quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

1345 - Ascensão e queda dos dinossauros

O que aprendi lendo o livro ASCENSÃO E QUEDA DOS DINOSSAUROS de Steve Brusatte, por Ana Margarida
A Terra se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos. As primeiras bactérias microscópicas desenvolveram-se algumas centenas de milhões de anos depois.
Durante, aproximadamente, 2 bilhões de anos, o mundo era habitado por bactérias.
Não havia plantas nem animais, nada que pudesse ser visto a olho nu.
Há, aproximadamente, 1,8 bilhão de anos, essas células simples desenvolveram a capacidade de se agruparem em organismos maiores e mais complexos.
Houve uma era glacial global - que cobriu quase o planeta inteiro com geleiras.
Os primeiros animais eram simples sacos moles de gosma, semelhantes à esponjas e águas-vivas.
Há cerca de 540 milhões de anos, no período Cambriano, surgiram formas de animais com esqueleto.
Eles foram se multiplicando e ficando diversos e abundantes. Começaram a comer uns aos outros.
Há 390 milhões de anos, alguns transformaram as nadadeiras em braços e deixaram a água com destino à terra.
Há cerca de 240 a 230 milhões de anos, os primeiros dinossauros, como o Herrerasaurus e o Eoraptor, desenvolveram-se a partir de seus ancestrais dinossauromorfos do tamanho de gatos.
Nesse período, não havia continentes individuais. O que havia era uma grande massa sólida e ininterrupta de terra - supercontinente (Pangeia) e o oceano (Pantalassa).
Os mamíferos só explodiram em diversidades na Terra - após a recuperação dos ecossistemas - 500 mil anos depois do dia mais destrutivo da história da Terra, quando um cometa ou asteroide colidiu com a Terra e sentenciou a morte os dinossauros.
Entre os mamíferos que surgiram, um do tamanho de um filhote de cachorro chamado Torrejonia viveu cerca de 3 milhões de anos depois da queda do asteroide.
Ele pulava nas árvores com seus dedinhos magrelos agarrados aos galhos.
60 milhões de anos de evolução transformariam esses humildes protoprimatas em macacos bipedes, filósofos , escritores, crentes, não crentes etc (os sapiens).
Se o asteroide não tivesse caído, provavelmente, nós não estaríamos aqui, e, sim, os dinossauros.
Os dinossauros viveram 150 milhões de anos e se extinguiram.
Se aconteceu com os dinossauros, pode acontecer conosco.
Oh!
Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg, blog Memórias
Sampa, 12.01.2024

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

1344 - Alimentos ultraprocessados

Os ultraprocessados representam quase 75% de todos os alimentos consumidos nos Estados Unidos e cerca de 60% da ingestão calórica diária dos estadunidenses. Um conjunto significativo de pesquisas vem associando o consumo desses alimentos — repletos de açúcar, sal, gordura, corantes artificiais ou conservantes — a problemas como câncer, diabetes e doenças cardíacas.
Mais recentemente, um número crescente de estudos também tem associado esse tipo de alimento a prejuízos na saúde cerebral, inclusive com um aumento do risco de demência, transtornos depressivos e de ansiedade. Além disso, alguns especialistas têm defendido a implementação de políticas de saúde pública destinadas a reduzir o consumo de ultraprocessados.
No entanto, quais os fundamentos científicos por trás da associação entre os ultraprocessados e a saúde cerebral e o que isso significa para médicos e pacientes?
Uma avaliação rigorosa
Por serem um dos pilares da alimentação em diversos países ao redor do mundo, os ultraprocessados têm sido avaliados rigorosamente devido à sua associação com doenças importantes. Os ingredientes usados na preparação desses alimentos têm pouco ou nenhum valor nutricional, já que a sua principal função é aumentar a vida útil e a palatabilidade dos produtos. Algumas evidências recentes sugerem que esses alimentos podem ser tão viciantes quanto o tabaco. Além disso, dois estudos de análise agrupada usando a Yale Food Addiction Scale mostraram que 14% dos adultos e 12% das crianças nos EUA podem ser dependentes de ultraprocessados.
A ferramenta mais utilizada para determinar se um alimento é ou não ultraprocessado foi desenvolvida em 2009 por pesquisadores brasileiros. A classificação NOVA é um sistema que divide os alimentos e bebidas em quatro grupos:
  • Alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, vegetais, leite e carne;
  • Ingredientes culinários processados, como açúcar refinado, manteiga e óleos derivados de sementes, nozes e frutas;
  • Alimentos processados, como extrato de tomate, bacon, atum enlatado e vinhos; e
  • Alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, sorvetes, cereais matinais e refeições pré-embaladas.
Kelli Whitlock Burton, Medscape

