terça-feira, 8 de junho de 2010

127 - Da vulcanologia para a pneumologia

Atualmente, a mais longa palavra em língua inglesa é... pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis. Que designa uma rara doença pulmonar causada pela inalação prolongada de poeiras de cinzas vulcânicas.
Foi criada em 1935 por Everett M. Smith mediante a combinação de termos gregos e latinos:
pneumon (pulmão) + ultra (além) + mikros (pequeno) + skopein (examinar) + silicium (rocha) + vulcanus (vulcão) + kónis (poeira)
Com 45 letras, pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis ao ser criada destronou electrophotomicrographically.
Em língua portuguesa a palavra mais longa é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que designa o portador dessa doença. Com 46 letras, ela ganhou o seu registro no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa em 2001. Outras idiomas, porém, utilizam-se de formas simplificadas para designar a doença: neumoconiosis (em castelhano), pneumoconiose (em francês), pneumoconiosi (em italiano) e Staublunge (em alemão, quem diria?).

Na ilustração: a deusa havaiana Kilauea
Comentários
Doctoreverettmsmith, ao criar a sua palavra de 45 letras, pensou certamente em entrar para a história da língua inglesa. Tirando inclusive proveito de que era ele o presidente da National Puzzlers' League naquela época. Quanto a Houaiss, ao incluir uma palavra de 46 letras em seu dicionário, pode ter sido uma provocação a Aurélio.

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