sexta-feira, 31 de maio de 2013

502 - Buck Duke

O homem que inventou a arma mais letal do século
por Edivaldo Dias de Oliveira, Portal Luis Nassif
Ele parece pequeno e inofensivo - branco e com apenas oito centímetros de tamanho. Mas o cigarro é visto como um dos grandes males da saúde pública e repudiado como poucos produtos.
Mas quem o inventou e como essa pessoa pode ser responsabilizada pelas inúmeras mortes provocadas pelo cigarro?
O cirurgião americano Alton Ochsner lembra que, quando ainda era estudante de medicina em 1919, sua turma foi chamada para assistir a uma autópsia de uma vítima de câncer de pulmão. Na época, a doença era tão rara que os estudantes acharam que não teriam outra chance de testemunhar algo parecido.
Quase um século depois, estima-se que 1,1 milhão de pessoas morram por ano da doença. Cerca de 85% dos casos são relacionados a apenas um fator: tabaco.
 "O cigarro é o artefato mais mortal da história da civilização humana", diz Robert Proctor, da Universidade de Stanford. "Ele matou cerca de 100 milhões de pessoas no século 20."
Fenômeno 
Jordan Goodman, autor do livro "Tabaco na História" disse que, como historiador, ele teve o cuidado de não apontar o dedo a nenhum indivíduo, "mas na história do tabaco eu me sinto confiante em dizer que James Buchanan Duke - conhecido como Buck Duke (foto)- foi responsável pelo fenômeno do século 20 conhecido como cigarro".
Em 1880, aos 24 anos, Duke entrou em um nicho da indústria do tabaco - os cigarros já enrolados. Uma equipe pequena de Durham, no Estado da Carolina do Norte, enrolava a mão os cigarros Duke of Durham.
Dois anos depois, Duke percebeu uma chance de ganhar dinheiro. Ele começou a trabalhar com um jovem mecânico chamado James Bonsack, que disse que poderia construir uma máquina para fabricar cigarros.
Duke estava convencido que as pessoas estariam dispostas a fumar os cigarros perfeitamente simétricos produzidos pela máquina.
O equipamento revolucionou a indústria do tabaco.
"Trata-se, essencialmente, de um cigarro de tamanho enorme, cortado em comprimentos apropriados, por lâminas rotativas", diz Robert Proctor. Mas, como as pontas ficavam abertas, o tabaco precisava ser umedecido, para ficar rígido, e não cair do cigarro. Isso era feito com ajuda de aditivos químicos, como glicerina, açúcar e melaço.
Mas esse não era o único desafio. Antigamente, as funcionárias enrolavam cerca de 200 cigarros por turno. A nova máquina produzia 120 mil cigarros por dia - um quinto do consumo de todos os Estados Unidos, na época. "O problema é que ele era capaz de produzir muito mais cigarros do que conseguia vender", diz Goodman. "Ele precisava entender como conquistar esse mercado."
Marketing e publicidade
A resposta estava na publicidade e no marketing. Duke patrocinou corridas, distribuiu cigarros gratuitamente em concursos de beleza e colocou anúncios nas revistas da época. Ele também percebeu que a inclusão de figurinhas colecionáveis nas carteiras de cigarro era tão importante quanto trabalhar na qualidade do produto. Em 1889, ele gastou US$ 800 mil em marketing (ou US$ 25 milhões, em valores de hoje em dia).
Bonsack ficou com a patente da máquina, mas, em gratidão ao apoio de Duke, deu 30% de desconto no seu aluguel ao industrial. A vantagem competitiva - aliada à promoção vigorosa - foi fundamental para o sucesso de Duke.
