Alguma vez você já se perguntou de onde vem a rolha de cortiça de sua garrafa de vinho?
A resposta mais provável é que seja da Espanha ou de Portugal, onde mais da metade da cortiça do mundo é colhida de suas plantações de sobreiros, a árvore nacional deste último país. Entretanto, ao contrário de outras formas de silvicultura, a produção de cortiça não envolve a morte das árvores. Limita-se à remoção de porções de suas cascas, que são executadas criteriosamente, de modo a possibilitar que as árvores se regenerem durante os anos seguintes.
Sobreiros, que pertencem à família dos carvalhos, podem durar mais de 200 anos, o que possibilita a realização de cerca de quinze extrações de cortiça por árvore.
Paisagens estranhas, porém fascinantes, de troncos desnudos nas regiões produtoras da cortiça, podem ser vistas no site Kuriositas, a fonte desta nota.
Suberose
O médico e cientista português Lopo de Carvalho (1913–1950) escolheu a suberose, doença respiratória ocupacional provocada pela exposição a partículas de cortiça, como tema de sua tese de doutoramento.
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
591 - Rússia, 1977
Que fazem estas crianças?
Resposta
Rodeiam uma lâmpada ultravioleta para obter sua dose de vitamina D.
Resposta
Rodeiam uma lâmpada ultravioleta para obter sua dose de vitamina D.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
590 - A força e a fraqueza do câncer
"O câncer é a tristeza das células." — Jayme Ovalle
Neste vídeo, George Zaidan explica porque a rapidez com que as células cancerosas se dividem é a sua força – e também a sua fraqueza.quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
589 - Armaduras para órgãos
Usadas na Idade Média, as armaduras protegiam seus usuários das lesões por armas brancas. Com o surgimento das armas de fogo, tornaram-se inúteis, obsoletas e peças de museus.
O Viaframe, um site de geração de imagens por computador, quer trazê-las de volta à atualidade desta vez como armaduras para órgãos.
Em seu portfólio, já existem imagens de armaduras para coração, pulmões (►) e cérebro.
Criado um novo conceito para elas, só falta descobrir qual será a aplicação.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
588 - Lição de "emotomia"
Outra paródia de "Lição de anatomia do Dr. Nicolas Tulp", quadro do pintor holandês Rembrandt. Desta vez, os personagens do famoso quadro tem os rostos substituídos por emoticons.
114 - Lições de paródia
Emojinal Art Gallery |
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
587 - Pílulas para a inteligência
Dicen que la inteligencia es la única riqueza mundial que está bien repartida… ya que todo el mundo cree tener la suficiente. Claro que eso no es cierto, al margen de la ironía y el cociente intelectual estandarizado. Y siempre hay quien desearía una mayor capacidad mental en un momento dado. Pues bien, en la era de la neurocosmética ya existe toda una nueva generación de medicamentos concebidos para proporcionar superpoderes al cerebro humano: más concentración, más raciocinio, más memoria… Llamémoslos potenciadores cognitivos, nootrópicos o smart pills, lo cierto es que estas novísimas drogas inteligentes han abierto una polémica profunda: ¿es lícito tunear el cerebro humano para incrementar sus facultades naturales? Y, más allá de sus efectos secundarios y posibles adicciones –sí, hay riesgos para la salud en su consumo; y no, nadie sabe exactamente cuáles son todavía–, ¿no suponen también una especie de doping académico, laboral e intelectual que aumenta las desigualdades a favor de quienes las consumen y, por tanto, juegan con ventaja? La controversia, también en el plano moral, está servida y de eso trata nuestro tema de portada. Como dice su autor, conviene saber que al margen de la farmacopea, hay hábitos saludables que desarrollan, sin peligro y con total garantía, la musculatura de nuestro cerebro. El ejercicio físico y, sobre todo, la lectura han demostrado su eficacia en pruebas de laboratorio.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
586 - Gigantes de Potsdam
Durante o reinado de Frederico Guilherme I existiu na Prússia um regimento de infantaria composto de soldados muito altos. Conhecidos como os "Gigantes de Potsdam", a população do país logo os apelidou de "Lange Kerls" ("Longos Caras").
A altura mínima exigida para ser recrutado para a unidade era 1,88 m, bem acima da média de altura para a época, e muitos deles tinham mais de 2 metros.
Frederico pagou somas consideráveis de dinheiro para pais com filhos altos, e a estatura tornou-se uma qualidade valiosa e uma forma de obter privilégios.
Apesar dos altos soldos nem todo mundo na Prússia estava feliz. Sua obsessão com o aumento de estatura no regimento levou Frederico a recorrer ao recrutamento forçado e sequestros, bem como aos casamentos forçados entre mulheres altas e soldados do regimento com o objetivo de procriar filhos também altos.
Paradoxalmente, o rei nunca arriscou seus "Lange Kerls" numa batalha. Aliás, muitos soldados eram impróprios para as batalhas por causa da acromegalia. Na verdade, eles tornaram-se uma perfeita ilustração de que a estatura elevada não é necessariamente uma boa qualidade e pode custar muito dinheiro.
