A Síndrome de Peter Pan teve a possibilidade da existência levantada pelo Dr. Dan Kiley em seu livro "The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up", de 1983. Para designar a síndrome, o autor inspirou-se em Peter Pan, personagem de uma peça de teatro e livro homônimo, que vivia na Terra do Nunca onde os garotos nunca envelhecem.
O portador desta síndrome, segundo Kiley, tende a apresentar rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo, dependência e negação ao envelhecimento.
No entanto, não há consenso de que esta síndrome seja uma doença psicológica real e, por isso, não está referenciada nos manuais de transtornos mentais. Não consta, por exemplo, no DSM IV.
A propósito
Como se parecem atualmente (no plano físico) Lucy, Linus e Charles Brown?
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
551 - Não é a queda...
"É, naturalmente, óbvio que a velocidade ou a altura de uma queda não é em si mesma prejudicial. Nem uma alteração moderada da velocidade, tal como ocorre depois de uma queda de 10 andares dentro de uma rede ou sobre um toldo, cujo desfecho não deve necessariamente resultar em ferimentos. Mas, uma elevada taxa de mudança de velocidade, tal como ocorre depois de uma queda de 10 andares em uma superfície de concreto, é outra questão."
Haven H. Mechanical analysis of survival in falls from heights of fifty to one hundred and fifty feet Inj Prev 2000; 6:62-68
Trata-se de uma versão prolixa para o velho ditado: "Não é a queda que mata, é a parada brusca no final."
Slideshow EM QUEDA LIVRE
Haven H. Mechanical analysis of survival in falls from heights of fifty to one hundred and fifty feet Inj Prev 2000; 6:62-68
Trata-se de uma versão prolixa para o velho ditado: "Não é a queda que mata, é a parada brusca no final."
Slideshow EM QUEDA LIVRE
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
550 - Testes de sobriedade
Muito mais comuns nos EUA, os testes de sobriedade podem parecer uma grande piada, mas produzem resultados que podem indicar (antes do bafômetro e de outros exames) que a pessoa andou bebendo mais do que deveria.
Confira alguns dos principais testes de sobriedade. Todos são homologados pela NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration, a Administração Nacional de Segurança e Tráfego nas Autoestradas).
1. Nistagmo horizontal dos olhos Para quem não sabe, o nistagmo é um movimento involuntário que os olhos fazem por diversas razões, incluindo-se o excesso de álcool no sangue. Segundo dados da NHTSA, em 88 por cento dos casos de nistagmo, a quantidade de álcool está acima da legalmente permitida.
3. Parar em uma perna
4. Teste de equilíbrio de Rhomberg
5. Pôr o dedo no nariz
Leia mais em: www.tecmundo.com.br/mega-curioso
Confira alguns dos principais testes de sobriedade. Todos são homologados pela NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration, a Administração Nacional de Segurança e Tráfego nas Autoestradas).
1. Nistagmo horizontal dos olhos Para quem não sabe, o nistagmo é um movimento involuntário que os olhos fazem por diversas razões, incluindo-se o excesso de álcool no sangue. Segundo dados da NHTSA, em 88 por cento dos casos de nistagmo, a quantidade de álcool está acima da legalmente permitida.
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2. Andar e girar3. Parar em uma perna
4. Teste de equilíbrio de Rhomberg
5. Pôr o dedo no nariz
Leia mais em: www.tecmundo.com.br/mega-curioso
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
549 - Organização Mundial da Saúde classifica poluição do ar como cancerígena
Genebra – A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a poluição do ar como cancerígena para os seres humanos, anunciou hoje (17) o Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc, da sigla em inglês), uma agência especializada da organização.
“O ar que respiramos se tornou poluído com uma mistura de substâncias causadoras de câncer. Sabemos hoje que a poluição é, não só um risco importante para a saúde em geral, como também uma das principais causas das mortes por câncer”, afirmou Kurt Straif, da Iarc, em uma conferência de imprensa em Genebra.
Os pesquisadores da Iarc concluíram que “há provas suficientes” de que “a exposição à poluição do ar provoca câncer de pulmão” e aumenta “o risco de câncer da bexiga”, depois de analisarem estudos envolvendo milhares de pessoas acompanhadas durante várias décadas.