Como suspeitava, as pessoas gostavam dos cigarros feitos pela máquina. Eles tinham aparência mais moderna e higiênica. Uma das campanhas enfatizava o fato de que cigarros manuais eram feitos com contato da mão e da saliva de outras pessoas. Mas, apesar de o número de fumantes ter quadruplicado nos 15 anos até 1900, o mercado ainda era um nicho, já que a maioria das pessoas mascava tabaco ou fumava usando cachimbos ou charutos. Duke - que também era fumante - viu o potencial competitivo dos cigarros em relação aos demais produtos. Uma das vantagens era a facilidade para acendê-los, ao contrário dos cachimbos. "O cigarro, realmente, era usado de forma diferente", diz Proctor. "E uma das grandes ironias é que os cigarros eram considerados mais seguros do que os charutos porque eram vistos como apenas 'pequenos charutinhos'." 
Mas um elo direto com câncer de pulmão não foi encontrado até 1957 na Grã-Bretanha e 1964 nos Estados Unidos. Os cigarros chegaram a ser promovidos como benéficos à saúde. Eles eram listados nas enciclopédias farmacêuticas até 1906 e indicados por médicos para casos de tosse, resfriado e tuberculose - uma doença que é agravada pelo fumo.
Moralidade 
No começo dos anos 1900, houve um movimento antitabagismo, mas ele estava mais relacionado à moralidade do que à saúde. O crescimento no número de crianças e mulheres fumantes era parte de um debate sobre o declínio moral da sociedade. Os cigarros foram proibidos em 16 Estados americanos entre 1890 e 1927. A atenção de Duke voltou-se para o exterior. Em 1902, ele formou a empresa britânica British American Tobacco. As embalagens e o marketing foram ajustados para mercados consumidores diferentes, mas o produto era basicamente o mesmo. "Para ele, todos os cigarros eram iguais. Toda a globalização que hoje nos é familiar, com marcas como McDonalds e Starbucks - tudo isso foi antecipado por Duke e seus cigarros."
A indústria do cigarro continua em expansão até hoje. Apesar de ela estar em queda em determinados países desenvolvidos, no mundo emergente, a demanda por cigarros cresce 3,4% por ano. Em números globais, a indústria ainda está crescendo. A Organização Mundial da Saúde alerta que, caso não sejam adotadas medidas preventivas, 100 milhões de pessoas morrerão de doenças relacionadas ao tabaco nos próximos 30 anos - um número superior à soma de vítimas da Aids, tuberculose, acidentes de carros e suicídios.
Mas Buck Duke pode ser responsabilizado por isso? Afinal de contas, ninguém é obrigado a fumar. Em um ensaio recente para a revista Tobacco Control, Robert Proctor argumenta que todos na indústria tabagista têm sua parcela de culpa. "Nós temos que perceber que anúncios podem ser cancerígenos, junto com as lojas de conveniência e até farmácias que vendem cigarros. Os executivos que trabalham na indústria tabagista causam câncer, assim como os artistas que desenham as carteiras e as empresas de relações públicas e marketing que lidam com essas contas", diz Proctor.
Buck Duke morreu em 1925, antes da era dos grandes processos e da responsabilização do tabaco por doenças como câncer de pulmão. "Eu não o culparia pelo [crescimento do] consumo de cigarros", diz Bob Durden, que é biógrafo do industrial. Ele aponta que Duke também foi responsável por ações positivas, como doações de mais de US$ 100 milhões para o Trinity College, na Carolina do Norte, que foi rebatizado de Duke University, em sua homenagem. "Ele foi tanto um herói quanto um vilão ", diz Goodman. "Buck Duke é um herói em termos de sua compreensão do mercado e da psicologia humana, da formação de preço, da publicidade. Nesse sentido, ele não é vilão. Mas ele fez o mundo fumar cigarros. E os cigarros são o grande problema do século 20."
31 DE MAIO: DIA MUNDIAL SEM TABACO

