Afinal, o amor tem algo a ver com a Química? Na verdade o amor é Química! Todos os sintomas relacionados com o amor e a paixão - respiração ofegante, palpitações cardíacas, mãos úmidas etc. - têm uma explicação científica: são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias estão: adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, serotonina e as endorfinas.
Destinado a temas de medicina e informações e curiosidades sobre a saúde humana, e de conhecimento do planeta Terra e assuntos correlatos.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
441 - Febre amarela e sangrias
A febre amarela é conhecida por trazer uma coloração amarela característica (icterícia) para a pele e os olhos e por causar "vômitos pretos" relacionados com sangramentos no estômago.
O vírus causal é transmitido por mosquitos infectados, porém, por muito tempo, se acreditou ser uma doença miasmática originária da matéria vegetal em decomposição e das putrefações em geral.
O vírus causal é transmitido por mosquitos infectados, porém, por muito tempo, se acreditou ser uma doença miasmática originária da matéria vegetal em decomposição e das putrefações em geral.
"Nunca antes experimentei tão sublime satisfação como a que eu sinto agora, contemplando o sucesso dos meus tratamentos (sangrias). Graças a Deus, de uma centena de pacientes que eu visitei ou prescrevi no dia de hoje, não perdi nenhum."
Benjamin Rush
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
440 - Sem utilidade
Contabilizam-se 20 estruturas no corpo humano que, ao longo da evolução de nossa espécie, foram perdendo suas utilidades. Dessa lista fazem parte o dente do siso, os músculos extrínsecos das orelhas, a terceira pálpebra, a costela cervical, o cóccix e o apêndice.
Devido a patologias que ocorrem neste último, mais de 300 mil norte-americanos, anualmente, se submetem à apendicectomia.
Elaborada originalmente por Jocelyn Selim, a lista completa dessas estruturas "dispensáveis" saiu no Daily Cognition com o título de 20 Useless Body Parts.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
439 - Uma rota metabólica diferente
Este animal de aparência estranha é a tartaruga chinesa de casco mole. Bem adaptada à vida na água, ela vive em pântanos salgados.
Sua fisionomia faz lembrar o focinho de um porco, colado no rosto de um peixe cuja textura é o da pele escrotal. Mas essa aparência bizarra não é nada em comparação com um detalhe ainda mais bizarro, que foi recentemente descoberto na Pelodiscus sinensis (o nome científico dela).
Esta tartaruga expele um de seus resíduos pela boca.
Quando metaboliza as proteínas em seu fígado, ela produz uma grande quantidade de nitrogênio que é expulsa do seu corpo em forma de ureia. Os seres humanos também produzem ureia a partir das proteínas, e se livram deste metabólito através da urina.
A tartaruga de casco mole, porém, tem uma rota totalmente diferente para eliminar a ureia. Enquanto submersa, ritmicamente expande e contrai a sua boca. Por que faz isso? Shit Fun Chew (que nome, meu Deus?), da Universidade Nacional de Cingapura, notou que é desse modo que a tartaruga elimina a maior parte da ureia produzida. Utiliza-se de sua respiração branquial, em vez de fazê-lo pelos rins.
Em suma, ela pode respirar e "urinar" usando as mesmas estruturas anatômicas. E esta via oral-respiratória para se livrar da ureia é 15 a 50 vezes mais eficiente do que os seus rins.
Aparentemente, outros excrementos deixam o corpo da tartaruga de casco mole da forma habitual para outras espécies.
No ser humano, rins, pulmões, pele e intestinos são órgãos emunctórios, isto é, órgãos encarregados de excretar os resíduos de seu metabolismo. E rins e pulmões, dividindo a responsabilidade pelo equilíbrio ácido-básico do corpo, talvez estejam mais próximos em suas funções do que à primeira vista parecem. Como há tempos já sacou a tartaruga chinesa.
Sua fisionomia faz lembrar o focinho de um porco, colado no rosto de um peixe cuja textura é o da pele escrotal. Mas essa aparência bizarra não é nada em comparação com um detalhe ainda mais bizarro, que foi recentemente descoberto na Pelodiscus sinensis (o nome científico dela).