Embora a composição da poluição e os níveis de exposição variem acentuadamente entre diferentes locais, a agência afirma que esta classificação se aplica “a todas as regiões do mundo”. A poluição do ar já era cientificamente considerada como causa de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Em comunicado, a agência afirma que os níveis de exposição à poluição aumentaram significativamente em algumas zonas do mundo, principalmente aquelas que se estão se industrializando rapidamente e são muito populosas.
Segundo a Iarc, dados de 2010 indicam que 223.000 mortes por câncer de pulmão foram causadas pela poluição do ar. A agência mediu a presença de poluentes específicos e misturas de químicos no ar e as conclusões apresentadas hoje se baseiam na qualidade do ar em geral.
“A nossa tarefa era avaliar o ar que todas as pessoas respiram e não focarmos em poluentes específicos”, explicou Dana Loomis, da agência. “Os resultados dos estudos apontam na mesma direção: o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta significativamente para as pessoas expostas à poluição do ar”, acrescentou.
A Iarc vai publicar as conclusões do estudo, de forma pormenorizada, na semana que vem, na revista médica britânica The Lancet.
“O ar que respiramos se tornou poluído com uma mistura de substâncias causadoras de câncer. Sabemos hoje que a poluição é, não só um risco importante para a saúde em geral, como também uma das principais causas das mortes por câncer”, afirmou Kurt Straif, da Iarc, em uma conferência de imprensa em Genebra.
Os pesquisadores da Iarc concluíram que “há provas suficientes” de que “a exposição à poluição do ar provoca câncer de pulmão” e aumenta “o risco de câncer da bexiga”, depois de analisarem estudos envolvendo milhares de pessoas acompanhadas durante várias décadas.
Embora a composição da poluição e os níveis de exposição variem acentuadamente entre diferentes locais, a agência afirma que esta classificação se aplica “a todas as regiões do mundo”. A poluição do ar já era cientificamente considerada como causa de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Em comunicado, a agência afirma que os níveis de exposição à poluição aumentaram significativamente em algumas zonas do mundo, principalmente aquelas que se estão se industrializando rapidamente e são muito populosas.
Segundo a Iarc, dados de 2010 indicam que 223.000 mortes por câncer de pulmão foram causadas pela poluição do ar. A agência mediu a presença de poluentes específicos e misturas de químicos no ar e as conclusões apresentadas hoje se baseiam na qualidade do ar em geral.
“A nossa tarefa era avaliar o ar que todas as pessoas respiram e não focarmos em poluentes específicos”, explicou Dana Loomis, da agência. “Os resultados dos estudos apontam na mesma direção: o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta significativamente para as pessoas expostas à poluição do ar”, acrescentou.
A Iarc vai publicar as conclusões do estudo, de forma pormenorizada, na semana que vem, na revista médica britânica The Lancet.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
548 - Hipócrates de Cós, o pai da medicina
Ele é ainda lembrado, 2500 anos depois, por causa do juramento hipocrático (uma forma alterada desse juramento ainda é repetida, em alguns lugares, pelos estudantes de medicina no momento de sua formatura). Mas ele é celebrado sobretudo por seus esforços para arrancar a medicina do terreno da superstição e trazê-la à luz da ciência.
Em uma passagem típica, Hipócrates escreveu:
Em uma passagem típica, Hipócrates escreveu:
"Os homens acham a epilepsia divina, simplesmente porque não a compreendem. Mas se chamassem de divino tudo o que não compreendem, ora, as coisas divinas não teriam fim."
Hipócrates introduziu elementos do método científico no diagnóstico da doença. Ele recomendava com insistência a observação cuidadosa e meticulosa:
"Não deixem nada ao acaso. Não percam nenhum detalhe. Combinem as observações contraditórias. Não tenham pressa."
Carl Sagan. In: "O Mundo Assombrado pelos Demônios"
terça-feira, 15 de outubro de 2013
547 - O tumor mais antigo do mundo
Resumo
Nós descrevemos o primeiro caso de uma neoplasia (displasia fibrosa) em uma costela do homem de Neandertal. A costela, recuperada de um sítio em Krapina, Croácia, indica que ele, apesar de viver em um ambiente diverso do atual, era suscetível a pelo menos um tipo de tumor frequente no homem moderno.
Os efeitos dessa neoplasia (benigna) nos seres humanos consistem de um largo espectro de sintomas, indo de assintomática a debilitante.
Dada a natureza incompleta da costela e a falta de elementos esqueléticos associados, evitamos comentar sobre os efeitos do tumor na saúde do indivíduo.
