O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é uma vitamina hidrossolúvel pertencente ao complexo B necessária para a formação da hemoglobina e de proteínas estruturais.
É recomendado especialmente na prevenção primária da ocorrência de defeitos do fechamento do tubo neural, que, entre os dias 18 e 26 do período embrionário, transforma-se na espinha. Defeitos do tubo neural são malformações que ocorrem no início do desenvolvimento fetal, sendo as principais: anencefalia e espinha bífida.
As doses diárias recomendadas são de 0,4 a 0,8 mg, no período de um mês antes da concepção até três meses de gravidez (1º. trimestre).
O principal problema nesta prevenção reside no fato de que cerca da metade das gestações no Brasil não são planejadas e, assim, quando as mulheres descobrem que estão grávidas já passou o tempo recomendado para se fazer a suplementação com o ácido fólico. Por este motivo, o principal foco de orientação é que as mulheres em idade reprodutiva tenham uma alimentação balanceada que contenha alimentos ricos em ácido fólico.
As principais fontes deste nutriente são as vísceras, as carnes de boi e de porco, o feijão, a levedura de cerveja e os vegetais de folhas verdes como o espinafre, o aspargo, a couve e o brócolis, além de abacate, maçã, abóbora, cenoura, milho, leite e ovos.
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
581 - Soprando velas em bolo de aniversário
O conhecimento científico cresce aos sopros, como neste estudo:
Bacterial Transfer by Blowing Out Birthday Cake Candles (Transferência Bacteriana Soprando Velas em Bolo de Aniversário)
Pôster nº. 13 do 5th Annual Focus on Creative Inquiry da Universidade de Clemson, apresentado em 12 de abril de 2010
Orientadores: Paul Dawson e Inyee Han, do Departamento de Ciência dos Alimentos e Nutrição Humana
Estudantes: Danielle Lynn, Jenevieve Lackey, Johnson Baker, Sutton Fainschwartz, Aaron Pietzyk
"As bactérias, presentes no meio ambiente e em outros seres vivos, são um componente inevitável da vida. É importante entender como elas – benignas ou patogênicas – são transferidas e se familiarizar com as medidas que evitam a contaminação. Como tal, este projeto de pesquisa foi focado na propagação potencial de bactérias quando se sopram as velas em um bolo de aniversário. O primeiro procedimento utilizado foi soprar em placas de Petri contendo o nutriente ágar. Um segundo procedimento consistiu em soprar velas acesas colocadas sobre uma camada de gelo. E, num terceiro procedimento, testamos se salivar antes de soprar as velas sobre o gelo afetaria o resultado. Para simular uma atmosfera realista de festa, este último procedimento incluiu o consumo de uma fatia de pizza fresca antes de soprar as velas. Determinou-se que um nível mais elevado de bactérias foi transferido com este processo do que no teste anterior. Esses resultados levaram-nos a concluir que as bactérias expelidas pela boca podem, de fato, contaminar os bolos de aniversário".
Bacterial Transfer by Blowing Out Birthday Cake Candles (Transferência Bacteriana Soprando Velas em Bolo de Aniversário)
Pôster nº. 13 do 5th Annual Focus on Creative Inquiry da Universidade de Clemson, apresentado em 12 de abril de 2010
Orientadores: Paul Dawson e Inyee Han, do Departamento de Ciência dos Alimentos e Nutrição Humana
Estudantes: Danielle Lynn, Jenevieve Lackey, Johnson Baker, Sutton Fainschwartz, Aaron Pietzyk
"As bactérias, presentes no meio ambiente e em outros seres vivos, são um componente inevitável da vida. É importante entender como elas – benignas ou patogênicas – são transferidas e se familiarizar com as medidas que evitam a contaminação. Como tal, este projeto de pesquisa foi focado na propagação potencial de bactérias quando se sopram as velas em um bolo de aniversário. O primeiro procedimento utilizado foi soprar em placas de Petri contendo o nutriente ágar. Um segundo procedimento consistiu em soprar velas acesas colocadas sobre uma camada de gelo. E, num terceiro procedimento, testamos se salivar antes de soprar as velas sobre o gelo afetaria o resultado. Para simular uma atmosfera realista de festa, este último procedimento incluiu o consumo de uma fatia de pizza fresca antes de soprar as velas. Determinou-se que um nível mais elevado de bactérias foi transferido com este processo do que no teste anterior. Esses resultados levaram-nos a concluir que as bactérias expelidas pela boca podem, de fato, contaminar os bolos de aniversário".
