domingo, 28 de setembro de 2014

662 - Fahrenheit 451

É um romance distópico de ficção científica, escrito por Ray Bradbury (1920-2012) (1) (2) e publicado pela primeira vez em 1953.
O romance apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido. O personagem central, Guy Montag, trabalha como "bombeiro" (que significa "queimador de livro", na história). E o número 451 é a temperatura (em graus Fahrenheit) da queima do papel, equivalente a 233 graus Celsius.
Curiosidade Em sua primeira edição, duzentos exemplares foram numerados, assinados pelo autor e encadernados em amianto "para salvá-los dos bombeiros" (retratados no romance). Estes exemplares são atualmente leiloados no eBay como raridades e seus adquirentes são aconselhados a mantê-los em sacos plásticos hermeticamente fechados.
Poderá também gostar de ler
A toalha de mesa de Carlos Magno

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

661 - A fortiori

A fortiori (pronuncia-se "a forcióri") é o início de uma expressão latina – a fortiori ratione – que significa "por causa de uma razão mais forte", ou seja, "com muito mais razão".
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

660 - O colar de âmbar

Algumas mães acreditam que o colar de âmbar traz boas energias ao bebê e tem efeitos medicinais. A top model Gisele Bündchen foi uma das mamães que se renderam a essa crendice.
Mas o colar de âmbar não passa de uma bijuteria. Não há evidências científicas de que tenha quaisquer propriedades medicinais.
E é bom ficarem atentas, pois o colar pode causar acidentes com a criança, inclusive o seu enforcamento. Além disso, em caso de soltura das contas, há sempre o risco de serem ingeridas ou introduzidas em orifícios naturais (nariz, ouvidos) pela criança.
Que é âmbar
Uma resina de cor amarela proveniente de algumas espécies de árvores.
Pequenas janelas coloridas para o passado |  Um pesadelo dividido |  Vade retro

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

659 - A guerra dos químicos

Em meados da década de 1920, o governo estadunidense foi ao auge da sagacidade para combater o consumo de bebidas alcoólicas.
As estritas leis de proibição da época tinham provado serem fúteis, pois os americanos ainda estavam bebendo. Eles apenas o faziam às escondidas, frequentando bares clandestinos e comprando álcool nos sindicatos do crime. As gangues roubavam grandes quantidades de álcool industrial (que era usado em outras finalidades como, por exemplo, na esterilização de instrumentos) e o redestilava para remover as impurezas, antes de colocá-lo no mercado como bebida alcoólica.
Em seu esforço para ganhar a luta, o Bureau of Prohibition veio com uma ideia chocante:
E se for envenenado o abastecimento de álcool industrial? 
Em 1926, o governo federal comprou essa ideia, emitindo normas que exigiam que os fabricantes produzissem um álcool industrial mais letal. As novas fórmulas incluíam o acréscimo de sais de mercúrio, benzeno e querosene, e os resultados foram de arrepiar. As mortes relacionadas ao álcool dispararam, com os funcionários do próprio governo atribuindo mais de mil mortes ao programa apenas em seu primeiro ano.
As pessoas ficaram indignadas. "O governo dos Estados Unidos deveria ser cobrado pela responsabilidade moral por essas mortes", disse o médico legista nova-iorquino Charles Norris, um dos inimigos declarados da medida.
Mas o governo manteve-se firme em sua posição, mesmo quando a contagem de corpos continuava a crescer. Em Nova York, 400 pessoas morreram no primeiro ano. Cerca de 700 morreram no ano seguinte, e o padrão foi replicado em várias cidades do país. No entanto, os proibicionistas continuaram a defender a lei.
Foram precisos mais de 10.000 mortes e uma reação pública furiosa para o governo acabar a sua "guerra dos químicos". Aconteceu por volta de 1933, quando as normas – daquilo que Norris apelidara de "nossa experiência nacional em extermínio" – foram silenciosamente eliminadas e o programa foi oficialmente extinto.
Ver também
O beijo da temperança, blog EntreMentes

terça-feira, 16 de setembro de 2014

sábado, 13 de setembro de 2014

657 - Sorrir ou não?