No entanto, a ocorrência desta neoplasia indica que os neandertais podiam sofrer de um tumor ósseo comum em seres humanos modernos.
Fibrous Dysplasia in a 120,000+ Year Old Neandertal from Krapina, Croatia Um fragmento de osso de neandertal mostra um tumor. Imagem: J. Monge, Kricun M., Radovcic J., Radovcic D., Mann A., et al, PLoS ONE
Displasia fibrosa, OrthoInfo
Nós descrevemos o primeiro caso de uma neoplasia (displasia fibrosa) em uma costela do homem de Neandertal. A costela, recuperada de um sítio em Krapina, Croácia, indica que ele, apesar de viver em um ambiente diverso do atual, era suscetível a pelo menos um tipo de tumor frequente no homem moderno.
Os efeitos dessa neoplasia (benigna) nos seres humanos consistem de um largo espectro de sintomas, indo de assintomática a debilitante.
Dada a natureza incompleta da costela e a falta de elementos esqueléticos associados, evitamos comentar sobre os efeitos do tumor na saúde do indivíduo.
No entanto, a ocorrência desta neoplasia indica que os neandertais podiam sofrer de um tumor ósseo comum em seres humanos modernos.
Fibrous Dysplasia in a 120,000+ Year Old Neandertal from Krapina, Croatia Um fragmento de osso de neandertal mostra um tumor. Imagem: J. Monge, Kricun M., Radovcic J., Radovcic D., Mann A., et al, PLoS ONE
Displasia fibrosa, OrthoInfo
sábado, 12 de outubro de 2013
546 - Anemia por deficiência de ferro
A anemia por deficiência de ferro representa um problema nutricional importante em termos de saúde coletiva, afetando, principalmente, crianças e mulheres no ciclo reprodutivo. A deficiência de ferro é progressiva e pode levar à redução do estoque de
ferro a ponto de a quantidade de hemoglobina presente no sangue ficar anormalmente baixa. Existem três causas que provocam a anemia: fatores fisiológicos (gravidez, lactação); fatores nutricionais; e fatores patológicos (vermes e outras doenças que alteram a absorção de ferro).
Tratamento
Após detecção da doença por avaliação médica e exames de sangue, o tratamento da anemia consiste em orientação nutricional e administração por via oral (pela boca) ou parenteral (injetável) de compostos com ferro e, eventualmente, transfusão de hemácias. A melhor via para a reposição de ferro é a oral, sendo a maneira mais eficaz no tratamento da maioria dos pacientes com anemia por deficiência de ferro. Para essa classe, de acordo com a literatura científica, não há superioridade em termos de eficácia para normalização das taxas de hemoglobina, havendo, no entanto, grandes diferenças nos custos de tratamento. Essa diferença, segundo o Boletim Saúde e Economia n.º 9, pode chegar até a 1329%.
Foram estudados pela Anvisa 26 medicamentos disponíveis no mercado com três diferentes princípios ativos: Sulfato Ferroso, Ferripolimaltose e Ferro Aminoácido Quelato. Para a realização dos cálculos do custo de tratamento, foi considerado o custo de uma dose de 120 mg/dia de ferro elementar, durante três meses de tratamento, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde. O Boletim também se baseou nos Preços Máximos de Venda ao Consumidor determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos .
O tratamento da anemia deve ser sempre orientado e acompanhado por um médico, que deve discutir com o paciente as alternativas de medicamentos disponíveis para suprir a carência de ferro.
Tratamento
Após detecção da doença por avaliação médica e exames de sangue, o tratamento da anemia consiste em orientação nutricional e administração por via oral (pela boca) ou parenteral (injetável) de compostos com ferro e, eventualmente, transfusão de hemácias. A melhor via para a reposição de ferro é a oral, sendo a maneira mais eficaz no tratamento da maioria dos pacientes com anemia por deficiência de ferro. Para essa classe, de acordo com a literatura científica, não há superioridade em termos de eficácia para normalização das taxas de hemoglobina, havendo, no entanto, grandes diferenças nos custos de tratamento. Essa diferença, segundo o Boletim Saúde e Economia n.º 9, pode chegar até a 1329%.