A altura mínima exigida para ser recrutado para a unidade era 1,88 m, bem acima da média de altura para a época, e muitos deles tinham mais de 2 metros.
Frederico pagou somas consideráveis de dinheiro para pais com filhos altos, e a estatura tornou-se uma qualidade valiosa e uma forma de obter privilégios.
Apesar dos altos soldos nem todo mundo na Prússia estava feliz. Sua obsessão com o aumento de estatura no regimento levou Frederico a recorrer ao recrutamento forçado e sequestros, bem como aos casamentos forçados entre mulheres altas e soldados do regimento com o objetivo de procriar filhos também altos.
Paradoxalmente, o rei nunca arriscou seus "Lange Kerls" numa batalha. Aliás, muitos soldados eram impróprios para as batalhas por causa da acromegalia. Na verdade, eles tornaram-se uma perfeita ilustração de que a estatura elevada não é necessariamente uma boa qualidade e pode custar muito dinheiro.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
585 - A origem de nosso relógio biológico
As investigações sobre o relógio biológico estão relacionadas particularmente com a melatonina, o hormônio responsável por regular o nosso ritmo circadiano.
De forma natural, o nosso corpo produz a melatonina (um hormônio fabricado a partir da serotonina) que se caracteriza por sua variabilidade em ciclos de 24 horas. Sua produção em função da iluminação do ambiente é fundamental para a determinação dos estados de sono e vigília.
O estudo da melatonina, portanto, não é apenas importante para a compreensão de problemas associados com a insônia. Como alterações em sua produção podem causar problemas de saúde, torna-se interessante saber, a partir de um ponto de vista científico, qual foi a sua origem e, se ao longo da evolução das espécies, têm havido importantes mudanças em sua produção.
Uma pesquisa recente conduzida pelo National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos, investigou a origem da melatonina, a fim de saber quando a produção do hormônio que regula o nosso ritmo circadiano começou. Em outras palavras, os cientistas procuraram saber quando entrou em funcionamento o relógio biológico que existe em muitos organismos vivos, incluindo os seres humanos.
Aparentemente, de acordo com os resultados publicados na revista PNAS, a melatonina pode ter se originado 500 milhões de anos atrás, quando os vertebrados se separaram evolutivamente de seus ancestrais invertebrados. Além disso, a pesquisa indicou que a melatonina pode ter surgido para eliminar compostos tóxicos no olho, sendo que, adiante, a sua função biológica mudou substancialmente para atuar como um verdadeiro relógio biológico.
Estes resultados são consistentes com os locais de produção da melatonina. Embora predominantemente formada na glândula pineal, pequenas quantidades deste hormônio ainda estão presentes na retina, o que está em conformidade com a função biológica original que os cientistas do NIH propuseram para a melatonina.
Este hormônio é produzido a partir da serotonina como resultado final de uma sequência de reações químicas. Através de uma "timezime" (enzima do tempo) chamada arilalquilamina N-acetiltransferase ou AANAT, um grupo acetil é fixado na molécula da serotonina para formar a N-acetilserotonina, também conhecida como normelatonina e sendo esta a precursora imediata da melatonina.
De forma natural, o nosso corpo produz a melatonina (um hormônio fabricado a partir da serotonina) que se caracteriza por sua variabilidade em ciclos de 24 horas. Sua produção em função da iluminação do ambiente é fundamental para a determinação dos estados de sono e vigília.
O estudo da melatonina, portanto, não é apenas importante para a compreensão de problemas associados com a insônia. Como alterações em sua produção podem causar problemas de saúde, torna-se interessante saber, a partir de um ponto de vista científico, qual foi a sua origem e, se ao longo da evolução das espécies, têm havido importantes mudanças em sua produção.
Uma pesquisa recente conduzida pelo National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos, investigou a origem da melatonina, a fim de saber quando a produção do hormônio que regula o nosso ritmo circadiano começou. Em outras palavras, os cientistas procuraram saber quando entrou em funcionamento o relógio biológico que existe em muitos organismos vivos, incluindo os seres humanos.
Aparentemente, de acordo com os resultados publicados na revista PNAS, a melatonina pode ter se originado 500 milhões de anos atrás, quando os vertebrados se separaram evolutivamente de seus ancestrais invertebrados. Além disso, a pesquisa indicou que a melatonina pode ter surgido para eliminar compostos tóxicos no olho, sendo que, adiante, a sua função biológica mudou substancialmente para atuar como um verdadeiro relógio biológico.
Estes resultados são consistentes com os locais de produção da melatonina. Embora predominantemente formada na glândula pineal, pequenas quantidades deste hormônio ainda estão presentes na retina, o que está em conformidade com a função biológica original que os cientistas do NIH propuseram para a melatonina.