Esta tartaruga expele um de seus resíduos pela boca.
Quando metaboliza as proteínas em seu fígado, ela produz uma grande quantidade de nitrogênio que é expulsa do seu corpo em forma de ureia. Os seres humanos também produzem ureia a partir das proteínas, e se livram deste metabólito através da urina.
A tartaruga de casco mole, porém, tem uma rota totalmente diferente para eliminar a ureia. Enquanto submersa, ritmicamente expande e contrai a sua boca. Por que faz isso? Shit Fun Chew (que nome, meu Deus?), da Universidade Nacional de Cingapura, notou que é desse modo que a tartaruga elimina a maior parte da ureia produzida. Utiliza-se de sua respiração branquial, em vez de fazê-lo pelos rins.
Em suma, ela pode respirar e "urinar" usando as mesmas estruturas anatômicas. E esta via oral-respiratória para se livrar da ureia é 15 a 50 vezes mais eficiente do que os seus rins.
Aparentemente, outros excrementos deixam o corpo da tartaruga de casco mole da forma habitual para outras espécies.
No ser humano, rins, pulmões, pele e intestinos são órgãos emunctórios, isto é, órgãos encarregados de excretar os resíduos de seu metabolismo. E rins e pulmões, dividindo a responsabilidade pelo equilíbrio ácido-básico do corpo, talvez estejam mais próximos em suas funções do que à primeira vista parecem. Como há tempos já sacou a tartaruga chinesa.
This Chinese turtle urinates through its mouth (sort of), Discover Magazine
sábado, 17 de novembro de 2012
438 - CICLISMO. A discussão sobre os capacetes
Um denominador comum dos programas bem sucedidos de bicicleta ao redor do mundo - de Paris a Barcelona - é que quase ninguém usa um capacete, e não há pressão para que faça isso. Nos Estados Unidos, a noção de que os capacetes promovem a saúde e a segurança, evitando lesões nas cabeças dos ciclistas, é tido como muito próximo de uma verdade de Deus. Assim, ciclistas sem capacetes são considerados irresponsáveis como as pessoas que fumam. E as cidades estadunidenses em geral são agressivas na promoção dos capacetes.
Mas, muitos especialistas em saúde europeus vêm tendo uma visão diferente. Sim, há estudos que mostram que, se você cair de uma bicicleta em uma determinada velocidade e bater com a cabeça, um capacete pode reduzir o risco de lesão grave no crânio. Mas tais quedas de bicicletas são menos comuns do que se pensa em sistemas organizados de ciclismo urbano.
Por outro lado, muitos pesquisadores dizem que, se as pessoas são forçadas a usar capacetes, também são desencorajadas a andar de bicicleta. Isso significa mais obesidade, mais doenças cardíacas e mais diabetes. E, com menos menos ciclistas nas ruas, menos interesse em criar ou ampliar ciclovias.
As cidades mais seguras para bicicletas são lugares como Amsterdã e Copenhague, onde os ciclistas de meia-idade são em grande número e o uso dos capacetes é pequeno.
"Forçar a usar capacetes, especialmente em programas de compartilhamento de bicicletas, cria uma sensação de perigo injustificável para o ciclismo que traz tantos benefícios para a saúde", diz Piet de Jong, professor do departamento de Finanças Aplicadas e Estudos Atuariais da Universidade Macquarie, em Sydney. Ele estudou o assunto com modelagem matemática e concluiu que os benefícios podem superar os riscos por 20 a 1.
Ele acrescenta: "Estatisticamente, antes de usar capacetes para andar de bicicleta, talvez devêssemos usá-los para subir escadas ou tomar banho porque há muito mais lesões durante estas atividades." E a Federação Europeia de Ciclistas afirma que ciclistas e pedestres apresentam o mesmo risco de lesão grave por milha percorrida.
No entanto, nos Estados Unidos, a National Highway Traffic Safety Administration recomenda que "todos os ciclistas usem capacetes, não importa por onde estejam andando", como diz Dr. Jeffrey Michael, funcionário da referida agência.