terça-feira, 28 de maio de 2013

501 - O Museu das Possibilidades

Um museu é algo que as pessoas logo associam com a preservação e a exposição de coisas antigas. No entanto, o Museum of Possibilities, de Steven M. Johnson, destina-se ao porvir. Reúne ideias que os colaboradores lhe enviam, algumas delas até muito esquisitas, sobre objetos que (ainda) não existem. Mas um dia, quem sabe, poderão existir.
Como o "projeto" deste equipamento que pretende tornar mais confortáveis os momentos de um paciente no consultório de seu dentista.

sábado, 25 de maio de 2013

500 - O romantismo na tuberculose

por Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg,
médica pneumologista e historiadora
A tuberculose povoou o imaginário social nos séculos XIX e XX. Por ser doença crônica, de evolução arrastada, cheia de episódios dramáticos de hemoptise e sombras de morte, inspirou a criatividade humana, sendo força criadora de obras consagradas na literatura, artes plásticas, música, teatro e cinema. A tuberculose foi integrada ao romantismo por ter ferido prostitutas, escritores, pintores, músicos, literatos e poetas das altas classes sociais. Byron, Musset, Henry Murger e Alexandre Dumas Filho exerceram influência no romantismo francês da tuberculose. Murger, escritor tuberculoso, apaixonou-se por Cristina Roux (Mimi), tuberculosa, e fez dela a personagem de seu livro “Cenas da vida boêmia”. Puccine o transformou na famosa ópera “La Bohème”. Alexandre Dumas Filho escreveu o celebérrimo livro “A Dama das Camélias” para contar a história da prostituta Alphonsine Duplessis, que morreu tuberculosa aos 23 anos. Verdi aproveitou o tema para a famosa ópera “La traviata”. A tísica, como era conhecida a tuberculose, reinou soberana nos hagiológios, nos palcos, entre os músicos, nos ateliês de pintura e escultura, nos laboratórios, nos tronos, entre os reformadores religiosos e no meio político. Entre os letrados a colheita foi farta e quase todos os poetas tísicos sofreram as agruras das febres vespertinas, suores noturnos, consunção, hemoptises, tosse e morte prematura. Na poesia lírica a febre foi cantada, a tosse versejada, a inapetência e o emagrecimento exaltados e a hemoptise poetizada. A tuberculose impregnou toda a poética no Brasil até o final de 1950. Passa de 40 o número dos poetas que acalentaram em seus pulmões o bacilo de Koch. Noel Rosa, Castro Alves, Álvares de Azevedo, Manuel Bandeira, Casimiro de Abreu, Augusto dos Anjos foram consumidos pelo bacilo. Na literatura de ficção temos: “A Montanha Mágica”, de Thomas Mann, “Florada na Serra” de Dinah Silveira de Queiroz. Nas artes plásticas a tuberculose foi uma das doenças mais retratadas. Cristóbal Rojas (1858-1890), que morreu tuberculoso, pintou personagens lúgubres, melancólicos e tísicos. A tuberculose moldou a maneira de Edvard Munch (1863-1944) ver o mundo e influenciou sua arte. Sua irmã Sophie morreu tuberculosa, em 1877, com apenas 15 anos. Sua mãe foi vítima do bacilo, quando ele tinha 5 anos. Suas obras: "A Criança Doente", "Melancolia" e "O Leito da Morte" retratam a tuberculose. A tela "O Grito", evidencia toda a sua angustia diante de uma vida marcada pela doença. Fidélio Ponce de León (1895-1949) morreu tísico. Sua obra, "Tuberculose", reflete sua experiência de sofrimento diante da devastadora enfermidade. Alice Neel (1900-1984), ícone do feminismo, que se destacou por suas obras expressionistas de grande intensidade psicológica e emocional, foi tuberculosa. Sua pintura, "TB Harlem", retrata Carlos Negrom, um jovem com fácies típicas de um tísico crônico. Em “Alegoria à Primavera” de Botticelli, a tuberculose está retratada, pois Simoneta Vesputti, a modelo do artista, morreu tuberculosa aos 23 anos. Segundo Rosemberg, a primavera da erradicação da tuberculose um dia chegará, pois a humanidade já enfrentou e venceu outros terríveis invernos.
Publicado in:
Revista Jornal do Médico, Ano VIII / Edição nº48, Janeiro/Fevereiro, 2013
Blog MEMÓRIAS, 24 de março de 2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013

499 - Cursos Abertos Einstein

Os Cursos Abertos Einstein são cursos on-line gratuitos disponibilizados a todos aqueles quem têm acesso à internet.
Essa iniciativa faz parte de um movimento mundial, o open learning, conceito que está revolucionando o ensino: a qualquer hora, de qualquer lugar, uma pessoa pode saber mais sobre temas de seu interesse.
A proposta do Hospital Israelita Albert Einstein é compartilhar o conteúdo utilizado em seus treinamentos institucionais (31 cursos) com profissionais de saúde de todo o Brasil.


Dica do colaborador Nelson José Cunha

domingo, 19 de maio de 2013

498 - Influ-Venn-Za

Quem pode pegar gripe de quem?
Porcos, aves, cavalos, focas, morcegos e seres humanos relacionam-se-se entre si neste interessante Diagrama de Venn da Influenza.

