domingo, 31 de maio de 2015

743 - ARTE para sensibilizar

Diz respeito a engajar as pessoas, especialmente os jovens.
Número de fumantes cai 30,7% nos últimos nove anos
O ato de fumar está cada vez menos popular no Brasil. Segundo dados do Vigitel 2014, atualmente, 10,8% dos brasileiros ainda mantêm o hábito de fumar – o índice é maior entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%). Os números representam uma queda de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos. Em 2006, 15,6% dos brasileiros declaravam consumir o produto. A redução no consumo é resultado de uma série de ações desenvolvidas pelo governo federal para combater o uso do tabaco.
"Outras ações importantes são a proibição da propaganda do cigarro e ao fumo em ambientes coletivos, além da oferta crescente de tratamento para quem quer deixar de fumar. Em 2013, mais de 70% dos brasileiros que tentaram parar foram atendidos pelo SUS", destacou o ministro da saúde, Arthur Chioro.
O tabagismo é um fator importante para o desenvolvimento de doenças como câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares e continua sendo a principal causa de mortes evitáveis. Ainda segundo o Vigitel 2014, o uso de cigarros é maior na faixa etária de 45 a 54 anos (13,2%) e menor entre os jovens de 18 a 24 anos (7,8%).
Os homens fumam mais em Porto Alegre (17,9%), Belo Horizonte (16,2%) e Cuiabá (15,6%) e as mulheres em Porto Alegre (15,1%), São Paulo (13%) e Curitiba (15,6%). O tabagismo é menos frequente em Fortaleza (8,6%), Salvador (9%) e São Luís (9,3%) entre os homens, e no público feminino em São Luís (2,5%), Palmas (3%) e Teresina (3,1%).
Em março deste ano, o Brasil recebeu reconhecimento da Fundação Bloomberg pelo monitoramento e controle do tabaco no País.
31/05 - Dia Mundial sem Tabaco
Em 2015, a Campanha do Dia Mundial Sem Tabaco integra as ações de Promoção da Saúde –SUS, Controle do Tabagismo. O conceito "Da saúde se cuida todos os dias" é tema das campanhas de promoção da saúde. No eixo controle do tabagismo o slogan usado é "Das escolhas certas se cuida todos os dias". A campanha fala do consumo dos produtos derivados do tabaco por jovens, facilitado pelos baixos preços que são oferecidos os cigarros através do comércio ilícito. Além de alertar sobre os malefícios do hábito de fumar, a campanha entrega a mensagem de que é necessário fazer escolhas certas para uma vida mais saudável. A campanha será veiculada na rádio, internet e redes sociais.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