A experiência recente sugere que, caso uma cidade queira que o compartilhamento de bicicletas realmente decole, ela tem que aceitar o uso opcional do capacete. O programa de compartilhamento de bicicletas em Melbourne, na Austrália - onde o uso de capacete é obrigatório - tem apenas cerca de 150 utilizações por dia, apesar de Melbourne ser plana, com ruas largas, e ter clima temperado. Por outro lado, a cidade de Dublin - fria e montanhosa - tem mais de 5.000 passeios diários em seu programa. E a Cidade do México, para pôr em funcionamento o seu programa de compartilhamento de bicicletas, revogou recentemente a sua lei do capacete obrigatório. Nos Estados Unidos, há muita discussão a respeito de uma mudança na atual orientação.
Extraído do artigo To Encourage Biking, Cities Lose the Helmets, The New York Times
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
437 - A termometria clínica
Como o termômetro passou a ser usado na medicina
A observação clínica, o conhecimento fisiológico e o desenvolvimento técnico trabalharam juntos para aperfeiçoar um instrumento que se tornou indispensável na profissão médica: o termômetro.
A importância da observação da temperatura do corpo humano era conhecida desde a Grécia de Hipócrates (século V a.C.). Os médicos gregos, entretanto, precisavam de muito tato para tomar a temperatura de seus pacientes. Literalmente, pois só dispunham das mãos para fazer essa avaliação.
Já na Idade Média, a constatação da febre era considerada muito importante na prática médica, mas ainda não existia uma medição científica para a temperatura corporal.
O termômetro clínico, como o conhecemos hoje, só surgiria em 1852, quando Sir William Aitken (1825-1892), médico escocês de Edimburgo, inventou o chamado termômetro de máxima. Ao idealizar um estrangulamento no tubo de vidro, logo acima do bulbo de mercúrio. Assim, depois que o mercúrio se dilatava, estacionava na graduação correspondente à temperatura máxima registrada, o que permitia que ele próprio, com a calma de um bom clínico geral, lesse a temperatura mesmo algum tempo após a medição. E, para o mercúrio descer a fim de fazer uma nova leitura, só era preciso sacudir o termômetro, como se faz até hoje.
Mas, não se chegou ao atual termômetro clínico, apenas com a invenção de Aitken. Houve, em épocas diferentes, os precursores deste instrumento:
A observação clínica, o conhecimento fisiológico e o desenvolvimento técnico trabalharam juntos para aperfeiçoar um instrumento que se tornou indispensável na profissão médica: o termômetro.
A importância da observação da temperatura do corpo humano era conhecida desde a Grécia de Hipócrates (século V a.C.). Os médicos gregos, entretanto, precisavam de muito tato para tomar a temperatura de seus pacientes. Literalmente, pois só dispunham das mãos para fazer essa avaliação.
Já na Idade Média, a constatação da febre era considerada muito importante na prática médica, mas ainda não existia uma medição científica para a temperatura corporal.
O termômetro clínico, como o conhecemos hoje, só surgiria em 1852, quando Sir William Aitken (1825-1892), médico escocês de Edimburgo, inventou o chamado termômetro de máxima. Ao idealizar um estrangulamento no tubo de vidro, logo acima do bulbo de mercúrio. Assim, depois que o mercúrio se dilatava, estacionava na graduação correspondente à temperatura máxima registrada, o que permitia que ele próprio, com a calma de um bom clínico geral, lesse a temperatura mesmo algum tempo após a medição. E, para o mercúrio descer a fim de fazer uma nova leitura, só era preciso sacudir o termômetro, como se faz até hoje.
Mas, não se chegou ao atual termômetro clínico, apenas com a invenção de Aitken. Houve, em épocas diferentes, os precursores deste instrumento:
- O termoscópio a ar, criado no fim do século XVI, para indicar as variações de temperatura no ambiente. Em 1611, o médico italiano Santorio acrescentou-lhe uma escala de temperatura, dando-lhe aplicação médica.
- Por volta de 1632, o médico francês Jean Rey inventou o termômetro a líquido, que usava água em vez de ar como indicador de mudanças na temperatura.