Muito tempo atrás, eu li que era preciso algo como 43 músculos para franzir a testa, mas apenas 17 músculos para sorrir.
Ergo, deveríamos apenas sorrir (porque seria mais fácil).
Numa aula de anatomia na Faculdade, foi que eu percebi que esses números poderiam não estar certos. Tanto quanto eu aprendi, existem apenas 36 músculos chamados de músculos da expressão facial, e eles não estão todos envolvidos em sorrir e franzir a testa.
Na ilustração ao lado, os músculos de franzir a testa e os músculos de sorrir apresentam-se em quantitativos diferentes e enfrentam-se com um escore de 50 x 13.
Já neste fórum em que fiz uma "revisão sistemática", eu encontrei os seguintes resultados: 33 x 13, 100 x 10, 64 x 50, 317 x 20, 43 x 17, 37 x 1, 35 x 4, 65 x 15 e 72 x 14.
Afinal,
Quantos músculos são responsáveis ​​por sorrir e por franzir a testa?
Eu poderia arriscar um palpite, mas vou transferir a responsabilidade de responder para o Dr. David H. Song, cirurgião plástico e professor associado da Universidade de Chicago:
"Contando apenas os músculos que fazem contribuições significativas, concluo que sorrir usa um músculo a mais do que franzir o cenho (são 12 contra 11). Isso não significa, necessariamente, que o ato de sorrir seja mais difícil de realizar. Talvez seja, talvez não seja. Eu suponho que seria preferível comparar suas massas musculares: "músculos sorridentes" versus "músculos carrancudos" – para obter uma estimativa aproximada do consumo de energia (assumindo que todos os músculos consomem energia na mesma taxa por unidade de massa)." – The Straight Dope
Facial Fitness Pao
Atualize-se aqui sobre este interessante dispositivo de exercício facial inventado no Japão: クリスティアーノ・ロナウドがイメージキャラクターのMTG新商品 FACIAL FITNESS PAO(フェイシャルフィットネス パオ)のCMです。 「世界一の笑顔へ、もっと鍛えよう。1日2回、1回30秒からの集中ト
Tudo o que você tem a fazer é colocá-lo na boca e sair com ele por aí. Agitando-o um par de horas por dia, em pouco tempo você terá adquirido um sorriso, digamos, muscular.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

656 - Insônia


"EU NÃO DORMIREI ATÉ ENCONTRAR UMA CURA PARA MINHA INSÔNIA."

Rir também com: 620 - Sucedâneo

domingo, 7 de setembro de 2014

655 - O papel do estado na pesquisa de novos medicamentos

Silio Boccanera — Os grandes laboratórios farmacêuticos alegam pesquisar muito por novas drogas e medicamentos. Mas você diz em seu livro (*) que muito trabalho é feito pelo Estado. Como no caso dos Estados Unidos ajudando Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês). Fale sobre isso. 

Mariana Mazzucato — O que é legal sobre a indústria farmacêutica é que a divisão de produtos é muito clara. Alguns medicamentos são“me-too”, variações sutis de outros existentes, e alguns são realmente inovadores e revolucionários. Estes são novas entidades moleculares que têm prioridade de aprovação. E três quartos dessas novas entidades, com prioridade de aprovação, ou seja, dos medicamentos realmente revolucionários, são financiados pelo Estado através dos NIH. Grandes laboratórios farmacêuticos ainda são importantes, mas não para a parte revolucionária da pesquisa. Eles se concentram muito no desenvolvimento do “P&D” (pesquisa e desenvolvimento) e se concentram muito também em comprar de volta suas próprias ações. Tanto a Pfizer quanto a Amgen gastam muito de suas receitas líquidas na compra de suas próprias ações para valorizar seus preços. Isso volta à questão do curto prazo.
(*) “O Estado Empreendedor”, ainda sem versão no Brasil.
Trecho de uma entrevista concedida pela economista Marina Mazzucato (foto), da Universidade de Sussex na Inglaterra, ao jornalista Silio Boccanera, para o programa Milênio, da Globo News.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