742 - Conheça Alice Ball

Esta é Alice Ball (foto), a química farmacêutica que, em 1919, desenvolveu um tratamento médico para a hanseníase e deu esperança a milhões de enfermos. Sua droga foi o principal tratamento para a hanseníase até a década de 1940 quando os antibióticos foram desenvolvidos. Antes de Alice, a lepra era considerada uma doença sem esperança. Portadores de hanseníase eram retirados à força de suas casas e detidos indefinidamente em colônias afastadas. O tratamento de Alice permitiu que centenas deles fossem colocados em liberdade condicional dos centros de detenção e retornassem para o convívio com suas famílias.
Nascida em 1892, Alice era neta do artista icônico JP Ball. Ela se formou em farmácia  pela Universidade de Washington e especializou-se em química farmacêutica pela Universidade do Havaí. Sua tese de mestrado foi intitulada "Os componentes químicos da Piper methysticum" e envolvia a extração de ingredientes ativos da raiz kava. Seu trabalho foi considerado tão impressionante que ela foi convocada pelo Diretor de Saúde Pública dos EUA, Dr Harry Hollmann, para trabalhar com o óleo de chaulmoogra (Taraktogenos kurzii).
Durante séculos, os profissionais de saúde indianos e chineses vinham utilizando o óleo de chaulmoogra (foto da árvore, ao lado) para o tratamento da hanseníase, porém com sucesso limitado. O óleo era aplicado topicamente, o que, na melhor das hipóteses, fornecia apenas algum alívio aos pacientes. Como o óleo não é solúvel em água, injetá-lo era extremamente difícil, quase impossível. E os pacientes descreviam as injeções do óleo como uma "queima com o fogo através da pele".
Este é o ponto em que Alice entra. Ela foi convocada para usar suas habilidades técnicas para extrair os ingredientes ativos de óleo de chaulmoogra. Ela isolou o ácido contido no óleo e criou o primeiro tratamento injetável, solúvel em água, para a hanseníase. Aos 24 anos de idade, ela conseguiu fazer algo que havia frustrado os pesquisadores durante anos.
Contudo, ela não viveu para vê-lo em uso. Durante o seu trabalho de laboratório, ela inalou o gás cloro e ficou gravemente doente. Após sua morte, o Dr. Arthur L Dean concluiu e publicou o trabalho de Alice Ball (sem lhe dar crédito), intitulando-o de "Método Dean". Felizmente, Dr. Harry Hollmann restabeleceu o crédito a ela:
"Depois de uma grande quantidade de trabalho experimental, a senhorita Ball resolveu o problema para mim .... [Esta preparação é conhecida como] ...... o Método Ball"
Alice foi a primeira pessoa negra a fazer um mestrado na Universidade do Havaí. Embora não fosse uma cura, o seu tratamento foi um grande feito na luta contra a hanseníase. Ela deu ânimo aos investigadores e esperança aos hansenianos para que cura fosse buscada. E a cura para a doença foi encontrada em 1940 a partir das sulfonas.
Este artigo traz agradecimentos a Stanley Ali e Kathryn Takara. Duas pessoas que vasculharam os arquivos para descobrir a verdade sobre essa mulher. Sem seu trabalho, ninguém saberia sobre Alice Ball (até mesmo na Universidade do Havaí não o sabiam). Em 2000, ela foi homenageada (in memoriam) com uma chaulmoogra plantada no campus, e o governador do Havaí declarou 29 de fevereiro como sendo o  Alice Ball Day.
Referências
http://womenrockscience.tumblr.com/post/68918185810/meet-alice-ball-the-pharmaceutical-chemist-who
http://io9.com/we-had-a-cure-for-leprosy-for-centuries-but-we-couldnt-1703005163
http://www.agencia.fiocruz.br/artigo-apresenta-enfoque-hist%C3%B3rico-sobre-o-tratamento-da-hansen%C3%ADase-e-o-uso-de-planta

domingo, 24 de maio de 2015

741 - A "amnésia imunológica" do sarampo

Já se sabia que o vírus do sarampo abala o sistema imunológico das crianças temporariamente, deixando-as expostas ao contágio de outras doenças oportunistas. Até agora, os cientistas acreditavam que essa vulnerabilidade se estendia por um ou dois meses após a infecção. Mas um novo estudo mostra que o sarampo pode enfraquecer as defesas do organismo das crianças por até três anos — deixando-as altamente suscetíveis a outras doenças mortais ao longo desse tempo. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Princeton (Estados Unidos), foi publicado neste mês (dia 8) na revista Science.
Com base nas conclusões do artigo, os autores afirmam que a vacinação contra o sarampo não oferece proteção apenas contra o vírus dessa doença, mas também impede que diversas outras doenças infecciosas tirem proveito do enfraquecimento do sistema imunológico causado por ela. De acordo com eles, a descoberta ajuda a explicar porque as campanhas de vacinação contra o sarampo têm impedido muito mais mortes do que se previa.
Para o autor principal do artigo, Michael Mina, da Universidade Emory, que participou do estudo como pesquisador pós-doutorando em Princeton, "o sarampo acaba aumentando a predisposição das pessoas às doenças mais prevalentes na população".
— Na maior parte, são infecções respiratórias bacterianas, como a pneumonia, a sepse, a bronquite e a bronquiolite. Mas o sarampo também abre caminho, em menor número, para doenças como diarreia e disenteria.
Segundo Mina, o estudo apresenta provas epidemiológicas de que o sarampo leva o organismo, por longo tempo, a um estado de "amnésia imunológica". As células de memória do sistema imunológico — capazes de identificar as partículas infecciosas que já tiveram contato com o organismo — são parcialmente exterminadas.
Outra dos autores do estudo, Jessica Metcalf, professora de Ecologia e Biologia Evolutiva de Princeton, disse que "já sabíamos que o sarampo ataca a memória imunológica — e que a doença enfraquece o sistema imunológico por algum tempo".
— Mas esse artigo sugere que a supressão imunológica dura muito mais do que se suspeitava. Em outras palavras, se você pegar sarampo, ao longo de três anos você poderia morrer de algo que não seria capaz de matá-lo sem a infecção por sarampo.
De acordo com Mina, a descoberta sugere que a vacinação contra o sarampo traz benefícios bem maiores que a proteção contra a própria doença. "É uma das intervenções com melhor custo benefício para a saúde global", disse ele sobre as campanhas de vacinação.
Extra dividends from measles vaccine
Science 8 May 2015: Vol. 348 no. 6235 pp. 694-699 DOI: 10.1126/science.aaa3662

