quarta-feira, 28 de abril de 2010

86 - Cisternas no Semi-Árido

O gasto médio de água de um cidadão norte-americano é de 575 litros por dia (deste total 50 litros são gastos dando descargas nos aparelhos sanitários). A média europeia de consumo de água por pessoa é menor, fica entre 200 e 300 litros por dia. Aqui no Brasil, gastamos em média por pessoa 180 litros de água por dia.
A Organização Mundial de Saúde estabelece um mínimo de 20 litros por pessoa. É essa a quota diária de água que o ser humano precisa para preservar o seu bem-estar físico e a sua dignidade em questão de higiene pessoal.
Contudo, há milhões de pessoas no mundo, muitas delas no Nordeste brasileiro, que não conseguem ter acesso a essas quotas mínimas de água.

jornal ambiente brasil, de 08/01/2009
Comentário

Uma experiência interessante, em curso no Semi-Árido brasileiro, está sendo o Programa 1 Milhão de Cisternas. Dele participam setores da sociedade civil (que constroem e operam as cisternas), organizações não governamentais (que articulam os meios necessários) e o governo federal (que banca a maior parte dos recursos financeiros do programa). E, como resultado dessa junção de esforços, é que dezenas de milhares de cisternas já se espalham pelo Nordeste brasileiro, beneficiando habitantes de regiões com dificuldades hídricas.
Cada cisterna (imagem) custa cerca de R$ 1.600, incluindo todas as capacitações necessárias para a construção e o uso. O equipamento tem capacidade de armazenar 16 mil litros de água captada das chuvas. E essa reserva, acumulada nos quatro meses de chuva, é suficiente para atender, nos oito meses restantes do ano, as necessidade em água potável de uma pequena família (PGCS).

Post scriptum
A partir da experiência cearense, pode-se dizer que uma das consequências positivas da construção dessas cisternas tem sido a redução do número de casos de silicose relacionados com a perfuração artesanal de poços.

Publicado no EntreMentes

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