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
580 - Que é envelhecer?
O Dr. João Pedro de Magalhães, biólogo da Universidade de Liverpool, dedicou sua vida acadêmica a estudar o processo de envelhecimento. Este vídeo ilustra uma palestra do Dr. Magalhães sobre o assunto.
Transcrição
O envelhecimento é uma diminuição da viabilidade e um aumento da vulnerabilidade, relacionados com a idade. Isso significa que a sua capacidade de responder às solicitações externas e a sua capacidade de funcionar diminuem com a idade. Você se torna mais vulnerável a doenças. Uma das principais causas de mortalidade em idosos é a gripe – a comum gripe.
O envelhecimento envolve diferentes níveis e diferentes órgãos e sistemas do corpo, o que o torna um processo muito complexo e de relativamente difícil estudo. Nós realmente não sabemos muito sobre o envelhecimento, seus mecanismos, e por que envelhecemos. O que impulsiona o processo de envelhecimento, a partir de uma célula ou de uma perspectiva molecular, ainda é relativamente pouco compreendido.
Se você olhar para o nosso tempo de vida, só recentemente vem sendo por mais tempo. Há 150 anos era em torno de 40 anos de idade. E, milhares de anos atrás, era talvez 25.
Quando a nossa espécie evoluiu, e quando a maioria das espécies evoluíram, a maioria dos indivíduos morriam quando jovens. Não havia realmente nenhuma pressão, ou esta era muito fraca, para nós evitarmos o envelhecimento ou vivermos mais.
Há hipóteses, por exemplo: Que ocorrem danos ao DNA, que, em seguida, afetam a renovação celular. E isso, provavelmente, impede a reparação do corpo e contribui para a perda de viabilidade. Depois, há a teoria dos radicais livres. Essa ideia de que as mitocôndrias em nossas células geram compostos altamente reativos que criam um estresse oxidativo prejudicial, o qual, por sua vez, acumulando-se com a idade, seja causa do envelhecimento. Há também os telômeros. Os telômeros são as extremidades dos cromossomas e eles encurtam com a divisão celular. Esse fato, talvez, impulsione o processo de envelhecimento.
Depois dos 30 anos, suas chances de morrer dobram a cada oito anos. Isso é o normal para as populações humanas. Não importa de onde você é ou onde você viva. Em um país do terceiro mundo, as pessoas apresentam uma maior mortalidade inicialmente, mas este aumento exponencial na mortalidade também se verifica.
Você tem criaturas muito originais. Um exemplo são as aves. Elas realmente vivem mais tempo do que seria esperado para o tamanho do corpo, porque elas podem voar e assim evitam os predadores. Uma das espécies de nosso interesse é o rato toupeira pelado. Que vive mais de 30 anos. Por quê? Ele vive num ambiente protegido.Então, não há uma uma pressão evolutiva para ele viver mais tempo. Uma das coisas interessantes sobre o rato toupeira pelado é que ele é extremamente resistente ao câncer. Não foi registrado um único caso de câncer em centenas deles. E a longevidade é adaptável. Existem espécies que vivem muito mais tempo do que nós, como algumas espécies de tartarugas.
Um dos maiores avanços tecnológicos até agora é que você pode manipular genes individuais e assim ter um impacto muito significativo no envelhecimento. Sabemos, por exemplo, que se você começar a manipular os sistemas de reparo do DNA em camundongos, você produz o que se parece com um envelhecimento acelerado. Por outro lado, você pode desligar um único gene em camundongos, como o receptor do hormônio do crescimento, e aumentar neles a expectativa de vida em 50 por cento. Há igualmente intervenções que modulam o envelhecimento. A mais conhecida de todas é a restrição calórica: restringir a quantidade de calorias que os animais comem, mantendo os nutrientes como vitaminas e minerais normais. Isso se sabe, há décadas, que prolongar a vida dos roedores em até 50 por cento. E eles são mais saudáveis por mais tempo, o que é bastante impressionante.