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Clique AQUI para ampliar.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

497 - Comparando estratégias de baciloscopias do escarro no diagnóstico da tuberculose pulmonar

Acurácia diagnóstica da baciloscopia no mesmo dia contra BAAR padrão para tuberculose pulmonar: uma revisão sistemática e meta-análise
A pesquisa de bactérias ácido-álcool resistentes no escarro (BAAR), é o exame mais amplamente disponível para tuberculose pulmonar em países com alta carga da doença. Melhorar a sua precisão é crucial para a realização das metas de detecção de casos estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Infelizmente, muitos pacientes são incapazes de apresentar todos os espécimes necessários para o exame ou de voltar para o tratamento devido a resultados negativos, e relatórios requerem várias visitas à clínica.
Para informar recomendações de política para um Grupo de Especialistas convocado pela OMS, pesquisadores publicaram, recentemente, no Lancet Infectious Diseases, um estudo que avaliou a acurácia do exame de escarro, comparando as estratégias para a obtenção de escarro em 1 dia com as estratégias para a obtenção de escarro em mais de 2 dias.
Os pesquisadores conduziram uma revisão sistemática e meta-análise de artigos de pesquisa comparando a acurácia da microscopia de amostra preparada anteriormente ou no mesmo dia e do exame de BAAR padrão para o diagnóstico da tuberculose pulmonar confirmada por cultura. Eles pesquisaram nas bases Medline, Embase, Biosis e Web of Science, para artigos publicados entre 1 de janeiro de 2005 e 14 de fevereiro, 2012. Dois investigadores identificaram artigos elegíveis e dados extraídos de locais de estudo individuais. Eles geraram estimativas de síntese de dados agrupados (intervalos de confiança de 95%) para a sensibilidade e especificidade, usando meta-análise de efeitos aleatórios, quando quatro ou mais estudos estavam disponíveis.
Foram identificados oito estudos relevantes a partir de cinco artigos registrando 7.771 pacientes com suspeita de tuberculose nos países de baixa renda. Comparado com o método padrão de análise de dois esfregaços com microscopia de luz de Ziehl-Neelsen em 2 dias, o exame de dois esfregaços tomadas no mesmo dia, tinham a mesma sensibilidade (64% [IC95% 60 a 69], para microscopia padrão contra 63 % [58-68] para microscopia no mesmo dia) e especificidade (98% [97 a 99] contra 98% [97 a 99]). Observaram-se resultados semelhantes para os estudos de microscopia de fluorescência empregando diodo emissor de luz e para estudos examinando três lâminas, se estes foram comparados com estratégias de 2 esfregaços ou um com o outro.
Os pesquisadores concluíram que a baciloscopia no mesmo dia é tão precisa quanto o exame de BAAR padrão. Mais dados são necessários para documentar as mudanças necessárias no sistema de saúde para implementar com sucesso a estratégia e avaliar seus efeitos.
Autores: J Lucian Davis MD; Adithya Cattamanchi MD; Prof Luis E Cuevas MD; Prof Philip C Hopewell MD; Karen R Steingart MD.
Uma resenha a cargo de Medical Services de:
Diagnostic accuracy of same-day microscopy versus standard microscopy for pulmonary tuberculosis: a systematic review and meta-analysis - The Lancet Infectious Diseases; Vol 13, Issue 2, Pags 147-154, Feb 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

495 - O trono do conhecimento

João VI de Portugal sofria da audição. Ele tinha um trono especialmente construído cujos braços "leoninos" (imagem) capturavam os sons mais próximos, sendo estes conduzidos por um tubo até um dos ouvidos do rei. "Exigir de uma pessoa que deseja falar com você que se ajoelhe e fale através da boca de um leão esculpido pode até ser divertido em certas horas", observa o neurocientista Jan Schnupp, "mas poucos indivíduos psicologicamente equilibrados escolheriam manter as suas conversas dessa maneira".
Ele ressalta que João VI morreu de envenenamento por arsênico, o que sugere que as mandíbulas dos leões não conseguiram pegar todas as fofocas importantes da corte."

