Foi a conclusão de uma pesquisa intitulada “Avaliação do impacto da poluição atmosférica sob a visão da saúde no Estado de São Paulo”, realizada com informações de 2006 a 2011, tendo como base a análise dos níveis do poluente PM 2,5 (material particulado), comparados aos níveis considerados seguros pela OMS, para levantar dados de adoecimento, mortalidade e gastos públicos atribuídos à poluição.
“São números atualizados e de extrema importância para a sociedade”, explica a responsável pelo estudo, Evangelina Vormittage, presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade. “No corpo humano, essa partícula tem efeitos causadoras de doenças respiratórias, doenças isquêmicas cardiovasculares e cerebrovasculares e câncer de pulmão”, ressalta Evangelina.
A análise avalia a situação ambiental da poluição no Estado de São Paulo e de seus efeitos sobre a saúde de duas maneiras: pela mortalidade atribuível e pelo DALY (Disability Adjusted Life Years, que possui dois componentes: o número de anos perdidos por morte precoce e o número de anos de vida vividos com incapacidade), um parâmetro criado pela OMS para indicar a carga de dano de doenças no mundo. Essa medida não mostra apenas a mortalidade, mas também a perda de qualidade de vida por doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer de pulmão, atribuíveis à poluição atmosférica – especificamente o poluente material particulado, objeto do estudo. A pesquisa ainda contempla a valoração do DALY e os gastos públicos em saúde.
O estudo teve apoio dos pesquisadores Prof. Dr. Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP e sua equipe, e da Dra. Cristina Guimarães Rodrigues, pesquisadora da Faculdade de Economia e Administração da USP.
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
541 - Campanha Nacional de Combate ao Escalpelamento
O Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com os governos dos Estados do Amapá e do Pará, lançaram no fim de agosto uma Campanha Nacional de Combate ao Escalpelamento. O objetivo é orientar os moradores ribeirinhos e os donos de embarcações que cruzam a região a adotarem medidas preventivas para evitar acidentes.
208 - Escalpelamentos na Amazônia
terça-feira, 24 de setembro de 2013
540 - O caso Benveniste
Em 30 de junho de 1988, foi publicado na revista científica Nature um artigo assinado pela equipe de Jacques Benveniste, expondo uma série de experimentos com a degranulação de basófilos desencadeada por anticorpos muito diluídos.
O caso ainda é hoje citado na literatura médica como uma tentativa de justificar teoricamente a homeopatia. Seus argumentos, porém, não foram aceitos pela maioria dos membros da comunidade científica, e a oferta de um milhão de francos feita pela revista Science et Vie, para a reprodução controlada dos experimentos não foi aceita pela equipe de Benveniste.
El caso Benveniste. In: www.escepticos.es
O caso ainda é hoje citado na literatura médica como uma tentativa de justificar teoricamente a homeopatia. Seus argumentos, porém, não foram aceitos pela maioria dos membros da comunidade científica, e a oferta de um milhão de francos feita pela revista Science et Vie, para a reprodução controlada dos experimentos não foi aceita pela equipe de Benveniste.
El caso Benveniste. In: www.escepticos.es
sábado, 21 de setembro de 2013
539 - Letra de médico
"Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo, de coisa indecifrável." - Moacir Scliar
Impagáveis do PG
Se você consegue ler isto, agradeça a um médico calígrafo.
Impagáveis do PG
Se você consegue ler isto, agradeça a um médico calígrafo.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
538 - A revolução do leite
O momento mais estranho sucedeu ao homem que descobriu o leite. Quando ele teve que explicar a vaca o que estava fazendo. PGCS
Se você consegue digerir leite confortavelmente após a infância, isso se deve a um acaso genético. Para muitas pessoas, a capacidade de produzir lactase - enzima que permite o corpo quebrar a lactose, o açúcar do leite - desaparece após a infância, quando elas já não precisam mais do leite materno para sobreviver.
A persistência da lactase - por conta do gene que permite que cerca de um terço dos adultos bebam leite sem transtornos digestivos - tende a distribuir-se geograficamente, como você pode ver neste infográfico da Nature sobre a história de tolerância ao leite. É em grande parte um fenômeno europeu, evoluído de uma única mutação genética que ocorreu há menos de 10 mil anos.
Como a Nature explica:
Se você consegue digerir leite confortavelmente após a infância, isso se deve a um acaso genético. Para muitas pessoas, a capacidade de produzir lactase - enzima que permite o corpo quebrar a lactose, o açúcar do leite - desaparece após a infância, quando elas já não precisam mais do leite materno para sobreviver.