Uma das coisas, por exemplo, que o nosso laboratório pode fazer é investigar o gene que media os efeitos da restrição calórica. Em seguida, desenvolver drogas que têm como alvo o gene, de modo a ter o mesmo efeito de restrição calórica sem que você tenha de se submeter a uma dieta. Se você pudesse retardar o processo de envelhecimento apenas por sete anos, isto reduziria à metade a incidência de doenças relacionadas com a idade. Teria um enorme impacto sobre a vida humana e para a saúde humana.
Não há nenhuma lei da natureza que diga que o envelhecimento é imutável. Pelo contrário, o que sabemos agora é que o envelhecimento é surpreendentemente plástico. No sentido de que ele pode ser manipulado por genes, que podem ser manipulados pela evolução e pela dieta. Quando eu era mais jovem, talvez com dez anos de idade, percebi que as pessoas morriam em todas as idades .E pensei: por que não podemos fazer algo sobre isso? Então, decidi: eu vou fazê-lo. Vou estudar o envelhecimento e vou encontrar uma solução para ele. As pessoas não têm que envelhecer e morrer.
O envelhecimento é uma diminuição da viabilidade e um aumento da vulnerabilidade, relacionados com a idade. Isso significa que a sua capacidade de responder às solicitações externas e a sua capacidade de funcionar diminuem com a idade. Você se torna mais vulnerável a doenças. Uma das principais causas de mortalidade em idosos é a gripe – a comum gripe.
O envelhecimento envolve diferentes níveis e diferentes órgãos e sistemas do corpo, o que o torna um processo muito complexo e de relativamente difícil estudo. Nós realmente não sabemos muito sobre o envelhecimento, seus mecanismos, e por que envelhecemos. O que impulsiona o processo de envelhecimento, a partir de uma célula ou de uma perspectiva molecular, ainda é relativamente pouco compreendido.
Se você olhar para o nosso tempo de vida, só recentemente vem sendo por mais tempo. Há 150 anos era em torno de 40 anos de idade. E, milhares de anos atrás, era talvez 25.
Quando a nossa espécie evoluiu, e quando a maioria das espécies evoluíram, a maioria dos indivíduos morriam quando jovens. Não havia realmente nenhuma pressão, ou esta era muito fraca, para nós evitarmos o envelhecimento ou vivermos mais.
Há hipóteses, por exemplo: Que ocorrem danos ao DNA, que, em seguida, afetam a renovação celular. E isso, provavelmente, impede a reparação do corpo e contribui para a perda de viabilidade. Depois, há a teoria dos radicais livres. Essa ideia de que as mitocôndrias em nossas células geram compostos altamente reativos que criam um estresse oxidativo prejudicial, o qual, por sua vez, acumulando-se com a idade, seja causa do envelhecimento. Há também os telômeros. Os telômeros são as extremidades dos cromossomas e eles encurtam com a divisão celular. Esse fato, talvez, impulsione o processo de envelhecimento.
Depois dos 30 anos, suas chances de morrer dobram a cada oito anos. Isso é o normal para as populações humanas. Não importa de onde você é ou onde você viva. Em um país do terceiro mundo, as pessoas apresentam uma maior mortalidade inicialmente, mas este aumento exponencial na mortalidade também se verifica.
Você tem criaturas muito originais. Um exemplo são as aves. Elas realmente vivem mais tempo do que seria esperado para o tamanho do corpo, porque elas podem voar e assim evitam os predadores. Uma das espécies de nosso interesse é o rato toupeira pelado. Que vive mais de 30 anos. Por quê? Ele vive num ambiente protegido.Então, não há uma uma pressão evolutiva para ele viver mais tempo. Uma das coisas interessantes sobre o rato toupeira pelado é que ele é extremamente resistente ao câncer. Não foi registrado um único caso de câncer em centenas deles. E a longevidade é adaptável. Existem espécies que vivem muito mais tempo do que nós, como algumas espécies de tartarugas.
Um dos maiores avanços tecnológicos até agora é que você pode manipular genes individuais e assim ter um impacto muito significativo no envelhecimento. Sabemos, por exemplo, que se você começar a manipular os sistemas de reparo do DNA em camundongos, você produz o que se parece com um envelhecimento acelerado. Por outro lado, você pode desligar um único gene em camundongos, como o receptor do hormônio do crescimento, e aumentar neles a expectativa de vida em 50 por cento. Há igualmente intervenções que modulam o envelhecimento. A mais conhecida de todas é a restrição calórica: restringir a quantidade de calorias que os animais comem, mantendo os nutrientes como vitaminas e minerais normais. Isso se sabe, há décadas, que prolongar a vida dos roedores em até 50 por cento. E eles são mais saudáveis por mais tempo, o que é bastante impressionante.