- Em 1654, Ferdinando II de Medici, grão-duque da Toscana, construiu o primeiro termômetro selado. Tratava-se de um tubo de vidro fechado hermeticamente e contendo álcool que, como foi descoberto, se dilata mais rapidamente do que a água.
- Em 1709, descontente com a imprecisão dos termômetros de sua época, o físico alemão Gabriel Daniel Fahrenheit, fabricou um termômetro a álcool com uma escala confiável. Em substituição aos que usavam referências muito imprecisas como o ponto de derretimento da manteiga, por exemplo.
- Em 1714, ao descobrir que o mercúrio se dilata mais uniformemente do que o álcool, Fahrenheit inventou o primeiro termômetro de mercúrio fechado a vácuo, driblando com isso a influência da pressão atmosférica sobre a medição. Graças aos trabalhos de Fahrenheit, o termômetro ganhava status de instrumento científico.
- Em 1742, o astrônomo sueco Anders Celsius fez um termômetro de mercúrio com escala de zero a cem graus, em que a temperatura normal do corpo correspondia a 36,7 graus (98,6º F), logo incorporado à prática médica, pois a escala centígrada é mais fácil de ser lida.
super.abril.com.br
Instruções de uso
Antes de utilizar o termômetro, verifique se a coluna de mercúrio está abaixo do início da escala. Estando acima, sacuda com firmeza o termômetro até que a coluna fique abaixo.
Coloque o bulbo do termômetro sob o braço, no centro da axila. E o braço deve ficar bem colado ao tronco enquanto durar a medição.
O tempo em que o termômetro deve permanecer na axila é de 3 a 5 minutos.
Retirado para a leitura, o termômetro deve ser girado em busca de uma posição que melhor visualize a coluna de mercúrio.
A temperatura axilar normal de uma pessoa é de 36,5 ºC. No entanto, pode variar um pouco conforme a hora do dia.
Atenção - Em caso de quebra do vidro do termômetro, evite se expor ao mercúrio líquido contido nele. É tóxico.
domingo, 11 de novembro de 2012
436 - Simbologia para depósitos de resíduos nucleares
por Paulo Gurgel
Conceber um sistema de marcação que possa ser facilmente compreendido por qualquer pessoa, em qualquer lugar e em qualquer língua, nunca vai ser uma tarefa fácil.Agora, imagine também que esse sistema tenha que permanecer intato e eficaz nos próximos dez mil anos.
Para ser mais específico: um sistema a ser adotado em depósitos de resíduos nucleares em grande escala que sirva para informar e desencorajar as pessoas que, inadvertidamente ou não, penetrem nessas áreas.
Um relatório de 351 páginas a respeito do sistema, o SANDIA REPORT, já foi produzido, na década de 1990, por uma equipe de peritos. No meio da simbologia proposta pelo relatório, destaco alguns dos símbolos que são sugeridos para a utilização nas placas de advertência:
1 - A figura humana que o artista norueguês Edvard Munch imortalizou em seu quadro "The Scream".
Do agito ao grito
2 - O Mr. Yuk, o símbolo icônico que é usado para educar crianças e adultos, nos EUA e internacionalmente, quanto ao problema das intoxicações e envenenamentos. Infelizmente, este símbolo é protegido por direitos autorais. Mas tem até uma musiquinha-tema (vídeo)
Mr. Yuk is mean / Mr. Yuk is green / When you see him /Stop and think / Do not smell / Do not drink / Mr. Yuk is mean / Mr. Yuk is green.3 - O símbolo perfeito que foi proposto por Carl Sagan:
"Queremos um símbolo que será compreensível não só para os membros mais instruídos da população, mas para qualquer pessoa que possa vir ao depósito. Existe o tal símbolo. É testado e verdadeiro. Ele tem sido usado transculturalmente, há milhares de anos, com o significado inconfundível. É o símbolo usado nas vergas das habitações dos canibais, nas bandeiras dos piratas, como insígnia das divisões da SS e das gangues de motociclistas e nos rótulos das garrafas de venenos - o crânio com ossos cruzados. A anatomia do esqueleto humano, podemos estar razoavelmente certos, não vai mudar tanto que o símbolo fique irreconhecível nas próximas dezenas de milhares de anos."