Este hormônio é produzido a partir da serotonina como resultado final de uma sequência de reações químicas. Através de uma "timezime" (enzima do tempo) chamada arilalquilamina N-acetiltransferase ou AANAT, um grupo acetil é fixado na molécula da serotonina para formar a N-acetilserotonina, também conhecida como normelatonina e sendo esta a precursora imediata da melatonina.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
584 - A eletrogustação
Foi por volta de 1752 que Johann Georg Sulzer decidiu (por razões mais bem conhecidas por ele mesmo) colocar a ponta da língua entre duas placas de metais diferentes cujas bordas estavam em contato. Os resultados foram, literalmente, chocantes. Ele, inadvertidamente, se deparara com uma das primeiras baterias eletrolíticas do mundo, a qual havia completado um circuito através de sua língua. Como se isso não bastasse, ao mesmo tempo, ele também participara do que foi, muito provavelmente, a primeira experiência de eletrogustação (a percepção eletricamente induzida de um sabor fantasma).
Foi sua suposta observação:
"A sensação pungente, me lembrou o sabor de vitríolo verde quando eu coloquei minha língua entre estes metais."
sábado, 1 de fevereiro de 2014
583 - A bradicardia na família Brady
The Brady Bunch? New evidence for nominative determinism in patients’ health: retrospective, population based cohort study
Determinar se um nome pode influenciar a saúde de uma pessoa, avaliando se as pessoas com o sobrenome "Brady" têm uma maior prevalência de bradicardia.
Projeto
Retrospectivo, com estudo de coorte de base populacional.
Local
Um hospital universitário em Dublin, Irlanda.
Participantes
As pessoas com o sobrenome "Brady" em Dublin, localizadas através da utilização de uma lista telefônica online.
Principal medida de desfecho
A prevalência de participantes que tiveram marcapassos inseridos para bradicardia entre 1º. de janeiro de 2007 e 28 de fevereiro de 2013.
Resultados
579 (0,36%) de 161 967 pessoas que constavam da lista telefônica de Dublin tinha o sobrenome "Brady". A proporção de pacientes portadores de marcapasso foi significativamente maior entre os Brady (n = 8, 1,38%) do que entre os não-Brady (n = 991, 0,61%, P = 0,03). O odds ratio não ajustado (intervalo de confiança de 95%) para o implante de marcapasso entre os indivíduos com o sobrenome "Brady" em comparação com indivíduos com outros sobrenomes foi de 2,27 (1,13-4,57).
Conclusões
Os pacientes chamados "Brady" estão em maior risco de necessitar de implante de marcapasso em comparação com a população geral. Esta constatação mostra um papel potencial para o determinismo nominativo (pôr link) em saúde.
N. do A. (Acta)
Outros exemplos de sobrenomes em trabalhos publicados sobre o determinismo nominativo: Fear (saúde mental), Ache (atividade muscular), Bone (osteoporose), Flood (incontinência), Harte (arritmias cardíacas), Byrne (queimaduras), Loone (distúrbio bipolar) e Paine (dor pélvica). 11/02/2015 - Atualizando...
Outro caso de determinismo nominativo: Charles E. Speaks escreveu o livro "Introduction to Sound".
(citar este artigo como BMJ 2013;347:f6627)
RESUMO
ObjetivoDeterminar se um nome pode influenciar a saúde de uma pessoa, avaliando se as pessoas com o sobrenome "Brady" têm uma maior prevalência de bradicardia.
Projeto
Retrospectivo, com estudo de coorte de base populacional.
Local
Um hospital universitário em Dublin, Irlanda.
Participantes
As pessoas com o sobrenome "Brady" em Dublin, localizadas através da utilização de uma lista telefônica online.
Principal medida de desfecho
A prevalência de participantes que tiveram marcapassos inseridos para bradicardia entre 1º. de janeiro de 2007 e 28 de fevereiro de 2013.
Resultados
579 (0,36%) de 161 967 pessoas que constavam da lista telefônica de Dublin tinha o sobrenome "Brady". A proporção de pacientes portadores de marcapasso foi significativamente maior entre os Brady (n = 8, 1,38%) do que entre os não-Brady (n = 991, 0,61%, P = 0,03). O odds ratio não ajustado (intervalo de confiança de 95%) para o implante de marcapasso entre os indivíduos com o sobrenome "Brady" em comparação com indivíduos com outros sobrenomes foi de 2,27 (1,13-4,57).
Conclusões
Os pacientes chamados "Brady" estão em maior risco de necessitar de implante de marcapasso em comparação com a população geral. Esta constatação mostra um papel potencial para o determinismo nominativo (pôr link) em saúde.
N. do A. (Acta)
Outros exemplos de sobrenomes em trabalhos publicados sobre o determinismo nominativo: Fear (saúde mental), Ache (atividade muscular), Bone (osteoporose), Flood (incontinência), Harte (arritmias cardíacas), Byrne (queimaduras), Loone (distúrbio bipolar) e Paine (dor pélvica). 11/02/2015 - Atualizando...
Outro caso de determinismo nominativo: Charles E. Speaks escreveu o livro "Introduction to Sound".