Foram estudados pela Anvisa 26 medicamentos disponíveis no mercado com três diferentes princípios ativos: Sulfato Ferroso, Ferripolimaltose e Ferro Aminoácido Quelato. Para a realização dos cálculos do custo de tratamento, foi considerado o custo de uma dose de 120 mg/dia de ferro elementar, durante três meses de tratamento, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde. O Boletim também se baseou nos Preços Máximos de Venda ao Consumidor determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos .
O tratamento da anemia deve ser sempre orientado e acompanhado por um médico, que deve discutir com o paciente as alternativas de medicamentos disponíveis para suprir a carência de ferro.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
545 - Os vencedores do Nobel de Medicina e Fisiologia em 2013
A Real Academia de Ciências da Suécia anunciou, nesta semana (dia 7), os nomes dos vencedores do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2013.
Foram os americanos James E. Rothman, Randy W. Schekman e o alemão Thomas C. Südhof, por suas descobertas sobre a regulação do transporte de moléculas pelas vesículas, um importante subsistema celular.
Distúrbios neste subsistema podem causar doenças neurológicas, distúrbios imunológicas e diabetes.
Lista dos ganhadores do Prêmio nos anos anteriores
2012: John B. Gurdon (Inglaterra) e Shinya Yamanaka (Japão)
2011: Bruce A. Beutler (Estados Unidos), Jules A. Hoffmann (Luxemburgo) e Ralph M. Steinman (Canadá)
2010: Robert Edwards (Grã-Bretanha)
2009: Elizabeth Blackburn (Austrália-Estados Unidos), Carol Greider e Jack Szostak (Estados Unidos)
2008: Harald zur Hausen (Alemanha), Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier (França)
2007: Mario Capecchi (Estados Unidos), Oliver Smithies (Estados Unidos) e Martin Evans (Grã-Bretanha)
2006: Andrew Z. Fire (Estados Unidos) e Craig C. Mello (Estados Unidos)
2005: Barry J. Marshall (Austrália) e J. Robin Warren (Austrália)
2004: Richard Axel (Estados Unidos) e Linda B. Buck (Estados Unidos)
2003: Paul C. Lauterbur (Estados Unidos) e Peter Mansfield (Grã-Bretanha)
2002: Sydney Brenner (Grã-Bretanha), John E. Sulston (Grã-Bretanha) e Robert Horvitz (Estados Unidos)
2001: Leland H. Hartwell (Estados Unidos), R. Timothy Hunt (Grã-Bretanha) e Paul M. Nurse (Grã-Bretanha).
Foram os americanos James E. Rothman, Randy W. Schekman e o alemão Thomas C. Südhof, por suas descobertas sobre a regulação do transporte de moléculas pelas vesículas, um importante subsistema celular.
Distúrbios neste subsistema podem causar doenças neurológicas, distúrbios imunológicas e diabetes.
Lista dos ganhadores do Prêmio nos anos anteriores
2012: John B. Gurdon (Inglaterra) e Shinya Yamanaka (Japão)
2011: Bruce A. Beutler (Estados Unidos), Jules A. Hoffmann (Luxemburgo) e Ralph M. Steinman (Canadá)
2010: Robert Edwards (Grã-Bretanha)
2009: Elizabeth Blackburn (Austrália-Estados Unidos), Carol Greider e Jack Szostak (Estados Unidos)
2008: Harald zur Hausen (Alemanha), Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier (França)
2007: Mario Capecchi (Estados Unidos), Oliver Smithies (Estados Unidos) e Martin Evans (Grã-Bretanha)
2006: Andrew Z. Fire (Estados Unidos) e Craig C. Mello (Estados Unidos)
2005: Barry J. Marshall (Austrália) e J. Robin Warren (Austrália)
2004: Richard Axel (Estados Unidos) e Linda B. Buck (Estados Unidos)
2003: Paul C. Lauterbur (Estados Unidos) e Peter Mansfield (Grã-Bretanha)
2002: Sydney Brenner (Grã-Bretanha), John E. Sulston (Grã-Bretanha) e Robert Horvitz (Estados Unidos)
2001: Leland H. Hartwell (Estados Unidos), R. Timothy Hunt (Grã-Bretanha) e Paul M. Nurse (Grã-Bretanha).
domingo, 6 de outubro de 2013
544 - Avaliação de atopia em portadores de DPOC
RESUMO DE ARTIGO
OBJETIVO:
Determinar a prevalência de atopia e avaliar o perfil clínico, laboratorial e radiológico de pacientes com DPOC.MÉTODOS: Estudo de corte transversal com pacientes ambulatoriais portadores de DPOC estável (definida pela história clínica e relação VEF1/CVF inferior a 70% do previsto após broncodilatador). Os pacientes responderam um questionário clínico e de atopia e foram submetidos a citologia de lavado nasal, teste cutâneo de alergia, radiografia de tórax, hemogasometria arterial e dosagem de IgE total.
