Para diagnosticar o enfisema (pulmonar) e classificar sua gravidade há mais arte que ciência.
"Todo mundo tem um limiar de gatilho diferente para o que eles chamariam de normal e o que chamariam de doença", diz o Dr. Joseph Schoepf, MD, diretor de imagens da MUSC Health e assistente de pesquisa clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de Medicina da Carolina do Sul. "E, até recentemente, exames de pulmões danificados eram um ponto discutível".
No passado, se você perdia tecido pulmonar, era isso. O tecido pulmonar desaparecera e havia muito pouco que você poderia fazer em termos de terapia para ajudar os pacientes. "Mas, com os avanços no tratamento nos últimos anos, aumentou o interesse em classificar objetivamente a doença", afirma Schoepf. É aí que a inteligência artificial e a imagem podem entrar em cena.
Schoepf foi o principal pesquisador em um estudo que analisou os resultados do AI-Rad Companion da Siemens Healthineers em comparação com os testes tradicionais de função pulmonar.
O estudo, publicado on-line no American Journal of Roentgenology, em março, mostrou que o algoritmo do AI-Rad Companion, que examina a tomografia computadorizada do tórax, fornece resultados comparáveis aos testes de função pulmonar, que medem com que força uma pessoa pode expirar. Mostrar que o software de inteligência artificial funciona é o primeiro passo para possivelmente usar exames de tórax para quantificar a gravidade da doença pulmonar e acompanhar os resultados do tratamento.
Philipp Hoelzer, gerente de engajamento de clientes da Siemens Healthineers, diz que uma medição objetiva pode ajudar a avaliar o valor de novos tratamentos ou medicamentos. A equipe da Siemens Healthineers vê o programa como uma maneira de a inteligência artificial trabalhar em conjunto com a experiência clínica dos radiologistas.
"Retirar tarefas manuais e repetitivas, como aquelas que exigem muita medição, é de grande benefício para um radiologista", diz ele. "Contudo, a interpretação das imagens e o pensamento abstrato que a acompanha permanecerão com o radiologista".
O programa também pode oferecer uma ajuda concreta aos médicos que tentam convencer os pacientes da necessidade de adotar mudanças. Ele pode criar um modelo 3D dos pulmões do paciente, mostrando os danos existentes.
"Se você pudesse visualizá-lo e fornecer as informações em termos de imagem, poderia se comunicar melhor com o paciente e, com sorte, levar o paciente a parar de fumar ou mudar o estilo de vida", diz Hoelzer.
No estudo, os pesquisadores analisaram os exames de tórax e as funções pulmonares de 141 pessoas. Atualmente, os exames de tórax não fazem parte das diretrizes para o diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica, um termo genérico que inclui enfisema, bronquite crônica e outras doenças pulmonares, diz Schoepf, porque não havia um meio objetivo de avaliar os exames.
No entanto, ele antecipa um papel para as imagens, se for possível demonstrar que elas oferecem um benefício em termos de objetividade e quantificação.
Siga lendo:
http://www.news-medical.net/news/20200427/Artificial-intelligence-A-backup-and-excellent-benefit-for-radiologists.aspx
http://twitter.com/SwissCognitive
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
quinta-feira, 25 de junho de 2020
quinta-feira, 18 de junho de 2020
1154 - Portadores heterozigotos do gene da deficiência da alfa-1 antitripsina - Metanálise
Uma pesquisa por cientistas da Universidade de Bristol revelou que portadores saudáveis de um gene que causa uma doença respiratória rara são mais altos do que a média e apresentam uma maior função pulmonar.
A doença, a deficiência de alfa1-antitripsina (DAAT), pode resultar em uma capacidade pulmonar severamente reduzida devido ao enfisema. É encontrada em cerca de 1 em 2000 pessoas e ocorre quando um indivíduo herda uma cópia defeituosa do gene de ambos os pais.
As descobertas do estudo da Universidade de Bristol ("A Sudy of Common Mendelian Disease Carriers across Ageing British Cohorts: Meta-Analyses Reveal Heterozygosity for Alpha 1-Antitrypsin Deficiency Increases Respiratory Capacity and Height"), publicado no Journal of Medical Genetics, podem ter implicações importantes no treinamento da aptidão física e no tratamento de distúrbios da função pulmonar e da baixa estatura.