quinta-feira, 21 de maio de 2015

740 - A iniciativa Wi-Fi à Sombra

O que você vê na foto acima foi instalado na praia de Agua Dulce, no Peru, para aumentar a conscientização do público sobre os riscos dos banhos de sol em excesso, especialmente entre 12 e 16 horas.
É uma estrutura que oferece internet sem fio unicamente para o lado em que faz sombra. Para que isso seja possível, um sensor detecta a posição do sol e ajusta a direção da antena para atualizar durante o dia a área de cobertura, tal como é explicado neste vídeo.
O sistema permite que mais de 250 usuários se conectem ao mesmo tempo.
A instalação também fornece informações sobre como prevenir o desenvolvimento de câncer de pele.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

739 - A prevenção de acidentes nas crianças

A prevenção é a principal solução para o problema dos acidentes, porém fazer dela uma medida efetiva, no Brasil, ainda permanece um desafio.
Hoje, no país, a cultura de prevenção ainda não é encarada como prioridade, sendo necessário, muitas vezes, que os problemas ocorram para só depois se rever os prejuízos.
Com a conscientização da sociedade, até 90 por cento dos acidentes podem ser evitados com atitudes como:
  • Ações Educativas
  • Modificações no meio ambiente 
  • Modificações de engenharia
  • Criação e cumprimento de legislação e regulamentação específicas
Dicas também podem ser seguidas para diminuir os riscos dos acidentes. A ONG Criança Segura traz muitas delas, voltadas para a prevenção de acidentes nas crianças.
No Acta
660 - O colar de âmbar

sexta-feira, 15 de maio de 2015

738 - De Semmelweis aos dias atuais

Há 168 anos...
"A partir de hoje, 15 de maio de 1847, todo estudante ou médico, é obrigado, antes de entrar nas salas da clínica obstétrica, a lavar as mãos, com uma solução de ácido clórico, na bacia colocada na entrada. Esta disposição vigorará para todos, sem exceção". ~ Semmelweis
Semmelweis e a queda na mortalidade materna após a lavagem das mãos
Leitura recomendada: Semmelweis: uma história para reflexão, por Dr. Antonio Tadeu Fernandes
Segurança do paciente e prevenção de infecção hospitalar
Foi provado – e continua valendo até os dias atuais – que a higienização das mãos dos profissionais que lidam com os pacientes é a medida mais eficaz (e também a mais econômica) para a prevenção dos eventos adversos (que comprometem a segurança dos pacientes internados), sem desprezar, obviamente, o conjunto das demais (técnica adequada nos procedimentos invasivos, pressupostos de esterilização e desinfecção, precauções de isolamento, uso racional de antibióticos etc.). [...] É dentro deste contexto que se apela a todos os colegas médicos para que, ao lado das suas boas práticas, não deixem, também, de aderir sempre a todas as medidas que visem à prevenção das infecções nosocomiais, a partir daquela que é a mais simples, econômica e eficaz: a higienização das mãos, com água e sabão ou com álcool a 70%, mesmo que vá usar luva. Os seus pacientes lhe serão agradecidos. ~ Eduilton Girão (Informativo do CREMEC, nº. 107)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