654 - Água de Juventa

Juventa, segundo a concepção do
pintor francês Gaston Bussière
(1862-1929)
Para a mitologia romana, Juventa foi uma ninfa que Júpiter (Zeus, na mitologia grega) transformou numa fonte que rejuvenescia as pessoas, daí a origem da palavra juventude.
"A metáfora da água de Juventa traz em si o simbolismo da água viva. Era à fonte de Juventa que os mortos desciam, nela eram banhados e dela subiam vivos. Juventa era a deusa da juventude, sobretudo da adolescência." (Machado de Assis, na nota 27 de seu romance "Memórias póstumas de Brás Cubas").
Num de seus livros (de contos), Coelho Neto usou o título "Água de Juventa".
O mito do elixir da longa vida
Antigos sábios viam propriedades regenerativas na pérola do orvalho e na seiva vegetal. Na Bíblia há referência a uma "água da vida". Entre os antigos romanos, a ambrósia desempenharia o papel do elixir. E os alquimistas acreditavam que ele seria o ouro potável, a "água dos filósofos".
O mito da fonte da juventude
Os espanhóis pensavam estar situada nas Ilhas das Baamas. No século XVI, o explorador espanhol Ponce de Léon a procurou em Bimini, depois de conseguir do rei espanhol armas e homens para essa busca que deu com os burros n'água.
Ao que parece esse elixir é um gene oculto que, influenciado pelo estilo de vida, promove a longevidade e melhora a qualidade de vida das pessoas.
Referências
Infopédia, CiênciaHoje

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

653 - Doenças na criança por contato com animais

Conheça algumas doenças que eventualmente podem ocorrer em contato com os animais, sobretudo, se a criança estiver com baixa imunidade.
Arranhadura de gato
É causada por uma bactéria que vive normalmente na boca de animais, principalmente de felinos, e que podem ser transmitidas por arranhadura ou lambida sobre uma pele machucada. ► Caracteriza-se por um aumento de gânglio (íngua) perto da região por onde entrou a bactéria, com ou sem febre. Em crianças o gânglio acometido pode ser aquele que fica perto da orelha (pré-auricular), ou do pescoço.
Toxoplasmose
Doença transmitida pelas fezes de felinos ou pela ingestão de carnes mal passadas. “As grávidas podem passar o agente para o feto causando a doença, que é congênita. Por isso, é importante fazer o teste de sorologia durante a gravidez para que, diante de um resultado positivo, o médico possa agir e proteger o feto”, alerta doutor Takanori. ► Pode evoluir com febre, mal estar, dores musculares, com evolução, às vezes prolongada, de muitos dias. A febre pode vir acompanhada do aumento de gânglios no pescoço. Mas, pode acontecer de o paciente não apresentar nenhum sintoma, por isso, muita gente se surpreende com o resultado positivo ao fazer o exame.
Psitacose
A bactéria é transmitida por pássaros, por meio das fezes ou das secreções, sobretudo, durante a higienização de gaiolas. ► Caracteriza-se por apresentar tosse seca e irritante, de longa duração, às vezes, por mais de mês, acompanhada ou não de febre e que pode evoluir para pneumonia.
Doenças causadas por giárdia e salmonela
A Giardia é um protozoário (parente de ameba) e a Salmonela é uma bactéria. Ambos vivem no intestino de praticamente todos os animais e são eliminadas pelas fezes. Ao entrarem em contato com estes animais e levarem a mão à boca, as pessoas podem se contaminar. ► Trata-se das principais causas de diarreia causada pelo contato com animais.
Toxacaríase
É causada por um verme (o toxocara) que a criança pode contrair também em contato com as fezes dos gatos ou cachorros. Existem dois tipos: a chamada Larva Migrans Cutânea (bicho geográfico) e a Larva Migrans Visceral. ► Na forma cutânea, a larva causa sintomas locais: túneis na pele que coçam bastante. A forma visceral é mais grave, pois a larva penetra no organismo e causa tosse, chiado, febre e danos oculares.