Os pesquisadores estudaram o gene DAAT em relação às condições de saúde humana em cerca de 20.000 participantes. Eles descobriram que os portadores da cópia defeituosa do gene DAAT têm uma melhor capacidade respiratória de cerca de 10%. Além disso, em média, os portadores exibem uma altura significativamente maior (de 1,5 cm).
"Nos últimos milhares de anos, o gene da deficiência parece ter sido selecionado positivamente e é encontrado principalmente no norte da Europa, assim como outras variantes genéticas para a maior altura em geral", disse Ian Day, Ph.D., da Faculdade de Medicina Social e Comunitária e um dos autores do estudo. Essas observações em portadores identificam efeitos de vias que podem ser relevantes nos campos da aptidão física e em abordagens terapêuticas para modificar a função pulmonar ou a baixa estatura.
“Nosso estudo sugere que algum tratamento envolvendo a via da alfa1-antitripsina pode ser capaz de fazer importantes modificações de altura nos distúrbios do crescimento. Centenas de diferentes combinações genéticas comuns que influenciam a altura foram identificadas, o que é uma característica altamente hereditária. A mais notável dessas variantes genéticas comuns é o HMGA2, que exerce um efeito de cerca de 0,3 cm na altura. A variante AATD, presente em cerca de 4% da população, exerce um efeito na altura de 1,5 cm. Um tratamento medicamentoso direcionado a esse caminho pode ter um efeito muito maior.
A alfa1-antitripsina já é um agente terapêutico usado para terapia de reposição em indivíduos deficientes que sofrem de doenças respiratórias. Há um efeito oposto do gene da deficiência nos portadores (ou seja, função pulmonar aumentada) em comparação com a deficiência total (ou seja, função pulmonar severamente diminuída). Este efeito oposto pode potencialmente ser usado para aumentar a capacidade respiratória em contextos selecionados de doenças através da imitação terapêutica do status do portador.
https://www.genengnews.com/topics/omics/study-finds-healthy-respiratory-disease-gene-carriers-have-greater-breathing-capacity/
A doença, a deficiência de alfa1-antitripsina (DAAT), pode resultar em uma capacidade pulmonar severamente reduzida devido ao enfisema. É encontrada em cerca de 1 em 2000 pessoas e ocorre quando um indivíduo herda uma cópia defeituosa do gene de ambos os pais.
As descobertas do estudo da Universidade de Bristol ("A Sudy of Common Mendelian Disease Carriers across Ageing British Cohorts: Meta-Analyses Reveal Heterozygosity for Alpha 1-Antitrypsin Deficiency Increases Respiratory Capacity and Height"), publicado no Journal of Medical Genetics, podem ter implicações importantes no treinamento da aptidão física e no tratamento de distúrbios da função pulmonar e da baixa estatura.
Os pesquisadores estudaram o gene DAAT em relação às condições de saúde humana em cerca de 20.000 participantes. Eles descobriram que os portadores da cópia defeituosa do gene DAAT têm uma melhor capacidade respiratória de cerca de 10%. Além disso, em média, os portadores exibem uma altura significativamente maior (de 1,5 cm).
"Nos últimos milhares de anos, o gene da deficiência parece ter sido selecionado positivamente e é encontrado principalmente no norte da Europa, assim como outras variantes genéticas para a maior altura em geral", disse Ian Day, Ph.D., da Faculdade de Medicina Social e Comunitária e um dos autores do estudo. Essas observações em portadores identificam efeitos de vias que podem ser relevantes nos campos da aptidão física e em abordagens terapêuticas para modificar a função pulmonar ou a baixa estatura.
“Nosso estudo sugere que algum tratamento envolvendo a via da alfa1-antitripsina pode ser capaz de fazer importantes modificações de altura nos distúrbios do crescimento. Centenas de diferentes combinações genéticas comuns que influenciam a altura foram identificadas, o que é uma característica altamente hereditária. A mais notável dessas variantes genéticas comuns é o HMGA2, que exerce um efeito de cerca de 0,3 cm na altura. A variante AATD, presente em cerca de 4% da população, exerce um efeito na altura de 1,5 cm. Um tratamento medicamentoso direcionado a esse caminho pode ter um efeito muito maior.
