Ao estudar o protozoário Plasmodium ovale em 1954, um dos quatro agentes etiológicos da malária, o parasitologista inglês William Cooper deixou-se picar por cerca de mil mosquitos e, nove dias depois, submeteu-se a uma laparotomia em que um pedaço de seu fígado foi removido.
Na fase de recuperação da cirurgia, ele mesmo preparou as lâminas histológicas de seu tecido hepático biopsiado, nas quais observou o parasito da malária em seus diversos estágios. Em seguida, ele pintou as imagens vistas ao microscópio em aquarelas que acompanhariam o artigo resultante.
O protozoologista Cyril Garnham, da Universidade de Londres e coautor do trabalho, escreveu que "Cooper alcançou a fama eterna por esse episódio."
(P.C.C. Garnham et al., The Pre-Erythrocytic Stage of Plasmodium Ovale, Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 49:2 [March 1955], 158-167)
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