Um homem de 36 anos foi internado na unidade de terapia intensiva com uma exacerbação aguda de insuficiência cardíaca crônica. Sua história clínica incluía insuficiência cardíaca com fração de ejeção de 20%, substituição valvular aórtica (bioprótese) para estenose aórtica bicúspide, implante de stent endovascular de aneurisma aórtico e colocação de marca-passo permanente para bloqueio cardíaco completo.
Um dispositivo de assistência ventricular foi colocado para o tratamento da agudização da insuficiência cardíaca e uma infusão contínua de heparina foi iniciada para a anticoagulação sistêmica. Durante a semana seguinte, o paciente apresentou episódios de hemoptise de pequeno volume, aumentando o desconforto respiratório e necessitando do uso de oxigênio suplementar (até 20 litros administrados por meio de uma cânula nasal de alto fluxo).
Por ocasião de uma crise intensa de tosse, o paciente expectorou espontaneamente um molde intacto da árvore brônquica direita. A árvore brônquica direita consiste de três ramos segmentares no lobo superior (setas azuis), dois ramos segmentares no lobo médio (setas brancas) e cinco ramos segmentares no lobo inferior (setas pretas).
O paciente foi subsequentemente entubado e a broncoscopia flexível revelou uma pequena quantidade de sangue nos ramos basilares do lobo inferior direito. Extubado dois dias depois, não teve mais episódios de hemoptise.
Uma semana após a extubação, ele morreu de complicações da insuficiência cardíaca (sobrecarga de volume e débito cardíaco hipossuficiente).
Cast of the right bronchial tree
N Engl J Med 2018; 379:2151
DOI: 10.1056/NEJMicm1806493
Gavitt A. Woodard, MD
Georg M. Wieselthaler, MD
Universidade da Califórnia, São Francisco - CA
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Minha resposta no blog EM a esta pergunta: Árvore em brotamento?
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
1085 - Nuvens marrons e CFC
Veerabhadran Ramanathan (24 de novembro de 1944), cientista atmosférico indiano que, em 1999, descobriu a"Asian Brown Cloud" (foto WIKI) - camadas errantes de poluição do ar tão amplas quanto um continente e mais profunda que o Grand Canyon. As partículas escuras nessas nuvens marrons podem reduzir a chuva, secar a superfície do planeta, resfriar os trópicos e reduzir a luz solar - escurecimento global.
Em 1975, Ramanathan foi o primeiro a demonstrar que os CFCs são os principais gases do efeito estufa. Seus cálculos mostraram que cada molécula de CFC na atmosfera contribui mais para o efeito estufa do que 10.000 moléculas de dióxido de carbono.
Arquivo
76 - "Bombinhas" sem CFC
922 - "O homem que matou um bilhão de pessoas"
Em 1975, Ramanathan foi o primeiro a demonstrar que os CFCs são os principais gases do efeito estufa. Seus cálculos mostraram que cada molécula de CFC na atmosfera contribui mais para o efeito estufa do que 10.000 moléculas de dióxido de carbono.
Arquivo
76 - "Bombinhas" sem CFC
922 - "O homem que matou um bilhão de pessoas"
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
1084 - Doença de Chagas oral
Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) padronizou uma técnica de análise capaz de detectar a presença do material genético do parasito causador da doença de Chagas em alimentos à base de açaí. O método pode contribuir para a investigação dos casos de transmissão por via oral, que atualmente representam quase 70% dos registros de infecção aguda no Brasil – forma da doença que pode ser fatal. Os resultados, obtidos a partir de uma colaboração entre pesquisadores do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foram publicados na revista científica Parasites and Vectors.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2007 e 2016, o Brasil registrou, em média, 200 casos agudos de doença de Chagas por ano. Destes, 69% foram causados por transmissão oral, derivada da contaminação de bebidas e comidas. Embora casos de infecção já tenham sido ligados ao consumo de outros alimentos, o açaí é o item mais frequentemente associado a essa rota de transmissão do T. cruzi. Entre as notificações registradas de 2007 a 2016, cerca de 95% ocorreram na região Norte, com 85% no estado do Pará, onde o consumo do suco fresco de açaí é um item tradicional da cultura alimentar.
Pesquisas apontam que o aquecimento acima de 45 ºC e a pasteurização são medidas eficazes para matar o T. cruzi. Por outro lado, o simples congelamento dos frutos pode não ser suficiente. Um estudo mostrou que o parasito continuava infectivo após 26 horas de contato com a polpa de açaí congelada. Para evitar a contaminação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda uma série de medidas, que vão desde cuidados como retirar galhos, troncos e demais folhagens do cacho de açaí no momento da colheita até a seleção, lavagem e desinfecção dos frutos antes do preparo na etapa de processamento.
A maioria dos pacientes não apresenta sintomas na fase aguda da doença de Chagas. Quando acontecem, as manifestações mais comuns são febre por mais de sete dias, dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e nas pernas. Principalmente nos casos de transmissão oral, dor de estômago, vômitos e diarreia são frequentes. Em até 5% dos casos, a infecção aguda por via oral pode levar à morte. O tratamento indicado para a forma aguda da infecção inclui medicamento específico contra o T. cruzi e, na maioria dos casos, é eficaz para curar o agravo. Entre os pacientes não tratados, um terço desenvolve a forma crônica da doença, na qual problemas cardíacos ou digestivos podem se manifestar cerca de 20 a 30 anos depois da infecção.
Extraído de: Método detecta parasito da doença de Chagas em açaí, Portal Fiocruz
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2007 e 2016, o Brasil registrou, em média, 200 casos agudos de doença de Chagas por ano. Destes, 69% foram causados por transmissão oral, derivada da contaminação de bebidas e comidas. Embora casos de infecção já tenham sido ligados ao consumo de outros alimentos, o açaí é o item mais frequentemente associado a essa rota de transmissão do T. cruzi. Entre as notificações registradas de 2007 a 2016, cerca de 95% ocorreram na região Norte, com 85% no estado do Pará, onde o consumo do suco fresco de açaí é um item tradicional da cultura alimentar.
Pesquisas apontam que o aquecimento acima de 45 ºC e a pasteurização são medidas eficazes para matar o T. cruzi. Por outro lado, o simples congelamento dos frutos pode não ser suficiente. Um estudo mostrou que o parasito continuava infectivo após 26 horas de contato com a polpa de açaí congelada. Para evitar a contaminação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda uma série de medidas, que vão desde cuidados como retirar galhos, troncos e demais folhagens do cacho de açaí no momento da colheita até a seleção, lavagem e desinfecção dos frutos antes do preparo na etapa de processamento.
A maioria dos pacientes não apresenta sintomas na fase aguda da doença de Chagas. Quando acontecem, as manifestações mais comuns são febre por mais de sete dias, dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e nas pernas. Principalmente nos casos de transmissão oral, dor de estômago, vômitos e diarreia são frequentes. Em até 5% dos casos, a infecção aguda por via oral pode levar à morte. O tratamento indicado para a forma aguda da infecção inclui medicamento específico contra o T. cruzi e, na maioria dos casos, é eficaz para curar o agravo. Entre os pacientes não tratados, um terço desenvolve a forma crônica da doença, na qual problemas cardíacos ou digestivos podem se manifestar cerca de 20 a 30 anos depois da infecção.
Extraído de: Método detecta parasito da doença de Chagas em açaí, Portal Fiocruz
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
1083 - Coração materno
Mãe morre no parto e seu coração é doado a um rapaz (de camisa preta). Veja a reação do bebê diante do rapaz.
"Se non è vero, è ben trovato."
Campanha CCTV