A alfa1-antitripsina já é um agente terapêutico usado para terapia de reposição em indivíduos deficientes que sofrem de doenças respiratórias. Há um efeito oposto do gene da deficiência nos portadores (ou seja, função pulmonar aumentada) em comparação com a deficiência total (ou seja, função pulmonar severamente diminuída). Este efeito oposto pode potencialmente ser usado para aumentar a capacidade respiratória em contextos selecionados de doenças através da imitação terapêutica do status do portador.
https://www.genengnews.com/topics/omics/study-finds-healthy-respiratory-disease-gene-carriers-have-greater-breathing-capacity/
quinta-feira, 11 de junho de 2020
1153 - Alerta para o uso de máscaras em bebês
A Associação Pediátrica do Japão divulgou um panfleto onde explica que as crianças com menos de dois anos não devem usar máscaras. "É possível que as máscaras tornem a respiração de bebês mais difícil", escreve aquela associação médica, citada pela CNN.
Os pediatras explicam que as crianças menores têm vias nasais mais estreitas e as máscaras podem dificultar a respiração, acrescentando esforço para os pulmões. Alertam ainda para o risco de sufocamento se a criança vomitar atrás da máscara.
As crianças menores têm um risco relativamente pequeno de ficarem infectadas com o novo coronavírus, desaconselhando-se então o uso de máscaras.
Via
quinta-feira, 4 de junho de 2020
1152 - De médico a paciente, pela segunda vez!
O médico Daniel Takana, de Parintins-AM, já havia pegado o coronavírus, se curou, voltou para a linha de frente, mas se contaminou outra vez
"Já supostamente imune ao vírus, após cumprido meu período de isolamento, voltei ao combate na linha de frente.
Confiante, fui fazer meu exame a fim de obter a detecção do IgG, que mostraria que meu organisno estaria recuperado.
Minha decepção ao saber que ainda tinha apenas o IgM positivo.
Ok. Vamos em frente. Não posso aguardar a positivação desse anticorpo em casa. Estava bem. A dor torácica havia passado. Meu pulmão estava 100%. Era hora de enfrentar todos os desafios, pois o Hospital estava lotando e mais e mais pacientes internavam com gravidade importante.
Muitas melhorias no serviço, aparelhos de laboratório novos, capsulas de Hood, gasometria, BIPAPs, protocolos de tratamento de ponta, alinhamento fantástico com a equipe médica, fisioterapia, enfermagem, nutrição, psicologia, administração. O Hospital em harmonia, numa batalha ferrenha para restaurar a saúde de doentes com 30, 50, 70, até 90% do pulmão comprometido. Que orgulho de poder fazer parte de tudo isso. Não tinha tempo para almoçar, dormir tranquilo já era exceção, muitas intubações, passagens de cateteres, pronação de paciente obeso… tudo com muito amor e dedicação.
Eis que dia 23 de maio, sábado, começei a me sentir muito fadigado, não conseguia sair da cama.
Mas obviamente não tinha escolha. Fui trabalhar. Sábado à noite, febre e calafrios. Coriza. No domingo, passei o dia mais difícil durante todo o enfrentamento. Uma série de problemas críticos a serem resolvidos. E um paciente de quase 200 kg para cuidar, estabilizar, para conseguir dar condições de voar até Manaus de Salvo Aéreo. Foi um sucesso. O paciente de 36 anos, que chegou saturando 46%; após intubação foi a 67%. E, após a pronação (colocar o paciente intubado de barriga pra baixo, um sufoco), a saturação foi subindo, e na hora do resgate aéreo, entregamos o paciente com saturação de 96%. Sai acabado do hospital, mas feliz.
Mais uma noite com febre. E, no outro dia, muita dor no peito. Nesse momento, um filme passou pela minha cabeça.
Eu, que havia me isolado de minha familia por 52 dias para protegê -la, poderia estar novamente com COVID? E, ainda fatalmente, a teria contaminado.
