terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

5 - DPOC e espirometria

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que apresenta uma prevalência de 10 por cento na população brasileira acima de 40 anos, é também responsável por cerca de 200 mil internações anuais em nosso Sistema Único de Saúde. No entanto, apesar destes números preocupantes e que dimensionam o problema, é uma enfermidade que pode ser prevenida. A partir do afastamento dos indivíduos sob risco para a DPOC (tabagismo, inalação de poeiras com sílica e de fumaças por queima de biomassa etc) dos respectivos fatores causais.
A conduta de aguardar o aparecimento dos sintomas e sinais da doença (tosse, catarro, falta de ar etc), ainda que acompanhada periodicamente por exames radiológicos dos pulmões, não constitui a estratégia ideal para o diagnóstico da DPOC. É preferível, na população de risco para a doença, a utilização de um recurso diagnóstico de maior acurácia – a espirometria. A qual também apresenta baixo custo e completa segurança para os examinados.
Sendo a DPOC, por definição, uma obstrução crônica ao fluxo aéreo apenas parcialmente reversível, indubitavelmente é a espirometria, como uma técnica que mede fluxos e volumes pulmonares, o padrão-ouro para o diagnóstico desta doença. Da sua fase mais precoce, quando os sintomas inexistem e as intervenções educativas e terapêuticas ainda poderão modificar favoravelmente o curso da DPOC, até o seu estágio mais avançado em que já ocorre a insuficiência respiratória crônica.
Portanto, é o emprego da espirometria que pode estabelecer, com alta precisão, o diagnóstico da DPOC. Além de fornecer, nos portadores da doença, valiosas informações sobre o grau da disfunção pulmonar, sobre as respostas aos tratamentos instituídos e, até mesmo, estimar prognósticos.
E, nos programas de controle do tabagismo, acrescente-se ainda o papel da espirometria nas estratégias de convencimento aos fumantes para que deixem de fumar.

Publicado em EntreMentes

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