RESULTADOS: Dos 149 indivíduos avaliados, 53 (35,6%), 49 (32,8%) e 88 (59,1%), respectivamente, apresentavam eosinofilia no lavado nasal, teste cutâneo positivo e sintomas de rinite alérgica. A análise de correspondência confirmou esses achados, evidenciando dois perfis distintos de doença: a presença de atopia em pacientes com estágios mais leves de DPOC, e a ausência de características de atopia em pacientes com aspectos de doença mais grave (VEF1 reduzido e hiperinsuflação). Houve uma associação estatisticamente significante entre eosinofilia no lavado nasal e prova farmacodinâmica positiva.
CONCLUSÕES: Este estudo identificou uma alta frequência de atopia em pacientes com DPOC, utilizando ferramentas simples e reprodutíveis. A monitorização inflamatória de vias aéreas parece ser uma ferramenta útil para avaliar as doenças respiratórias em idosos, assim como em pacientes com sobreposição de asma e DPOC, entidade clínica ainda pouco compreendida.
REFERÊNCIA: Neves, Margarida Celia Lima Costa et al. Avaliação de atopia em portadores de DPOC. J. bras. pneumol. vol.39 no.3 São Paulo maio/jun. 2013
Trabalho realizado no Serviço de Pneumologia, Complexo Hospital Professor Edgard Santos, e no Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde Publica, Faculdade de Medicina, Universidade Federal da Bahia – UFBA – Salvador (BA) Brasil.
Siglas utilizadas neste resumo: DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica); VEF1 (volume expiratório forçado do primeiro segundo); CVF (capacidade vital forçada); IgE (imunoglobulina E).
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
543 - Seus antepassados não dormiam como você
Seus avós provavelmente dormiam como você. E talvez seus bisavós. Mas uma vez que você volte a antes de 1800, o sono começa a ser descrito de uma forma diferente. Seus antepassados dormiam de uma maneira que você acharia bizarro: dormiam à noite em dois períodos.
A existência desse tipo de sono foi descoberta por Roger Ekirch, professor de História da Universidade de Virginia. Sua pesquisa mostrou que não se dormia ao longo de oito horas corridas, como estamos habituados a dormir. Dormia-se em cerca de doze horas: iniciando-se com um sono de três a quatro horas, a seguir, uma vigília de duas a três horas, e, finalmente, voltando-se a dormir até a manhã seguinte.
As referências estão espalhadas por toda a literatura, documentos judiciais, papéis pessoais, e outras fontes antigas. O que é surpreendente não é que as pessoas dormissem em duas sessões, mas que o conceito fosse tão incrivelmente aceito.
"Não é apenas o número de referências - é a forma como eles se referem a ele, como se fosse de aceitação comum", diz Ekirch.
Um médico inglês escreveu, por exemplo, que o tempo ideal para o estudo e a contemplação situava-se entre "o primeiro sono" e "o segundo sono". Em "Contos de Canterbury", Chaucer fala de um personagem que vai deitar-se para o seu primeiro sono.
O livro de Ekirch, At Day’s Close: Night in Times Past, está repleto de exemplos.
Mas o que as pessoas faziam durante essas horas intermediárias?
A maioria delas ficava em suas camas e quartos, às vezes, lendo, e, outras vezes, usando o tempo para orar. Manuais religiosos incluíam orações especiais para serem rezadas nessas horas. Também fumavam, conversavam ou tinham relações sexuais. Um médico do século 16 relatou que essas relações sexuais após o primeiro sono era a explicação por que a classe operária tinha muitos filhos.
Como sabemos, essa forma de dormir praticamente desapareceu. Ekirch atribui o desaparecimento à iluminação nas ruas e no interior das casas com o advento da eletricidade, bem como à popularidade das casas de café. A partir dessas mudanças, gastar o tempo dormindo em duas sessões passou a ser considerada uma forma de desperdício.
Your Ancestors Didn't Sleep Like You, Slumber Wise