"Em terra de duplo-cego o método científico é rei."
É uma técnica realizada em seres humanos onde nem o examinado (objeto de estudo) nem o examinador sabem o que está sendo utilizado como variável em um dado momento. É comumente usado como critério de validação de práticas experimentais quantitativas em ciência.Como exemplo, se queremos testar a eficácia de um medicamento em uma determinada doença:
O pesquisador contrata médicos examinadores que irão entregar a pacientes voluntários que apresentam esta doença uma cápsula que pode ou não conter medicamento. Este medicamento foi feito por manipulação em dois tipos idênticos de cápsulas: uma com o pó do medicamento estudado e outro com farinha de trigo. O médico anota o número do medicamento sem saber se esta cápsula é o medicamento ou se é a farinha. Tampouco o paciente sabe a composição real da cápsula. Após o período que em que se espera que o medicamento faça efeito o mesmo médico examina o paciente e anota quantitativamente a melhora ou não das alterações esperadas na doença. Esta ficha é devolvida ao pesquisador que tabula os resultados tendo conhecimento do tipo de cápsula que foi ingerida pelo paciente. Assim, o pesquisador consegue excluir o efeito placebo (que existe em um medicamento inerte) e validar um medicamento que realmente faça efeito.
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