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

1343 - Vacina anti-HIV: de volta à estaca zero

O ensaio clínico que testava dois esquemas experimentais de vacinas contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) na África foi interrompido após os pesquisadores anunciarem que as chances são "praticamente nulas" de o estudo demonstrar a eficácia desses imunizantes.

Agora, será preciso voltar à estaca zero. Mas não podemos e não perderemos a esperança de que o mundo tenha uma vacina eficaz contra o HIV que seja acessível a todos que precisam dela, em qualquer lugar do planeta.

Liderado pela África e apoiado pela Europa, o estudo vinha sendo realizado desde 2018 em quatro centros em Uganda, Tanzânia e África do Sul e contou com 1.513 participantes entre 18 e 40 anos de idade.

Na região leste e sul da África, onde o ensaio clínico está sendo executado, vivem quase 21 milhões de pessoas com aids — no mundo todo, há 39 milhões de indivíduos com a doença.

A falta de uma vacina contra o HIV continua a frustrar pacientes e cientistas, especialmente porque os imunizantes que protegem de outras doenças, como a covid-19, foram criados em tempo recorde. Mas combater a covid-19 foi um desafio completamente diferente.

Estamos fazendo algo muito mais difícil com o HIV do que fizemos com a covid-19. As vacinas anticovídicas impedem que o indivíduo fique doente, mas as pessoas continuam sendo infectadas. No caso do HIV, é preciso evitar a infecção, e isso requer muito mais anticorpos e uma resposta imunitária muito melhor.

Embora existam outras ferramentas de prevenção do HIV, a vacina é a única maneira de atingir as metas globais de eliminação do vírus, observou Dr. Larry, ressaltando que, entre as pessoas com maior risco de contrair o HIV, a incidência de 4% ao ano se manteve inalterada nos últimos 15 anos.

Existem também os antirretrovirais e os anticorpos monoclonais, ambos de ação prolongada. Mas, considerando o custo e o esforço que demandam, eles também seriam indicados principalmente para pessoas que se consideram de alto risco.

Extraído de: Last of the HIV Vaccine Trials Fails, Scientists Regroup, Medscape

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

1342 - Aparelho de transfusão de sangue tipo Jubé

Seringa para transfusão de sangue, com acessórios em caixa de metal.
Este aparelho de transfusão de sangue tem duas extremidades, o que significa que o doador e o receptor de sangue podiam ser conectados ao mesmo dispositivo. Todo o processo durava trinta minutos.
Foi inventado pelo Dr. Louis Jubé, cujo nome está impresso na tampa da lata. A inscrição se traduz como "Exército Real Italiano". Acredita-se que este objeto tenha sido usado por Sir John Boyd, provavelmente Sir John Smith Knox Boyd (1891–1981), um bacteriologista britânico. Ele fez parte do Royal Army Medical Corps durante a Segunda Guerra Mundial e foi responsável pelos serviços de transfusão de sangue e vacinação no Oriente Médio.
Science Museum Group. Jubé-type blood transfusion apparatus, Paris, France, 1900-1945. A600460Science Museum Group Collection Online. Accessed September 15, 2023. https://collection.sciencemuseumgroup.org.uk/objects/co142951/jube-type-blood-transfusion-apparatus-paris-france-1900-1945-blood-transfusion-apparatus.
Alguns centros médicos da antiga União Soviética utilizaram a transfusão de sangue de cadáveres nas décadas de 20 a 40. É preciso lembrar que na época não existiam bancos de sangue e as transfusões entre vivos eram feitas braço-a-braço com um aparato chamado Jubé.
https://pt.quora.com/Paulo_Cezar