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
435 - Proibido o chumbinho
O aldicarbe, um agrotóxico utilizado de forma irregular como raticida doméstico (chumbinho), foi banido do mercado brasileiro, no mês de outubro. Estimativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontam que o produto é responsável por quase 60% dos oito mil casos de intoxicação relacionados a agrotóxicos do tipo chumbinho, no Brasil, todos os anos.
“Os motivos do banimento do aldicarbe do mercado nacional estão relacionados à alta incidência de intoxicações humanas e de envenenamento de animais, devido ao desvio de uso do referido agrotóxico”, explica o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agenor Álvares. Além disso, o aldicarbe possui a mais elevada toxicidade aguda entre todos os ingredientes ativos de agrotóxicos, até então autorizados para uso no Brasil.
O único produto a base de aldicarbe que possuía autorização de uso, no país, era o Temik 150, da empresa Bayer S/A. Trata-se de um agrotóxico granulado, classificado como extremamente tóxico, que tinha aprovação para uso exclusivamente agrícola, como inseticida, acaricida e nematicida, para aplicação nas culturas de batata, café, citros e cana-de-açúcar.
Chumbinho
O uso do aldicarbe como raticida doméstico, sob a forma do popular chumbinho, não é autorizado pelas autoridades brasileiras. “O chumbinho é um produto ilegal e perigoso para a saúde da população, sendo o uso e comércio deste agrotóxico como raticida doméstico enquadrado como uma atividade ilícita e criminosa”, afirma Álvares.
Por se tratar de um produto clandestino, o chumbinho não possui rótulo com orientações quanto ao manuseio e segurança, informações médicas, telefones de emergência, descrição do ingrediente ativo e antídotos que devem ser utilizados em casos de envenenamento. “Sem essas informações os profissionais de saúde tem mais dificuldade de agir para salvar a vida das pessoas intoxicadas pelo chumbinho”, diz o diretor da Anvisa.
Os sintomas típicos de intoxicação por chumbinho ocorrem em menos de uma hora após a ingestão e os principais sinais clínicos são: náuseas, vômito, sudorese, salivação excessiva, visão borrada, contração da pupila, dor abdominal, diarreia, tremores, taquicardia, entre outros.
Em caso de intoxicação deve-se ligar, de forma gratuita, para o Disque-Intoxicação: 0800-722-6001. O serviço é disponível para todo país e conta com profissionais especializados na orientação do tratamento de casos de intoxicação.
Ineficaz como raticida
Além de possuir elevada toxicidade aguda, o chumbinho é ineficaz no combate doméstico de roedores. Normalmente, como o primeiro animal que ingere o veneno morre de imediato, os demais ratos observam e não consomem aquele alimento envenenado.
Já os raticidas legalizados, próprios para esse fim e com registro junto a Anvisa, agem como anticoagulantes, provocando envenenamento lento nos ratos. Dessa forma, a morte do animal não fica associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia ingiram esse tipo de veneno.
Cancelamento
Com o cancelamento do registro, estão proibidos no Brasil a produção, a comercialização e o uso de qualquer agrotóxico à base de aldicarbe.
Clique aqui para saber mais sobre o chumbinho.
“Os motivos do banimento do aldicarbe do mercado nacional estão relacionados à alta incidência de intoxicações humanas e de envenenamento de animais, devido ao desvio de uso do referido agrotóxico”, explica o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agenor Álvares. Além disso, o aldicarbe possui a mais elevada toxicidade aguda entre todos os ingredientes ativos de agrotóxicos, até então autorizados para uso no Brasil.
O único produto a base de aldicarbe que possuía autorização de uso, no país, era o Temik 150, da empresa Bayer S/A. Trata-se de um agrotóxico granulado, classificado como extremamente tóxico, que tinha aprovação para uso exclusivamente agrícola, como inseticida, acaricida e nematicida, para aplicação nas culturas de batata, café, citros e cana-de-açúcar.