terça-feira, 7 de maio de 2013

494 - Uma vitória contra o amianto

Justiça decide a favor da vida e do meio ambiente
por Conceição Lemes
publicado em 1º. de maio de 2013, no site VIOMUNDO
A fazenda de São Félix, com 700 hectares, fica no município de Bom Jesus da Serra, no sudoeste da Bahia, a 410 km de Salvador.
O turista desavisado logo se encanta com este canyon com lago de águas esverdeadas, circundado por imensos paredões. Dá vontade de conhecê-lo melhor de barco, talvez até mergulhar; os apaixonados por pesca logo se perguntarão sobre os peixes que vivem aí.
Só que quem vê paisagem, não vê o seu coração.
Além de uma galeria subterrânea de 200 km de extensão, esse grande canyon é – acreditem! — o que restou da exploração da primeira mina de amianto no Brasil, a de São Felix, em Bom Jesus da Serra.
Até a década de 1930, o Brasil importava tudo o que consumia desse mineral. Em 1937, esse quadro começou a mudar com a fundação da Sama (Sociedade Anônima Mineração de Amianto) e a descoberta da mina de amianto de São Felix. Em 1939, começava aí a exploração do amianto no País. Em 1967, a mina foi fechada.
Durante esse período, a Sama, inicialmente explorada pelos franceses da Saint-Gobain/Brasilit, e mesmo depois (o sucessor em interesse atualmente é a empresa nacional Eternit S/A), não se preocupou com as condições de vida dos trabalhadores e habitantes do entorno da jazida. Tampouco adotou medidas para reduzir os prejuízos causados pela mineração e evitar a contaminação da água e do ar.
Em 2009, então, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado da Bahia entraram com uma ação civil pública contra a Sama (atualmente, chama-se S/A Minerações Associadas, que pertence ao grupo Eternit), por conta dos danos ambientais.
Em liminar, a Justiça Federal em Vitória da Conquista, Bahia, determinou à Sama a realização de uma série de medidas em defesa do meio ambiente e da segurança da população.
A Sama tentou anular a decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Porém, por unanimidade, o TRF-1 ( processo nº 0031223-88.2009.4.01.0000), manteve a decisão de primeira instância.
A mineradora terá de realizar estudos técnicos para a elaboração do Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD).
Para isso, informa o Portal Poções, a Sama terá de presentar projeto ambiental pormenorizado, firmado por profissional habilitado e aprovado por técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com cronograma de execução e implantação.
[...]
Atualmente, o Brasil é um dos maiores produtores (3º.) e exportadores (2º.) de amianto do mundo. A extração, antes feita em Poções foi transferida para Minaçu, interior de Goiás, na divisa com o Tocantins. Aí fica a mina de Cana Brava, a única em exploração no Brasil.
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355 - Amianto: a polêmica do óbvio

sexta-feira, 3 de maio de 2013

493 - HM 80 anos

Com 80 anos de história, o Hospital de Messejana oferece serviços exclusivos na rede SUS
Neste mês de maio, o HM Dr. Carlos Alberto Studart Gomes completa 80 anos de história. Inaugurado em 1933, como instituição de caráter privado, atendia, na época, apenas os portadores de tuberculose. Hoje, é referência no país nas áreas da cardiologia e pneumologia e oferece aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) tratamentos de ponta e procedimentos de alta complexidade, ainda não disponíveis no Norte e Nordeste e até em outras regiões do Brasil.
 O Transplante de Pulmão e o Projeto Coração Artificial, por exemplo, só são encontrados nas regiões Norte e Nordeste no Hospital de Messejana. Já o Sistema de Mapeamento Eletroanatômico Tridimensional, que realiza o mapeamento de arritmias complexas, é exclusividade do HM na rede SUS, em todo o país. Na área de ensino e pesquisa, o Hospital também parte na frente sendo o primeiro do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil a ter o Doutorado em Cardiologia.
Saiba mais...
Informações
Assessoria de Comunicação do Hospital de Messejana
Stella Magalhães (Mtb 01714 jp)
Tel.: (85) 9998-7464 (85) 3101-4092
Ver também:
49 - Uma história que foi contada

quarta-feira, 1 de maio de 2013

492 - Sem a roupa espacial

Os filmes de ficção científica costumam mostrar as coisas terríveis que acontecem a alguém que é defenestrado de uma nave sem o traje espacial. Mas é principalmente ficção. Haveria algum desconforto como a expansão do ar em seu corpo, mas nada de ocorrer uma explosão (como Hollywood adora mostrar). Apesar de líquidos ferverem no vácuo, o seu sangue será mantido sob pressão pelo sistema circulatório e se sairia muito bem. E, embora o espaço seja muito frio, você não iria perder calor tão rapidamente. Como as garrafas térmicas demonstram, um vácuo é um ótimo isolante. Na prática, a única coisa que, em curto tempo, poderia matá-lo no espaço é simplesmente a falta de ar.
Em 1965, durante um teste na Nasa, ocorreu o vazamento de uma roupa espacial numa câmara de vácuo. A vítima, que sobreviveu, permaneceu consciente durante cerca de 14 segundos. O limite exato de sobrevivência nessas situações não é conhecido, mas, provavelmente, deve ser de um a dois minutos.