A persistência da lactase - por conta do gene que permite que cerca de um terço dos adultos bebam leite sem transtornos digestivos - tende a distribuir-se geograficamente, como você pode ver neste infográfico da Nature sobre a história de tolerância ao leite. É em grande parte um fenômeno europeu, evoluído de uma única mutação genética que ocorreu há menos de 10 mil anos.
Como a Nature explica:
Durante a última era glacial, o leite era essencialmente uma toxina para os adultos, porque - ao contrário de crianças - os adultos não produziam lactase, a enzima necessária para quebrar a lactose, o principal açúcar do leite. Mas, quando a agropecuária começou a substituir a caça e a coleta, no Oriente Médio, em torno de 11 mil anos atrás, os criadores de gado aprenderam a reduzir a lactose em produtos lácteos, a níveis toleráveis, pela fermentação do leite para fazer queijo e iogurte. Vários milhares de anos mais tarde, uma mutação genética se espalhou pela Europa, dando às pessoas a capacidade de produzir lactase - e beber leite - ao longo de suas vidas. Esta adaptação abriu uma nova e rica fonte de nutrição que fez surgir comunidades sustentáveis quando as colheitas falhavam.
sábado, 14 de setembro de 2013
537 - Seguindo os passos de Penfield
Você provavelmente já viu mapas sensoriais (homúnculos) que mostram o quanto o cérebro se dedica aos sentidos nas diferentes partes do corpo humano. Foram desenhados de forma pioneira pelo neurocirurgião Wilder Penfield, a partir dos resultados de experimentos que ele realizou nos cérebros de seus pacientes.
A imagem ao lado (►) mostra uma espécie de mapa sensorial de um rato em que as partes do corpo são redimensionadas de acordo com seus tamanhos no cérebro do animal. Os grandes pontos no rosto, por exemplo, representam os bigodes.
Parece a versão de um rato dos desenhos animados para crianças, não é? Mas é o mouseunculus (que traduzo como "ratúnculo") de O'Leary.
Leia mais sobre o assunto neste artigo de Carl Zimmer, publicado na National Geographic.
A imagem ao lado (►) mostra uma espécie de mapa sensorial de um rato em que as partes do corpo são redimensionadas de acordo com seus tamanhos no cérebro do animal. Os grandes pontos no rosto, por exemplo, representam os bigodes.
Parece a versão de um rato dos desenhos animados para crianças, não é? Mas é o mouseunculus (que traduzo como "ratúnculo") de O'Leary.
Leia mais sobre o assunto neste artigo de Carl Zimmer, publicado na National Geographic.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
535 - Sugestões do Google para "pulmão"
Quando você faz uma pesquisa no Google, após digitar algumas letras, aparecem sugestões de pesquisa, com o intuito de agilizar as buscas. Estas sugestões são geradas por um algoritmo do Google, o qual é influenciado por pesquisas anteriores feitas por visitantes do site. E são muito curiosas.
Digitando (21/07/2013, 7:05) no Google Brasil a palavra “pulmão”, as sugestões que apareceram foram estas:
Pergunta - O Google é um rapaz ou uma moça?
Resposta - Obviamente, é uma moça. Porque não deixa você completar uma frase sem sugerir outras.
Digitando (21/07/2013, 7:05) no Google Brasil a palavra “pulmão”, as sugestões que apareceram foram estas:
pulmão de saraPor que não pulmão direito?
pulmão esquerdo
pulmão de aço
pulmão do mundo
Pergunta - O Google é um rapaz ou uma moça?
Resposta - Obviamente, é uma moça. Porque não deixa você completar uma frase sem sugerir outras.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
domingo, 1 de setembro de 2013
533 - O Paradoxo da Saúde Mental
para Nelson Cunha
Entre todas as condições de saúde no mundo, a saúde mental ocupa um lugar singular e paradoxal.
A revista PLoS Medicine publicou, em 28 de maio de 2013, este editorial:
"O Paradoxo da Saúde Mental: Supertratamento e Sub-reconhecimento".
Trecho:
"Por um lado, há o excesso de tratamento e de medicalização dos problemas de saúde mental, muitas vezes alimentado por uma indústria farmacêutica interessada na ampliação dos limites da doença e na criação de mais categorias diagnósticas e, assim, dos mercados de venda para as doenças. Por outro, existe um grande sub-reconhecimento do sofrimento e da dimensão dos problemas de saúde mental que afetam milhões de pessoas em todas os países, fazendo da questão um problema global."