Chumbinho
Por se tratar de um produto clandestino, o chumbinho não possui rótulo com orientações quanto ao manuseio e segurança, informações médicas, telefones de emergência, descrição do ingrediente ativo e antídotos que devem ser utilizados em casos de envenenamento. “Sem essas informações os profissionais de saúde tem mais dificuldade de agir para salvar a vida das pessoas intoxicadas pelo chumbinho”, diz o diretor da Anvisa.
Os sintomas típicos de intoxicação por chumbinho ocorrem em menos de uma hora após a ingestão e os principais sinais clínicos são: náuseas, vômito, sudorese, salivação excessiva, visão borrada, contração da pupila, dor abdominal, diarreia, tremores, taquicardia, entre outros.
Em caso de intoxicação deve-se ligar, de forma gratuita, para o Disque-Intoxicação: 0800-722-6001. O serviço é disponível para todo país e conta com profissionais especializados na orientação do tratamento de casos de intoxicação.
Ineficaz como raticida
Além de possuir elevada toxicidade aguda, o chumbinho é ineficaz no combate doméstico de roedores. Normalmente, como o primeiro animal que ingere o veneno morre de imediato, os demais ratos observam e não consomem aquele alimento envenenado.
Já os raticidas legalizados, próprios para esse fim e com registro junto a Anvisa, agem como anticoagulantes, provocando envenenamento lento nos ratos. Dessa forma, a morte do animal não fica associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia ingiram esse tipo de veneno.
Cancelamento
Com o cancelamento do registro, estão proibidos no Brasil a produção, a comercialização e o uso de qualquer agrotóxico à base de aldicarbe.
Clique aqui para saber mais sobre o chumbinho.
Fonte: Anvisa
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
433 - Corpo humano. A temperatura ideal
Dois pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine, da Yeshiva University, comprovaram que a temperatura do corpo humano próxima a 37 ºC é a que produz um equilíbrio perfeito. O corpo mostra-se bastante quente para que evitemos muitas infecções fúngicas sem que, por outro lado, nós necessitemos de comer incessantemente para manter o metabolismo.
"Um dos mistérios sobre os seres humanos e outros mamíferos é porque os mesmos são tão quentes em comparação com outros animais", disse Arturo Casadevall, MD, Ph.D., professor da cadeira da Microbiologia e Imunologia do Albert Einstein, e co-autor do trabalho. "Este estudo ajuda a explicar por que as temperaturas normais dos mamíferos são todas em torno de 37 °C."
É de 36,7 ºC a temperatura ideal para maximizar os benefícios da proteção contra os fungos e, ao mesmo tempo, minimizar os custos metabólicos para o corpo. Para cada aumento de 1 °C na temperatura há uma redução em 6 por cento nas espécies de fungo. Assim, enquanto dezenas de milhares de espécies de fungos infectam répteis, anfíbios e outros animais de sangue frio, apenas algumas centenas delas infectam os mamíferos.
Comentário
Ao fazerem um jogo de palavras entre "for keeping fungi away" e "food at bay" no título do trabalho, os autores demonstraram também que são espirituosos.
"Um dos mistérios sobre os seres humanos e outros mamíferos é porque os mesmos são tão quentes em comparação com outros animais", disse Arturo Casadevall, MD, Ph.D., professor da cadeira da Microbiologia e Imunologia do Albert Einstein, e co-autor do trabalho. "Este estudo ajuda a explicar por que as temperaturas normais dos mamíferos são todas em torno de 37 °C."
É de 36,7 ºC a temperatura ideal para maximizar os benefícios da proteção contra os fungos e, ao mesmo tempo, minimizar os custos metabólicos para o corpo. Para cada aumento de 1 °C na temperatura há uma redução em 6 por cento nas espécies de fungo. Assim, enquanto dezenas de milhares de espécies de fungos infectam répteis, anfíbios e outros animais de sangue frio, apenas algumas centenas delas infectam os mamíferos.
Comentário
Ao fazerem um jogo de palavras entre "for keeping fungi away" e "food at bay" no título do trabalho, os autores demonstraram também que são espirituosos.