Uma das coisas, por exemplo, que o nosso laboratório pode fazer é investigar o gene que media os efeitos da restrição calórica. Em seguida, desenvolver drogas que têm como alvo o gene, de modo a ter o mesmo efeito de restrição calórica sem que você tenha de se submeter a uma dieta. Se você pudesse retardar o processo de envelhecimento apenas por sete anos, isto reduziria à metade a incidência de doenças relacionadas com a idade. Teria um enorme impacto sobre a vida humana e para a saúde humana.
Não há nenhuma lei da natureza que diga que o envelhecimento é imutável. Pelo contrário, o que sabemos agora é que o envelhecimento é surpreendentemente plástico. No sentido de que ele pode ser manipulado por genes, que podem ser manipulados pela evolução e pela dieta. Quando eu era mais jovem, talvez com dez anos de idade, percebi que as pessoas morriam em todas as idades .E pensei: por que não podemos fazer algo sobre isso? Então, decidi: eu vou fazê-lo. Vou estudar o envelhecimento e vou encontrar uma solução para ele. As pessoas não têm que envelhecer e morrer.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
579 - Pesquisa. As células-tronco no tratamento de formas resistentes da tuberculose
Novas opções de tratamento são urgentemente necessárias para a tuberculose multirresistente (MDR) e a tuberculose extensivamente resistente (XDR), que estão associadas à disfunção imunológica. Nestas formas da doença, o tratamento com a combinação de antibióticos geralmente não obtém resultados satisfatórios.
De acordo com um estudo preliminar, as células-tronco podem oferecer chances de cura.
No estudo conduzido em Karolinska Institutet, em Estocolmo (Suécia), 30 indivíduos com tuberculose MDR ou XDR (com idades entre 21 e 65 anos) foram submetidos a tratamento com antibióticos e também receberam uma infusão de cerca 1 milhão de células estromais mesenquimais (MSCs) por quilo de peso.
As células foram colhidas da medula óssea dos pacientes e foram cultivadas em larga escala no laboratório. As injeções de MSCs foram bem toleradas e não foram observados efeitos adversos graves em nenhum paciente. Dezoito meses após o tratamento, 16 dos 30 participantes do estudo foram declarados curados. No grupo-controle, em que os pacientes foram tratados exclusivamente com antibióticos, apenas 5 dos 30 participantes foram curados.
Os resultados mostram que é possível vencer as dificuldades do tratamento. Para que a segurança e a eficácia do tratamento sejam definitivamente confirmadas, os estudos da fase 2 devem ser realizados o mais breve possível.
De acordo com um estudo preliminar, as células-tronco podem oferecer chances de cura.
No estudo conduzido em Karolinska Institutet, em Estocolmo (Suécia), 30 indivíduos com tuberculose MDR ou XDR (com idades entre 21 e 65 anos) foram submetidos a tratamento com antibióticos e também receberam uma infusão de cerca 1 milhão de células estromais mesenquimais (MSCs) por quilo de peso.
As células foram colhidas da medula óssea dos pacientes e foram cultivadas em larga escala no laboratório. As injeções de MSCs foram bem toleradas e não foram observados efeitos adversos graves em nenhum paciente. Dezoito meses após o tratamento, 16 dos 30 participantes do estudo foram declarados curados. No grupo-controle, em que os pacientes foram tratados exclusivamente com antibióticos, apenas 5 dos 30 participantes foram curados.
Os resultados mostram que é possível vencer as dificuldades do tratamento. Para que a segurança e a eficácia do tratamento sejam definitivamente confirmadas, os estudos da fase 2 devem ser realizados o mais breve possível.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
577 - Um câncer curado por um raio
Reuben Stephenson, lavrador em Langtoft, Inglaterra, foi atingido no campo por um raio. A descarga elétrica deixou-o muito ferido e dois cavalos seus foram mortos no local.