737 - Como tratar laringites

Perder a voz para a laringite é uma coisa que ninguém quer experimentar. Embora as laringites sejam quase todas causadas por vírus, portanto muito comuns, algumas medidas podem ajudar a reduzir os sintomas da doença.
1 Tratando a doença em casa
1. 1 Faça gargarejos para matar as bactérias. Além dos vírus, algumas bactérias podem causar laringites, então você poderá combater esses agentes usando água para eliminá-los. O gargarejo também ajuda a umidificar a faringe. Coloque meia colher de sopa de sal em uma xícara de água morna e faça gargarejos duas ou três vezes ao dia. Misture partes iguais de vinagre e água e faça o gargarejo de três a quatro vezes ao dia. O sabor pode ser bastante forte, mas o ácido do vinagre ajuda a desestabilizar o ambiente em que as bactérias crescem. O suco de limão também é indicado, mas tomá-lo puro pode ser forte demais. Tente misturar o suco com água morna e fazer gargarejos duas vezes ao dia.
1. 2 Mantenha-se hidratado. Possivelmente, o melhor remédio para a laringite é a água, ajudando a manter o seu corpo bem hidratado. Então beba! A água em temperatura ambiente é melhor para quando se está doente, pois causa menos impacto aos receptores de temperatura e ao sistema nervoso.
1. 3 Descanse sua voz. Uma das causas da laringite é a sobrecarga nas cordas vocais, então utilize-as pouco. Ao contrário da crença popular, sussurrar não é a solução. É melhor simplesmente evitar falar e, quando necessário, fale em tons mais suaves, menos irritantes para sua garganta.
1. 4 Umidifique sua garganta. O alho é um remédio antigo para as laringites. Coloque um dente de alho na boca, e tente chupá-lo até que você não consiga mais tolerar o gosto. Isso ajuda a produzir muita saliva e libera alguns antimicrobianos naturais da planta que ajudam na resolução. Gengibre também é um ótimo recurso. Você pode comer alguns blocos de gengibre cortados, que são produtores de saliva e ricos em anti-inflamatórios naturais para a laringe. As tradicionais pastilhas para dor de garganta também são boas opções. Algumas são formuladas com mel, limão, própolis, gengibre, menta e auxiliam no alívio da dor e na produção de saliva.
2 Evitando os irritantes
2. 1 Fique longe de drogas e álcool. Fumaça de cigarro ou drogas inaladas podem causar irritação intensa na garganta, piorando muito a laringite. O álcool funciona causando desidratação, deixando a laringe seca e piorando o quadro.
2. 2 Evite poeira e ambientes sujos. A inalação de partículas de pó podem, literalmente, "arranhar" a garganta. Tente ficar em ambientes limpos.
2. 3 Evite "pigarrear". Embora seja algo extremamente tentador para dar a sensação de limpeza na garganta e de retomada da voz, os pigarros forçam a laringe.
2. 4 Evite lugares secos. Sua garganta precisa de lugares úmidos, então evite ligar aquecedores e criar ambientes que removam a umidade natural do ar. Em casos de climas muito secos, você poderá comprar um umidificador para a sua casa.
2. 5 Fique longe da cafeína. Isso significa evitar beber café, refrigerantes, energéticos e chás. A cafeína desidrata a garganta, e não queremos que isso aconteça. As versões dessas bebidas sem cafeína são toleráveis.
3 Procure um Médico
3. 1 Caso os sintomas não se resolvam em poucos dias ou estejam causando falta de ar, procure um médico. Fique atento especialmente às laringites nas crianças, porque suas vias aéreas são muito pequenas e pequenos edemas na laringe já podem ser motivo de grandes repercussões na respiração, podendo até mesmo causar asfixia. Sempre procure um médico nesses casos.
3. 2 Uso de corticóides. Se você estiver precisando retomar a voz urgentemente, em caso de uma apresentação, palestra ou trabalho, o médico poderá prescrever corticóides que auxiliam na redução da inflamação da laringe.
3.3 Associação com Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). Esta doença faz com que haja refluxo do conteúdo ácido do estômago para o esôfago. A condição pode ser tão intensa a ponto de atingir as vias aéreas superiores, causando dano na laringe. A DRGE, portanto, causa laringites recorrentes e precisa ser identificada e tratada individualmente. Se você tem DRGE, consulte um médico para obter o tratamento adequado.
3. 4 Em caso de sintomas persistentes, procure ajuda. Se a laringite não se resolver em alguns dias (5 a 7 dias), busque atendimento. Você pode ter uma doença associada ou outra doença, que podem exigir tratamentos diferentes da laringite.
Dicas
Como em muitas outras doenças, o repouso é também remédio. Durma e descanse bastante, e se possível, tire folga do trabalho ou da escola.
Tome cuidado com a sua voz depois que se recuperar da laringite. Se a causa tiver sido abuso da voz, você poderá ter novos episódios.
Não faça uso de auto-medicação, e evite principalmente o uso de antibióticos por conta própria.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