Fui realizar exames. Meu IgG teimou em não se mostrar positivo. O IgM mais forte do que nunca. E meu hemograma com leucócitos e plaquetas baixas. Seria uma outra infecção viral? Segunda à noite, mais um paciente grave para intubar. Só eu sei como estava lá, era mais alma do que físico para suportar.
Terça fui para tomografia. E para o meu desespero, lesões agudas compatíveis com COVID, em torno de 15%. Nesse momento não fui forte. Entrei no carro, e desabei. Chorei feito criança. De medo de ficar grave. De raiva, por ter tido tanto cuidado com minha familia e expô la ao vírus. Revolta, por ter que me afastar novamente da direção do hospital, e, principalmente, de ter que sair da linha de frente.
De médico à paciente pela segunda vez.
Conversei com alguns colegas em São Paulo, e me aconselharam a ir para minha cidade natal, para uma investigação mais minuciosa. Não é comum uma reativação como essa. E como fator de complicação, o excesso da minha exposição a altas cargas virais durante procedimentos com pacientes c COVID grave. Refleti. Pensei que se a minha esposa também adoecesse, não teríamos na cidade quem cuidasse de nossa filha. Decidimos dar um jeito de vir para São Paulo.
Me dirigi ao Hospital do Coração, onde fui atendido pela equipe da dra Lotaif, médica conhecida de nossa família. Realizei uma série de exames e, em nova tomografia, o acometimento das lesões no pulmão tinham avançado. Estando em torno de 30%. O exame RT PCR , que pesquisa diretamente o vírus na garganta e nariz deu fortemente POSITIVO. A equipe da infectologia optou então por me internar.
Para invesrigar a fundo o que esta acontecendo e, principalmente, para tentar brecar essa avanço rápido da doença em meus pulmões.
Ainda sinto muito desconforto no tórax, e hoje ainda tenho alguns exames e muitas medicações para tomar.
Eu agradeço todas as manifestações de carinho e apoio.
Saibam que confio muito no trabalho da minha equipe de enfrentamento. Estamos realmente fazendo um trabalho de excelência.
Estou recebendo aqui no H Cor exatamente o mesmo tratamento que fazemos aos nossos pacientes. E ainda temos a grande vantagem de uma equipe de fisioterapia que faz as ventilações não invasivas nas cápsulas de Hood, de maneira fantástica. Sempre protegidos, tanto que nenhum membro da fisioterapia se contaminou.
Deixo aqui meu relato, meu agradecimento ao prefeito Bi Garcia, incansável na luta e no apoio de sua equipe médica, e toda a equipe da SEMSA e dos Hospitais Jofre Cohen e Padre Colombo.
E um agradecimento especial à minha esposa por sempre estar ao meu lado. Em breve retornarei à batalha. Agora chegou a hora de me cuidar. Espero que meu próximo post seja sobre minha alta. Assim será!"
1.° caso no Brasil: médico da linha de frente recebe diagnóstico de reinfecção do coronavírus. Publicado em 30/05/2020 e acessado em 02/06/2020.
"Já supostamente imune ao vírus, após cumprido meu período de isolamento, voltei ao combate na linha de frente.
Confiante, fui fazer meu exame a fim de obter a detecção do IgG, que mostraria que meu organisno estaria recuperado.
Minha decepção ao saber que ainda tinha apenas o IgM positivo.
Ok. Vamos em frente. Não posso aguardar a positivação desse anticorpo em casa. Estava bem. A dor torácica havia passado. Meu pulmão estava 100%. Era hora de enfrentar todos os desafios, pois o Hospital estava lotando e mais e mais pacientes internavam com gravidade importante.
Muitas melhorias no serviço, aparelhos de laboratório novos, capsulas de Hood, gasometria, BIPAPs, protocolos de tratamento de ponta, alinhamento fantástico com a equipe médica, fisioterapia, enfermagem, nutrição, psicologia, administração. O Hospital em harmonia, numa batalha ferrenha para restaurar a saúde de doentes com 30, 50, 70, até 90% do pulmão comprometido. Que orgulho de poder fazer parte de tudo isso. Não tinha tempo para almoçar, dormir tranquilo já era exceção, muitas intubações, passagens de cateteres, pronação de paciente obeso… tudo com muito amor e dedicação.