Após o acidente, o médico Dr. Allison, de Birdlington, que participou do atendimento, descobriu que o lavrador sofria de uma lesão maligna no lábio.
Quando o Sr. Stephenson tinha-se recuperado suficientemente dos efeitos do raio, um acordo foi firmado para a remoção cirúrgica do câncer. Mas, por estranho que pareça, justamente quando a operação estava para ser realizada, uma inspeção feita momentos antes evidenciou que um processo de cura se iniciara na lesão cancerosa.
A operação foi suspensa e, num tempo razoável, o homem ficou completamente curado da lesão.
Lancet, 1855. Citado por Paul Fitzsimmons em A Collection of Remarkable Cases in Surgery, 1857.
N. do E.
Um relato de caso tem baixo nível de evidência científica (nível 4, segundo o Oxford Centre for Evidence-based Medicine).
Após o acidente, o médico Dr. Allison, de Birdlington, que participou do atendimento, descobriu que o lavrador sofria de uma lesão maligna no lábio.
Quando o Sr. Stephenson tinha-se recuperado suficientemente dos efeitos do raio, um acordo foi firmado para a remoção cirúrgica do câncer. Mas, por estranho que pareça, justamente quando a operação estava para ser realizada, uma inspeção feita momentos antes evidenciou que um processo de cura se iniciara na lesão cancerosa.
A operação foi suspensa e, num tempo razoável, o homem ficou completamente curado da lesão.
Lancet, 1855. Citado por Paul Fitzsimmons em A Collection of Remarkable Cases in Surgery, 1857.
N. do E.
Um relato de caso tem baixo nível de evidência científica (nível 4, segundo o Oxford Centre for Evidence-based Medicine).
sábado, 11 de janeiro de 2014
576 - A Estatística explicada através da dança moderna
Se você é do tipo que precisa de bons recursos visuais para fazer um conceito ficar em sua cabeça, esta série de vídeos do YouTube, feitos pelo britânico Psychological Society Media Centre, vai ajudá-lo a lembrar os significados de conceitos estatísticos como "correlação", "distribuições de freqüência" e "erro de amostragem".
Há quatro vídeos da série até agora, e eles fazem o interessante trabalho de apresentar quadros a respeito de ideias abstratas.
Bônus: música suave.
Há quatro vídeos da série até agora, e eles fazem o interessante trabalho de apresentar quadros a respeito de ideias abstratas.
Bônus: música suave.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
575 - O micróbio que quer ser astronauta
Em 2007, quando os engenheiros montavam a sonda Phoenix em uma das "Salas Brancas" que a NASA mantém no Centro Espacial Kennedy, os cientistas descobriram um microrganismo realmente surpreendente. Uma bactéria desconhecida e tão resistente que fora capaz de resistir às rigorosas medidas de segurança existentes no local, alimentando-se praticamente de nada.
Desde então, a bactéria jamais havia sido encontrada outra vez.
Há poucos meses, os cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA anunciaram que a encontraram novamente. Em outra "Sala Branca", pertencente ao Centro Espacial Europeu de Kourou, na Guiana Francesa, a milhares de quilômetros de distância da primeira!
Leia o artigo completo de Javier Peláez, El microbio imposible empeñado en ser astronauta, em Yahoo! Noticias España.
Desde então, a bactéria jamais havia sido encontrada outra vez.
Há poucos meses, os cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA anunciaram que a encontraram novamente. Em outra "Sala Branca", pertencente ao Centro Espacial Europeu de Kourou, na Guiana Francesa, a milhares de quilômetros de distância da primeira!
Tersicoccus phoenicis, o micróbio encontrado nas instalações aeroespaciais |
domingo, 5 de janeiro de 2014
574 - A pneumonia como causa de mortalidade em crianças
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a pneumonia é a principal causa de morte em crianças em todo o mundo. Todos os anos, a doença mata cerca de 1,2 milhão de crianças menores de cinco anos, sendo responsável por 18 por cento das mortes de crianças nessa faixa etária.
A enfermidade é causada por vírus, bactérias ou fungos.
A prevenção da pneumonia em crianças, uma doença que pode ser evitada mediante imunização, nutrição adequada e resolvendo fatores ambientais, é o componente principal de uma estratégia para reduzir a mortalidade infantil.
A imunização contra hemófilo B, pneumococo, sarampo e coqueluche é a maneira mais eficaz de prevenir a pneumonia.