736 - Paracetamol inibe a dor, mas também as emoções

Um estudo recente demonstrou que o paracetamol (acetaminofen), popular remédio contra a dor,
também pode tornar as pessoas insensíveis a emoções positivas e negativas.
Em uma experiência randomizada e controlada, 85 pessoas tomaram 1.000 miligramas de paracetamol ou um placebo. Uma hora depois, os investigadores apresentaram-lhes 40 imagens em sequência aleatória. As imagens eram muito agradáveis (por exemplo, crianças a rir com gatinhos num parque), neutras (espaguete em cima de uma mesa) ou muito desagradáveis (uma vaso sanitário cheio de excrementos). O estudo foi publicado online na revista Psychological Science.
Os participantes que tomaram paracetamol estavam 20% menos propensos a classificar as imagens como sendo muito desagradáveis e 10% menos propensos a classificá-las como bastante agradáveis, em comparação com os que tomaram placebo.
Embora os mecanismos permaneçam incertos, pesquisas anteriores sugeriram que o paracetamol reduz a dor agindo no lobo da  ínsula (imagem), parte do cérebro que influencia as emoções sociais, entre outras funções.
«Não queremos dar conselhos sobre o uso do paracetamol. Essas diferenças são modestas e foram obtidas num ambiente muito controlado. Recomendamos seguir o conselho do seu médico para o controle da dor com o paracetamol», afirmou Geoffrey R.O. Durso, doutor em Psicologia Social da Universidade Estadual de Ohio.
Durso também planeja realizar estudos para investigar se outros analgésicos, como o ibuprofeno e a aspirina, têm o mesmo efeito.

terça-feira, 5 de maio de 2015

735 - Médicos usam impressoras 3D para salvar a vida de crianças

Em um novo marco na impressão em 3D, médicos estadunidenses foram capazes de salvar a vida de três crianças que sofrem de uma doença respiratória fatal.
Três bebês que estavam à beira da morte por uma traqueobroncomalácia, um transtorno incurável que provoca o colapso da traqueia, tiveram talas aplicadas que lhes permitiram recuperar e respirar normalmente - segundo o estudo publicado nesta quarta-feira na revista Science Translational Medicine.
Os pesquisadores usaram tomografias computadorizadas das vias respiratórias das crianças para criar talas de policaprolactona, um material concebido para expandir à medida que suas vias respiratórias fossem crescendo. Suturadas por fora da traquéia, passaram a dar sustentação ao tubo traqueal (como stents externos).
Embora a técnica ainda não tenha sido oficialmente aprovada nos Estados Unidos, esses dispositivos personalizados, criados por uma impressora 3D, receberam uma exceção médica de emergência para estes casos particulares e ainda são considerados de alto risco.
Kaiba Gionfriddo, o primeiro que recebeu o tratamento, tinha três meses de idade quando passou pela cirurgia. Agora, ele é uma criança saudável de três anos que vai à pré-escola, disseram os pesquisadores.
As outras duas crianças tinham cinco e 16 meses quando foram submetidas à operação. Eles passam bem e não sofreram complicações.
"Esta é a primeira cura para a doença", afirmou o principal autor do estudo, Glenn Green, professor de otorrinolaringologia pediátrica do Hospital Infantil C.S. Mott da Universidade de Michigan.
Cerca de uma em cada 2.000 crianças nasce com traqueobroncomalácia em todo o mundo, explicou Green.
Referências
Doctors use 3-D printing to help a baby breathe
Vídeo: 3D Technology for Surgery

sábado, 2 de maio de 2015

734 - A mais antiga múmia budista

Esta estátua de Buda contém restos humanos de um monge que provavelmente viveu por volta de 1100.
Na figura da direita – com R-X  – um esqueleto em posição de lótus é claramente visível,
Há órgãos internos que foram retirados e muitas camadas de papel com caracteres chineses foram colocadas ao redor do corpo para estabilizá-lo.
De acordo com pesquisadores, pode ser a mais antiga múmia desse tipo. Acredita-se que o monge tenha auto-aplicado uma prática extremamente dolorosa chamada Sokushinbutsu.
Este procedimento, que remonta ao sacerdote Kuukai falecido em 835, associa-se a uma dieta radical para negar a si mesmo e alcançar a fase final da Iluminação.