha o controle de que todas as doses serão aplicadas.
A vacina deve ser aplicada com autorização dos pais ou responsáveis. Ela tem eficácia comprovada para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. "Vacina contra o HPV é medida preventiva, não substitui a realização de exames periódicos e o uso de preservativo nas relações", alerta a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues.
O Ministério da Saúde investiu R$ 465 milhões na compra de 15 milhões de doses da vacina para este ano, quantidade suficiente para que 5,2 milhões de pré-adolescentes sejam imunizadas. É a primeira vez que a população terá acesso gratuito, em nível nacional, à vacina contra o HPV.
quinta-feira, 6 de março de 2014
594 - A ocorrência natural de amianto em Nevada, EUA
Resumo
Brenda Buck e Rodney Metcalf coletando rochas em Boulder |
Os grifos são nossos. PGCS
Naturally Occurring Asbestos: Potential for Human Exposure, Southern Nevada, USA, Soil Science Society of America Journal
Landscapes Tainted by Asbestos, The New York Times
segunda-feira, 3 de março de 2014
593 - Quantas células há no corpo humano?
Todo mundo sabe do grande número de células que existem no corpo humano. Bilhões, devido a seus diminutos tamanhos. A quem perguntasse o número delas ouviria até agora uma resposta entre 5 e 200 bilhões - cifras bastante variáveis.
Por esta razão, biólogos europeus têm trabalhado tentando dar precisão a esses números. O resultado desse trabalho indica que o corpo humano tem uns 37 bilhões de células.
Mais interessante:é o número de micróbios que podem ser encontrados em cada um de nós. É quase o triplo, isto é, cerca de 100 bilhões.
¿Cuántas células hay en el cuerpo humano? Microsiervos
Por esta razão, biólogos europeus têm trabalhado tentando dar precisão a esses números. O resultado desse trabalho indica que o corpo humano tem uns 37 bilhões de células.
Mais interessante:é o número de micróbios que podem ser encontrados em cada um de nós. É quase o triplo, isto é, cerca de 100 bilhões.
¿Cuántas células hay en el cuerpo humano? Microsiervos