A nutrição adequada é a chave para melhorar as defesas naturais das crianças, começando com amamentação materna exclusiva durante os primeiros seis meses de vida. Além de ser eficaz na prevenção da pneumonia, também ajuda a reduzir a duração da doença se uma criança se tornar doente.
Intervir sobre os fatores ambientais como suprimir a poluição do ar domiciliar (fornecendo fogões limpos e garantindo ambientes interiores livres de fumo) e como melhorar a higiene nas casas em que há muita gente também reduzem o número de crianças que contraem pneumonia.
Diagnosticar pneumonia na infância com precisão também é um desafio, se comparado com intervenções em outras doenças. A sensibilidade da cultura de sangue para a pneumonia é de 10 a 20 por cento e as aspirações pulmonares dão um resultado mais elevado (de até 50 por cento). A sensibilidade usando técnicas de diagnóstico moleculares, a partir da reação em cadeia da polimerase (PCR, polymerase chain reaction) na aspiração pulmonar, é consideravelmente elevada, porém tais serviços são limitados a poucos cenários em países com alta incidência de pneumonia na infância.
A pneumonia causada por bactérias pode ser tratada com antibióticos, mas apenas 30 por cento das crianças com a doença recebem os antibióticos de que precisam.
A enfermidade é causada por vírus, bactérias ou fungos.
A prevenção da pneumonia em crianças, uma doença que pode ser evitada mediante imunização, nutrição adequada e resolvendo fatores ambientais, é o componente principal de uma estratégia para reduzir a mortalidade infantil.
A imunização contra hemófilo B, pneumococo, sarampo e coqueluche é a maneira mais eficaz de prevenir a pneumonia.
A nutrição adequada é a chave para melhorar as defesas naturais das crianças, começando com amamentação materna exclusiva durante os primeiros seis meses de vida. Além de ser eficaz na prevenção da pneumonia, também ajuda a reduzir a duração da doença se uma criança se tornar doente.
Intervir sobre os fatores ambientais como suprimir a poluição do ar domiciliar (fornecendo fogões limpos e garantindo ambientes interiores livres de fumo) e como melhorar a higiene nas casas em que há muita gente também reduzem o número de crianças que contraem pneumonia.
Diagnosticar pneumonia na infância com precisão também é um desafio, se comparado com intervenções em outras doenças. A sensibilidade da cultura de sangue para a pneumonia é de 10 a 20 por cento e as aspirações pulmonares dão um resultado mais elevado (de até 50 por cento). A sensibilidade usando técnicas de diagnóstico moleculares, a partir da reação em cadeia da polimerase (PCR, polymerase chain reaction) na aspiração pulmonar, é consideravelmente elevada, porém tais serviços são limitados a poucos cenários em países com alta incidência de pneumonia na infância.
A pneumonia causada por bactérias pode ser tratada com antibióticos, mas apenas 30 por cento das crianças com a doença recebem os antibióticos de que precisam.
Fonte: Medical News Today
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
573 - Brasil, referência mundial em doação de leite materno
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (Rede BLH) é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a maior e mais complexa rede de banco de leite do mundo. O Brasil exporta tecnologia e conhecimento para 23 países da América Latina, Península Ibérica e África. Mas isso não impede que durante períodos das festas de final de ano o estoque caia em muitos dos 212 bancos de leite espalhados pelo país.
Por ano, no Brasil, aproximadamente 160 mil recém-nascidos recebem leite doado. Toda mãe que tem, por algum motivo, dificuldade em produzir leite, pode recorrer aos bancos de leite públicos para alimentar seu bebê. “É importante que a população saiba da necessidade da doação. Quando a gente faz campanha é porque muitas mulheres às vezes não sabem que podem fazer esse ato de doação. Se ela tem excesso de leite ela pode doar.”, afirma a coordenadora dos Bancos de Leite do Distrito Federal (DF), Miríam Oliveira Santos.
Comprar presentes, finalizar as pendências do ano, viajar para encontrar a família, férias e compromissos do final do ano costumam reduzir, entre dezembro e fevereiro, em até 40% a quantidade de doações de leite no país. Essa é a estimativa feita pela coordenadora de Processamento e Controle de Qualidade da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Danielle Aparecida da Silva. Essa redução é compensada com o leite fabricado, mas que não tem o mesmo valor nutricional.