Eis que dia 23 de maio, sábado, começei a me sentir muito fadigado, não conseguia sair da cama.
Mas obviamente não tinha escolha. Fui trabalhar. Sábado à noite, febre e calafrios. Coriza. No domingo, passei o dia mais difícil durante todo o enfrentamento. Uma série de problemas críticos a serem resolvidos. E um paciente de quase 200 kg para cuidar, estabilizar, para conseguir dar condições de voar até Manaus de Salvo Aéreo. Foi um sucesso. O paciente de 36 anos, que chegou saturando 46%; após intubação foi a 67%. E, após a pronação (colocar o paciente intubado de barriga pra baixo, um sufoco), a saturação foi subindo, e na hora do resgate aéreo, entregamos o paciente com saturação de 96%. Sai acabado do hospital, mas feliz.
Mais uma noite com febre. E, no outro dia, muita dor no peito. Nesse momento, um filme passou pela minha cabeça.
Eu, que havia me isolado de minha familia por 52 dias para protegê -la, poderia estar novamente com COVID? E, ainda fatalmente, a teria contaminado.
Fui realizar exames. Meu IgG teimou em não se mostrar positivo. O IgM mais forte do que nunca. E meu hemograma com leucócitos e plaquetas baixas. Seria uma outra infecção viral? Segunda à noite, mais um paciente grave para intubar. Só eu sei como estava lá, era mais alma do que físico para suportar.
Terça fui para tomografia. E para o meu desespero, lesões agudas compatíveis com COVID, em torno de 15%. Nesse momento não fui forte. Entrei no carro, e desabei. Chorei feito criança. De medo de ficar grave. De raiva, por ter tido tanto cuidado com minha familia e expô la ao vírus. Revolta, por ter que me afastar novamente da direção do hospital, e, principalmente, de ter que sair da linha de frente.
De médico à paciente pela segunda vez.
Conversei com alguns colegas em São Paulo, e me aconselharam a ir para minha cidade natal, para uma investigação mais minuciosa. Não é comum uma reativação como essa. E como fator de complicação, o excesso da minha exposição a altas cargas virais durante procedimentos com pacientes c COVID grave. Refleti. Pensei que se a minha esposa também adoecesse, não teríamos na cidade quem cuidasse de nossa filha. Decidimos dar um jeito de vir para São Paulo.
Me dirigi ao Hospital do Coração, onde fui atendido pela equipe da dra Lotaif, médica conhecida de nossa família. Realizei uma série de exames e, em nova tomografia, o acometimento das lesões no pulmão tinham avançado. Estando em torno de 30%. O exame RT PCR , que pesquisa diretamente o vírus na garganta e nariz deu fortemente POSITIVO. A equipe da infectologia optou então por me internar.
Para invesrigar a fundo o que esta acontecendo e, principalmente, para tentar brecar essa avanço rápido da doença em meus pulmões.
Ainda sinto muito desconforto no tórax, e hoje ainda tenho alguns exames e muitas medicações para tomar.
Eu agradeço todas as manifestações de carinho e apoio.
Saibam que confio muito no trabalho da minha equipe de enfrentamento. Estamos realmente fazendo um trabalho de excelência.
Estou recebendo aqui no H Cor exatamente o mesmo tratamento que fazemos aos nossos pacientes. E ainda temos a grande vantagem de uma equipe de fisioterapia que faz as ventilações não invasivas nas cápsulas de Hood, de maneira fantástica. Sempre protegidos, tanto que nenhum membro da fisioterapia se contaminou.
Deixo aqui meu relato, meu agradecimento ao prefeito Bi Garcia, incansável na luta e no apoio de sua equipe médica, e toda a equipe da SEMSA e dos Hospitais Jofre Cohen e Padre Colombo.
E um agradecimento especial à minha esposa por sempre estar ao meu lado. Em breve retornarei à batalha. Agora chegou a hora de me cuidar. Espero que meu próximo post seja sobre minha alta. Assim será!"
1.° caso no Brasil: médico da linha de frente recebe diagnóstico de reinfecção do coronavírus. Publicado em 30/05/2020 e acessado em 02/06/2020.