"A principal diferença é que o leite humano é um alimento funcional e é o único que tem fatores de proteção. Seus nutrientes são específicos para o bebê. Eles vão auxiliar não só no momento de amamentação, mas na prevenção de doenças futuras, como diabetes, obesidade e viroses. Ao não tomar o leite humano materno, o bebe perde em qualidade de vida”, explica Danielle Aparecida.
A mãe de gêmeos Aline Alves Veras Rodrigues diz que mesmo com os compromissos do final de ano não pretende deixar de doar. Apesar de ter dois filhos para amamentar, Aline ainda consegue doar de 4 a 5 frascos de leite por semana. Isso ocorre porque ela tem hiperlactação, que é quando uma mãe produz mais leite do que o filho precisa.
Ao conhecer no hospital uma mãe que não produzia leite e que seu bebê precisava ganhar peso para sair da UTI, Aline sentiu a necessidade de doar o leite que sobrava. “Eu com muito leite e ela com pouco. Foi ai que decidi ajudar outras crianças sempre que possível. Esse final de ano eu já comecei. Semana retrasada e passada contribui com uma doação bem grande”, conta Aline.
“Nessa época do ano a conscientização da população é ainda mais importante porque a queda no estoque dos bancos de leite é mais expressiva”, explica Miríam Oliveira. A coordenadora dos Bancos de Leite do DF conta que eles se mobilizam no final do ano para não deixar faltar leite. “A gente faz divulgação na imprensa, dentro das maternidades, dentro dos centros de saúde. Faz uma ação intensiva nesse período para que não falte leite”, comenta Miriam.
Por ano, no Brasil, aproximadamente 160 mil recém-nascidos recebem leite doado. Toda mãe que tem, por algum motivo, dificuldade em produzir leite, pode recorrer aos bancos de leite públicos para alimentar seu bebê. “É importante que a população saiba da necessidade da doação. Quando a gente faz campanha é porque muitas mulheres às vezes não sabem que podem fazer esse ato de doação. Se ela tem excesso de leite ela pode doar.”, afirma a coordenadora dos Bancos de Leite do Distrito Federal (DF), Miríam Oliveira Santos.
Comprar presentes, finalizar as pendências do ano, viajar para encontrar a família, férias e compromissos do final do ano costumam reduzir, entre dezembro e fevereiro, em até 40% a quantidade de doações de leite no país. Essa é a estimativa feita pela coordenadora de Processamento e Controle de Qualidade da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Danielle Aparecida da Silva. Essa redução é compensada com o leite fabricado, mas que não tem o mesmo valor nutricional.
"A principal diferença é que o leite humano é um alimento funcional e é o único que tem fatores de proteção. Seus nutrientes são específicos para o bebê. Eles vão auxiliar não só no momento de amamentação, mas na prevenção de doenças futuras, como diabetes, obesidade e viroses. Ao não tomar o leite humano materno, o bebe perde em qualidade de vida”, explica Danielle Aparecida.
A mãe de gêmeos Aline Alves Veras Rodrigues diz que mesmo com os compromissos do final de ano não pretende deixar de doar. Apesar de ter dois filhos para amamentar, Aline ainda consegue doar de 4 a 5 frascos de leite por semana. Isso ocorre porque ela tem hiperlactação, que é quando uma mãe produz mais leite do que o filho precisa.
Ao conhecer no hospital uma mãe que não produzia leite e que seu bebê precisava ganhar peso para sair da UTI, Aline sentiu a necessidade de doar o leite que sobrava. “Eu com muito leite e ela com pouco. Foi ai que decidi ajudar outras crianças sempre que possível. Esse final de ano eu já comecei. Semana retrasada e passada contribui com uma doação bem grande”, conta Aline.
“Nessa época do ano a conscientização da população é ainda mais importante porque a queda no estoque dos bancos de leite é mais expressiva”, explica Miríam Oliveira. A coordenadora dos Bancos de Leite do DF conta que eles se mobilizam no final do ano para não deixar faltar leite. “A gente faz divulgação na imprensa, dentro das maternidades, dentro dos centros de saúde. Faz uma ação intensiva nesse período para que não falte leite”, comenta Miriam.
Lucas Leon, Blog da Saúde